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unid_2 Enfermagem Interdisciplinar

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Unidade II
5 PROGRAMA NACIONAL DE SEGURANÇA DO PACIENTE (PNSP)
Lançado em 2013 pelo Ministério da Saúde e pela Anvisa, propõe um conjunto de medidas para 
prevenir e reduzir a ocorrência de incidentes nos serviços de saúde – eventos ou circunstâncias 
que poderiam resultar ou que resultaram dano desnecessário ao paciente. A administração de um 
medicamento em dosagem maior que a adequada sem causar dano, a queda do paciente de uma maca 
ou leito hospitalar (o incidente com dano é um evento adverso) ou o alerta de um profissional antes de 
um procedimento ser realizado em paciente errado são exemplos de incidentes.
O Brasil compõe, junto com outros países, a Aliança Mundial para a Segurança do Paciente, 
estabelecida pela Organização Mundial de Saúde em 2004. A Aliança tem como principal proposta 
instituir medidas que aumentem a segurança do paciente e a qualidade dos serviços de saúde através 
do comprometimento político dos signatários.
Estudos recentes mostram, porém, que a incidência de eventos adversos no País é alta: 7,6%. Desses, 
66% são evitáveis, colocando o Brasil à frente de Nova Zelândia, Austrália, Espanha, Dinamarca, Canadá e 
França em proporção de incidentes dessa natureza. São dados que revelam que a segurança do paciente 
é um tema que muitas vezes não tem o grau de prioridade que deveria.
O PNSP foi instituído pela Portaria nº 529, de 1º de abril de 2013, que definiu os conceitos relevantes 
na área da segurança do paciente e as principais estratégias para implementação do Programa: suporte 
à execução de práticas seguras nos hospitais, criação de um sistema de notificação de incidentes, 
elaboração de protocolos e promoção de processos de capacitação (BRASIL, 2013a).
A primeira medida é a obrigatoriedade de todos os hospitais do País, públicos e privados, criarem 
os Núcleos de Segurança do Paciente. Esses núcleos deverão promover ações para a implantação da 
gestão de risco no serviço de saúde, com vistas à segurança do paciente, e a integração e articulação 
multiprofissional nos processos de gerenciamento e gestão de riscos. Sua missão é, também, entre 
outros pontos, fixar e acompanhar o uso dos protocolos de segurança do paciente.
O Programa estabeleceu, ainda, a criação do Comitê de Implementação do Programa Nacional de 
Segurança do Paciente (CIPNSP) para promover e apoiar iniciativas voltadas à segurança do paciente 
em diferentes áreas da atenção à saúde. Formado por representantes do governo, da sociedade civil, de 
entidades de classe e universidades, o CIPNSP será uma referência para a tomada de decisão na área e 
de apoio à implantação do Programa.
Outra estratégia proposta pelo Programa Nacional de Segurança do Paciente (PNSP) foi a elaboração 
de protocolos que ofereçam aos profissionais de saúde conceitos e orientações precisas, por meio da 
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adoção de estratégias capazes de reduzir a ocorrência de incidentes. Tais estratégias deverão incluir a 
avaliação de risco dos pacientes, a adoção de normas, além de indicar os procedimentos operacionais mais 
recomendados para manter a segurança do paciente. Outro eixo do Programa Nacional de Segurança do 
Paciente é a capacitação de profissionais.
Figura 4 – Folder da Campanha de Segurança do Paciente
5.1 Evento adverso
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), evento adverso é um incidente que resulta em 
dano não intencional decorrente da assistência, e não relacionado à evolução natural da doença de base 
do paciente. No Brasil, o Ministério da Saúde, em parceria com a Anvisa, inseriu esse tema na agenda 
prioritária do sistema de saúde público e privado do país, por meio do lançamento, em abril de 2013, do 
Programa Nacional de Segurança do Paciente.
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Os protocolos desenvolvidos visam orientar profissionais na ampliação da segurança 
do paciente nos serviços de saúde. Além deles, o programa criou Núcleos de Segurança do 
Paciente nos serviços de saúde, tanto públicos como particulares, e prevê a notificação de 
eventos adversos associados à assistência do paciente, bem como a chamada pública do setor 
produtivo da saúde para apresentação de medidas de ampliação da segurança dos pacientes 
em serviços de saúde.
Os protocolos e seus objetivos:
Protocolo de Identificação do Paciente: tem a finalidade de reduzir a 
ocorrência de incidentes. O processo de identificação deve assegurar que o 
cuidado seja prestado à pessoa para a qual se destina.
Protocolo para Prevenção de Úlcera por Pressão: visa a prevenir a ocorrência 
dessa e de outras lesões da pele, visto que é uma das consequências mais 
comuns da longa permanência em hospitais. Sua incidência aumenta 
proporcionalmente à combinação de fatores de riscos, entre eles, idade 
avançada e restrição ao leito.
Protocolo de Segurança em Prescrição, Uso e Administração de 
Medicamentos: objetiva a promoção de práticas seguras no uso de 
medicamentos em estabelecimentos de saúde. Segundo o protocolo, 
estima-se que os erros de medicação em hospitais provoquem mais 
de 7 mil mortes por ano nos Estados Unidos, acarretando custos 
tangíveis e intangíveis.
Protocolo para Cirurgia Segura: diz respeito à definição de medidas 
a serem implantadas para reduzir a ocorrência de incidentes e eventos 
adversos e a mortalidade cirúrgica, possibilitando o aumento da segurança 
na realização de procedimentos cirúrgicos, no local correto e no paciente 
correto, por meio do uso da Lista de Verificação de Cirurgia Segura, 
desenvolvida pela OMS.
Protocolo para a Prática de Higiene das Mãos em Serviços de Saúde: 
aborda informações sobre a instituição e promoção da higiene das mãos 
nos serviços de saúde do País. Seu intuito é prevenir e controlar as 
infecções relacionadas à assistência à saúde (Iras), visando à segurança 
do paciente, dos profissionais de saúde e de todos aqueles envolvidos 
nos cuidados aos pacientes.
Protocolo de Prevenção de Quedas: tem como meta reduzir a 
ocorrência de queda de pacientes nos pontos de assistência e o dano 
dela decorrente, por meio da execução de medidas que contemplem a 
avaliação de risco do paciente, garantam o cuidado multiprofissional 
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em um ambiente seguro e promovam a educação do paciente, de 
familiares e profissionais (FIOCRUZ, 2013).
 Lembrete
O Brasil compõe a Aliança Mundial para a Segurança do Paciente, 
fixada pela OMS em 2004. A Aliança tem como principal proposta instituir 
medidas que aumentem a segurança do paciente e a qualidade dos serviços 
de saúde através do comprometimento político dos signatários.
5.2 Dez passos para a segurança do paciente
O Conselho Regional de Enfermagem de São Paulo (Coren-SP), ciente de que a equipe de 
enfermagem possui um papel fundamental nos processos que envolvem a atenção ao paciente, 
assumiu, para o ano de 2010, o compromisso de promover uma grande campanha pela segurança 
do paciente, esclarecendo a categoria de enfermagem e chamando-a à responsabilidade de 
lançar um novo olhar sobre suas práticas cotidianas e identificar falhas no processo possíveis de 
gerar erros.
Apesar de os passos descreverem processos básicos de cuidado de enfermagem para a promoção 
da segurança do paciente, entende-se que sua implementação nos diferentes locais de prestação de 
assistência possa ser um processo complexo frente à cultura organizacional vigente em grande parte do 
sistema de saúde nacional.
5.2.1 Passo 1 – identificação do paciente
A identificação do paciente é prática indispensável para garantir sua segurança em qualquer 
ambiente de cuidado à saúde, incluindo, por exemplo, unidades de pronto atendimento, coleta de 
exames laboratoriais,atendimento domiciliar e em ambulatórios.
Erros de identificação podem acarretar sérias consequências para a segurança do paciente, como 
medicação indevida, falhas durante a transfusão de hemocomponentes, em testes diagnósticos, 
procedimentos realizados em pacientes diferentes e/ou em locais incorretos, entrega de bebês às famílias 
erradas, entre outros.
