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TCC em Serviço Social

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Prévia do material em texto

Centro Universitário Leonardo da Vinci 
 
RENAN GEOVALDRI DE FREITAS AZEVEDO 
 
(SES0430) 
 
 
 
 
 
 
TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO: 
AS CONTRIBUIÇÕES DO VOLUNTARIADO JUNTO AO TRABALHO DO 
ASSISTENTE SOCIAL NO AMBIENTE HOSPITALAR 
 
 
 
 
 
 
 
INDAIAL 
2020 
 
 
 
 
 
 
RENAN GEOVALDRI DE FREITAS AZEVEDO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
AS CONTRIBUIÇÕES DO VOLUNTARIADO JUNTO AO TRABALHADO DO 
ASSISTENTE SOCIAL NO AMBIENTE HOSPITALAR 
 
 
 
 
 
 
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à 
disciplina de TCC – do Curso de Serviço Social – 
do Centro Universitário Leonardo da Vinci – 
UNIASSELVI, como exigência parcial para a 
obtenção do título de Bacharel em Serviço 
Social. 
 
Nome do Tutor – Angel Pawlack 
 
 
 
 
 
 
 
INDAIAL 
2020 
 
 
AS CONTRIBUIÇÕES DO VOLUNTARIADO JUNTO AO TRABALHADO DO 
ASSISTENTE SOCIAL NO AMBIENTE HOSPITALAR 
 
 
 
 
POR 
 
 
 
 
RENAN GEOVALDRI DE FREITAS AZEVEDO 
 
 
 
 
 
Trabalho de Conclusão de Curso aprovado do 
grau de Bacharel em Serviço Social, sendo-lhe 
atribuída à nota “______” 
(_____________________________), pela 
banca examinadora formada por: 
 
 
 
 
 
_______________________________________ 
Presidente: Prof. Angel Pawlack – Orientadora Local 
 
 
 
 
______________________________________________________ 
Membro: Elisangela R. Dallabrida Bonatti – Supervisora de Campo 
 
 
 
 
_______________________________________________________ 
Membro: Daiane Ferreira de Souza Gonçalves - Profissional da área 
 
 
 
 
 
 
INDAIAL 
10/12/2020 
 
 
 
DEDICATÓRIA 
 
Dedico este trabalho à minha esposa Mara, a qual com todo o seu amor e 
suporte, se dedicou e me incentivou a concluir este TCC, abrindo mão de muitos 
momentos de descanso me apoiando e contribuindo das mais diversas formas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
AGRADECIMENTOS 
 
À Deus, primeiramente, pois com a minha fé, creio em um propósito a se 
cumprir através da realização de um sonho. 
Agradeço à minha esposa Mara Azevedo e aos meus filhos Jemima Azevedo 
e João Neto, aos quais me deram força e incentivo para seguir em frente sem 
desistir. 
Agradeço também à minha Tutora (professora) Angel Pawlack, pela sua 
dedicação, paciência e suporte, me orientando e respondendo sempre aos meus 
questionamentos com muita eficiência. 
Agradeço ao Hospital Beatriz Ramos, relacionando cada colaborador que me 
acolheu e me ensinou, em especial à Assistente Social Elisangela R Dallabrida 
Bonatti, supervisora do Estágio, a qual me permitiu acompanhar em seu trabalho e 
dividiu sua vasta experiência diante das dificuldades encontradas no seu dia a dia. 
E finalmente, não poderia deixar de agradecer à Uniasselvi, em especial à 
Coordenadora do curso de Serviço Social Vera Lucia Hoffmann Pieritz, a qual 
possibilitou que este trabalho fosse realizado diante das várias dificuldades 
encontradas por mim, neste período inesperado da pandemia, decorrente da 
proliferação do vírus Covid-19. 
 
O meu mais sincero agradecimento a todos! 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
"Quando você cuida de alguém que realmente está precisando, você vira um herói. Porque 
o arquétipo de herói é a pessoa que, se precisar, enfrenta a escuridão e segue com amor e 
coragem porque acredita que algo pode ser mudado para melhor" 
 
(Patch Adams) 
 
 
RESUMO 
 
Este trabalho resulta da prática realizada no Hospital Beatriz Ramos tendo por finalidade 
estudar e compreender sobre as ações e contribuições do trabalho voluntário com os 
pacientes, seus familiares e a equipe administrativa e da saúde. Também traz breve 
histórico sobre o voluntariado no Brasil, bem como seu conceito citando autores 
consagrados e importantes com o intuito de fundamentar os assuntos abordados focados no 
Ambiente Hospitalar. O trabalho voluntário no HBR consiste em um grande grupo de 
pessoas que compõem a Capelania e dois cidadãos ao qual através do lúdico, exercem o 
trabalho de palhaços com o Projeto Agentes da Alegria. Outro trabalho voluntário não 
menos importante é o Projeto Cão terapia. Como metodologia, foram utilizadas pesquisas 
bibliográficas, duas claras e objetivas entrevistas com a Assistentes Social do HBR e com a 
Funcionária responsável pela Ouvidoria e pela equipe de voluntários. Foi constatado em 
como o voluntariado entrega vida, esperança, compaixão e alegria, devendo permanecer em 
constante transformação, servindo à comunidade, com pessoas que realmente se doam e 
dedicam seu tempo em prol de outras pessoas, sendo este, um ato de humanidade que por 
muitas vezes encontrava-se já esquecido por muitos, mas que hoje, diante da pandemia 
decorrente do Covid-19, tem transformado muitas vidas e levando muitas pessoas a 
direcionarem um olhar mais compreensivo, caridoso e humano voltado para o próximo. 
 
PALAVRAS-CHAVE: Assistência Social, Voluntariado, Capelania 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
LISTAS DE ILUSTRAÇÕES 
 
FOTO 01: 69 Anos ............................................................................................................... 13 
FOTO 02: Hospital Beatriz Ramos ....................................................................................... 14 
IMAGEM 01: Logo dos Voluntários do HBR ......................................................................... 18 
FOTO 03: Cão terapia no Hospital Beatriz Ramos ............................................................... 20 
FOTO 04: Hunter Doherty (Patch Adams) ........................................................................... 21 
FOTO 05: Os Agentes da Alegria – HBR ............................................................................. 22 
FOTO 06: Entregando Cartas .............................................................................................. 24 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SUMÁRIO 
 
1 INTRODUÇÃO .................................................................................................................. 10 
2. APRESENTAÇÃO DO TEMA .......................................................................................... 11 
2.1 O VOLUNTARIADO NO BRASIL..................................................................................................... 11 
2.1.1 O SEU SIGNIFICADO .................................................................................................................. 12 
2.2 HOSPITAL BEATRIZ RAMOS: CAMPO DE ATUAÇÃO .................................................................... 13 
2.2.1 O ASSITENTE SOCIAL ................................................................................................................ 15 
2.3 AS ÁREAS DE ATUAÇÃO DA CAPELANIA HOSPITALAR ................................................................. 16 
2.4 OS CAPELÃOS NO HBR ................................................................................................................. 17 
2.5 CÃO TERAPIA ............................................................................................................................... 20 
2.6 OS AGENTES DA ALEGRIA ............................................................................................................ 21 
2.6.1 A ATUAÇÃO DOS AGENTES DA ALEGRIA NO HBR .................................................................... 23 
3. PROBLEMATIZAÇÃO DO TEMA E A RELAÇÃO COM A QUESTÃO SOCIAL. .............. 25 
4. JUSTIFICATIVA ............................................................................................................... 28 
5. OBJETIVOS ..................................................................................................................... 28 
5.1 OBJETIVO GERAL .........................................................................................................................29 
5.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS .............................................................................................................. 29 
6 METODOLOGIA DE PESQUISA ...................................................................................... 29 
7 ANÁLISE DOS DADOS DA PESQUISA ........................................................................... 29 
7.1 VIVÊNCIAS NO ESTÁGIO .............................................................................................................. 32 
7.2 DISCUSSÃO DOS RESULTADOS .................................................................................................... 33 
8 CONCLUSÕES ................................................................................................................. 33 
REFERÊNCIAS ................................................................................................................... 36 
Apêndices ............................................................................................................................ 39 
 
