Buscar

Aula de Coorte

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você viu 3, do total de 41 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você viu 6, do total de 41 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você viu 9, do total de 41 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Prévia do material em texto

Delineamento
De Pesquisa
Coorte
UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA
FACULDADE DE ODONTOLOGIA
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ODONTOLOGIA E SAÚDE
DISCENTE: DAVID PÔPPE
Significado de Coorte
Uma coorte (não um estudo de coorte) é um grande 
grupo de indivíduos que possuem uma ou mais 
características em comum.
BARRETT E NOBLE, 2019
R
ev
is
a
n
d
o
ESTUDOS AGREGADOS
• ECOLÓGICO
• SÉRIE TEMPORAL
• ENSAIOS COMUNITÁRIOSESTUDO 
DESCRITIVO
OBSERVACIONAL
SÉRIE DE CASOS
RELATO DE CASOS
ESTUDO 
ANALÍTICO
OBSERVACIONAL 
LONGITUDINAL
COORTE
CASO-CONTROLE
TRANSVERSAL
PREVALÊNCIA
INTERVENCIONAL
ENSAIOS C. R.
PESQUISA 
EXPERIMENTAL
R. S. 
METANÁLISE
ESTUDOS 
INDIVIDUADOS
MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2014
Coorte
ESTUDO 
OBSERVACIONAL
ROCHON ET AL., 2005
Estudo 
Longitudinal
Coorte
ESTUDO 
OBSERVACIONAL
A duração do 
acompanhamento 
depende do tipo de 
doença a ser 
estudada.
Grupo de indivíduos com características semelhantes que é 
acompanhado durante certo período de tempo com o objetivo de 
estudar a ocorrência de um ou mais desfechos.
Tempo
Exposição
Cara ct e r í st i c a s
Desfecho
ROCHON et al., 2005; 
GRIMES and SCHULZ, 2002
ANALISAR ASSOCIAÇÕES 
ENTRE FATORES DE 
RISCO E DOENÇAS OU 
OUTRAS CONDIÇÕES
DESCREVER A 
INCIDÊNCIA DE 
DOENÇAS EM UM 
INTERVALO DE TEMPO 
RESPONDER UMA GAMA 
DE QUESTÕES 
DISTINTAS SOBRE AS 
ASSOCIAÇÕES FEITAS
Objetivos Básicos do Estudo de Coorte
ESTRELA, 2001.
1
• AMOSTRA REPRESENTATIVA DA
POPULAÇÃO LIVRE DA DOENÇA EM
ESTUDO
2
• OBSERVAR AO LONGO DO TEMPO O
DESENVOLVIMENTO DA DOENÇA
NOS GRUPOS ESTUDADOS
3
• COMPARAR OS SURGIMENTO DA
DOENÇA ENTRE OS GRUPOS DE
EXPOSTOS E NÃO EXPOSTOS
SONG; CHUNG, 2010; 
ROUQUAYROL E SILVA, 2013
Etapas Básicas
DOENTES
NÃO 
DOENTES
DOENTES
NÃO 
DOENTES
AMOSTRA
SAUDÁVEL
EXPOSTOS
NÃO 
EXPOSTOS
POPULAÇÃO
HEALY E DEVANE, 2011
BARRIA, 2018
Presente
Estudos Prospectivos
Tipos de Estudos de Coorte
Estudos Retrospectivos
Ambidirecionais
E S T U D O 
P R O S P E C T I V O

Acompanhamento
no sentido temporal 
usual.
HEALY E DEVANE, 2011
Est u d o d e C o ort e P ro s p e ct i v o
- Medição completa e acurada 
das variáveis;
- Elucida a relação temporal 
entre exposição e doença;
- Não há conhecimento anterior 
do desfecho sobre a mensuração 
das variáveis;
- Permite associações de múltiplas 
exposições ou desfechos;
- Permite o estudo de exposições 
raras.
- Alto custo;
- Sujeito a viés de seleção;
- Perdas de seguimento podem 
afetar a validade dos 
resultados;
- Ineficientes para desfechos 
raros;
- Geralmente demandam 
amostras grandes (doenças 
crônicas).
VANTAGENS LIMITAÇÕES
ROUQUAYROL; SILVA, 2013; WANG; KATTAN, 2020
E S T U D O 
R E T R O S P E C T I V O