Para assegurar que o paciente seja devidamente identificado, todos os profissionais devem participar 
ativamente do processo de identificação, da admissão, da transferência ou recebimento de pacientes de 
outra unidade ou instituição, antes do início dos cuidados, de qualquer tratamento ou procedimento, 
da administração de medicamentos e soluções. A identificação deve ser feita por meio de pulseira, 
prontuário, etiquetas e solicitações de exames, com a participação ativa do paciente e familiar, durante 
a confirmação de sua identidade.
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Figura 5 
5.2.2 Passo 2 – cuidado limpo e cuidado seguro (higienização das mãos)
Higienizar as mãos é remover sujidade, suor, oleosidade, pelos e células descamativas da microbiota 
da pele, com a finalidade de prevenir e reduzir as infecções relacionadas à assistência à saúde. Vejamos 
quando proceder à higienização das mãos:
• antes e após o contato com o paciente;
• antes e após a realização de procedimentos assépticos;
• após contato com material biológico;
• após contato com o mobiliário e equipamentos próximos ao paciente.
5.2.3 Passo 3 – cateteres e sondas (conexões corretas)
A administração de fármacos e soluções por cateteres, sondas e seringas é prática de enfermagem 
comum que pode ser desenvolvida em ambientes de atendimento à saúde.
A infusão de soluções em vias erradas, como soluções que deveriam ser administradas em sondas 
enterais serem aplicadas em cateteres intravenosos por causa de conexão indevida, é um evento 
frequente, porém pouco documentado, que pode causar graves consequências e até a morte do paciente.
A capacitação, a orientação e o acompanhamento contínuo sobre os riscos à segurança do paciente 
frente às conexões erradas devem ser destinados a todos os profissionais de saúde.
5.2.4 Passo 4 – cirurgia segura
Apresenta medidas para tornar o procedimento cirúrgico mais seguro e ajudar a equipe de saúde a 
reduzir a ocorrência de danos ao paciente, promovendo a realização do procedimento certo, no local e 
paciente corretos. O uso de uma ou de várias listas de verificação (check-list) traz inúmeras vantagens.
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Os serviços devem elaborar suas listas específicas, dependendo da complexidade dos procedimentos 
que são efetuados.
Figura 6 – Cirurgia segura
5.2.5 Passo 5 – sangue e hemocomponentes (administração segura)
A administração intravenosa de sangue total ou hemocomponentes é feita de um indivíduo (doador) 
para outro (receptor).
Está indicada para pacientes que sofreram perda sanguínea significante ou alterações hematológicas 
decorrentes de doenças ou procedimentos (exemplo: choque, traumatismo, hemorragia, doenças 
sanguíneas, intervenções cirúrgicas, entre outros). A infusão só poderá ocorrer após a confirmação da 
identidade do paciente e sua compatibilidade com o produto (glóbulos vermelhos, plaquetas, fatores 
da coagulação, plasma fresco congelado, glóbulos brancos). A administração deve limitar-se, sempre 
que possível, ao componente sanguíneo que o indivíduo necessita, pois a administração do produto 
específico é mais segura e evita reações em decorrência da infusão de componentes desnecessários. 
Erros na administração de sangue total e hemocomponentes comprometem a segurança do paciente.
Figura 7 – Sangue e hemocomponentes
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5.2.6 Passo 6 – paciente envolvido com sua segurança
O paciente pode e deve contribuir para a qualidade dos cuidados à sua saúde, fornecendo informações 
importantes a respeito de si mesmo e interagindo com os profissionais da saúde.
Ele deve ser estimulado a participar da assistência prestada e encorajado a fazer questionamentos, 
uma vez que é ele quem tem o conhecimento de seu histórico de saúde, da progressão de sua doença 
e dos sintomas e experiências com os tratamentos aos quais já foi submetido. Além disso, desenvolver 
um ambiente que proporcione cuidados centrados no paciente, tornando-o, bem como seus familiares, 
agentes ativos na busca de sua segurança, promove interesse, motivação e satisfação com o cuidado 
prestado, aspectos que possibilitam ter um bom resultado nas condições de saúde.
Figura 8 – Paciente envolvido com sua segurança
5.2.7 Passo 7 – comunicação efetiva
A comunicação é um processo recíproco, uma força dinâmica capaz de interferir nas relações, facilitar 
e promover o desenvolvimento e o amadurecimento das pessoas, influenciando comportamentos.
A comunicação é um processo recíproco, uma força dinâmica capaz 
de interferir nas relações, facilitar e promover o desenvolvimento e o 
amadurecimento das pessoas e influenciar comportamentos.
Existem diversas formas de comunicação, como verbal, não verbal, 
escrita, telefônica, eletrônica, entre outras, sendo fundamental que 
ocorra de forma adequada, permitindo o entendimento entre as pessoas. 
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O paciente recebe cuidados de diversos profissionais e em diferentes 
locais, o que torna imprescindível a comunicação eficaz entre os 
envolvidos no processo (BRASIL, 2005, p. 22).
Figura 9 – Comunicação efetiva
5.2.8 Passo 8 – prevenção de queda
A queda pode ser definida como a situação na qual o paciente, não 
intencionalmente, vai ao chão ou a algum plano mais baixo em relação 
à sua posição inicial. A avaliação periódica dos riscos que cada paciente 
apresenta para ocorrência de queda orienta os profissionais a desenvolver 
estratégias para sua prevenção (BRASIL, 2005, p. 25).
Vejamos os fatores de risco para ocorrência de queda:
1. Idade menor que 5 anos ou maior que 65 anos.
2. Agitação/confusão.
3. Déficit sensitivo.
4. Distúrbios neurológicos.
5. Uso de sedativos.
6. Visão reduzida (glaucoma, catarata).
7. Dificuldades de marcha.
8. Hiperatividade.
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9. Mobiliário (berço, cama, escadas, tapetes).
10. Riscos ambientais (iluminação inadequada, pisos escorregadios, 
superfícies irregulares).
11. Calçado e vestuário não apropriado.
12. Bengalas ou andadores não apropriados (BRASIL, 2005, p. 25).
Figura 10 – Prevenção de quedas
5.2.9 Passo 9 – prevenção de lesão por pressão
Úlcera por pressão é uma lesão na pele e/ou nos tecidos ou estruturas 
subjacentes, geralmente localizada sobre uma proeminência óssea, 
resultante de pressão isolada, ou combinada com fricção e/ou cisalhamento.
A avaliação periódica dos riscos que cada paciente apresenta para a 
ocorrência de úlceras por pressão orienta os profissionais a desenvolver 
estratégias para sua prevenção (BRASIL, 2005, p. 27).
A seguir destacamos os fatores de risco para úlcera por pressão:
1. Grau de mobilidade alterado.
2. Incontinência urinária e/ou fecal.
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3. Alterações da sensibilidade cutânea.
4. Alterações do estado de consciência.
5. Presença de doença vascular.
6. Estado nutricional alterado (BRASIL, 2005, p. 27).
Figura 11 – Regiões de incidência de lesão por pressão
5.2.10 Passo 10 – segurança na utilização da tecnologia
A segurança na utilização da tecnologia compreende o benefício e o 
impacto no uso de um ou mais recursos em prol do restabelecimento 
da saúde do paciente. Visa identificar soluções que têmcomo propósito 
promover melhorias específicas em áreas de maior risco na assistência 
à saúde para que a tecnologia seja utilizada de maneira apropriada 
(BRASIL, 2005, p. 29).
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Figura 12 
 Saiba mais
Para entender a Portaria de segurança do paciente, leia:
BRASIL. Ministério da Saúde. Portaria nº 529, de 1º de abril de 2013. Institui 
o Programa Nacional de Segurança do Paciente (PNSP). Brasília: Ministério 
da Saúde, 2013a. Disponível em: <http://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/
gm/2013/prt0529_01_04_2013.html>. Acesso em: 11 maio 2018.