10 
 
1 INTRODUÇÃO 
 
O trabalhador voluntário é todo aquele que realiza alguma atividade de interesse 
social sabendo que não receberá nenhum dinheiro em troca. Este é, com certeza, um 
assunto que humaniza e atrai a atenção de quem pesquisa e conhece sobre as 
contribuições que o voluntariado representa. Sentir-se motivado e pesquisar sobre este 
tema, é como buscar transformação para si mesmo, pois se envolve e se motiva a desejar 
conhecer mais. 
A ação de um voluntário dentro do ambiente hospitalar, vai muito além de somente a 
realização de um trabalho filantrópico, ou de simplesmente caridade. As atitudes deste 
profissional, contribuem com a transformação da indiferença para a solidariedade, 
realidades de vulnerabilidade em defesa da dignidade humana, o estado de dor para um 
estado de esperança. Estes voluntários, por muitas vezes, se destacam como fortes agentes 
de mudança e transformação de vidas. É motivador quando se pode encontrar nas pessoas 
doentes e psicologicamente vulneráveis, a esperança e a fé de que tanto necessitam. 
 A presente pesquisa, tem como objetivo geral, dimensionar as contribuições que o 
trabalho voluntário tem a oferecer dentro de um ambiente hospitalar, trabalhando junto ao 
setor de Serviço Social. Seus objetivos específicos enfatizam sobre a breve história do 
voluntariado no Brasil, bem como seu conceito citando autores consagrados e importantes 
com o intuito de fundamentar os assuntos abordados. Também destacar sobre a força que 
representa a presença dos voluntários da área da Capelania Hospitalar e o Projeto Agentes 
da Alegria, constituído por dois palhaços, qualificados para tal trabalho, aos quais, diante 
das normas estabelecidas pelo Hospital, buscam desenvolver de forma lúdica e cristã, um 
conjunto de atitudes, com o fim de contribuir para o quadro de melhora dos pacientes, sendo 
desde as crianças até os idosos. Outro trabalho não menos importante é o Projeto Cão 
terapia, realizado pela Vira-Lata Clínica Veterinária, da cidade de Indaial. 
A metodologia utilizada foi de cunho bibliográfico e de pesquisa aplicada para a 
construção do Trabalho de Conclusão de Curso Bacharelado em Serviço Social. Se deu 
através de pesquisa de campo com breve e objetiva entrevista realizada com a Assistente 
Social do HBR Elisangela R. Dallabrida Bonatti, bem como, através de relatos vivenciados 
pelos palhaços, fundamentando suas contribuições com as obras dos autores que escrevem 
sobre o tema. 
 
 
11 
 
2. APRESENTAÇÃO DO TEMA 
 
 O primeiro registro de um hospital na história, dá-se em 431 a.C., no Sri Lanka – Sul 
da Ásia. Dois séculos após, o imperador Asoka criou, na Índia, instituições especiais para 
tratar de doenças semelhantes aos hospitais de hoje. Em 100 a.C. surgiu na Europa, onde 
os romanos ergueram locais chamados valetudinária, com a intenção de cuidar dos 
soldados feridos em batalhas. Mas foi somente com o crescimento do Cristianismo, no 
século IV, que os hospitais começaram a se expandir, com seus monastérios que passaram 
a servir de refúgio para viajantes e doentes pobres. Estes, tornaram-se modelos para os 
hospitais mais modernos. Na idade Média, as ordens religiosas continuaram a liderar a 
criação de hospitais. 
 Já no Brasil, o primeiro registro de um hospital surgiu em 1540. De acordo com a 
Revista Superinteressante, 
 
[...]No Brasil, o primeiro foi o Hospital da Santa Casa de Misericórdia de 
Olinda, inaugurado em 1540 junto com a Igreja de Nossa Senhora da Luz. 
Ele funcionou até 1630, quando o conjunto foi saqueado por holandeses e 
depois incendiado. Já o mais antigo em atividade é a Santa Casa de 
Misericórdia de Santos, em São Paulo, erguida no ano de 1543. No 
começo, o improviso era total. “Como no século 16 não havia médicos 
dispostos a vir para o Brasil, os jesuítas se encarregavam de todo o 
atendimento, trabalhando como médicos, farmacêuticos e enfermeiros”, 
afirma o neurocirurgião Henrique Seiji Ivamoto. Hoje, o hospital funciona em 
outro local. (Redação Super Interessante, 2020, disponível em: 
<https://super.abril.com.br/mundo-estranho/quando-surgiram-os-hospitais/>. 
Acesso em: 01/12/2020. 
 
 Neste mesmo período, na Santa Casa de Misericórdia de Santos, surgiram os 
primeiros registros do trabalho voluntário no Brasil. 
 
2.1 O VOLUNTARIADO NO BRASIL 
 
Não há registros de exatamente quando foram iniciados os primeiros trabalhos 
voluntário no Brasil. O que se sabe, é que por volta do ano de 1543, foram registradas as 
primeiras ações voluntárias na fundação da Santa Casa de Misericórdia, na vila de Santos, 
tendo como característica principal deste trabalho, a realização de um trabalho 
12 
 
essencialmente feminino. No ano de 1908, chega no Brasil a Cruz Vermelha. Já em 1910, 
chega o Escotismo, na cidade de Rio de Janeiro. A partir dos anos 50, surgem as primeiras 
Associações de Pais e Amigos dos Excepcionais (APAEs). Atualmente, existem mais de 
1600 unidades espalhadas pelo país, se configurando no maior movimento social de caráter 
filantrópico brasileiro. 
Chegando nos anos 90, então em sua segunda metade, é fortalecida a ideia da 
cidadania como um conjunto de direitos e responsabilidades sociais e o trabalho voluntário 
passa a ser visto como uma forma de expressão dessa responsabilidade social cidadã, tanto 
para empresas quanto para o cidadão. Se por um lado surgia este crescimento do desejo de 
participação cidadã, por outro, gerou a necessidade de se criarem mecanismos para 
organizar a oferta e a demanda do trabalho voluntário. Manifesta-se em 1997, com esta 
finalidade, os chamados Centros de Voluntariado por diversos estados brasileiros. Esses 
centros tornam-se encarregados de fomentar a cultura do voluntariado, capacitar voluntários 
e entidades sociais para o melhor aproveitamento desses recursos e criar estratégias de 
reconhecimento e valorização deste tipo de trabalho. 
 
2.1.1 O SEU SIGNIFICADO 
 
Objetivando os motivos que levam um cidadão ao trabalho voluntário no ambiente 
hospitalar, considera-se Garay (2001), apresentando uma definição bem de acordo com os 
fundamentos dessa pesquisa, afirmando que: diferente do trabalho que ocorre, na maioria 
das vezes, existente nas organizações com fins lucrativos, o trabalho voluntário parece 
acontecer a partir de motivações e desejos baseados especialmente no compromisso com 
uma mudança maior e na responsabilidade diante da comunidade. “Existe em virtude de 
vontade própria em prol de um propósito, sem qualquer tipo de coação” (Garay, 2001, p. 
44). 
Corullón, 2002, p. 141, afirma que: 
 
[...]o voluntário é o jovem ou adulto que, devido a seu interesse pessoal e 
seu espírito cívico, dedica parte do seu tempo, sem remuneração alguma, a 
diversas formas de atividade, organizadas ou não, de bem-estar social ou 
outros campos. 
 
13 
 
Conforme Lovato (1996) também há de citar o trabalho voluntáriocomo 
solidariedade, cidadania, transformação social, desejo de ser útil, fatores estes, 
determinantes ligados ao ser voluntário. Drucker (1997) menciona o elo a uma crença, um 
ideal ou uma missão e a importância do valor social como elementos fundamentais para 
esse tipo de trabalho. 
No Brasil, temos uma definição legal instituída pela Lei 9,608, publicada em 18 de 
Fevereiro de 1998 que regula o trabalho voluntário. Ela define que para que se realize o 
trabalho de forma voluntário, é necessário que não seja remunerado e que não haja nenhum 
outro interesse que não seja o benefício do indivíduo assistido, que este voluntário seja 
pessoa física, que o serviço seja prestado a entidade pública de qualquer natureza ou 
instituição privada sem objetivar fins lucrativos, que haja o termo escrito de adesão, no qual 
devem constar o objetivo e as condições do trabalho a ser prestado. 
 
2.2 HOSPITAL BEATRIZ RAMOS: CAMPO DE ATUAÇÃO 
 
O Hospital Beatriz Ramos, é um hospital de caráter filantrópico, sem fins lucrativos, 
estando em funcionamento desde o dia 30 de setembro de 1951, a Associação Beneficente 
Hospital Beatriz Ramos é a entidade mantenedora da instituição desde 13 de junho de 1943, 
hoje um dos maiores patrimônios sociais do município. 
Neste ano de 2020, comemora seus 69 anos de profissionalismo e dedicação pela 
comunidade de Indaial e região. 
 
