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PROVA REGIMENTAL N2 LEONARDO ROBERTI URIOSTE

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PROVA REGIMENTAL N2 LEONARDO ROBERTI URIOSTE
1) Alberto possui uma fazenda no interior do Tocantins. Em uma segunda-feira pela manhã, em seu escritório, recebe uma ligação informando-lhe de que no final de semana seu imóvel fora invadido por duas famílias que ainda se encontram no local. Como o imóvel não lhe interessa tanto, decide deixar para lá. Após mais de um ano, instigado por sua esposa, decide resolver a situação do imóvel invadido, contratando um advogado com fins a adotar a medida judicial cabível. Que espécie de demanda Alberto deve ajuizar? Caberia o pedido de liminar do procedimento especial? Caso ajuíze uma Ação Reivindicatória, é possível ao juiz aplicar o princípio da fungibilidade na concessão da tutela cabível? Fundamente as respostas. (2,5)
R: No caso concreto o Alberto deveria propor ação de manutenção da pose em face da (turbação) via procedimento ordinário do CPC. Não sendo passível a questão da liminar uma vez que se trata de posse velha um ano e dia Art. 562 do CPC. O princípio da Fungibilidade indica que uma ação proposta de forma inadequada, pode ser considerada válida, permitindo que o magistrado receba e processe a demanda equivocada (ação de reintegração de posse), quando o caso reclamava o ajuizamento de outra espécie possessória (ação de manutenção de posse) 554 do CPC. Pois conforme dispõe o art. 920 do CPC, somente caberá aplicação do princípio da fungibilidade nas ações possessórias, uma vez que, neste caso, as ações são destinadas para proteção da posse e não para requer uma posse, que seria o caso das petitórias.
2) Lucia é proprietária de um apartamento na cidade de São Paulo, seu único imóvel recebido de herança de seus pais. Em um determinado dia recebe a visita de um oficial de justiça intimando-a da penhora de seu apartamento em virtude de uma decisão judicial proferida em um processo de cobrança ajuizada em face de seu ex-marido. Inconformada, contrata uma advogada para adotar a medida judicial cabível para proteger seu patrimônio. O advogado ao tomar conhecimento do processo, constata tratar-se de um processo em trâmite na cidade de Belo Horizonte, domicilio do ex-marido de Lucia. Considerando que a diligência do serventuário fora realizada mediante Carta Precatória, qual a medida cabível e qual o juízo competente para a distribuição de tal medida constatando-se que o bem não fora indicado no processo de origem e a carta ainda se encontra em SP? Esclareça e Fundamente. (1,5)
R: Diante o fato cabe embargos de terceiro conforme 674 do CPC. Cumulado com o art. 676 CPC Parágrafo único. Nos casos de ato de constrição realizado por carta, os embargos serão oferecidos no juízo deprecado, salvo se indicado pelo juízo deprecante o bem constrito ou se já devolvida a carta.
3) Luciano é filho adotivo de Amanda, viúva de Pedro. Amanda possui, também, outros dois filhos mais velhos com Pedro. André e Flávio. Amanda vem a falecer deixando patrimônio. André, o primogênito, requer a abertura de Inventário e sua nomeação como inventariante, o que acaba sendo deferido pelo juiz. Nas primeiras declarações André arrola como herdeiros apenas ele mesmo e seu irmão Flávio. O Juiz determina a citação de todos os herdeiros e Luciano toma conhecimento do Inventário em que ele não consta como herdeiro. Diante disso, pergunta-se: Qual o momento processual que Luciano tem para requerer sua inclusão como herdeiro no inventário? Se não o fizer no prazo legal cabível, qual a medida judicial lhe seria possível adotar para receber o que lhe é de direito? Esclareça e Fundamente. (2,5)
R: artigo 628 do CPC deverá ordenar sua admissão no inventário, requerendo-a antes da partilha. b- 1824 do CC ação de petição de herança. No qual o herdeiro pode, em ação de petição de herança, demandar o reconhecimento de seu direito sucessório, para obter a restituição da herança, ou de parte dela, contra quem, na qualidade de herdeiro, ou mesmo sem título, a possua.
4) Patrícia foi casada com Cristiano por 5 anos. Dessa união sobrevieram 2 filhos (Marcelo e Marcos). Em virtude de problemas no relacionamento, decidiram se divorciar amigavelmente. Na decisão homologatória, fora fixado o valor de 30% do salário de Cristiano de pensão alimentícia para seus filhos menores. Após 6 meses pagando o valor, Cristiano deixa de pagar a partir do 7º mês. Passam-se 3 meses e Patrícia ajuíza uma Execução de Alimentos em nome de seus filhos em face de Cristiano. Este é citado para efetuar o pagamento em 3 dias. No aludido prazo, Cristiano comprova que está desempregado e sem nenhuma renda no momento além de ter sofrido um acidente automobilístico estando de cama em recuperação, necessitando, ainda, fazer uma segunda cirurgia no mês subsequente. O Magistrado, diante da inadimplência e do não pagamento no prazo aludido, decreta a prisão do Alimentante por 90 (noventa) dias. Agiu corretamente o Julgador? Esclareça e Fundamente. Considerando a hipótese de não ter havido qualquer acidente e nem o desemprego, no caso de Cristiano efetuar o pagamento destes três últimos meses, caso venha a inadimplir com alguma prestação no curso do processo, poderá ser decretada sua prisão? Esclareça e Fundamente. (2,5)
R: artigo 5º, Inciso LXVII CF, dívidas não admitem prisão civil. - Lei 5.478/1968, artigo 19, §1º e artigo 5º, Inciso LXVII CF inadimplemento voluntário

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