6 POLÍTICA NACIONAL DE SAÚDE INTEGRAL DA POPULAÇÃO NEGRA
A Política Nacional de Saúde Integral da População Negra define os princípios, a marca, os objetivos, 
as diretrizes, as estratégias e as responsabilidades de gestão voltados para a melhoria das condições de 
saúde desse segmento da população. Inclui ações de cuidado, atenção, promoção à saúde e prevenção 
de doenças, bem como de gestão participativa, participação popular e controle social, produção de 
conhecimento, formação e educação permanente para trabalhadores de saúde, visando à promoção da 
equidade em saúde da população negra (BRASIL, 2007b).
Ela se insere na dinâmica do Sistema Único de Saúde (SUS) por meio de estratégias de gestão solidária 
e participativa, que incluem: utilização do quesito cor na produção de informações epidemiológicas 
para a definição de prioridades e tomada de decisão; ampliação e fortalecimento do controle social; 
desenvolvimento de ações e estratégias de identificação, abordagem, combate e prevenção do 
racismo institucional no ambiente de trabalho, nos processos de formação e educação permanente de 
profissionais; implementação de ações afirmativas para alcançar a equidade em saúde e promover a 
igualdade racial (BRASIL, 2007b).
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Pará
Amazonas
Roraima
Amapá
Rondônia
Acre
Mato Grosso
Mato Grosso 
do Sul
Distrito
Federal
Goiás
Minas Gerais
São Paulo
Paraná
Rio Grande 
do Sul
Bahia
Piauí
Tocantins
Maranhão Ceará Rio Grande do 
Norte
Paraíba
Pernambuco
Alagoas
Sergipe
Santa Catarina
Rio de Janeiro
Espírito Santo
2
1
?
1
1
2
3
3
4
1
27
4
1
1
1
Norte
Nordeste
Centro-Oeste
Sudeste
Sul
Número de pessoas 
que responderam ao 
questionário
Figura 13 – Avaliação da implementação da Política Nacional de Saúde Integral da População Negra (PNSIPN), Brasil, 2016
6.1 A população negra no Brasil e a luta pela cidadania
O desenvolvimento da sociedade colonial e o processo de objetificação dos milhões de negros 
escravizados, trazidos do continente africano nos porões dos navios negreiros, marcaram um período 
longo da história brasileira.
A despeito das péssimas condições de vida e trabalho e das diversas formas de violência às quais 
foram submetidos, episódios de resistência e luta foram as bases para a formação de quilombos.
Os quilombos, a princípio comunidades autônomas de escravos fugitivos, converteram-se em 
importante opção de organização social da população negra e espaço de resgate de sua humanidade, 
cultura e fortalecimento da solidariedade e da democracia, nos quais negros se constituíam e se 
constituem até hoje como sujeitos de sua própria história.
Após a abolição oficial da escravatura, foram muitos os anos de luta envolvendo denúncias sobre 
a fragilidade do modelo brasileiro de democracia racial, até a fundação da Frente Negra Brasileira, em 
1931. A partir de então, as questões e demandas de classe e de raça ganharam projeção na arena política 
brasileira, fortalecidas, posteriormente, pelo Movimento Social Negro, que atua organizadamente desde 
a década de 1970.
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Entre as décadas de 1930 e 1980, eclodiram no mundo inúmeros movimentos sociais que 
manifestaram aos chefes de Estado a insatisfação dos negros em relação à sua qualidade de vida. 
Assumiram proeminência a luta dos negros dos Estados Unidos contra as regras de segregação racial 
vigentes naquele país e a dos negros sul-africanos contra o sistema do apartheid.
No Brasil, a 8ª Conferência Nacional de Saúde, realizada em 1986, constituiu um marco na luta por 
condições dignas de saúde para a população brasileira, uma vez que fechou questão em torno da saúde 
como direito universal de cidadania e dever do Estado. Na conferência, o Movimento Social Negro 
participou ativamente ao lado de outros movimentos, em especial o Movimento pela Reforma Sanitária, 
do processo de elaboração e aprovação das propostas.
Ainda nesse período, o movimento de mulheres negras conferiu maior visibilidade às questões 
específicas de saúde da mulher negra, sobretudo aquelas relacionadas à saúde sexual e reprodutiva. 
O racismo e o sexismo imprimem marcas segregadoras diferenciadas, que implicam restrições específicas 
dos direitos desse segmento, vitimando-o, portanto, com um duplo preconceito.
A atuação do Movimento Social Negro brasileiro na 11ª e na 12ª Conferências Nacionais de Saúde, 
efetuadas em 2000 e 2003, respectivamente, fortaleceu e ampliou sua participação social nas instâncias 
do SUS. Como resultado dessa atuação articulada, foram aprovadas propostas para o estabelecimento 
de padrões de equidade étnico-racial e de gênero na política de saúde do País.
Nos anos 2005 e 2006, ocorreram diversos seminários, encontros, reuniões técnicas e políticas, que 
culminaram com a aprovação desta Política pelo CNS, em 10 de novembro de 2006. Merece destaque 
ainda a realização do II Seminário Nacional de Saúde da População Negra, marcado pelo reconhecimento 
oficial por parte do Ministério da Saúde da existência do racismo institucional nas instâncias do SUS.
6.2 A situação de saúde da população negra no Brasil e seus 
determinantes sociais
Os dados do censo contribuem para conferir maior visibilidade às iniquidades que atingem a 
população negra. Assim, no setor da educação, enquanto entre os brasileiros a taxa de analfabetismo 
era de 12,4%, em 2001, entre os negros, a proporção era de 18,2% e, entre os brancos, de 7,7%. 
Em média, a população branca estudava 6,9 anos e a negra, 4,7 anos. A menor média de anos de estudo 
dos brasileiros foi observada na Região Nordeste: 5,7 anos para os brancos e 4 anos para os negros. 
Na Sudeste, onde se encontra a maior média de anos de estudo do conjunto da população – 6,7 anos –, 
os negros estudavam, em média, 2,1 anos menos que os brancos (JACCOUD; BEGHIN, 2002).
No que se refere à pobreza, dados revelam que os negros correspondem a 65% da população pobre e 
70% da população extremamente pobre, embora representem 45% da população brasileira. Os brancos, 
por sua vez, são 54% da população total, mas somente 35% dos pobres e 30% dos extremamente 
pobres (JACCOUD; BEGHIN, 2002).
O baixo nível de renda, tanto individual quanto domiciliar per capita, restringe as liberdades 
individuais e sociais do sujeito, fazendo com que todo o seu entorno seja deficiente, desgastante e 
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produtor de doença. Em 2001, mais de 32 milhões de negros com renda de até meio salário mínimo eram 
potencialmente demandantes de serviços de assistência social e viviam, em sua maioria, em lugares com 
características indesejáveis de habitação (JACCOUD; BEGHIN, 2002).
Entre os nascidos vivos negros, a porcentagem de nascimentos provenientes de mães 
adolescentes de 15 a 19 anos foi de 29%, portanto, 1,7 vez maior que a de nascidos vivos brancos. 
Verificou-se ainda que 62% das mães de nascidos brancos referiram ter passado por sete ou mais 
consultas de pré-natal.
O cenário referente à prematuridade e à mortalidade infantil também apresenta uma disparidade 
quando relacionado à raça, cor e etnia. A maior porcentagemde nascidos vivos prematuros (gestação <37 
semanas) foi registrada nos recém-nascidos indígenas e pretos, ambos com 7%. Os menores percentuais 
de recém-nascidos prematuros foram observados entre os nascidos amarelos e pardos, ambos com 6% 
(BRASIL, 2005).
O relatório destaca os dados associados às crianças menores de 5 anos. O risco de uma criança preta 
ou parda morrer antes dos 5 anos por causas infecciosas e parasitárias é 60% maior do que o de uma 
criança branca. Também o risco de morte por desnutrição expressa diferenças alarmantes, sendo 90% 
maior entre crianças pretas e pardas que entre brancas (BRASIL, 2005).