FOTO 01: 69 Anos 
Fonte: Disponível em: <https://www.facebook.com/hospitalbeatrizramos/> 
Acesso em: 30/09/2020. 
14 
 
A equipe de atendimento é composta por aproximadamente duzentos profissionais 
especializados e interligados por um programa de informatização. Estes profissionais estão 
classificados em equipes, são elas: Medicina; Enfermagem; Assistência Social; Farmácia; 
Psicologia; Fisioterapia; Radiologia; Nutrição e dietética do paciente; Higienização e 
Lavanderia; Manutenção; Recepção; Administração; Faturamento; Financeiro e Recursos 
Humanos. O HBR possui uma equipe montada exclusivamente para atender aos 10 leitos 
de UTI (Unidade de Terapia Intensiva) diante do momento inesperado da Pandemia 
Mundial, recorrente da proliferação do Novo Coronavírus (Covid-19). 
A instituição é referência na microrregião, devido à proximidade com a BR-470 e 
diversificação do corpo clínico, sendo o único hospital da cidade atendendo a maioria dos 
pacientes pelo SUS. 
Sua missão é “Oferecer avançada e inovadora atenção à saúde, proporcionando 
conforto, segurança e crescente humanização, dentro dos padrões científicos e tecnológicos 
melhorando a qualidade de vida dos clientes internos e externos em uma estrutura 
autossustentável”. 
Tem como objetivo principal atender a todos que necessitarem de seus serviços, 
investindo sempre no aprimoramento da assistência integral ao doente para salvar vidas. 
Não distribui renda, lucros ou vantagens a seus dirigentes e associados, aplica todos os 
resultados obtidos na melhoria de suas instalações e equipamentos. 
 
FOTO 02: Hospital Beatriz Ramos 
Fonte: Disponível em: <https://www.facebook.com/hospitalbeatrizramos/photos/?ref=page_internal> 
Acesso em: 07/08/2020. 
 
Dentre as principais características da população atendida pela instituição, estão 
pessoas com necessidade de assistência à saúde momentânea, uma vez que o 
15 
 
atendimento realizado no hospital é de caráter emergencial. Entre as situações mais 
frequentes estão doenças físicas, acidentes de trabalho e de trânsito, acidentes domésticos, 
mulheres e adolescentes grávidas, tentativas de suicídio (problemas psiquiátricos, 
depressão), questões familiares, população em situação de rua, etilistas, idosos, crianças e 
todo atendimento realizado no pronto socorro para média complexidade. 
 
2.2.1 O ASSITENTE SOCIAL 
 
O Serviço Social fora incorporado na instituição no ano de 2003, com a certificação 
recebida de Hospital Amigo da Criança, onde houve a necessidade de adequação de toda a 
equipe de enfermagem e psicologia para uma equipe multidisciplinar, juntamente com o 
profissional do Serviço Social. 
Diante dos vários profissionais que compõem a rede hospitalar, temos os Assistentes 
Sociais. A profissão do assistente social tem sua legitimação pela Lei nº 8.662 de 07/06/93, 
complementada pela Resolução nº 293/94 do Conselho Federal de Serviço Social (CFESS), 
conforme regulamenta o Código de Ética Profissional tendo por propósito, o compromisso 
de assegurar a defesa e garantir os direitos dos usuários. 
Estes profissionais desenvolvem um papel humanizado, aos quais buscam oferecer 
assistência e qualidade de atendimento para o doente e através de uma melhor 
aproximação, prestar também assistência a seus familiares. 
Sarreta (2008) afirma que o Serviço Social não busca somente o reconhecimento 
dos fatores que determinam as condições de saúde do paciente, para o enfretamento das 
expressões da questão social, os assistentes sociais vem criando alternativas, para afrontar 
as problemáticas vistas nas rotinas, que vão se alargando nas atividades operativas destes 
profissionais, diante dessa circunstância, são utilizadas ferramentas que respaldam as 
atribuições e competências dos assistentes sociais na sua pratica do trabalho. 
O Assistente Social é reconhecido também como um profissional da saúde, 
fundamentado na garantia do direito, como definido na Constituição Federal de 1988 e em 
outras Legislações onde o foco é a universalização e o acesso aos direitos. As Resoluções 
do Conselho Nacional de Saúde n. 218, de 6 de março de 1977, e do conselho Federal de 
Serviço Social n. 383, de 29 de março de 1999, além da Resolução n.196 de 1996, que fala 
da ética em pesquisa envolvendo humanos (Rosa et. Al, 2006, p. 63-64) são termos reais 
desta afirmativa. O CFESS ainda destaca: 
16 
 
No âmbito desses marcos legais e normativos, torna-se indispensável 
ressaltar a importância dos Parâmetros para a Atuação de Assistentes 
Sociais na Política de Saúde, elaborados a partir de ampla participação da 
categoria profissional e promulgados pelo CFESS, com o objetivo de 
“referenciar a intervenção dos profissionais na área da saúde. “ (CFESS, 
2010, p.11). 
 
Estes parâmetros reforçam a importância do reconhecimento dos usuários da saúde 
como sujeitos de direitos, sendo nosso compromisso a atuação por meio de práticas 
interdisciplinares, reguladas em uma perspectiva ética de humanização e respeito à vida. 
Nos exigindo um constante processo de busca pelo conhecimento, pela via de pesquisa e 
intervenção profissional crítica e eficaz, embasada na 1Política Nacional de Saúde e no 
2Projeto Ético-Político do Serviço Social. 
 
A Assistente Social é parte integrante da equipe multidisciplinar e interdisciplinar do 
HBR, onde realiza atendimentos individuais, desenvolvendo seu trabalho também através 
de abordagens grupais, intervindo em questões relacionadas a direitos e deveres sociais, 
promovendo a humanização no atendimento. 
Geralmente, o paciente não procura pelo hospital com a intenção de ficar 
hospitalizado, e o trabalho do assistente social é justamente esse, de prestar assistência 
para essas pessoas que necessitam se estabelecer durante algum tempo no hospital para o 
seu tratamento. É decorrente que o paciente ou os familiares busquem o serviço social no 
hospital, e após esse contato é tarefa do assistente social estabelecer a comunicação deste 
paciente com o médico que está cuidando do tratamento. Essa comunicação vai ser 
responsável pelo cuidado que o assistente deve tomar durante o tempo de internação do 
paciente, e o serviço social dentro do hospital deve terminar assim que o paciente obtiver a 
alta. 
Neste momento, entram por muitas vezes, os órgãos competentes por 
encaminhamento. Como também, a continuação da atuação do voluntário atuante no 
ambiente hospitalar. Durante o período de internação do paciente, o agente voluntário tem a 
oportunidade de acompanhar os trabalhos exercidos pelos profissionais e em conjuntoao 
Assistente Social e demais setores, realiza, por muitas vezes, a continuidade do 
atendimento ao agora, ex-paciente. 
 
2.3 AS ÁREAS DE ATUAÇÃO DA CAPELANIA HOSPITALAR 
 
17 
 
O ministério de Capelania Hospitalar é único, leva conforto e esperança aos 
enfermos e aos seus familiares. Pode-se perceber dia após dia como esta atenção faz 
diferença na vida de cada um que a recebe. Os funcionários demonstram interesse, alguns 
de forma muito discreta, ouvindo e respeitando o agir da equipe. Muitos reagem com apreço 
e buscam auxilio quando necessário. 
 
Para entender aquele que sofre, é necessário compreender que Deus está presente. 
Ele traz conforto e esperança ao abatido. Deus apresenta-se como Aquele que está junto 
aos que sofrem, fortalecendo, encorajando e revigorando suas almas. O profeta Isaías 
profetiza acerca do nascimento de Jesus dizendo que seu nome seria “Emanuel”, que quer 
dizer “Deus conosco”. Diante deste pressuposto, este pode ser considerado um dos grandes 
desafios dos Capelãos, em apresentar o Deus vivo e presente, o Deus que é amor, o Deus 
de promessas e que, independente dos acontecimentos, quer sempre o melhor para as 
pessoas que o recebe. 
 
Observa-se que os hospitais em sua maioria, não oferecem nenhum tipo de lazer aos 
seus pacientes, até mesmo, porque este não é o seu papel. Mas, para tanto, existe a 
presença dos Capelãos, que proporcionam aos pacientes e acompanhantes, o acolhimento, 
a escuta, o olhar amoroso, o abraço, literaturas para reflexão, leitura bíblica, músicas para 
acalentar a alma, entre outras inúmeras atividades que podem ser realizadas, mas o mais 
importante, é de através deste conjunto de atividades, atender às necessidades espirituais 
dos que os cercam. 
 
