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ESPONDILOARTRITES · Doenças interrelacionadas, com certos aspectos em comum. · Envolvimento inflamatório das articulações axiais. · Ausência de fator reumatoide. · HLA B27 e acometimento ocular. ESPONDILITE ANQUILOSANTE · O envolvimento AXIAL é o característico da doença. · Ocorre o acometimento da coluna. · Dor espinhal inflamatória. · Dor em sacroilíacas, causando dor inflamatória nas nádegas. · Ocorre uma rigidez progressiva da coluna, evoluindo com anquilose após anos da doença. · O início é insidioso, em fim da adolescência e início da vida adulta. · É infrequente ocorrer após os 40 anos de idade. · Média de idade 26 anos. · Predileção pelo sexo masculino – 3 casos masculinos para 1 caso feminino. · Predileção pela raça branca. · Existe associação com o HLA B27 em cerca de 90% dos casos. · Patologia + frequente em parentes de 1º grau HLA B27 positivos portadores de EA e de HLA B27. · 5% dos indivíduos com HLA-B27 desenvolve EA · Quase essencial para a herança de EA, mas outros genes determinam quais casos B27 positivos desenvolverão a doença; · Estágio final- incapaz de olhar para frente quando anda “não consegue ver o sol” Manifestações clínicas Caroline Zanella ATM 2022/A 1 · Dor ao nível das articulações sacroilíacas e/ou dor em coluna lombar = queixa mais comum. · A dor lombar de natureza inflamatória não melhora com o repouso e melhora com a movimentação. · Presença de rigidez matinal maior que 30 minutos. · O acometimento axial geralmente ocorre na coluna lombar, mas pode ocorrer em diversas outras alturas da coluna. · O envolvimento das articulações costovertebrais e costocondrais pode provocar diminuição da expansibilidade torácica (<5cm de variação entre a inspiração e a expiração) e dor às manobras de inspiração profunda ou Valsalva. · Inicialmente, o paciente pode apresentar fases de melhora e de piora da algia, podendo ficar livre dos sintomas por dias a meses, mas com a completa instalação da doença a dor torna-se diária; · Sintomas melhoram com calor, mobilização articular, e pioram com o repouso; · Dor + rigidez matinal; · Lombalgia pode ter irradiação para os membros inferiores, bilateralmente e não há sintomas de parestesias. · Dor nas costas de ritmo inflamatório · Entesite (dor no calcanhar) · Artrite periférica · Dactilite · Uveíte anterior · Psóríase · Doença inflamatória intestinal · Boa resposta a AINE · Reagentes de fase aguda elevados · HLA-B27 · RNM (STIR). · Perda da lordose lombar calcificação dos ligamentos e enteses na coluna em toda a sua extensão, ocorre perda de mobilidade, e o paciente acaba ficando “anquilosado” com perda da lordose lombar e cervical e acentuação da cifose torácica, curvando o corpo para frente = olhar do sol poente. Exame físico · Redução e até retificação da lordose lombar, inicialmente por espasmo muscular doloroso e posteriormente por anquilose fibrosa e óssea; · Grau de restrição da flexão anterior- · Teste de Schober = marcação de pontos ao nível da junção lombossacra e 10 cm acima desse ponto. · Normal é aumentar em >=5 cm, considerando alterado se < 5 cm; · Progressão é ascendente, e na dorsal, poderão acontecer, além da dor, redução da expansibilidade e aumento da cifose. · Teste da expansibilidade torácica = medição ao nível do 4º espaço intercostal · Durante inspiração máxima e após expansão máxima forçada. · Alterada se essa aferição for <= 2,5 cm. · Complicações mais comuns- · Subluxação atlas/áxis, · Deformidades vertebrais. · Fraturas secundárias à OP; · Acometimento articular periférico, traduz pela dor, edema, calor, limitação 🡪 + comum em grandes articulações (coxofemorais, joelhos, ombros, tornozelos, MTF); · Lesões enteropáticas ocorrem em até 1/3 dos pacientes · Locais mais comuns são as inserções dos músculos costoesternais e costovertebrais, a inserção da fáscia plantar na região subcalcânea, sínfise púbica e cristas ilíacas · Retificação da lordose lombar, aumento da cifose torácica, e retificação da lordose cervical, com projeção da cabeça para frente Alterações clínicas extra-articulares · Sintomas constitucionais nas fases de maior atividade ou nos períodos iniciais da doença. · Fadiga, hiporexia, emagrecimento leve e febrícula; · Acometimento ocular em 20-40% · Uveíte anterior (iridociclite), não granulomatosa, unilateral e recidivante >> Hiperemia ocular intensa, visão borrada, dor, fotofobia, lacrimejamento, de início súbito e durando dias a semanas. · Presença de grande quantidade de fibrina e células na câmara anterior e ausência de precipitados ceráticos. · Complicações- sinéquias posteriores, edema cistóide de mácula, catarata e glaucoma>> uveíte recidivante / tratamento tardio · Genitourinário- prostatite, piúria estéril; · Nefropatia mesangial por depósito de IgA. Labs- hematúria micro-macro, podendo ou n ter proteinúria. · Síndrome da cauda equina é complicação rara, possivelmente associada a uma aracnoidite 🡪 quadro insidioso de dor nas nádegas e nas faces internas das coxas e pernas com alterações sensoriais e motoras; · Manifestações viscerais- cardiorrespiratório e neurológico ocorrem nas fases evolutivas subsequentes e oe perfeito controle da doença articulações não tem relação com o aparecimento e a gravidade