Ainda prevalecem os diferenciais de raça, cor e etnia, quando a análise está centrada na proporção 
de óbitos por causas externas. O risco de uma pessoa negra morrer por causa externa é 56% maior que o 
de uma pessoa branca; no caso de um homem negro, o risco é 70% maior que o de um homem branco. 
No geral, o risco de morte por homicídios foi maior nas populações negra e parda, independentemente 
do sexo (BRASIL, 2005).
A análise dos índices de homicídios associada a anos de escolaridade mostrou que pessoas 
com menor escolaridade apresentam risco maior de morte quando comparadas àquelas de maior 
escolaridade. Entretanto, ser preto ou pardo aumentou o risco de morte por homicídio em relação 
à população branca, independentemente da escolaridade. É interessante notar que as diferenças no 
risco de homicídio na população preta ou parda em relação à branca foram ampliadas no grupo de 
maior escolaridade (BRASIL, 2005).
Foram também realizadas análises da mortalidade por doenças transmissíveis e não transmissíveis. O 
estudo destaca a diferença de raça e cor para o risco de morte por tuberculose quando consideradas as 
taxas padronizadas de mortalidade para o ano de 2003: tendo como base de comparação a população 
branca, o risco de morrer por tuberculose foi 1,9 vez maior para o grupo de cor parda e 2,5 vezes maior 
para o de cor preta (BRASIL, 2005).
A dimensão político-programática de combate ao racismo institucional é caracterizada pela produção 
e disseminação de informações sobre as experiências diferentes e/ou desiguais em nascer, viver, adoecer 
e morrer; pela capacidade em reconhecer o racismo como um dos determinantes das desigualdades 
no processo de ampliação das potencialidades individuais; pelo investimento em ações e programas 
específicos para a identificação de práticas discriminatórias; pelas possibilidades de elaboração e 
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implementação de mecanismos e estratégias de não discriminação, combate e prevenção do racismo e 
intolerâncias correlatas – incluindo a sensibilização e capacitação de profissionais; pelo compromisso em 
priorizar a formulação e execução de mecanismos e estratégias de redução das disparidades e promoção 
da equidade (BRASIL, 2005).
 Lembrete
A Política Nacional de Saúde Integral da População Negra define 
os princípios, a marca, os objetivos, as diretrizes, as estratégias e as 
responsabilidades de gestão voltados para a melhoria das condições de 
saúde desse segmento da população.
7 POLÍTICA NACIONAL DE ATENÇÃO À SAÚDE DOS POVOS INDÍGENAS
A proposta da Política Nacional de Atenção à Saúde dos Povos Indígenas integrada à Política Nacional 
de Saúde foi regulamentada pelo Decreto nº 3.156, de 27 de agosto de 1999, que dispõe sobre as 
condições de assistência à saúde dos povos indígenas, e pela Medida Provisória nº 1.911-8. Esta proposta 
inclui a transferência de recursos humanos e todos os bens destinados às atividades relacionadas à 
saúde da Funai para a Funasa (BRASIL, 2002a).
A política supracitada requer um modelo diferenciado e organizado dos serviços de assistência à 
proteção, à promoção e à recuperação da saúde dessa população. Resumindo, a garantia de o índio 
assumir sua cidadania. Para tal fato se concretizar, é necessária a criação de uma rede de serviços no 
território indígena, a fim de suprir as deficiências de cobertura, acesso e aceitação do sistema para esta 
população. Todos os princípios do SUS, como descentralização, universalidade, equidade, participação 
comunitária e controle social devem ser adotados para viabilizar e aperfeiçoar toda estruturação 
do sistema. Para que tais medidas se tornem realidade, é preciso haver uma atenção diferenciada, 
respeitando as características culturais, epidemiológicas, crenças e valores desses povos. Isso não exclui 
a necessidade do uso de tecnologias apropriadas na organização dos serviços (BRASIL, 2002a).
7.1 Contexto histórico
Os povos indígenas, desde a chegada dos colonizadores (invasores), sofrem maus-tratos, trabalhos 
forçados, confinamentos e sedentarização. Centenas de povos desapareceram com o processo de 
colonização, no qual se destacaram as práticas da escravidão, das chacinas, das guerras e das epidemias 
por doenças infecciosas. Dessa forma, podemos afirmar que a relação do Estado brasileiro com os povos 
indígenas sempre foi marcada pelo preconceito e pelo descaso (BRASIL, 2002a).
As políticas implementadas desde o período colonial visavam à integração ou ao extermínio dos 
mais diferentes povos, e a perspectiva de integração destes à sociedade nacional justificou diversas 
ações etnocidas. Considerados “entraves ao desenvolvimento”, o destino dos povos indígenas sempre foi 
traçado nos termos do dominador (BRASIL, 2002a).
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O direito de existência futura, com distintos modos de pensar, de organizar-se e relacionar-se 
com o mundo, sempre foi-lhes negado. A falta de políticas públicas relativas à educação e saúde, e 
a demarcação de territórios insuficientes para o modo de vida tradicional são respostas históricas 
com premissas integracionistas. Não é à toa que o atendimento à saúde restringe-se a medidas 
paliativas e emergenciais.
Em 1910 foi criado o Serviço de Proteção aos Índios (SPI), órgão associado ao Ministério da Agricultura, 
que se destinava a proteger os índios e integrá-los progressivamente à comunhão nacional, bem como 
esvaziar as terras por eles habitadas para que fossem entregues ao sistema de produção e exploração. 
A assistência à saúde prestada aos povos indígenas continuou desorganizada e era exercida de forma 
precária. As ações se destinavam aos casos emergenciais ou inseridos em processos de “pacificação” 
(BRASIL, 2002a).
Na década de 1950, formou-se o Serviço de Unidades Sanitárias Aéreas (Susa), vinculado ao 
Ministério da Saúde. Tinha como objetivo prestar assistência na área de saúde às populações indígenas 
e rurais em áreas de difícil acesso. As ações eram de vacinação, atendimento odontológico, controle de 
tuberculose e outras doenças transmissíveis.
Em 1967 foi criada a Fundação Nacional do Índio (Funai), que nasceu por conta de denúncias contra 
o SPI. No âmbito da Funai, foram concebidas as Equipes Volantes de Saúde (EVS). Estas passaram a 
prestar serviços médicos esporádicos, realizando vacinação e supervisionando os poucos trabalhos de 
saúde nas aldeias, quase que exclusivamente prestados por auxiliares ou atendentes de enfermagem. 
As EVS existiram até a década de 1970.
Em 1986 ocorreu a primeira Conferência Nacional de Proteção à Saúde do Índio, no contexto da 
VIII Conferência Nacional de Saúde, que estabeleceu os princípios para o funcionamento do Sistema 
Único de Saúde (SUS), aprovado na Assembleia Constituinte de 1988. Esta Conferência contou com 
a participação de um pequeno grupo de lideranças indígenas e organizações de apoio e propôs pela 
primeira vez em caráter oficial um modelo de atendimento específico e diferenciado aos povos indígenas 
do Brasil (BRASIL, 2002a).
De acordo com as deliberações aprovadas, os povos indígenas deveriam ter garantidos o acesso 
universal e integral à saúde e a participação em todas as etapas do processo de planejamento, execução 
e avaliaçãodas ações desenvolvidas. Esse modelo de assistência específico e diferenciado lançou as 
bases para a implantação do Subsistema de Atenção à Saúde Indígena (Sasi-SUS), sob a gestão direta 
do Ministério da Saúde.
7.2 Situação atual de saúde da população indígena
Com a criação do Sasi-SUS e dos DSEIs, quase todos os serviços de saúde (atenção básica, 
prevenção e saneamento) passaram a ser executados através de convênios firmados com 
organizações da sociedade civil – organizações indígenas e indigenistas – e com alguns municípios. 