As atividades da Capelania devem ser significativas, proporcionando auxílio aos 
pacientes e seus acompanhantes no período de internação, visando promover aceitação, 
tranquilidade, confiança, novo ânimo no interior de quem o recebe. Para os funcionários, 
estimular a amizade, o companheirismo, integração e cordialidade nas relações sociais. É 
dever do Capelão, orar e abençoar a todos os envolvidos na causa de salvar vidas e cuidar 
dos que necessitam até a sua alta ou até mesmo até o momento da sua partida. 
 
2.4 OS CAPELÃOS NO HBR 
 
No Hospital Beatriz Ramos, o voluntário trabalha em prol de atender às diversas 
necessidades encontradas pelo paciente juntamente com a sua família através de ações 
realizadas pelo próprio hospital. Porém, o foco deste trabalho se resume em levar a fé e a 
18 
 
esperança, alimentando seu espírito, através do serviço de Capelania Hospitalar. Segundo 
Koenig, 1999, p. 123 “muita gente, quando está fisicamente enferma, ou em estresse, volta-
se para sua fé religiosa em busca de força, conforto e significado”. 
Segundo Aitken: 
 
Pesquisas recentes mostram que, com a intervenção dos capelães, há 
redução de tempo de internação, diminuição do tempo de recuperação após 
as cirurgias, e aumentam a satisfação do paciente, produzindo economia 
para os hospitais. (Aitken, 2013, p. 53). 
 
Diante deste pressuposto, destaca-se então, a plausível contribuição realizada pelos 
voluntários do Hospital Beatriz Ramos. 
A Assistente Social Elisangela relata em sua entrevista que: “O voluntariado que 
acontece no Hospital Beatriz Ramos tem proporcionado descontração e alegria para o 
paciente favorecendo de forma positiva, que por muitas vezes se encontra sozinho no 
hospital e sem vínculo familiar. Estes voluntários contribuem para o serviço social 
desenvolvendo igualdade no processo, acolhimento e dignidade”. 
 
 
IMAGEM 01: Logo dos Voluntários do HBR 
Fonte: Foto o Autor. 
 
 
19 
 
Capelania é um ministério espiritual de servir ao Senhor Jesus, cuidando daquelas 
pessoas que por razões distintas, foram retirados do convívio de seus familiares e estão fora 
da normalidade da vida em sociedade e também oportunizar àqueles que pouco tempo tem 
para dedicar-se a vida espiritual durante sua rotina semanal. Ao visitar um enfermo no 
hospital, o capelão cumpre o ide. O próprio Senhor Jesus disse: “Estive enfermo e me 
visitastes, [...]sempre que fizeste a um destes meus irmãos, mesmo que o menor deles, a 
mim o fizeste”. (Bíblia King James Atualizada, 2007 – Mt 25:36-40, p. 72). 
Visitar e confortar os pacientes são: ter empatia com os que sofrem, levar uma 
palavra de amor e esperança, dizer que vale a pena viver mesmo em meio às dificuldades, 
ensinar sobre amar a Deus e ao próximo, compartilhar sobre o amor e as alegrias que Deus 
nos dá, ensinando que a pessoa pode aprender a viver com a enfermidade e ser feliz, bem 
como ser uma fonte de alegria para as pessoas que cruzam seu caminho. Na Bíblia, a 
doença faz parte da vida. Ela sinaliza para os nossos limites, para a nossa transitoriedade, 
para a nossa natureza humana. “O sofrimento nivela os homens, e quando estão deitados, a 
única opção de direção é olhar para cima, para o alto, para Deus” (Aitken, 2013, p. 124). 
É também importante destacar que, diante da grande equipe que forma os 
voluntários Capelãos do HBR, a Administração da instituição encontra o grande desafio de 
acompanhar e de fazer cumprir as normas de visitação apresentadas a estes. A final de 
contas, de acordo com Aitken: 
 
Hospital não é igreja. A dificuldade em compreender isso faz com que 
muitos cristãos cheios de boa vontade, mas também de muito orgulho e 
altivez, deixem de se submeter às normas de cada hospital, colocadas para 
o seu bom funcionamento e melhor atendimento às necessidades do 
paciente. (Aitken, 2013, p. 116) 
 
Para que estas normas sejam cumpridas e para que haja um bom funcionamento 
deste trabalho, a Sra. Ivone, do setor de Ouvidoria, que é responsável por dirigir esta 
equipe, realiza reuniões mensais, na primeira segunda – feira de cada mês, solicitando a 
presença de todos os voluntários, juntamente com a Assistente Social, levando os pontos 
positivos e negativos que acontecem no decorrer das visitas realizadas durante o período 
que antecede, discutindo os assuntos em pauta, e confraternizando com todos. Lembrando, 
que para este momento de Pandemia da Covid-19, tanto as visitas, quanto as reuniões 
encontram-se suspensas por tempo indeterminado. 
 
20 
 
2.5 CÃO TERAPIA 
 
De acordo com a Lei nº 17.968/2020, sancionada pelo Governador Carlos Moisés, foi 
publicada no dia 31 de Julho, no Dário Oficial do Estado (DOE), o projeto de Lei que é de 
autoria da Deputada Marlene Fengler, que permite a visitação de cães aos quartos de 
hospitais, monitorados por seu Tutores. 
Este, é mais um trabalho voluntário que acontece no Hospital Beatriz Ramos, tendo 
como base a cinoterapia, uma abordagem terapêutica realizada com a utilização de cães, a 
fim de melhorar o quadro de saúde dos seus pacientes. 
Este Projeto está sendo desenvolvido pela Vira-Lata Clínica Veterinária de Indaial, 
com a cachorra Olívia e sua tutora Simone Polz. 
O cão é um animal conhecido como o melhor amigo do homem, e desempenha um 
papel importantíssimo no dia a dia das pessoas. Alguns dos seus benefícios incluem a 
redução da ansiedade, redução de sintomas de depressão e estresse, além de melhorar o 
humor e auxiliar no desenvolvimento das habilidades motoras e coordenação. 
 
 
FOTO 03: Cão terapia no Hospital Beatriz Ramos 
Fonte: LIMA, Judson, 02/08/2020. Disponível em: < https://valedoitajainoticias.com.br/lei-autoriza-
visita-de-animais-domesticos-a-pacientes-internados-em-hospitais/> Acesso em: 07/08/2020 
 
 
“A companhia dos cães, fazem com que o paciente sinta mais autonomia. Isso é 
ainda mais eficaz quando estamos falando de tratamentos paliativos ou quando os 
pacientes estão internados a muito tempo. Traz o saudosismo do lar ao paciente internado”, 
explica Ferrari, 2020. 
É possível observar na foto acima, o carisma da cachorra Olívia conhecendo uma 
criança enferma no HBR. 
21 
 
 
2.6 OS AGENTES DA ALEGRIAInspirados pelo Médico norte-americano Hunter Doherty, mais conhecido como Patch 
Adams, o qual tornou-se famoso por seus métodos inusitados em busca da recuperação dos 
seus pacientes, nasce o projeto dos Agentes da Alegria. 
 
FOTO 04: Hunter Doherty (Patch Adams) 
Fonte: CARTER, Louis. LOUIS CARTER. Disponível em: < https://louiscarter.com/louis-carter-
speaks-with-hunter-patch-adams/> Acesso em 22 de ago. 2020. 
 
 
Diante da prática cristã dos Agentes da Alegria, eles decidiram então, levar a alegria 
e o conforto da palavra de Deus para um ambiente onde dificilmente existem sorrisos, e por 
algumas vezes, nenhuma esperança, exceto no alojamento da maternidade. Estes Agentes 
são formados por dois palhaços, que juntos, realizaram toda e qualquer forma de exposição, 
dentro das normas do hospital, com a intenção de arrancar risos de pacientes, familiares e 
da equipe de profissionais da saúde do HBR. Esta foi a forma que os palhaços encontraram 
de expressar sua gratidão à Deus pela vida, levando alegria e a sua fé em Jesus Cristo. 
 Quando as pessoas ouvem falar de palhaços voluntários nos hospitais, logo pensam 
no quanto as crianças vão gostar. Porém, com este projeto, descobriu-se que não somente 
as crianças, mas também os adultos e principalmente idosos necessitam dessa pitada de 
alegria para receber ânimo e esperança de dias melhores. Os Agentes da Alegria têm foco 
em todas as idades. O índice de pessoas idosas hospitalizadas é bem mais alto, e é onde o 
trabalho desses Agentes surti o maior efeito. 
22 
 
 
FOTO 05: Os Agentes da Alegria – HBR 
Fonte: O Autor. 
 