das alterações viscerais. Manifestações laboratoriais · Inespecíficos- · Anemia normo/normo ou hipocromica; leucocitose leve; · Aumento do VSG, PCR em ate 40%-50% com acom axial e 60% acom perif, fosfaftase alc e IgA; mas níveis normais de PCR e VSG tb não excluem; · HLA B27 - no pac com hist clínica e ex fisico sugestivo Manifestações radiológicas · Predominantemente observadas em esqueleto axial > sacroilíacas, interapofisárias, discos vertebrais. · Concomitância de aumento da reabsorção óssea evidenciada pelas erosões com uma elevação da neoformação óssea identificada pela presença de sindesmófitos e de anquilose articular. · Alterações ósseas são manifestadas por excrescências ósseas adjacentes às erosões, proliferações ósseas no nível das ênteses, periostite e anquilose artic. · Sacroilícas- Rx com incidência de Ferguson modificada, incidência obliqua também é útil. · Progressão simétrica; · Perda da nitidez dos contornos da articulação; · Pseudoalargamento; · Esclerose óssea subcondral; · Erosões nas bordas articulares; · Formação de traves ósseas e redução do espaço articular; · Fusão das articulações. Alteração no RX (radiológica) DAS SACROILICAS · Critérios de NEW YORK, a sacroileíte radiográfica pode ser · Grau 0- normal · Grau 1- suspeito de alteração , não há alterações definidas; · Grau 2- sacroileíte mínima refere a perda da definição das bordas articulares, há alguma esclerose, podendo haver erosões mínou discreta reduç do esp artic; · Grau 3- sacroileíte mod, qdo há esclerose, definida em ambos os lados da SI; borramento e irregularidade das superf arti, erosões e reduç do esp artic; · Grau 4- fusão das superficies artic, aassoc ou n a esclerose residual. · As alterações da porção sinovial da articulação, os 2/3 inf são resultantes de condrite e osteíte do osso subcondral adjacente. Cartilagem do lado ilíaco são melhores observadase tb mais pronunciadas. RNM- edema medula ósseo / osteíte 🡪 sacroileíte ativa; Coluna / ênteses · Na coluna lombar- quadratura vertebral, lesão que pode ocorrer tanto em estágios iniciais quanto tardios; resulta de erosões destrutivas nos ângulos superiores e inferiores dos corpos vertebrais (lesão de Romanus); · Sindesmófitos- com districuição simétrica e delicados, levando a um estágio avançado, “coluna em bambú”; · Redução da mobilidade da coluna 🡪calcificação do disco intervertebral, OP, fraturas vertebrais; · Ossificação do ligamento longitudinal post leva à anquilose dos processos espinhosos; · Cervical- subluxação atlas/áxis semelhante à AR; · Acometimento das ênteses- formação de erosões ósseas e formação posterior de esporões, na região subcalcânea e retrocalcaneo. Outros métodos de imagem· Tc articular- mais sensível que o RX para detecção de alterações estruturais, como a esclerose óssea subcondral e erosões iniciais. · Desvantagem de NÃO detectar as alterações inflamatórias (edema da medula óssea e osteíte subcondral); · RM das sacroilíacas e coluna vertebral- · Edema de medula ossea ou osteíte; · Sinovite; · Entesite; · Capsulite · Limitações da RM- caro, edema ósseo na SI não é específico de EA (pequenos traumatismos locais, alterações degenerativas e pessoas normais); · CI para fazer RM- claustrofobia, marca-passo, relativo- próteses; clips de aneurisma cerebral e stents deve mencionar o material. Critérios modificados de New York (1984)- EA = 1 clínico + 1 radiológico · Clínico- · Lombalgia e rigidez articular por mais de 3 meses, que melhoram com exercício, mas não com repouso; · Limitação da mobilidade da coluna lombar nos planos sagital e frontal; · Limitação da expansibilidade torácica comparado ao normal, em relação a idade e sexo · Radiológico- · Sacroileíte grau ≥ 2 bilateral ou grau 3-4 unilateral Critérios ESSG- · Dor lombar inflamatória · Sinovite (assimétrica ou MMII) · Mais: · Entesite · HF + · Doença de Crohn, colite ulcerativa · Uretrite / cervicite ou diarreia aguda até um mês antes da artrite · Dor em nádega · Sacroileíte critérios diagnóstico Parâmetros característicos usados para o diagnóstico- · Sintomas- dor lombar de ritmo inflamatório | gonartrite (inflamação no joelho) | inflamação na inserção do tendão de Aquiles | uveíte (agudo, unilateral, anterior, remissão espontânea, recorrente, relacionada a HLA-B27); · Imagem · Laboratório- VSH e PCR · História clínica- boa resposta a AINE · Genéticos- HLA-B27 + | HF + · Doenças predisponentes/concomitantes- infecção, psoríase, Crohn · Diferenças entre EA e AR- Instrumentos de avaliação · BASDAI- fadiga, cansaço. · Dor e edema em pescoço, costas, quadril. · Desconforto ao toque. · Rigidez matinal. · BASFI- índice funcional- · Vestir meia-calça · Curvar o corpo · Alcançar prateleira · Levantar sem apoio. · Levantar quando leitado sem auxílio · Ficar em pé 10 minutos sem auxílio · Subir 12-15 degraus · Olhar pra trás · Atividade física · Dia repleto de atividade; · MASES- contagem de entesite- · 13 sítios · Localização fácil · Sem graduação · 0-13 · ASDAS Dx diferencial · Osteíte condensante do ilíaco; · DISH Prognóstico e tratamento · Maioria dos pacientes consegue ter uma capacidade funcional e de trabalho de maneira normal; · O grau de incapacidade varia entre os paciente de forma individual, sendo o envolvimento da coluna e coxofemorais