A perspectiva, no âmbito do Ministério da Saúde, era de que a União deveria transferir as suas 
responsabilidades no tocante à gestão e execução das ações em saúde indígena para terceiros. 
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Essa política de parceria proposta pelo governo foi aceita por muitas dessas entidades com as 
seguintes condições: que fosse uma solução temporária; que o governo trabalharia na construção 
de um marco regulatório para a relação com essas organizações; que houvesse o aprimoramento da 
capacidade gestora do governo para a execução direta das ações de saúde indígena. Infelizmente, 
o Governo Federal nunca cumpriu o disposto.
A partir dessas mudanças, as deliberações das Conferências Nacionais de Saúde tornaram-se 
inócuas, e os Conselhos de Saúde Indígena, em muitos lugares, entes figurativos diante das ações 
e decisões das entidades conveniadas. O controle social foi sendo paulatinamente desconsiderado 
por grande parte dos gestores, ampliando com isso os problemas nos espaços de organização dos 
serviços de saúde. Os Distritos Sanitários Especiais Indígenas, que seriam a base de toda a política, 
tornaram-se apenas uma espécie de referência geográfica para que a Funasa pudesse definir os 
tipos de convênios e as atribuições dos prestadores de serviços. A terceira Conferência Nacional 
de Saúde Indígena, realizada em 2001, foi conduzida pelos agentes da Funasa com o objetivo de 
referendar a perspectiva da terceirização e a diminuição ou restrição à participação indígena no 
controle social.
Através das portarias nº 69 e 70, em 2004 a Funasa estabeleceu novas diretrizes para a saúde 
indígena, visando recuperar a execução direta e reduzir o papel das conveniadas, limitando-as à 
contratação de pessoal, à atenção nas aldeias com insumos, ao deslocamento dos indígenas das 
aldeias e à compra de combustível para a execução desses deslocamentos. Em 2006 foi instituído o 
Fórum de Presidentes dos Conselhos Distritais de Saúde Indígena para atuar em caráter consultivo 
e propositivo, em consonância com as demais instâncias decisórias do SUS.
No processo de realização da quarta Conferência Nacional de Saúde Indígena, ocorrida em 2006, 
várias conferências distritais apresentaram a proposta de criação da Secretaria Especial de Saúde 
Indígena (Sesai), em razão do agravamento dos problemas recorrentes de má gestão, autoritarismo, 
uso político e corrupção nas coordenações regionais e instâncias centrais da Funasa. Essa proposta 
foi levada ao plenário da etapa nacional da conferência e acabou derrotada por uma pequena 
margem de votos, motivando a denúncia por grande parte da delegação indígena de manipulação 
nos trabalhos da conferência.
Em 17 de outubro de 2007, foi editada pela Funasa a polêmica Portaria nº 2.656 (BRASIL, 2007a), 
que dispunha sobre a regulamentação dos Incentivos de Atenção Básica e Especializada aos Povos 
Indígenas, revogando a Portaria nº 1.633/GM, de 14 de setembro de 1999. Essa portaria gerou grandes 
manifestações dos povos indígenas, insatisfeitos com a política que tinha como gestora a Funasa, e eles 
reivindicaram a criação de um modelo de política compatível com a Lei Arouca e com as diretrizes da 
II Conferência Nacional de Saúde Indígena. A portaria, além de fortalecer a Funasa, abria perspectivas 
concretas para a municipalização da saúde indígena, exatamente na contramão do que pretendiam os 
povos indígenas (BRASIL, 2007a).
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Posto de saúde
Posto de saúde
Polo base
Referência SUS
Casa de saúde do 
índio
Posto de saúde
Posto de saúde
Posto de saúde
Comunidade 
indígena
Comunidade 
indígena
Comunidade 
indígena
Comunidade 
indígena
Comunidade 
indígena
Figura 14 – Modelo de organização dos Distritos Especiais Indígenas (Dsei)
Os povos indígenas estão presentes em todos os estados brasileiros, 
exceto no Piauí e no Rio Grande do Norte, vivendo em 579 terras 
indígenas que se encontram em diferentes situações de regularização 
fundiária e que ocupam cerca de 12% do território nacional. Uma 
parcela vive em áreas urbanas, geralmente em periferias.
Cerca de 60% dessa população vivem no Centro-Oeste e Norte do país, onde 
estão concentradas 98,7% das terras indígenas.
Os outros 40% da população indígena estão confinados em apenas 1,3% 
da extensão das terras indígenas, localizadas nas regiões mais populosas do 
Nordeste, Leste e Sul do país.
Ainda que numericamente constituam uma parcela de somente 0,2% 
da população brasileira, em algumas regiões a presença indígena é 
significativa. Em Roraima, por exemplo, representa cerca de 15% 
da população do Estado; 4% no Amazonas; e 3% no Mato Grosso 
do Sul. Tomando-se como base a população municipal, em grande 
número de localidades a população indígena é maioria, tanto em 
municípios amazônicos, quanto em outros das regiões Sul, Sudeste e 
Centro-Oeste.
[...]
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Em termos gerais, observa-se um crescimento demográfico entre os 
povos indígenas do país, fato normalmente associado à conservação do 
ambiente natural, estabilização das relações interétnicas, demarcação 
das terras indígenas e melhoria do acesso aos serviços de atenção 
básica à saúde.
[...]
Em relação à morbidade, verifica-se uma alta incidência de infecções 
respiratórias e gastrointestinais agudas, malária, tuberculose, doenças 
sexualmente transmissíveis, desnutrição e doenças preveníveis por vacinas, 
evidenciando um quadro sanitário caracterizado pela alta ocorrência 
de agravos que poderiam ser significativamente reduzidos com o 
estabelecimento de ações sistemáticas e continuadas de atenção básica à 
saúde no interior das áreas indígenas.
[...]
A tuberculose é um dos agravos que acometem com maior frequência 
e severidade as comunidades indígenas. Embora precários, os dados 
disponíveis indicam taxas de incidência altíssimas, superiores em muito 
àquelas encontradas entre a população branca do País. [...] Os dados 
epidemiológicos do Departamento de Saúde da Funai, antes mencionado 
e relativo ao mesmo ano, indicam que a tuberculose foi responsável 
por 22,7% do total dos óbitos indígenas registrados por doenças 
infectoparasitárias (2,2% dos óbitos por todas as causas), ou seja, 
duas vezes a taxa mundial de mortalidade específica por tuberculose. 
A fraca cobertura sanitária das comunidades indígenas, a deterioração 
crescente de suas condições de vida em decorrência do contato com os 
brancos, a ausência de um sistema de busca ativa dos casos infecciosos, 
os problemas de acessibilidade (geográfica, econômica, linguística 
e cultural) aos centros de saúde, a falta de supervisão dos doentes 
em regime ambulatorial e o abandono frequente pelos doentes do 
tratamento favorecem a manutenção da endemia de tuberculose entre 
as populações indígenas no Brasil.
A infecção pelo HIV/Aids também é um agravo que tem ameaçado 
um grande número de comunidades. A partir de 1988, começaram 
a ser registrados os primeiros casos entre os índios, número que 
vem aumentando com o passar dos anos, sendo que, dos 36 casos 
conhecidos até 2000, oito foram notificados em 1998, distribuídos 
por todas as regiões do Brasil. O curto período de tempo transcorrido 
entre o diagnóstico e o óbito dos pacientes e a falta deinformações 
entre os índios sobre os modos de transmissão do vírus e prevenção da 
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doença, bem como as limitações de ordem linguística e cultural para a 
comunicação com eles são desafios a serem enfrentados e expressam 
a situação altamente vulnerável frente à tendência de interiorização 
da epidemia no país. A compreensão das redes de transmissão e os 
determinantes dos processos sociais e culturais originados do contato 
com a sociedade envolvente, bem como as relações intergrupais, é 
fator importante para a tomada de decisões e implementação de ações 
de prevenção (BRASIL, 2002a, p. 9-12).