 Um dos objetivos centrais do trabalho de palhaços, é o contato humanizado. A 
presença dos palhaços minimiza as consequências da enfermidade. Suas melhores e mais 
eficazes ferramentas são a alegria e a palavra de Deus, que entra e sai com estes agentes 
deixando rastros de bondade, fé e esperança em Jesus Cristo. Não tomando nenhum tipo 
de partido religioso, estes agentes jamais receberem um não quando é oferecido um 
momento de oração e um abraço apertado. 
O palhaço, como agente das relações humanizadas, tem suas origens fincadas na 
ingenuidade e na pureza. Ele coloca à disposição do paciente o prazer de rir, amplia sua 
perspectiva de vida e lhe mostra outras possibilidades do processo de cura. Nesse sentido, 
o palhaço deixa em evidência que o hospital não é um ambiente apenas de dor e 
sofrimento, que nele há um espaço a ser desfrutado para o desenvolvimento de atividades 
lúdicas. 
Dessa forma, entende-se que as situações de natureza hospitalar não deveriam 
interromper o desenvolvimento humano. Essa é a ideia dos palhaços em hospitais e tem 
sido assim que ao longo dos anos, os palhaços têm auxiliado na recuperação da saúde 
física e mental das pessoas. 
Conforme apontam Moniz e Araújo: 
[...] O voluntariado presta um serviço de assistência em um ambiente 
hospitalar, sendo visto como uma entidade positiva ao atuar nessa 
instituição, que sofre carências efetivas, principalmente na rede pública, 
mas que existem críticas e limitações nessa função no olhar do profissional 
de saúde que compartilha desse lugar. Destaca-se a realização do trabalho 
voluntário realizado pelos palhaços-doutores, considerado um trabalho 
23 
 
humanizado, voltado para o sujeito e não somente para sua enfermidade, 
pois consegue entender as particularidades e subjetividade de cada 
indivíduo que se encontra na enfermaria médica. (MONIZ e ARAÚJO, 2008, 
p. 149). 
Este olhar é único e de muita importância. Buscando na individualidade de cada um 
a melhor forma de abordar uma conversa, brincar e tornar o ambiente mais leve e agradável 
possível. 
“Através do brincar, o palhaço então desenvolve a confiança e fortalece as relações 
humanas no hospital, onde se encontram os profissionais, pacientes e familiares”. (Backes, 
2005, p. 103). 
Para a atuação de um palhaço nos hospitais, não existe nenhum tipo de regra ou 
lugar comum. Alguns falam dessa atuação como forma de terapia, outros, como uso de 
estratégias para que atinja objetivos específicos, além do terapêutico. Alguns termos ainda 
são utilizados como, a palhaçoterapia, clown-terapeuta. Ainda pode-se falar das pessoas 
que utilizam apenas a linguagem do palhaço, com o intuito de voluntariar, sem mesmo um 
breve conhecimento teórico ou prático sobre o assunto. 
De acordo com Hunter “Patch” Adams (2002) sobre a utilização dos palhaços no 
ambiente hospitalar: 
[...]É inerente a essas preocupações que o clowning precisa ser um 
contexto, não uma terapia. É engraçado para esse clown dizer 
“palhaçoterapia”. Claro que é terapêutico! Se a estratégia do amo existisse 
em nossa sociedade, ninguém precisaria da palhaçoterapia. Mas, nossos 
hospitais modernos e práticas médicas ao redor do mundo, todos gritam 
para o reconectar dessa prestação de cuidados com compaixão, alegria, 
amor e humor. [...]Se permitirmos que a estratégia do amor permaneça 
apenas como uma terapia, estamos dando a entender que há momentos 
nos quais ela não é necessária. Mas, se nós nos comprometermos a cultivar 
o amor como contexto, nós seremos continuamente chamados a criar uma 
atmosfera de alegria, amor e riso (ADAMS, 2002, p. 447-448). 
 
 Se as pessoas conseguirem ver o amor somente como um momento feliz, servindo 
como uma terapia para a tristeza e angustia, então não é amor. O amor, é um sentimento 
junto de uma ação, que quando está em evidência, não acaba, não se esquece. Permanece 
e transforma ambientes verdadeiramente. 
 
2.6.1 A ATUAÇÃO DOS AGENTES DA ALEGRIA NO HBR 
 
24 
 
 No início de seu trabalho como voluntários no HBR, os palhaços desempenhavam 
em todos os quartos um teatro com a atuação da palhaça paciente e do palhaço doutor. 
Contagiavam o ambiente e faziam com que, pelo menos por alguns minutos, se 
interrompesse o choro de uma criança ao receber a medicação, a dor de um adulto e a 
tristeza de um idoso, este, por muitas vezes abandonado por seus familiares no leito do 
hospital. 
 Estes palhaços não só promoviam o riso, como também emprestavam por muitas 
horas os seus ouvidos, servindo como uma espécie de depósito de lixos recicláveis, onde 
através dos relatos de pacientes e familiares, conseguiam devolver amor, carinho e palavras 
de conforto através da bíblia e de orações. 
 A palhaça Marinha também desempenhava um importante papel em escrever cartas 
destinadas à equipe da saúde do HBR, com relatos vivenciados por ela e sua família aos 
quais ensinava formas de vencer as tempestades da vida diante da palavra de Deus. 
 
FOTO 06: Entregando Cartas 
Fonte: O Autor. 
 
 
 Alguns funcionários ficavam sempre à espera da cartinha, que era entregue 
semanalmente. A Sra. Lilian, do setor da farmácia, sempre dizia que esperava pelo seu 
remedinho de bom ânimo da semana, o que lhe fazia refletir e agradecer sempre! 
Outro trabalho, não menos importante, também realizado pela palhacinha Marinha, 
era de atuar na brinquedoteca, onde havia por vezes a concentração de mais de duas 
crianças. 
 “Este é um momento extraordinário, ao qual, através do lúdico, proporciona uma 
maior aproximação à estas crianças. Na brinquedoteca, é possível desenvolver a contação 
de histórias, os jogos educativos e as pinturas. Trata-se de um momento mágico que faz 
25 
 
com que a criança esqueça o ambiente e a situação em que se encontra, entregando a ela 
um momento ímpar de felicidade”. (Palhacinha Marinha). 
 Momentos como estes, proporcionam melhora no quadro de internação hospitalar de 
uma criança, aliviando o estresse emocional, onde ela se queixa menos de dor, passa a 
aceitar melhor os alimentos, as medicações e os exames clínicos, melhorando inclusive a 
integração entre os profissionais. De acordo com Lima (2009, p. 186) Estes fatos possuem 
“reflexos diretos na aceleração da recuperação e da cura”. 
 
3. PROBLEMATIZAÇÃO DO TEMA E A RELAÇÃO COM A QUESTÃO SOCIAL. 
 
No Brasil, temos uma definição legalinstituída pela Lei 9,608, publicada em 18 de 
Fevereiro de 1998 que regula o trabalho voluntário. Ela define que para que se realize o 
trabalho de forma voluntário, é necessário que não seja remunerado e que não haja nenhum 
outro interesse que não seja o benefício do indivíduo assistido, que este voluntário seja 
pessoa física, que o serviço seja prestado a entidade pública de qualquer natureza ou 
instituição privada sem objetivar fins lucrativos, que haja o termo escrito de adesão, no qual 
devem constar o objetivo e as condições do trabalho a ser prestado. 
De acordo com o Diário Oficial da União, Seção 1 – 19/02/1998, p. 2: 
LEI Nº 9.608, DE 18 DE FEVEREIRO DE 1998. O PRESIDENTE DA 
REPÚBLICA 
Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei: 
Art. 1º. Considera-se serviço voluntário, para fins desta Lei, a atividade não 
remunerada, prestada por pessoa física a entidade pública de qualquer 
natureza, ou a instituição privada de fins não lucrativos, que tenha objetivos 
cívicos, culturais, educacionais, científicos, recreativos ou de assistência 
social, inclusive mutualidade. 
Parágrafo único. O serviço voluntário não gera vínculo empregatício, nem 
obrigação de natureza trabalhista previdenciária ou afim. 
Art. 2º. O serviço voluntário será exercido mediante a celebração de termo 
de adesão entre a entidade, pública ou privada, e o prestador do serviço 
voluntário, dele devendo constar o objeto e as condições de seu exercício. 
Art. 3º. O prestador do serviço voluntário poderá ser ressarcido pelas 
despesas que comprovadamente realizar no desempenho das atividades 
voluntárias. 
Parágrafo único. As despesas a serem ressarcidas deverão estar 
expressamente autorizadas pela entidade a que for prestado o serviço 
voluntário. 
Art. 4º. Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação. 
Art. 5º. Revogam-se as disposições em contrário. 
Brasília, 18 de fevereiro de 1998; 177º da Independência e 110º da 
República. FERNANDO HENRIQUE CARDOSO - Paulo Paiva. (Disponível 
26 
 
em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l9608.htm>. Acesso em 
08/ago. 2020). 
 