o mais incapacitante. · Entre os indicadores de pior prognóstico, em ordem decrescente- · Artrite coxofemoral; · Dactilite; · Resposta ruim aos AINES; · Vsg >30; · Limitação na mobilidade lombar; · Oligoartrite assimétrica · Início antes dos 16 anos Cuidados · Objetivos básicos- alívio da dor e da inflamação, bem como na manutenção da postura e da função articular; · Associação com a fibromialgia; · Cuidados gerais- postura correta, colchão de densiddade adequada e travesseiro baixo, período de repouso na metade do dia, hábito de natação e poscrição do fumo; · FST e terapia ocupacional- cinesioterapia. Tratamento- · Educação, exercício, fisioterapia, reabilitação, associação de pacientes, grupo de auto-ajuda; · AINE; · Sulfasalazina. · Leflunomida. · Metotrexato. · Corticoides locais. · Bloqueadores TNF. · Infliximabe · Etanercepte · Adalimumabe · Golimumabe ARTRITE REATIVA Introdução · Forma de arterite periférica, habitualmente acompanhada por uma ou duas manifestações extra-articulares, que aparecem após infecções de aparelhos genito-urinário e gastro-intestinal. · A maioria dos indivíduos afetados são homens jovens, na terceira década de vida. · 9 casos masculinos para 1 caso feminino. · Brancos são mais afetados que outros grupos raciais. · Presença de HLA B27 50 a 80% dos casos. · 2 modelos epidemiológicos diferentes da síndrome- · Após infecção intestinal (Shigella, Salmonella, Campylobacter, Yersinia). · Em 6-30% dos indivíduos com infecção intestinal desenvolvem a doença, 2-4 sem após a infecçãp. · Após infecção do trato urogenital, de transmissão sexual- (Chlamydia trachomatis; Ureaplasma e Mycoplasma são incertas). · Ocorrem em 1-3% em pessoas com uretrite não-gonocócica e as manifestações articulares aparecem 2 a 4 sem após a infecção. · Em > 25% dos casos não existe sintomas de antecedente de infecção. · Recentemente, observou-se que o DNA da Chlamydia pode ser encontrado no material de bx sinovial, assim como seu RNA mensageiro, sugerindo que a bactéria pode ser encontrada viva no interior da articulação. Manifestações clínicas · Início agudo – 1 a 4 semanas após infecção. · O envolvimento articular periférico é o mais comum, com predomínio de articulações de membros inferiores. · Agudo, aditivo, assimétrico e oligoarticular. · As articulações afetadas encontram-se edemaciadas, quentes e dolorosas. · Presença de Dactilite – dedos em salsicha. · Edema difuso dos dedos das mãos e dos pés. · Distribuição assimétrica. · Doença sistêmica - fadiga, mal-estar, emagrecimento e febrícula; · Joelhos, tornozelos, quadris, MTF são as mais envolvidas. · Cotovelos e punhos, podem também ser acometidos; · Entesites, tendão de Aquiles em sua inserção no retrocalcâneo e a fáscia plantar em sua inserção subcalcânea são os locais + envolvidos. · Rx com erosões/esporões de aspecto grosseiro. · Acometimento na coluna vertebral é ascendente, assim como na EA. · Sacroileíte em 20-30% e assimétrica , nas fases iniciais; · Acometimento de coluna vertebral e das SI são mais vistos nos pacientes HLA B27 reagente; Manifestações extra-articulares · Uretrite (sensação de queimação durante ou após o ato de urinar) · É muito comum, mesmo naqueles com trigger intestinal. · Acontece nas formas pós venérea e pós entérica · Ocorre de 1 a 3 semanas antes das queixas articulares. · Disúria e descarga uretral purulenta são os sintomas mais típicos no homem. · Ocasionalmente pode haver prostatite e epididimite. · Mulheres podem ter disúria, corrimento vaginal, cervicite e vaginite. · Observa-se hiperemia e edema do meato uretral. · 80% pacientes do sexo masculino > pode ocorrer prostatite · Manifestações por piúria estéril; · Cistite hemorrágica – incomum; · Mulheres – salpingite reativa,vulvovaginite e piúria estéril; · Alterac mucocutâneas – ulceração oral, e balanite circinada. · Pequenas lesões superficiais , indolores; autoimitadas e recidivantes; · Ceratodermia blenorrágica- palmas, plantas e saco escrotal; · Unhas- espessadas e endurecidas; · Olhos- conjuntivite bulbar, (dor em queimação e lacrimejamento), geralmente autolimitada, mas pode evoluir para episclerite, ceratite, úlc de córnea. Pode ocorrer secreção mucopurulenta, estéril, durando de 1 a 2 sem. Uveíte ant aguda-20-30% semelhante à EA; · Hipópio (nível hídrico na câmara anterior); · Acometimento posterior do olho é relatado ocasionalmente; · Cardiológico- distúrbio de ritmo cardíaco, insuficiência aórtica; · Outros- epididimite, nefropatia por depósitos mesangiais de IgA, fibrose pulmonar, neuropatia periférica, hemiplegia transitória e lesões de nervos cranianos. Conjuntivite e uveíte Lesão oral Ceratoderma blenorrágico Blanite circinada Eritema nodoso Alteração unha LABoratoriais · Elevação de PCR e VSG; sendo o VSG >60 mm/h; podendo tb serem normais; · Leucocitose e anemia, de leve a moderada intensidade; · Líquido sinovial, inflamatório e não-séptico; · Pacientes brancos, caucasianos, a prevalência de HLA B27 é de 70-95%; · Gatilho no tgi- coprocultura, antes dos ATB; porém quando já aparecerem os sintomas articulares a cultura tem menor sensibilidade. · Exames sorológicos não são úteis para identificar infecção por Shiguella, Yersinia, Campylobacter, pois além da baixa sensibilidade, não tem como saber