O relatório da Funasa de 1998 indicou 385 casos registrados. A deficiência do sistema de informações 
em saúde, que não contempla, entre outros dados, a identificação étnica e o domicílio do paciente 
indígena, dificulta a construção do perfil epidemiológico e cria dificuldades para a sistematização de 
ações voltadas para a atenção à saúde dos povos indígenas (BRASIL, 2002a).
A descontinuidade das ações e a carência de profissionais fizeram com que muitas 
comunidades indígenas se mobilizassem, desde os anos 1970, de diversas maneiras, 
especialmente por intermédio de suas organizações juridicamente constituídas, para adquirir 
conhecimentos e controle sobre as doenças e agravos de maior impacto sobre sua saúde, dando 
origem a processos locais de capacitação de agentes indígenas de saúde e de valorização da 
medicina tradicional indígena, com a participação das diversas instituições envolvidas com a 
assistência à saúde indígena.
O propósito dessa política é garantir aos povos indígenas o acesso à atenção integral à 
saúde, de acordo com os princípios e diretrizes do Sistema Único de Saúde, contemplando a 
diversidade social, cultural, geográfica, histórica e política de modo a favorecer a superação dos 
fatores que tornam essa população mais vulnerável aos agravos à saúde de maior magnitude e 
transcendência entre os brasileiros, reconhecendo a eficácia de sua medicina e o direito desses 
povos à sua cultura.
Para o alcance desse propósito, são estabelecidas as seguintes diretrizes, que devem orientar a 
definição de instrumentos de planejamento, execução, avaliação e controle das ações de atenção à 
saúde dos povos indígenas:
— Organização dos serviços de atenção à saúde dos povos indígenas na 
forma de Distritos Sanitários Especiais e Polos-Base, no nível local, 
onde a atenção primária e os serviços de referência se situam.
— Preparação de recursos humanos para atuação em contexto intercultural.
— Monitoramento das ações de saúde dirigidas aos povos indígenas.
— Articulação dos sistemas tradicionais indígenas de saúde.
— Promoção do uso adequado e racional de medicamentos.
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— Promoção de ações específicas em situações especiais.
— Promoção da ética na pesquisa e nas ações de atenção à saúde 
envolvendo comunidades indígenas.
— Promoção de ambientes saudáveis e proteção da saúde indígena.
— Controle social (BRASIL, 2007a).
8 POLÍTICA NACIONAL DE SAÚDE DA PESSOA COM DEFICIÊNCIA
Pessoas com deficiência são aquelas que têm impedimento de longo prazo de natureza 
física, mental, intelectual ou sensorial, que, em interação com uma ou mais barreiras, pode 
obstruir sua participação plena e efetiva na sociedade em igualdade de condições com as 
demais pessoas.
Como qualquer cidadão, as pessoas com deficiência têm o direito à atenção integral à saúde e podem 
procurar os serviços de saúde do Sistema Único de Saúde (SUS) quando necessitarem de orientações ou 
cuidados, incluindo serviços básicos, como imunização, assistência médica ou odontológica, ou ainda 
serviços de atenção especializada como reabilitação ou atenção hospitalar.
Instituída por meio da Portaria nº 1.060, de 5 de junho de 2002 (BRASIL, 2002b), a Política 
Nacional de Saúde da Pessoa com Deficiência está voltada para a inclusão das pessoas com 
deficiência em toda a rede de serviços do SUS e caracteriza-se por reconhecer a necessidade de 
implementar o processo de respostas às complexas questões que envolvem a atenção à saúde das 
pessoas com deficiência no Brasil.
São diretrizes da Política Nacional de Saúde da Pessoa com Deficiência:
— Promoção da qualidade de vida das pessoas com deficiência.
— Assistência integral à saúde da pessoa com deficiência.
— Prevenção de deficiências.
— Ampliação e fortalecimento dos mecanismos de informação.
— Organização e funcionamento dos serviços de atenção à pessoa 
com deficiência.
— Capacitação de recursos humanos (BRASIL, 2002b).
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Figura 15 – Folder do Plano Nacional dos Direitos da Pessoa com Deficiência
É de responsabilidade do Ministério da Saúde coordenar o processo de formulação, implementação, 
monitoramento e avaliação da Política de Saúde da Pessoa com Deficiência, observados os princípios 
e diretrizes do SUS, através de cooperação e assessoria técnica a Estados, a Municípios e ao Distrito 
Federal para o desenvolvimento de ações e da Rede de Cuidados à Pessoa com Deficiência no âmbito 
do SUS. É vital a articulação intra e intersetorial, incluindo os movimentos sociais, organizações não 
governamentais e instituições afins e a transversalização para o desenvolvimento das ações dessa 
Política, que inclui o fomento e a promoção de mecanismos para a formação, a capacitação de recursos 
humanos, assim como pesquisas relacionadas à atenção à saúde da pessoa com deficiência.
A inclusão da assistência aos familiares é essencial para um atendimento humanizado e eficaz, 
com ações de apoio psicossocial, orientações para atividades de vida diária e suporte especializado em 
situações de internamento (hospitalar/domiciliar).
Nas unidades especializadas, de abrangência regional, qualificadas para atender às necessidades 
específicas das pessoas com deficiência, a atenção será multiprofissional e interdisciplinar, com a presença 
de alguns dos seguintes profissionais: médico, fisioterapeuta, terapeuta ocupacional, fonoaudiólogo, 
psicólogo e assistente social, conforme o perfil do serviço. Assim, será possível a avaliação de cada caso 
para a dispensação de órteses, próteses e meios auxiliares da pessoa com deficiência.
Nesse contexto, é importante trabalhar os processos de acolhimento, atenção, referência e 
contrarreferência voltados às especificidades das pessoas com deficiência para que elas possam ter 
acesso às unidades de saúde em todo o País, sem barreiras (arquitetônicas ou atitudinais), como todos 
os demais cidadãos brasileiros.
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De acordo com suas características, as pessoas com deficiência têm direito ao encaminhamento 
para serviços mais complexos e a receber assistência específica nas unidades especializadas de média e 
alta complexidade para reabilitação física, auditiva, visual e intelectual, bem como às ajudas técnicas, 
órteses, próteses e meios auxiliares de locomoção de que necessitem, complementando o trabalho de 
reabilitação e as terapias.
As equipes das unidades de reabilitação devem ser multiprofissionais e trabalhar de forma 
interdisciplinar, envolvendo nas famílias as unidades básicas de saúde e as comunidades, 
buscando recursos locais que facilitem o desenvolvimento integrado de processos de inclusão da 
pessoa com deficiência.
A Rede de Cuidados à Pessoa com Deficiência tem como principal meta a criação, a ampliação e 
a articulação de pontos de atenção à saúde para pessoas com deficiência temporária ou permanente; 
progressiva, regressiva, ou estável; intermitente ou contínua, no âmbito do Sistema Único de Saúde 
(SUS). São diretrizes para o funcionamento da Rede de Cuidados à Pessoa com Deficiência:I – Respeito aos direitos humanos, com garantia de autonomia, independência 
e de liberdade às pessoas com deficiência para fazerem as próprias escolhas.
II – Promoção da equidade.
III – Promoção do respeito às diferenças e aceitação de pessoas com 
deficiência, com enfrentamento de estigmas e preconceitos.
IV – Garantia de acesso e de qualidade dos serviços, ofertando cuidado 
integral e assistência multiprofissional, sob a lógica interdisciplinar.
V – Atenção humanizada e centrada nas necessidades das pessoas.
VI – Diversificação das estratégias de cuidado.
VII – Desenvolvimento de atividades no território que favoreçam a inclusão 
social com vistas à promoção de autonomia e ao exercício da cidadania.
VIII – Ênfase em serviços de base territorial e comunitária, com participação 
e controle social dos usuários e de seus familiares.
IX – Organização dos serviços em rede de atenção à saúde regionalizada, 
com estabelecimento de ações intersetoriais para garantir a integralidade 
do cuidado.
X – Promoção de estratégias de educação permanente.