Sendo o Hospital Beatriz Ramos uma Instituição filantrópica, que não possui fins 
lucrativos, tem como seu principal objetivo, atender a todos que necessitam de seus 
serviços, investindo sempre no aprimoramento da assistência integral ao doente para salvar 
vidas. Sempre cumprindo sua finalidade estatutária, a Associação presta assistência 
médico-hospitalar a todas as pessoas que dela necessitarem. Não distribui renda, lucros ou 
vantagens a seus dirigentes e associados. Aplica todos os resultados obtidos na melhoria de 
suas instalações e equipamentos. 
Juntamente, esta instituição possui uma contingência de voluntários qualificados de 
forma prática e teórica, aos quais contribuem com seus serviços previstos em lei, sem a 
intenção de quaisquer fins lucrativos, de forma a desempenhar sua função em prol da 
sociedade, promovendo esperança, acalento e alegria aos enfermos, familiares e aos seus 
colaboradores. 
Ao mencionar alegria, não há como deixar de citar o trabalho desenvolvido pelos 
palhaços Agentes da Alegria, que executaram durante aproximados 4 anos, sempre com 
presteza e muito amor, seus serviços voluntários a fim de promover uma impactante 
contribuição com a melhora do quadro clínico de pacientes internados e familiares cansados 
e muitas vezes, já com poucas esperanças. 
Durante a entrevista, Elisangela afirma que: “Os Agentes da Alegria atuam como 
voluntários, e é notável o sorriso e alegria dos pacientes. É provável, que perante estes 
momentos de relaxamento, o paciente desenvolva a dopamina, e com isso, melhora todo o 
processo de tratamento, bem-estar, minimizando o sentimento de rejeição do hospital”. 
A literatura científica contém muitos estudos sobre a ação do riso no sistema 
imunológico que mostram que a boa disposição de espírito baseia-se na percepção de algo 
inusitado, e que para a assimilação de forma consciente da situação atípica, ocorre uma 
complexidade orgânica que estimula novas ligações cerebrais para melhor assimilação da 
incoerência (SENA, 2011). 
Em outras palavras, o riso é uma mudança de perspectiva, pois rir liberta o 
pensamento lógico, rompendo as reações do reflexo luta ou fuga, tendo como resultado a 
queda no nível de adrenalina, reduzindo o estado de retesamento muscular e tensão 
provocados pela rotina hospitalar (SENA, 2011). 
27 
 
Além disso, sabe-se que o riso e o bom humor são responsáveis pela produção de 
serotonina, um hormônio produzido pelo organismo humano que atua como inibidor dos 
caminhos da dor na medula, fato este corroborado por Sigmund Freud – médico 
neurologista e criador da Psicanálise – que no século XX enxergava o humor como um 
mecanismo de defesa psicológica extremamente saudável (CAPELA, 2011). Diante disso, 
ao rir, os benefícios compreendem tanto o aspecto emocional, quanto o físico, mental e 
espiritual (LUCHESI; CARDOSO, 2012). 
O riso saudável, verdadeiro e está ligado a atitudes e sentimentos positivos. Ela 
pondera que os mais sérios não são, necessariamente, infelizes e depressivos. Quem nutre 
pensamentos negativos, no entanto, costuma ser mais vulnerável a doenças físicas e 
emocionais. O riso, de certa forma, tem poder preventivo. É essencial para transformar 
tristeza em alegria. Rir é contagioso, está cientificamente comprovado. 
[...]O riso é um “medicamento” 100% orgânico, gratuito e contagiante, 
idealizado pela fisiologia humana para ser consumido sem moderação. “Ele 
relaxa o corpo e a mente, fortalece as defesas do organismo, melhora a 
circulação e a pressão arterial e libera endorfina, hormônio que promove 
uma sensação de bem-estar geral. [...]o riso estimula a secreção de 
endorfina e serotonina, substâncias responsáveis pela sensação de bem-
estar. Estudos apontam que rir reduz em até 10% a sensação de 
dor e diminui a produção dos hormônios cortisol e adrenalina, responsáveis 
pelo estado de estresse, que em excesso podem aumentar o risco de 
diabetes, hipertensão arterial e depressão. (LAMBERT, 2007, p. 37-38). 
 
 O autor busca em sua obra, informar a dimensão dos benefícios do riso para a vida 
humana. A grande maioria das pessoas desconhecem o quanto o riso pode os transformar 
positivamente. São muitos os estudos realizados, que comprovam o riso como um grande 
benefício de prevenção e cura. 
 
Um estudo realizado em 1990, pela pesquisadora Nancy Yovetich na 
Universidade da Carolina do Norte em Chapel Hil, EUA demonstrou que o 
ato de rir minimiza sensações dolorosas e auxilia na superação de 
obstáculos onde estudantes universitários que iriam ser submetidos a um 
choque de pequena intensidade, onde antes um grupo passou por um 
momento engraçado e o restante apenas escutou uma história comum sem 
sentido cômico. A frequência cardíaca nos dois grupos foram as mesmas, 
porém o grupo que sofreu influências do lúdico encarou a experiência de 
dor de forma mais descontraída onde é possível comprovar o efeito sedativo 
do riso terapêutico diferentemente de uma distração sem finalidade. AYAN 
(2009, p. 36). 
 
 Quando um palhaço proporciona o riso em um paciente, ele provoca reações como 
estas, inserindo o riso como um sedativo terapêutico, contribuindo com a sua recuperação. 
28 
 
 A equipe da Capelania Hospitalar desempenha um importante papel oferendo apoio 
espiritual aos pacientes e seus familiares. É essencial, que para um momento de tal 
fragilidade, existam voluntários tão solidários, dispostos a cuidar desta área do ser humano, 
não menos importante que as demais. 
 
 O serviço de capelania hospitalar consiste num ministério de apoio, fortalecimento, 
aconselhamento e consolação, desenvolvido junto aos enfermos e seus familiares, 
funcionários e médicos do hospital. É um serviço de dimensão holística, que considera o 
enfermo uma unidade pluridimensional. Consiste em levar conforto em horas de angústia, 
incerteza,aflição e desespero e compartilhar o amor de Deus por meio de atitudes 
concretas: presença, gestos, palavras, orações, textos bíblicos, música, silêncio. “A 
capelania hospitalar é uma organização religiosa interdenominacional com a finalidade 
principal de prestar assistência espiritual em instituições hospitalares”. BAUTISTA (2000, p. 
38). 
 
4. JUSTIFICATIVA 
Devido à pandemia mundial decorrente da proliferação do vírus Covid-19, não foi 
possível realizar o Estágio em Serviço Social III presencialmente no Hospital. Portanto, para 
a construção deste TCC foi pensado em pesquisar sobre a importância que se dá ao 
trabalho voluntário já realizado neste ambiente. 
Ao realizar o Estágio I e II em Serviço Social no HBR, acompanhando o trabalho da 
assistente social, foi possível identificar no comportamento das pessoas, sobre como elas se 
sentem diante das mais variadas situações que ocorrem, situações estas, que por muitas 
vezes, difíceis de suportar. Esta observação se deu desde um colaborador da saúde, até 
seus pacientes e acompanhantes. 
Quando um voluntário passa por determinado setor do Hospital, uma mudança de 
estado acontece. O doente esquece que sente dor, o acompanhante sente-se menos 
cansado e até mesmo os enfermeiros sentem-se mais motivados a trabalhar. 
Diante de comportamentos como estes, dá-se como justificativa a pesquisa sobre 
como estes voluntários transformam ambientes e contribuem com as ações realizadas pelo 
setor da assistência social. 
 
5. OBJETIVOS 
29 
 
5.1 OBJETIVO GERAL 
 
 Dimensionar as contribuições que o trabalho voluntário tem a oferecer dentro de um 
ambiente hospitalar, trabalhando junto ao setor de Assistência Social. 
 
 
5.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS 
 
 Demonstrar a importância do trabalho voluntário para atuação do serviço social 
dentro do Hospital; 
 Destacar sobre a força que representa a presença dos voluntários da área da 
Capelania e suas atribuições; 
 Apresentar o Projeto Agentes da Alegria, constituído por dois palhaços, qualificados 
para tal trabalho, aos quais, diante das normas estabelecidas pelo Hospital, buscam 
desenvolver de forma lúdica e cristã, um conjunto de atitudes, com o fim de contribuir 
para o quadro de melhora dos pacientes, sendo desde as crianças até os idosos; 
 
6 METODOLOGIA DE PESQUISA 
 
A metodologia utilizada foi de cunho bibliográfico e de pesquisa aplicada para a 
construção do Trabalho de Conclusão de Curso Bacharelado em Serviço Social. Se deu 
através de pesquisa de campo, com entrevista aberta, breves e objetivas perguntas feitas 
via e-mail e áudios de WhatsApp, com a Assistente Social do HBR Elisangela R. Dallabrida 
Bonatti e a Funcionária responsável pela Ouvidoria e pela equipe de voluntários Ivone Silva. 
Também buscou-se pesquisar alguns relatos vivenciados pelos palhaços, fundamentando 
suas contribuições com as obras dos autores que escrevem sobre o tema. 
 