se a infecção é atual ou pregressa; · Naqueles com queixas genito-urinárias – pesquisa de Chlamydia trachomatis por cultura do raspadoendouretral ou endocervical; ou por imunofluorescencia direta-Elisa. Critérios de classificaçãoho das artrites reativas (III Workshop Internacional de Artrite Reativa 1996) Artrite assimétrica, predominante nos MMI e evidência de infecção precedente · História de diarreia ou ureterite em um período de 4 semanas precedendo a artrite. · Cultura de fezes positivas. · Detecção de Chlamydia Trachomatis no QUE ou no SWAB urogenital. · Anticorpos anti-Yersina ou anti-Salmonella de subtipo IgG-IgA ou IgG-IgM. · Anticorpos anti-ChlamydiaTrachomatis. · Detecção de DNA de Chlamydia Trachomatis por PCR na articulação. Curso e prognóstico · Evolução variada, sendo possíves 4 evoluções- · Artrite inicial é auto-limitada, com duração de 6-12m e pode não recorrer (em 35% dos casos); · Doença entra em remissão, mas recorre de forma intermitente. Recorrência na forma de - artrite, entesite, manif extra-artic (35%); · Doença evolui com períodos de melhora e de piora, mas não apresenta remissão completa durante seu curso evolutivo (25%); · 5% dos pac apresentam doença inflamatória ativa e persistente ao longo dos anos e podem apresentar artrite destrutiva grave de múltiplas artic perif e/ou alt difusas da coluna vertebral. · Alguns fatores de mau-prognóstico, são conhecidos- falta de adesão ao trat, HLA +, sexo masculino, manifestações viscerais, infecção sexual por chlamydia trachomatis. Tratamento · Balanite circinada- higiene e cremes de corticoesteróides; · Ceratodermia blenorrágica- ag ceratolíticos e pomadas de corticoesteróides; · Uveíte ant aguda- mesma da EA; · Artrite reativa- aguda com AINES (tb para as entesites) e eventualmente corticoides (5-15mg/dia dividida em 2 a 3 tomadas); pode-se fazer tb infiltração intra-artic com corticoides. · Infecção com antibióticos- na fase aguda da diarréia infecciosa ou se coprocultura for +, pode-se usar - sulfam/trimetropim 800/160 mg 2 x dia ou cipro 500 mg 2 x dia por 7 a 10 dias. · Geralm, já n tem sintomas intestinais e não há necessidade de ATB; · Quando o agente for a Chlamydia trachomatis, seu tratamento deve ser feito por 14 d com atb do grupo das tetraciclinas (doxiciclina ou minociclina 100 mg 2 x dia), ou azitro 1g em DU; · TRATAR PARCEIROS. · Doença crônica - casos intratáveis, curso rapidamente progressivo- sulfassalazina 1,5 a 3g/dia e ag imunossupressores como MTX 10-25 mg/sem e a AZA 1 a 2 mg/kg/dia. · Ag biológicos- infliximabe, etanercepte e adalimumabe. ENTEROARTROPATIAS · Doença de Crohn (DC) e Retocolite Ulcerativa (RU) representam as 2 principais formas de apresentação de DII; · A prevalência é ligeiramente maior na doença de crohn. · DC 3-62% ; RU 14-44%; · Pode ocorrer acometimento periférico, com artralgias migratórias ou artrite aditiva. · Não erosiva. · Oligoarticular. · Assimétrica. · Com predomínio em membros inferiores. – joelhos, tornozelos e pés. · Manifestações – diarréia, dor abdominal, sangramento retal. · Caracteriza-se por períodos de remissão e exacerbação e complicações diversas. · Associam-se com manifestações extra-intestinais. · ARTICULARES, cutâneas, oculares, hepatobiliares e vasculares, que podem preceder, ser concomitante ou suceder a doença intestinal. · A complicação cutânea mais comum é o eritema nodoso, que costuma acompanhar a atividade inflamatória intestinal e articular periférica. · · Sintomas articulares são as manifestações extra-intestinais mais comuns; · A artrite periférica pode acompanhar a atividade da doença inflamatória intestinal e melhorar com o controle da atividade inflamatória. · A presença de artrite periférica enteropática não se associa com a presença de HLA B27. · Raramente ocorrem deformidades. · Dois padrões de acometimento- · Artrite periférica, chamada enteropática. Episódios de artrite (joelhos e tornozelos) refletem períodos de atividade da doença intestinal; · 2,8 a 31%. · Curso clinico é auto-limitado, não evolui com destruição articular, porém os episódios são recorrentes. · Pode ter curso crônico, e de natureza erosiva em 10% dos pacientes. · Axial, sacroileíte com ou sem espondilite. Pode preceder o início da doença intestinal em anos, raro na forma periférica. · O envolvimento axial tem um curso independente da atividade da doença intestinal, e a colectomia terapêutica não se reflete na atividade de doença axial. · Podem ocorrer também manifestações periarticulares- entesite, tendinite, periostite. · Em 1998, sugerido por Orchard et al, artrite periférica poderia ter 3 padrões- · Tipo 1 oligoartrite assimétrica, <5 artic acometidas, agudo e auto-limitado, dura menos de 10 sem e acompanha ativ intestinal; · Tipo II poliartrite simétrica- acomete >5 artic, sint podem durar meses ou anos e não reflete a ativ intestinal; eventualmente precede seu Dx; · Tipo III associada à Espondiloartrite- espondilite e sacroileite, mais comum na DC (5-22%) do que naqeles com RCU(2-6%). Sintomas e curso clínico da artrite são independentes da ev da doença intestinal e aprsentam curso crônico e progressivo. Sacroileíte uni ou bilateral, predominando bilat e simetrico. Ev radiografica nas SI é mais comum que na CV e pode ser