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XI – Desenvolvimento da lógica do cuidado para pessoas com deficiência 
física, auditiva, intelectual, visual, ostomia e múltiplas deficiências, tendo 
como eixo central a construção do projeto terapêutico singular.
XII – Desenvolvimento de pesquisa clínica e inovação tecnológica em 
reabilitação, articuladas às ações do Centro Nacional em Tecnologia Assistiva 
(MCT) (BRASIL, 2012a).
 Saiba mais
Leia na íntegra a Política Nacional de Saúde da Pessoa Portadora de 
Deficiência em:
BRASIL. Ministério da Saúde. Portaria nº 1.060, de 5 de junho de 2002. 
Política Nacional de Saúde da Pessoa Portadora de Deficiência. Brasília: 
Ministério da Saúde, 2002b. Disponível em: <http://www.saude.mg.gov.br/
images/documentos/portaria_1060.pdf>. Acesso em: 16 maio 2018.
8.1 Saúde da população em situação de rua
Segundo a Política Nacional para a População em Situação de Rua,
Considera-se população em situação de rua o grupo populacional 
heterogêneo que possui em comum a pobreza extrema, os vínculos familiares 
interrompidos ou fragilizados e a inexistência de moradia convencional 
regular, e que utiliza os logradouros públicos e as áreas degradadas como 
espaço de moradia e de sustento, de forma temporária ou permanente, 
bem como as unidades de acolhimento para pernoite temporário ou como 
moradia provisória (BRASIL, 2009).
Desse modo, devemos compreender o tema da pessoa em situação de rua tendo em vista essa 
multiplicidade de fatores que a levou a essa situação, desde os fatores estruturais, como os citados, até 
os fatores mais pessoais, como o rompimento das relações familiares e outros infortúnios (em alguns 
casos dependência de álcool/drogas, perda de bens, transtornos mentais).
Existem poucos dados sobre a quantidade de crianças e adolescentes em situação de rua. Em 2010, 
a Secretaria de Direito Humanos e o Instituto de Desenvolvimento Sustentável realizaram a Pesquisa 
Censitária Nacional sobre Crianças e Adolescentes em Situação de Rua. Essa análise foi executada em 
75 cidades brasileiras, abrangendo as capitais e cidades com população superior a 300 mil habitantes. 
A pesquisa identificou 23.973 crianças e adolescentes em situação de rua no País e revelou que a maioria 
é de meninos/adolescentes (71,8%), enquanto 28,2% são meninas/adolescentes.
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Unidade II
A pesquisa revelou que a população em situação de rua é composta 
predominantemente de homens (82%), sendo a proporção de negros (67%) 
consideravelmente maior que o percentual de negros na população brasileira 
(50,7%, segundo Censo Demográfico de 2010), e que a maioria dessa 
população é composta de trabalhadores que exercem alguma atividade 
remunerada (70%). Os principais motivos que os levaram à situação de 
rua foram: desemprego (29,8%), conflitos familiares (29,1%) e alcoolismo/
drogas (35,5%).
Com relação ao recorte raça/cor, 72,8% das crianças e adolescentes em 
situação de rua são negros (49,2% pardos e 23,6% pretos), enquanto 
23,8% são brancos. Considerando-se os dados do Censo do IBGE de 2010 
que apontam que a população brasileira era composta por 47,7% brancos, 
7,6% pretos e 43,1% pardos, percebemos que o percentual de crianças e 
adolescentes negros em situação de rua é consideravelmente maior que o 
percentual de negros na população brasileira (BRASIL, 2014, p. 13-14).
É importante destacar que os motivos que causaram a ida à rua das crianças e adolescentes diferem 
pouco dos motivos que levaram adultos a viverem nas ruas. De acordo com dados da pesquisa citada, 
os principais motivos são: brigas verbais com pai/mãe/irmãos, violência doméstica, alcoolismo/drogas 
e busca por liberdade. A vida na rua tem uma dinâmica que permite muitas possibilidades e perigos, 
exigindo um amadurecimento precoce, já que expõe a pessoa a situações de vulnerabilidade.
O Ministério da Saúde, em parceria com o Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome 
(MDS) e Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República (SDH), lançou a campanha sobre 
a Saúde da População em Situação de Rua (BRASIL, 2014). Com o slogan “Cuidar da Saúde de Todos. 
Faz bem para a população em situação de rua. Faz bem para o Brasil”, a campanha tem por objetivo 
valorizar a saúde como um direito humano de cidadania e ressaltar que as pessoas em situação de rua – 
independentemente das roupas, das condições de higiene, do uso de álcool e outras drogas ou da falta 
de documentação – têm o direito de serem atendidas na rede de serviços do SUS.
São objetivos da campanha:
• sensibilizar os profissionais de saúde para o acesso e atendimento da população em situação de 
rua nos serviços de saúde;
• diminuir o preconceito da sociedade em relação a ela, contribuindo no acolhimento desse público 
pelos serviços de saúde;
• empoderá-las quanto aos seus direitos de cidadãs.
Para isso, a campanha prevê a distribuição de cartazes para unidades de saúde do SUS em municípios 
com população em situação de rua e para os serviços de assistência social e direitos humanos que 
atendem a essa população nos estados.
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Além disso, a ação inclui materiais informativos voltados para os profissionais de saúde e para 
movimentos sociais da população em situação de rua. Cuidar bem desse público, garantindo um 
atendimento humanizado e integral, requer a colaboração de todos: profissionais de saúde, sociedade, 
movimentos, população de rua e a segurança pública.
8.2 Estratégias e ações de saúde voltadas para a população em situação de rua
Viver na rua expõe as pessoas em situação de rua a diversos fatores de risco que ampliam sua 
vulnerabilidade, como: violência, preconceito, invisibilidade social, dificuldade de acesso a políticas 
públicas, alimentação incerta e pouca disponibilidade de água potável, privação de sono e afeição e a 
dificuldade de adesão a tratamento de saúde.
Em 2013, as ações do Ministério da Saúde para promover a saúde dessa população passaram a 
ser orientadas pelo Plano Operativo de Ações para a Saúde da População em Situação de Rua, que 
desenvolveu diversas ações, entre as quais se destacam:
• implantação de consultórios na rua;
• equipes que prestam atendimento itinerante, conforme as necessidades das pessoas em situação 
de rua.
 Observação
O Ministério da Saúde conta com 144 equipes do Consultório na Rua. 
O Consultório na Rua não é a única porta de entrada da PSR (pessoa 
em situação de rua) no SUS, seu acesso também pode se dar por meio 
das Unidades Básicas de Saúde (UBS) e pelas Unidades de Pronto 
Atendimento (UPAs), principalmente nos municípios onde não houver 
Consultório na Rua.
Dados do Ministério da Saúde apontam que os problemas de saúde mais recorrentesentre essa 
população são:
• problemas nos pés;
• infestações;
• DST, HIV/aids;
• gravidez de alto risco;
• doenças crônicas;
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• consumo de álcool e drogas;
• saúde bucal;
• tuberculose.
As principais causas de internação são: uso de substâncias psicoativas (álcool, crack e outras drogas), 
problemas respiratórios e causas externas (acidentes e violência).
A Pesquisa Nacional sobre a Saúde da População em Situação de Rua, realizada pelo Ministério do 
Desenvolvimento Social e Combate a Fome (MDS) em 2008, ouviu cerca de 32 mil pessoas adultas em 
situação de rua em 71 cidades, revelando que:
— 18,4% já passaram por experiências de impedimento de receber 
atendimento na rede de saúde.
— 29,7% dos entrevistados afirmaram ter algum problema de saúde.
— Os problemas mais prevalentes foram: hipertensão (10,1%), problemas 
psiquiátricos/mentais (6,1%), HIV/aids (5,1%) e problemas de visão/
cegueira (4,6%).
— 18,7% dos entrevistados afirmaram que fazem uso de algum 
medicamento, e os postos/centros de saúde são os principais meios 
de acesso a eles.
— 43,8% dos entrevistados afirmaram que procuram primeiramente 
o hospital/emergência quando estão doentes, e 27,4% procuram o 
posto de saúde.