 
7 ANÁLISE DOS DADOS DA PESQUISA 
 
 Devido à Pandemia Mundial do Novo Coronavírus Covid-19, não foi possível realizar 
uma pesquisa de campo como esperado. Portanto, este Trabalho de Conclusão de Curso foi 
30 
 
realizado através de pesquisas bibliográficas e relatos de vivencias na prática como 
participante do grupo de voluntários do HBR. 
 
Diante deste momento de limitações, foi possível coletar algumas informações 
chaves com a Assistente Social Elisangela R. Dallabrida Bonatti, e com a profissional Ivone 
Silva do setor da Ouvidoria e responsável pelo time de Voluntários, com a intenção de 
demonstrar aqui, as razões que me levaram a pesquisar e relatar o tema deste trabalho. 
Estes dados foram coletados via e-mail e áudios de WhatsApp. 
 
Entrevista com a Assistente Social Elisangela: 
Você acredita que o voluntariado do HBR contribui com o trabalho da Assistente? Se sim, 
disserte em poucas palavras, quais seriam essas contribuições. 
R: O voluntariado que acontece no Hospital Beatriz Ramos tem proporcionado descontração 
e alegria para o paciente favorecendo de forma positiva, que por muitas vezes se encontra 
sozinho no hospital e sem vínculo familiar. Estes voluntários contribuem para o serviço 
social desenvolvendo igualdade no processo, acolhimento e dignidade. 
Nos conte um pouco sobre a atuação dos Agentes da Alegria no HBR frente ao processo de 
recuperação dos pacientes. Você considera importante essa atuação? 
R: Os Agentes da Alegria atuam como voluntários, e é notável o sorriso e alegria dos 
pacientes. É provável, que perante estes momentos de relaxamento, o paciente desenvolva 
a dopamina, e com isso, melhora todo o processo de tratamento, bem-estar, minimizando o 
sentimento de rejeição do hospital. 
 
 Entrevista com a Colaboradora da Ouvidoria e responsável pelo time de 
Voluntários Ivone Silva: 
A equipe de voluntários hoje, é composta por quantos membros? 
 
R: A equipe é composta por 18 membros. 
 
Ao seu olhar, como o trabalho voluntário influencia na vida dos pacientes e de seus 
familiares? 
 
31 
 
R: O trabalho voluntário é muito importante, tanto para os pacientes como para os 
acompanhantes. Os voluntários sempre levam palavras de conforto, alegria e esperança, 
proporcionando bem-estar aos pacientes. Temos pacientes que esperam ansiosamente pelo 
horário em que receberão as visitas dos voluntários. 
 
E com relação aos funcionários do HBR, este trabalho também acaba influenciando? 
R: Com certeza, influencia muito, pois sentem-se motivados e esperançosos. Sentíamos 
falta quando os voluntários não passavam nos setores. Por este motivo, até pedíamos que 
eles passassem em determinados setores, devido à importância que é para muitos 
receberem uma palavra de conforto e de motivação durante seu horário de expediente. 
 
Agora falando dos Agentes da Alegria, como você descreve o tempo em que eles atuaram 
na equipe de voluntários? 
 
R: Nossa! Difícil responder, pois o nome Agentes da Alegria já diz tudo. Trata-se de um 
trabalho muito lindo e muito positivo que era realizado. Todos os colaboradores não viam a 
hora em que chegasse o dia da visita dos palhaços, pois eram muito esperados. Sempre 
transmitiram muita alegria tanto para os pacientes como para os acompanhantes. O dia de 
visita dos Agentes era sempre um dia marcante para todos, sem exceção, por se tratar de 
um trabalho diferenciado e feliz. 
 
Os pacientes demonstravam quais tipos de comportamento ao receber a visita dos Agentes 
da Alegria? 
 
R: Bem, acredito que os próprios Agentes da Alegria saberiam responder a esta pergunta 
com mais clareza. Para mim, era como se os pacientes não estivessem doentes nos dias de 
visita dos palhacinhos. Acontecia um momento de libertação, pois eles esqueciam da 
doença deles, onde muitos até voltavam a ser crianças, essa era a reação que mais 
percebíamos em todos. Quando conversávamos com eles, víamos no olhar deles ao falar 
dos palhacinhos com muita alegria e renovo. Só em ver os palhaços com roupas coloridas, 
já era o suficiente para esquecerem as dores e a angústia. 
 
Você compreende que as visitas dos Agentes da Alegria contribuíam com o quadro de 
melhora dos pacientes e aliviavam o estresse do familiar? Sim ou não? Se possível, 
explique em poucas palavras. 
 
32 
 
R: Como já citado anteriormente, a alegria que os pacientes sentiam ao receber a visita dos 
palhacinhos, faziam com que esquecessem da sua doença a ponto de nem sentirem mais 
dores. Fazia com que o acompanhante esquecesse por alguns minutos sobre suas 
responsabilidades, seu cansaço físico e emocional. Momentos estes, importantíssimos para 
os motivar, resgatando momentos felizes de ambos, contribuindo inclusive com a 
socialização entre os pacientes e acompanhantes junto à equipe da enfermagem e médica. 
Por onde os agentes da alegria passavam, registravam sorrisos estampados pelo resto do 
dia. A alegria era notável e contagiante. Só tenho uma palavra para descrever tudo isso: 
GRATIDÃO!7.1 VIVÊNCIAS NO ESTÁGIO 
 
O momento do estágio é de extrema importância para a construção do perfil 
profissional do acadêmico, este espaço complementa o processo de ensino/aprendizagem 
na prática, e é onde a identidade do aluno é formada. Porém é um momento desafiador, 
considerando todas as expectativas, dúvidas e questionamentos que surgem neste 
percurso. Neste momento a presença do supervisor de campo é indispensável, pois é ele 
que nos guia para o conhecimento procurando sempre dar respostas ás demandas sociais, 
e inquietações trazidas por nós estagiários, contribuindo para uma formação baseada nos 
princípios éticos da profissão, com qualidade, criticidade, autonomia e competência. 
O trabalho do assistente social no HBR é desafiador, pois abrange todos os setores 
do hospital e inúmeras demandas, o que o torna ainda mais amplo. Mas neste período, tive 
a oportunidade de presenciar o dia a dia da profissional dentro da instituição com todas as 
suas dificuldades, angústias e desafios, observando e identificando o uso de todo 
instrumental adotado e adaptado por ela para a realização de suas ações. 
Identifiquei ainda neste processo, o quanto é indispensável no ambiente hospitalar 
um atendimento humanizado, ético e comprometido com a efetivação e a garantia do direito 
à saúde, pois é uma área em que pulsam valores humanos, onde trabalhamos com a vida 
em suas múltiplas manifestações, desde o nascimento, infância, juventude, o processo de 
envelhecimento, até a finitude. É o que nos pede a ética, que humanizemos nossas ações 
no trato com a vida, este olhar humanizado e acolhedor faz uma diferença imensa na vida e 
no dia a dia destes usuários. 
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Os fatos descritos acima, foram vivenciados no Estágio em Serviço Social I e Estágio 
em Serviço Social II. Já, para o Estágio em Serviços Social III, devido à pandemia, 
infelizmente, não tive a oportunidade de cursar a disciplina de no Hospital Beatriz Ramos, 
devendo desenvolver pesquisas bibliográficas de caráter investigatório, atendendo ao tema: 
“as contribuições do voluntariado junto ao trabalho do assistente social no ambiente 
hospitalar”. 
 
7.2 DISCUSSÃO DOS RESULTADOS 
 
Diante da pesquisa realizada e dos fatos vivenciados como agente voluntário, pode-
se evidenciar em como é notável e de grande importância a atuação da equipe voluntária e 
em como suas atividades realizadas contribuem para o bem comum com as demais 
demandas realizadas pelos profissionais da saúde do HBR, proporcionando auxílio espiritual 
e momentos felizes a todos. 
 