assintomática. Alterações extra-articulares · Uveíte anterior aguda bilateral e com tendência à cronicidade; · Eritema nodoso; · Pioderma gangrenoso. · É o menos frequente, mas é mais grave. · Aparecimento de úlceras profundas e dolorosas na pele. · Febre e perda de peso. Diagnóstico · RCU e DC o dx é clinico, radiográfico, endoscópico e histológico; · Sem critérios definidos para artrite associada à DII, segue recomendação ASAS; Tratamento · AINES, podem precipitar ou exacerbar atividade inflamatória intestinal. – não são prescritos de rotina. · Uso cauteloso; usar cox 2 seletivo por período curto ou em período em que a atividade inflamatória intestinal está em remissão; · Dar preferência ao uso de corticóides em baixas doses, podendo ser elevado em casos de inflamação intestinal importante. · Prednisona 5-15 mg/dia ou equivalente; · As drogas de base mais uti lizadas para o tratamento dos surtos de atividade intestinal são os derivados da 5-ASA, a mesalazina e a sulfassalazina. · Metotrexado e azatiopina – podem ser indicados em caso de doença periférica. · Anti-TNF- Infliximabe e adalimumabe. · Efetivos no controle da doença intestinal e articular – axial e periférica. · O etanercepte não possui controle sobre a doença inflamatória intestinal. ARTITE PSORIÁSICA Introdução · Artrite Psoriásica é um grupo heterogêneo de manifestações articulares crônicas em associação com a psoríase. · Psoriase em 1-3% da pop; · 6 a 42% dos indivíduos com psoríase desenvolverão AP; · O acometimento da pele costuma preceder a artrite em 75% dos casos. · Idade entre 20-45 anos; · Sexo feminino, forma poliarticular simétrica e no sexo masculino a forma axial predomina. Manifestações clínicas · Em 75% das vezes a psoríase precede o aparecimento das queixas articulares num período de meses a vários anos; · Em 15% dos casos, o início da artrite é concomitante com o da psoríase; · Em 10% as manifestações articulares precedem o início das cutâneas. · Tipos de pacientes com psoríase- Tipo 1- início antes dos 40 a e forte agregação familiar, qdro cut precede o artic em 10 anos; · Tipo2 - início após os 40 anos, intervalo mais curto , 1 ano Manifestações articulares · Oligoartrite assimétrica 70% - forma clínica mais frequente. · Acomete até 4 articulações, grande e/ou pequenas. · Predomínio em membros inferiores. · Joelhos, pequenas articulações dos pés e das mãos. · Entesite e dactilite; · Poliartrite simétrica – 15% dos casos. · Erosão e acometimento de carpo, metacarpofalangiana e interfalangianas PROXIMAIS. · Pode haver comprometimento concomitante de interfalangianas distais. · Isso não ocorre na artrite reumatoide. · Envolvimento de interfalangianas distais – quando há acometimento exclusivo das Interfalangianas distais associado ao envolvimento ungueal pela psoriase; · Unha em dedal ou pitting nail · Artrite mutilante - <5% dos casos. · Forma mais grave da doença.· Ocorre destruição grave, osteólise, reabsorção de falanges, anquilose óssea; · Forma Espondilítica - ocorre em 5%. · Quando há o envolvimento axial isolado, semelhante à EA. · Manifestações axiais e sacroileite são com frequência encontradas em outros subtipos da AP. · Inicialmente a sacroileite é unilateral ou se bilateral, faz-se assimetricamente. Manifestações clínicas · Pode ocorrer troca de subgrupo com o passar dos anos, forma oligo para poliarticular; · Manifestações sistêmicas, semelhantes às outras espondiloartrites; · Olhos - conjuntivite crônica em evolução e com abundante secreção mucoide. · Uveíte anterior; · Episclerite. · Esclerite, · Ceratoconjuntivite seca; · Podem preceder, ser concomitantes ou suceder as manifestações cutâneas. · Insuficiencia aórtica; · Maior risco de eventos cardiovasculares, IAM, AVE e morte súbita nos pac com AP (assim como no LES.AR). · Nefropatia por IgA; · Maioria dos pacientes com AP têm lesões de psoriase vulgar, e menos associações com psoriase eritrodermica ou pustular; Critérios classificatórios de artrite psoriásica CASPAR Manifestãções laboratoriais · FAN reagente em até 50% em baixos títulos; · Pode ocorrer anemia, leucocitose, aumento de VHS e PCR, nas fases de maior atividade Alterações radiográficas · Geralmente causa lesões assimétricas e se manifesta radiograficamente por erosões ósseas destrutivas. · Proliferação óssea intensa associada. · A destruição óssea provoca o afilamento da porção distal das falanges. · Predileção pelas IFD; · Afinamento das falanges terminais;; · Ausência de osteopenia periarticular ou presença leve · Artrite periférica mutilante, mostrando osteólise e anquilose; · Assimetria; · Destruição grosseira de pequenas articulações isoladamente e proliferação periosteal; · Acometimento AXIAL- · Sacroileíte e distribuição dos sindesmófitos são assimétricos – grosseira e assimétrica. · Sindesmófitos de aspecto grosseiro e não acometem vértebras consecutivas Prognóstico · Geralmente o curso da doença é tranquilo. · Cerca de 20-40% dos pacientes pode desenvolver uma artrite potencialmente destrutiva e incapacitante; · incidência de mortalidade CDV; · AP é uma das mais representadas pelo estresse emocional; Fatores de mau prognóstico- · Falta de adesão ao tratamento. · Atraso no DX e no início do trate/ou resposta ruim ou tratamento incompleto. · Doença