— Os locais mais usados pelas pessoas em situação de rua para tomar 
banho são a rua (32,6%), os albergues/abrigos (31,4%), os banheiros 
públicos (14,2%) e a casa de parentes ou amigos (5,2%).
— Os locais mais usados pelas pessoas em situação de rua para fazer 
suas necessidades fisiológicas são a rua (32,5%), os albergues/
abrigos (25,2%), os banheiros públicos (21,3%), os estabelecimentos 
comerciais (9,4%) e a casa de parentes ou amigos (2,7%) 
(BRASIL, 2014, p. 25-26).
Diante de tantos desafios, vale ressaltar que somente com a participação e controle social 
poderemos aprimorar os serviços do SUS. Os usuários devem ser ouvidos e é essencial que haja 
espaço para participação!
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A presença de representantes do Movimento da População de Rua nos conselhos de saúde e a 
criação de Comitês Técnicos Estaduais ou Municipais de Saúde da PSR são iniciativas que promovem 
a participação social e certamente contribuem para o aperfeiçoamento do atendimento.
Precisamos urgentemente sensibilizar cada vez mais nossos trabalhadores para que a discriminação 
e o preconceito nos serviços não sejam um entrave ao acesso e ao cuidado em saúde.
 Observação
A Secretaria de Atenção à Saúde (SAS) mantém agenda permanente 
com a Secretaria de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos (SCITIE) a 
fim de garantir a articulação entre as propostas de incorporação e inovação 
tecnológica às necessidades de saúde das pessoas com deficiência.
 Resumo
Nesta unidade, vimos que o Programa Nacional de Segurança do 
Paciente (PNSP) foi criado para contribuir para a qualificação do cuidado 
em saúde em todos os estabelecimentos de saúde do território nacional. 
A segurança do paciente é um dos seis atributos da qualidade do cuidado 
e tem adquirido, em todo o mundo, grande importância para pacientes, 
famílias, gestores e profissionais de saúde com a finalidade de oferecer uma 
assistência segura.
As seis metas do PNSP são:
• identificar corretamente o paciente;
• melhorar a comunicação entre os profissionais de saúde;
• melhorar a segurança na prescrição, no uso e na administração de 
medicamentos;
• assegurar cirurgia em local de intervenção, procedimento e 
paciente corretos;
• higienizar as mãos para evitar infecções;
• reduzir o risco de quedas e úlceras por pressão.
O paciente informado sobre os riscos de danos que poderá sofrer em 
um cuidado de saúde contribui para que tais medidas sejam cumpridas.
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Unidade II
Também demos ênfase nas particularidades das populações negra, 
indígena, pessoas com deficiência e em situação de rua. A construção 
dessas políticas é resultado da luta histórica pela democratização da 
saúde encampada pelos movimentos sociais. É fruto da pactuação de 
compromissos entre o Ministério da Saúde e a Secretaria Especial de 
Políticas, a fim de superar situações de vulnerabilidade em saúde que 
atingem parte significativa dessas populações.
Esse esforço conjunto, dialogado e construído a partir da 
corresponsabilidade do Estado e da sociedade, e que tem como insígnia a 
transversalidade, foi apenas o primeiro grande passo.
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FIGURAS E ILUSTRAÇÕES
Figura 1
THE_MIDDLESEX_HOSPITAL%3B_SEEN_FROM_THE_SOUTH-EAST._ENGRAVING_WELLCOME_L0010833.
JPG. Disponível em: <https://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/9/92/The_Middlesex_Hospital%3B_
seen_from_the_south-east._Engraving_Wellcome_L0010833.jpg>. Acesso em: 11 maio 2018.
Figura 2
1920PX-EWS21.11.JPG. Disponível em: <https://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/thumb/5/5a/
EWS21.11.jpg/1920px-EWS21.11.jpg>. Acesso em: 11 maio 2018.
Figura 4
SEGURANCA_PACIENTE.JPG. Disponível em: <http://www.hse.rj.saude.gov.br/profissional/boletim/bol46/
imagens/seguranca_paciente.jpg>. Acesso em: 12 maio 2018.
Figura 5
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de Análise de Situação de 
Saúde. Saúde Brasil: uma análise da situação de saúde no Brasil. Brasília, 2005. p. 6. Disponível em: <http://
portal.coren-sp.gov.br/sites/default/files/10_passos_seguranca_paciente_0.pdf>. Acesso em: 7 maio 2018.
Figura 6
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de Análise de Situação 
de Saúde. Saúde Brasil: uma análise da situação de saúde no Brasil. Brasília, 2005. p. 16. Disponível 
em: <http://portal.coren-sp.gov.br/sites/default/files/10_passos_seguranca_paciente_0.pdf>. Acesso 
em: 7 maio 2018.
Figura 7
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de Análise de Situação 
de Saúde. Saúde Brasil: uma análise da situação de saúde no Brasil. Brasília, 2005. p. 19. Disponível 
em: <http://portal.coren-sp.gov.br/sites/default/files/10_passos_seguranca_paciente_0.pdf>. Acesso 
em: 7 maio 2018.
Figura 8
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de Análise de Situação 
de Saúde. Saúde Brasil: uma análise da situação de saúde no Brasil. Brasília, 2005. p. 21. Disponível em: 
<http://portal.coren-sp.gov.br/sites/default/files/10_passos_seguranca_paciente_0.pdf>. Acesso em: 7 
maio 2018.
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Figura 9
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de Análise de Situação 
de Saúde. Saúde Brasil: uma análise da situação de saúde no Brasil. Brasília, 2005. p. 23. Disponível 
em: <http://portal.coren-sp.gov.br/sites/default/files/10_passos_seguranca_paciente_0.pdf>. Acesso 
em: 7 maio 2018.
Figura 10
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de Análise de Situação 
de Saúde. Saúde Brasil: uma análise da situação de saúde no Brasil. Brasília, 2005. p. 25. Disponível 
em: <http://portal.coren-sp.gov.br/sites/default/files/10_passos_seguranca_paciente_0.pdf>. Acesso 
em: 7 maio 2018.
Figura 11
UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO (USP). Guia para prevenção de úlcera por pressão ou escara. Orientação 
para pacientes adultos e famílias. USP: Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto, [s.d.]. Disponível 
em: <http://www2.eerp.usp.br/site/grupos/feridascronicas/images/images/manual_guia_prevencao_
pressao_ou_escara.pdf>. Acesso em: 12 maio 2018.
Figura 12
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de Análise de Situação 
de Saúde. Saúde Brasil: uma análise da situação de saúde no Brasil. Brasília, 2005. p. 30. Disponível 
em: <http://portal.coren-sp.gov.br/sites/default/files/10_passos_seguranca_paciente_0.pdf>.Acesso 
em: 7 maio 2018.
Figura 13
1678-4464-CSP-33-S1-E00090516-GF1.JPG. Disponível em: <http://www.scielo.br/img/revistas/csp/v3
3s1//1678-4464-csp-33-s1-e00090516-gf1.jpg>. Acesso em: 12 maio 2018.
Figura 14
GRUPOSSAUDEINDIGENA.GIF. Disponível em: <https://www.paho.org/bra/images/stories/
grupossaudeindigena.gif>. Acesso em: 12 maio 2018.
Figura 15
BRASIL. Presidência da República. Viver sem limite. Plano Nacional dos Direitos da Pessoa com Deficiência. 
Brasília, 2013c. p. 1. Disponível em: <http://www.pessoacomdeficiencia.gov.br/app/sites/default/files/
arquivos/%5Bfield_generico_imagens-filefield-description%5D_0.pdf>. Acesso em: 11 maio 2018.
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Acesso em: 9 maio 2018.
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Disponível em: <http://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/gm/2013/prt1378_09_07_2013.html>. 
Acesso em: 9 maio 2018.
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___. Presidência da República. Viver sem limite. Plano Nacional dos Direitos da Pessoa com Deficiência. 
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