 
8 CONCLUSÕES 
 
Ao pesquisar sobre o assunto proposto, pude observar que quando você se torna um 
voluntário, percebe que recebe mais do que tem para doar. Doar-se em prol de outras vidas, 
vai muito além de somente a realização de um trabalho filantrópico ou de caridade. Sentir-se 
motivado e pesquisar sobre este tema, é como buscar transformação para si mesmo, pois 
se envolve e se motiva a desejar conhecer mais. 
 Quando olhamos para a história, conseguimos observar sobre quão antiga é a 
primeira menção de um hospital, assim como vemos as limitações que existiam nos 
trabalhos voluntários, mas em como perseveraram e cresceram. Como pioneiros deste 
movimento, revelam-se seres humanos em movimento, com o desejo de ajudar o próximo, e 
que hoje, se manifesta em todos os cantos do mundo. 
 Entre as mais variadas definições para trabalho voluntário, gosto de citar Lovato 
(1996) que descreve o trabalho voluntário como solidariedade, cidadania, transformação 
social, desejo de ser útil. 
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 Diante do momento em que nos encontramos, devido à Pandemia Mundial do Novo 
Coronavírus Covid-19, não foi possível realizar uma pesquisa de campo como esperado. 
Portanto, este Trabalho de Conclusão de Curso foi realizado através de pesquisas 
bibliográficas e relatos de vivencias na prática como participante do grupo de voluntários do 
HBR. Também foram coletadas informações importantes através das entrevistas realizadas 
com as Assistente Social Elisangela R. Dallabrida Bonatti e a Colaboradora Ivone Silva, 
responsável pelo setor da Ouvidoria e pela equipe de Voluntários do HBR. 
 Através deste estudo foi possível identificar a relevância que o trabalho voluntário 
possui, com relação à recuperação dos pacientes. Diante da entrevista realizada, foi 
observado em como as contribuições do trabalho voluntário agregam, colaborando com os 
processos dos demais setores, principalmente da Assistência Social. Este é, sem dúvida, 
um trabalho que deve ter continuidade, sendo sempre aprimorado diante das necessidades 
da Instituição. 
Foi possível perceber, dia após dia, em como a atuação dos Capelãos fazem a 
diferença na vida de cada um que os recebe, estando entre estes, os pacientes, os 
acompanhantes e os colaboradores do Hospital. Os funcionários demonstram bastante 
interesse, alguns de forma muito discreta, ouvindo e respeitando o agir da equipe. Muitos 
dos acompanhantes reagem com apreço e buscam auxilio quando necessário. Os pacientes 
relatam o quanto se enchem de esperança quando recebem a visita dos voluntários. 
 
 Foi de grande valia, conhecer sobre a importância que representa o trabalho dos 
palhaços nos hospitais, transformando o riso em um medicamento 100% orgânico, gratuito e 
contagiante, idealizado pela fisiologia humana para ser consumido sem moderação. Era o 
que os Agentes da Alegria levavam consigo, cada minuto que passavam dentro do HBR. O 
ambiente era contagiado e os pacientes esqueciam da dor e da doença, os acompanhantes 
aliviavam o estresse emocional e físico. Acontecia de fato, transformação de ambiente. 
 
 Com os trabalhos voluntários suspensos por tempo indeterminado até o presente 
momento devido à Pandemia, verificou-se sobre a relevância do Projeto Cão terapia 
realizado pela Vira-Lata Clínica Veterinária da cidade de Indaial, com a cachorra Olívia e 
sua Tutora Simone, sendo este, um Projeto que, com certeza, dará continuidade 
contribuindo com a recuperação dos pacientes. 
 
 Estas atuações do voluntariado como um todo, contribuem efetivamente com o 
trabalho realizado pela assistente social do HBR, a qual relata na entrevista que: “estes, 
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contribuem para o serviço social desenvolvendo igualdade no processo, acolhimento e 
dignidade”. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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SUPER INTERESSANTE. Redação Mundo Estranho: Quando surgiram os hospitais. 
Publicado em 18/04/2011 e atualizado em 14/02/2020. Disponível em: 
<https://super.abril.com.br/mundo-estranho/quando-surgiram-os-hospitais/>. Acesso em: 
01/12/2020 
 
Tradução e revisão: Comitê internacional e permanente da tradução e revisão da Bíblia King 
James Atualizada (KJA). São Paulo, Abba Press, 2007. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Apêndices 
 
Entrevista realizada com a Assistente Social do HBR – Elisangela R. Dallabrida Bonatti. 
 
Você acredita que o voluntariado do HBR contribui com o trabalho da Assistente Social? Se 
sim, disserte em poucas palavras quais seriam estas contribuições: 
R: O voluntariado que acontece no Hospital Beatriz Ramos tem proporcionado descontração 
e alegria para o paciente favorecendo de forma positiva, que por muitas vezes se encontra 
sozinho no hospital e sem vínculo familiar. Estes voluntários contribuem para o serviço 
social desenvolvendo igualdade no processo, acolhimento e dignidade. 
 
Nos conte um pouco sobre a atuação dos Agentes da Alegria no HBR frente ao processo de 
recuperação dos pacientes. Você considera importante esta atuação? 
R: Os Agentes da Alegria atuam como voluntários, e é notável o sorriso e alegria dos 
pacientes. É provável, que perante estes momentos de relaxamento, o paciente desenvolva 
a dopamina, e com isso, melhora todo o processo de tratamento, bem-estar, minimizando o 
sentimento de rejeição do hospital. 
 
Entrevista realizada com a Funcionária responsável pela Ouvidoria do HBR e pela equipe de 
voluntários – Ivone Silva. 
 
A equipe de voluntários hoje, é composta por quantos membros? 
R: A equipe é composta por 18 membros. 
 
Ao seu olhar, como o trabalho voluntário influencia na vida dos pacientes e de seus 
familiares? 
R: O trabalho voluntário é muito importante, tanto para os pacientes como para os 
acompanhantes. Os voluntários sempre levam palavras de conforto, alegria e esperança, 
proporcionando bem-estar aos pacientes. Temos pacientes que esperam ansiosamente pelo 
horário em que receberão as visitas dos voluntários. 
 
E com relação aos funcionários do HBR, este trabalho também acaba influenciando? 
R: Com certeza, influencia muito, pois sentem-se motivados e esperançosos. Sentíamos 
falta quando os voluntários não passavam nos setores. Por este motivo, até pedíamos que 
eles passassem em determinados setores, devido à importância que é para muitos 
receberem uma palavra de conforto e de motivação durante seu horário de expediente. 
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Agora falando dos Agentes da Alegria, como você descreve o tempo em que eles atuaram 
na equipe de voluntários? 
R: Nossa! Difícil responder, pois o nome Agentes da Alegria já diz tudo. Trata-se de um 
trabalho muito lindo e muito positivo que era realizado. Todos os colaboradores não viam a 
hora em que chegasse o dia da visita dos palhaços, pois eram muito esperados. Sempre 
transmitiram muita alegria tanto para os pacientes como para os acompanhantes. O dia de 
visita dos Agentes era sempre um dia marcante para todos, sem exceção, por se tratar de 
um trabalho diferenciado e feliz. 
 
Os pacientes demonstravam quais tipos de comportamento ao receber a visita dos Agentes 
da Alegria? 
R: Bem, acredito que os próprios Agentes da Alegria saberiam responder a esta pergunta 
com mais clareza. Para mim, era como se os pacientes não estivessem doentes nos dias de 
visita dos palhacinhos. Acontecia um momento de libertação, pois eles esqueciam da 
doença deles, onde muitos até voltavam a ser crianças, essa era a reação que mais 
percebíamos em todos. Quando conversávamos com eles, víamos no olhar deles ao falar 
dos palhacinhos com muita alegria e renovo. Só em ver os palhaços com roupas coloridas, 
já era o suficiente para esquecerem as dores e a angústia. 
 
Você compreende que as visitas dos Agentes da Alegria contribuíam com o quadro de 
melhora dos pacientes e aliviavam o estresse do familiar? Sim ou não? Se possível, 
explique em poucas palavras. 
R: Como já citado anteriormente, a alegria que os pacientes sentiam ao receber a visita dos 
palhacinhos, faziam com que esquecessem da sua doença a ponto de nem sentirem mais 
dores. Fazia com que o acompanhante esquecesse por alguns minutos sobre suas 
responsabilidades, seu cansaço físico e emocional. Momentos estes, importantíssimos para 
os motivar, resgatando momentos felizes de ambos, contribuindo inclusive com a 
socialização entre os pacientes e acompanhantes junto à equipe da enfermagem e médica. 
Por onde os agentes da alegria passavam, registravam sorrisos estampados pelo resto do 
dia. A alegria era notável e contagiante. Só tenho uma palavra para descrever tudo isso: 
GRATIDÃO!

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