poliarticular, presença de efusões articulações e aumento de PCR/VSG · Presença de erosões no RX. Tratamento · Lesões cutâneas- aplicações tópicas/fototerapia/ agentes ceratolíticos, cremes de esteróides, pomadas de vitamina D3, derivados do ácido retinóico, luz UV. · MTX, leflunomida, derivados do acido retinóico, ciclosporina A, e agentes biológicos. · Artropatia · AINES, melhor tratamento, pelo tempo que existir atividade de doença e a retirada deve ser gradual; · Corticóides sistêmicos; doses pequenas (<=10 mg/dia); · Artrocentese com corticóides, evitando punção em áreas com lesões · Metotrexato SC , 20-25 mg/sem · Leflunomida 100 mg por 3 dias, depois 20 mg/dia · Ciclosporina 2,5 a 5 mg/kg/dia · Sulfassalazina 2 a 3g/dia · Agentes imunobiológicos- · Infliximabe, etanercepte, adalimumabe, golimumabe, podem ser usados associados ao MTX · Ustekinumabe (anti- IL12/IL23) · Secuquinumabe (anti-IL 17) ARTRITES VIRAIS Introdução · As viroses são reconhecidas como importantes causas de artrites; · Curso clínico costuma ser autolimitado, transitório e com duração de poucas semanas; · Ocasionalmente pode tornar-se prolongado ou crônico; · Poliartropatia é uma manifestação comum e as mulheres são mais comumente afetadas do que os homens ou crianças ; · Não causam dano articular permanente. Patogenia · Artrite desenvolve-se como resultado de vários mecanismos, incluindo infecção viral direta e a indução ou amplificação de autoimunidade pelo vírus; · Qdo um agente invade a artic pode induzir uma reação inflamat via ef líticos, no tec do hosp, formação de imunocomplexos, ou indução de citocinas inflamatórias; · Outra forma- os vírus podem induzir autoimunidade e inflamação por outros mecanismo, como mimetismo molecular ou expansão de epítopos. Agentes etiológicos · Hepadnavírus- Hepatite B · Flavivírus - dengue; febre amarela, HCV · Parvovírus, espécie -Esrytrovirus B19 · Família Togaviridae, espécie Rubivirus- Rubéola · Retrovírus - HIV, HTLV-1; · Família Togaviridae, espécie Arbovírus (alfavírus) - Ross River, Chikungunya, Mayaro · Herpesvírus- Epstein Barr, CMV, herpes simples, varicela, herpesvírus humano 8 · Paramyxovirus- Caxumba Padrões da doença viral · Existem 3 padrões de doença viral que são úteis para considerar a doença reumática associada ao vírus- · Doença auto-limitada aguda (parvovirose, rubéola) · Infecção crônica (HBV, HCV, HIV) · Infecção latente, com potencial de reativação (herpes vírus, como Varicella zoster). Parvovirose B19 · E um vírus DNA, 5º doença da infância -> eritema infeccioso (febre + erupção cutânea facial); · Aparece em surtos e é disseminado por secreção respiratória, período de incubação de 13-18 d; · Taxa de transmissão secundária em adultos é de 50 %; · Indivíduos soronegativos em contato com crianças em idade escolar, ou individuos com infecção ativa 🡪 maior risco; · IgG para parvovirose é positivo em 50 % nos adultos (infecção no passado); · Rash “bochechas esbofeteadas” não é comum no adulto; · As manifestações clínicas dependem da idade e dos estados imune e hematológico do hosped; · Fase virêmica e após fase da resposta anticórpica; · Erupção cutânea, artralgias e artrite nessa 2ª fase, simult ao desenvolvim dos ac IgM; · Pode causar quadro poliarticular, artrite de pequenas articulações semelhante à AR; · Manifestações articulares · Sintomas articulares ocorrem em 8% nas crianças, e em 60% dos adultos infectados e, podem acompanhar ou ocorrer após a erupção cutânea; · Artropatia ocorre mais em mulheres (59%) que em homens (30%); padrão típico é + comum em adultos, em crianças é assimétrico e pauciarticular, com joelhos envolvidos e precede ou acompanha a erupção cutânea; · Início agudo de poliartralgias, ou – freq, com poliartrite; · Padrão de acometimento é simétrico (semelhante à AR), mas pode iniciar em algumas articulações e ter padrão aditivo (mãos, punhos, joelhos e tornozelos); · Sintomas articulares duram em torno de 1 a 3 semanas e é autolimitada,embora em 20% dos casos evoluam para a cronicidade , · Maioria tem FR -, mas pode ocorrer FR, FAN, ANTI-DNA +; outras sindromes tb podem ocorrer- lúpus-like,vasculites, citopenias; · Pac imunossuprimidos podem n apresentar resp imune antiviral, sendo necessario demonstração direta do vírus; · Diagnóstico e Tratamento · Suspeita clínica (exposição) e pela detecção de IgM ; · Tratamento- doença é auto-limitada, somente com sintomáticos, em casos raros de artrite crônica seguida de infecção aguda pelo parvovirus, a infusão de imunoglobulina tem se mostrado eficaz. Rubéola · Os membros da família Togavirus associados com artrite incluem as espécies Alphavirus e Rubivirus; · Virus da rubéola é o único membro da espécie Rubivirus; · Contaminação ocorre horizontalmente por inalação de gotículas do ar ou verticalmente da mãe para o feto; · Viremia ocorre 8-14 dias após a infecção e está associada com a difusão do vírus nas secreções nasofaríngeas; · Produz um exantema (rash maculopapular), febre, sintomas constitucionais, linfonodos cervicais e occipital posterior; · Manifestações articulares · Após introdução da vacina, a taxa de novas infecções diminuiram, sendo atualmente negligenciada no diagnóstico diferencial de artrite aguda; · Artrite ou atralgia, embora incomum em homens e meninas pré-púberes, ocorre em cerca de 50% das mulheres adultas, aparecendo pouco depois do início da erupção cutânea. · Artrite é freq simétrica, poliarticular e ocorre nas MCF e IFP das mãos, punhos, joelhos, tornozelos e cotovelos. · Fase articular da doença é auto-limitada e geralmente dura menos que 2 semanas. Entretanto sintom articulares prolongados ou recorrentes podem acompanhara exposição ao vírus ou VACINA. · Vacina e Tratamento · IgM para rubéola aparece em poucas semamas da infecção e persiste por 4 a 6 meses; · Sintomatologia reumática pós-vacinal inclui- · artralgias mãos, punhos, e joelhos, artrite, mialgia, parestesias (aparecem em 15 % dos adultos) 🡪acontece 2 sem após vacinação e dura menos de 1 sem; · Nas crianças🡪 radiculoneuropatia lombar (dor poplítea), ocorre 1 a 2 meses após imunização · Tratamento- com analgésicos e AINES; · Uso de imunoglobulina endovenosa tem indicação e é benéfico na artropatia crônica. Vírus da hepatite C · Família Flavivírus · Problema de sáude mundial, com 170 milhões de pessoas infectadas; · Infecção está associada a numerosas desordens hematológicas, renais, dermatológicas, reumáticas e autoimunes; · É a principal causa de hepatite pós-transfusional e adquirida na comunidade; · Menos de 20% dos pac com HBV aguda são sintomáticos no momento da infecção. Maioria dos casos estão associados com a transição para a cronicidade; · Pode evoluir em 20 % dos casos para cirrose ou carcinoma hepatocelular; · Patogenia HCV · Infecção aguda por HCV não está assoc com queixas reumatológicas, em contraste com o HBV, e a maioria dos pac não sabem que estão infectados; · O HCV possui tropismo por hepatócitos, linfócitos B, gland salivares e lacrimais. Assim, expansão de cels monoclonais e policlonais B são encontrtados no figado e MO. · Em 50% dos pac com HCV cronica, crioglobulinas podem ser detectadas. Entretanto, <5% desenvolvem a sínd da crioglobulinemia mista (depósitos de imuno complexos contendo crioglobulinas em diferentes órgãos ocorre na crioglobulinemia mista 🡪 púrpura/artralgia ou artrite/ glomerulonefrite/polineuropatia) · Infecção por HCV crônica está associada a manif reumáticas extra-hepáticas (artralgia/artrite/sialoadenite/vasculite crioglobulinemica); · Manifestações articulares · O envolvimento articular é a manif extra-hep mais freq. A artrite pode apresentar 2 subtipos clínicos- · poliartrite simétrica- subtipo mais frequente. Poliartrite assemelha-se à AR, porém menos agressivo, acomete pqnas artic. Em 50-80% dos casos, observa-se rigidez matinal, FR +; · mono/oligoartrite intermitente- relaciona-se com a crioglobulinemia mista sintomática. Acomete medias e gdes artic, raram curso crônico. · Diagnóstico de HCV · anti-HCV , HCV RNA qualitativo · Outros anticorpos- FR + em 40-65%, crioglobulinas 40-55%, FAN 10%, ... · EXCETO - ANTI-CCP QUE É NEGATIVO E SEM EROSÕES NO RX · Na crioglobulinemia mista- FR + (100%dos casos); e redução de C4 (50-85%) · Tratamento · AINES, baixas doses de corticóides e hidroxicloroquina é eficaz em alguns casos de poliartrite simétrica. O subtipo mono/oligo intermitente é responsivo a baixas doses de prednisona, com ou sem HQN concomitante; · Ciclosporina - droga promissora para o trat da artrite; · Terapia combinada anti-viral (interfero alfa e ribavarina), deve ser av com cautela, pq o interferon alfa pode piorar doença autoimune; · A emergencia de trat antivirais + específicos e a combinação com biológicos podem oferecer trat mais efetivo. · Anormalidades em HCV + · FR · Crioglobulinas · FAN · Gamopatia monoclonal · AC anti-tireoidianos · AC anti-fosfolipídeos · AC anti-músculo liso · ANCA · Condições autoimunes associadas a infecção pelo HCV · Vasculite crioglobulinêmica · Produção de auto-anticorpos · Citopenias auto-imunes · Glomerulonefrite membranoproliferativa · Síndrome Sicca-like · Artralgias e artrite. Vírus da hepatite B · Hepadnavirus; · 350 milhões de pessoas estão infectadas no mundo (1/3 da pop mundial); · Transmissão ocorre via vertical, sexual ou parenteral; · Período de incubação de 6 a 20 semanas; · Aproximadamente 20% dos pac desenvolvem manifestações extra-hepaticas, sendo as mais descritas e graves- poliarterite nodosa (PAN) e a glomerulonefrite; · Menos de 5% dos pac com HBV aguda ictérica cronificam; e hepatite fulminante em 0,5 -1% dos casos; · Quadro articular ocorre geralmente na fase aguda da doença, mas existe casos reportados de artropatia sendo desenvolvida na fase crônica da infecção por HBV. · Manifestações articulares · Geralmente a fase articular é acompanhada por rash urticariforme ou maculopapular. · Artrite pode ser observada em 2 subtipos, em ambos a patogênses é atribuída à deposição de imunocomplexos contendo antígenos virais (HbsAg ou HbeAg e seus respectivos anticorpos anti-Hbs e anti-Hbe)- · Poliartrite aguda, autolimitada, semelhante a AR, descrita na fase pré-sintomatica (2 a 3 sem), acometendo as IFP, joelhos, tornozelos, FR + em cerca de ¼ dos pacientes. Complemento reduzido em 40% . · Fase da PAN (emagrecimento, febre, artralgias, nódulos e ulcerações cutâneas, mononeurite múltipla, angina intestinal) · A persistência da poliartrite por mais de algumas semanas deve levantar a hipótese de transformação para um estado de vasculites sistêmica (PAN). · Diagnóstico · Maioria dos pacientes terá leucocitos e VSG normais; · Fr + 25%, · Redução do complemento C3 ou C4em 40%, · HBV AGUDA- · HbsAg reagente, aumento de enzimas hepáticas, Anti-Hbc IgM reag em altos títulos; · HBV DNA quantitativo · Diagnostico diferencial · Outras infecções virais assoc a artrite (parvovirus); · Rubéola; · HIV; · LES; · AR inicial. · Tratamento HBV aguda · Para a poliartrite - suporte, analgésicos, AINE (evitar), hidratação · Terapia anti-viral pode ser considerada como trat profilático no momento em que medic imunossupressoras são utilizadas ou qdo existe a principal indicação que é HBV crônica; (elevação cronica das transaminases e hepatite severa na bx hep); · Lamivudina 🡪 trat profilático em pac recebendo imunossupressor e é contínuo por mtos meses após a descontinuação do trat; · HBV crônica - trat específico – consenso atual HIV · Retrovírus RNA; · 33 milhões de pessoas, são portadoras do vírus e 25 milhões morreram por ele ; · As manifestações reumatológicas associadas ao HIV podem ser divididas em 2 tempos cronológicos, antes e depois a era HAART (terapia anti-viral altamente ativa)- · Na era pré-HAART - Artralgia, mialgia, artrite séptica, entesite, sind da linfocitose infiltrativa difusa, espondiloartrites (artrite reativa, artrite psoriásica, indiferenciada). Casos severos de artrite reativa e psoriática eram observados a população com HIV; Formas atípicas de inflamação articular referiam-se à artrite associada ao HIV. · Após a introdução da HAART em 1997- síndrome inflamatória da reconstituição imune (SIRI), artrite séptica piogênica, neoplasias (LNH e sarcoma de Kaposi), hiperuricemia, rabdomiólise, osteonecrose. · Síndromes relacionadas ao HIV · Sindrome articular dolorosa- desordem autolimitada com duração menor que 24h; relatado em 10% dos pacientes soropositivos africanos. A etiologia é deconhecida, e o tratamento é sintomático; · Artrite associada ao HIV- artrite autolimtada, com duração < 6 semanas. Curso + longo com destruição articular pode acontecer. Naqueles com doença leve a moderada os sintomas melhoram com AINES, e baixas doses de corticóides, hidroxicloroquina ou sulfassalazina podem ser necessário naqueles com artrite severa e prolongada; · Artrite reativa- é uma resposta provável a outros agentes transmitidos sexualmente, ou por infecção entérica ao invés da infecção do HIV por si só. Manifestações clínicas (tríade), não são comumente observadas; · Artrite psoriática- prevalência é de 1 a 2 % (igual nos não-HIV), mas a gravidade é maior, especialmente naqueles sem HAART. Acomete principalmente pés e tornozelos. Envolvimento axial pode aparecer com alterações radiográficas de sacroileíte; alterações periféricas tb (“pencil in the cup”), e elas podem estar presentes na ausência de envolvimento cutâneo psoriático; · 2 formas pode existir- tipo agressivo, prolongado de artrite com erosão articular, e no outro tipo- padrão leve e intermitente de artralgia. Existe forte associação HLA B27 com psoríase pustular e artrite psoriática no HIV. Tratamento é o mesmo dos não-HIV. · Artrite séptica- artrite bacteriana não-gonocócicatem uma incidência < 1 %. Assim como nas artrites sépticas não-HIV o agente mais envolvido é o S. aureus, embora Estreptococo e Salmonella, micobactérias atípicas e infecções oportunistas podem ocorrer (principalmente se o CD4 <200). Envolvimento é monoarticular, embora o envolvimento poliarticular possa acontecer (Salmonella); · Síndrome linfocitose infitrativa difusa- Aparece no HIV e nos infectados por HTLV-1, infecção que relembra Síndrome Seca. Ocorre aumento da parótida 2ª à infiltração linfocítica. Ocorre com qualquer contagem de CD4. Em adição ao aumento das parótidas pode ocorrer infiltração linfocítica em- fígado, trato gastrointestinal , rins, timo, e SNC. Trat- colirios (S.seca) , tratamento imunossupressor é reservado para o envolvimento extra-glandular (pulmonar e renal); o envolvimento na parótida pode regredir com o tratamento (zidovudina); · Sindrome inflamatória da reconstituição imune-em pacientes com variadas formas de imunodepressão, o início ou exacerbação de uma doença latente como sarcoidose, LES, doença tireoideana autoimune, podem ser vistas semanas a meses depois);’ · Geralmente essas síndromes são auto-limitadas, mas reconhecimento é vital para planejar tratamento adequado; · HAART não precisa ser interrompido ou suspenso; · Terapia imunossupressora pode ser empregada nos individuos com sind reconst. Imune, embora a dose minima efetiva seja buscada. Outras formas de artrite viral · Sintomas articulares consistindo de poliartralgias são comumente observadas no curso de várias síndromes virais, são auto-limitadas que raramente recebem atenção reumatológica- · Infecções virais, como alphaviroses - Chikungunya, Ross River, Sinbis, Mayaro; · HTLV -1 - Retrovírus endÊmico no Pacífico e Caribe agora tem aumentado nos EUA (usuarios de drogas injetáveis) está associado com sindromes reumatológicas , parecido com AR. Além tb de ser o ag causal inicialmente da leucemia de células T do adulto. · Em mulheres idosas prov de areas endemicas ou com hist familiar tb de HTLV. Caroline Zanella ATM 2022/a 39
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