As medidas foram
tomadas no 
passado.
HEALY E DEVANE, 2011
VANTAGENS
- Demanda menos 
tempo e menos 
recursos financeiros.
- Controle limitado 
sobre o processo de 
amostragem;
- Sujeito ao viés de 
informação e viés de 
memória;
- Menor controle sobre 
as variáveis.
LIMITAÇÕES
Est u d o d e C o ort e Ret ro s p e ct i v o
ROUQUAYROL; SILVA, 2013; WANG; KATTAN, 2020
GRIMES; SCHULZ, 2002
Re c u r s o s a s e r e m 
ob s e r v a d o s e m u m 
e st u d o d e c o o r t e
Quanto viés de seleção estava presente?
1 Foram incluídas apenas as pessoas em risco do desfecho?
2 A exposição foi clara, específica e mensurável?
3 Os grupos expostos e não expostos foram semelhantes em
todos os aspectos importantes?
Que medidas foram tomadas para minimizar o viés de
informação?
1 O resultado foi claro, específico e mensurável?
2 O desfecho foi identificado da mesma forma para ambos
os grupos?
3 A determinação do desfecho foi feita por um observador
cego?
Quão completo foi o acompanhamento de ambos os
grupos?
1 Que esforços foram feitos para limitar a perda de
acompanhamento?
2 A perda de seguimento foi semelhante em ambos os
grupos?
Os potenciais fatores de confusão foram procurados e
controlados na análise?
1 Os investigadores anteciparam e coletaram informações
sobre possíveis fatores de confusão?
2 Que método foi utilizado para avaliar e controlar a
confusão?
Q u a l m e l h o r 
d e l i n e a m e n t o ?
Qual é a pergunta ou o objetivo do estudo?
Quanto tempo disponível?
Financiamento disponível?
Qual a disponibilidade dos dados?
WANG; KATTAN, 2020
P o d e m s e r c l a s s i f i c a d o s q u a n t o 
a o s e u p r o p ó s i t o
COORTE DE IDADE
Avaliar o efeito dessa 
variável sobre um desfecho 
de interesse
Exemplo: a 
expectativa de vida 
de uma população
ROUQUAYROL E SILVA, 2013.
COORTE DE 
NASCIMENTO
Avaliar o efeito do tempo 
após um evento específico
Exemplo: taxas de 
ansiedade em 
indivíduos nascidos 
após a ditadura 
militar 
P o d e m s e r c l a s s i f i c a d o s q u a n t o 
a o s e u p r o p ó s i t o
ROUQUAYROL E SILVA, 2013.
COORTE 
DE EXPOSIÇÃO
Avaliar o efeito de fatores 
de risco
Exemplo: 
incidência de 
câncer de pulmão 
entre fumantes
P o d e m s e r c l a s s i f i c a d o s q u a n t o 
a o s e u p r o p ó s i t o
ROUQUAYROL E SILVA, 2013.
COORTE
DE DIAGNÓSTICO
Avaliar o prognóstico de 
indivíduos em relação a um 
desfecho
Exemplo: taxa de 
sobrevida em 
pacientes após um 
transplante cardíaco
P o d e m s e r c l a s s i f i c a d o s q u a n t o 
a o s e u p r o p ó s i t o
ROUQUAYROL E SILVA, 2013.
COORTE 
DE INTERVENÇÃO
PREVENTIVA
Avaliar o efeito preventivo 
de uma ação já utilizada 
na prática profissional
Exemplo: redução na 
incidência da Gripe A 
após vacinação 
específica
P o d e m s e r c l a s s i f i c a d o s q u a n t o 
a o s e u p r o p ó s i t o
ROUQUAYROL E SILVA, 2013.
COORTE 
DE INTERVENÇÃO 
TERAPÊUTICA
Avaliar a melhora da sobrevida 
de pacientes a partir de uma 
ação implementada na prática 
profissional
Exemplo: efeito de 
intervenções 
educativas sobre a 
melhora do estado 
nutricional de crianças
P o d e m s e r c l a s s i f i c a d o s q u a n t o 
a o s e u p r o p ó s i t o
ROUQUAYROL E SILVA, 2013.
Roteiro para um estudo de coorte 
Hipótese+ Objetivo 
geral + Objetivos 
específicos
Tamanho da amostra
Critérios para definição 
de expostos e não 
expostos
Instrumentos para 
coleta de informações
BOVBJERG ET AL, 2019
Métodos de 
diagnóstico para 
identificação do 
evento
Critérios de 
elegibilidade e 
questões éticas
Metodologia de 
acompanhamento 
dos participantes
Etapas da análise de 
dados
BOVBJERG ET AL, 2019
Roteiro para um estudo de coorte 
Amostragem
Fatores importantes para a definição do tamanho da amostra
RR
Tamanho 
da 
amostra
o Razão expostos/não expostos;
o Frequência do evento entre 
não expostos;
o RR mínimo a ser detectado
ROCHON ET AL, 2015
Amo st r a g e m
A l e a t ó r i a e Rep r e s e n t a t i v a
Recrutamento e Acompanhamento 
Critérios de elegibilidade para inclusão
Ausência da doença de interesse 
ou 
enfermidades decorrentes da exposição
ROCHON ET AL, 2015
Acompanhamento
IGUAL RIGOR NO ACOMPANHAMENTO DE 
DOENTES E SADIOS
SEGUIMENTO LONGO HÁ MAIOR 
CHANCE DE PERDAS DE SEGUIMENTO
ARTIFÍCIO: CRIAÇÃO DE DENOMINADOR 
BASEADO NO TEMPO DE SEGUIMENTO DE 
CADA PARTICIPANTE
Estratégias: 
• Excluir sujeitos que pretendem se mudar ou não 
pretendem retornar às consultas;
• Obter informações para localização dos 
participantes;
• Manter contato periódico, estabelecer 
relacionamento periódico.
Perdas: mortes por outras causas, mudanças de 
endereço, desistências: Cálculos de coeficiente 
de incidência podem ser inviabilizados.
PEREIRA, 1995
Potenciais Vieses
Viés
Viés na avaliação do desfecho
Viés de informação/ Registro
Viés de não resposta ou perdas de 
seguimento
Viés de seleção
Viés de Análise
ROCHON ET AL, 2015
Análises 
ANÁLISE
DESCRITIVA INCIDÊNCIA
ANALÍTICA
ASSOCIAÇÃO 
ENTRE FATOR X 
EFEITO/DOENÇA
MEDIDAS 
RELATIVAS
MEDIDASABSOLUTAS
HEALY E DEVANE, 2011
Medidas de Assoc iação 
 Duas Coortes de 
comparação: expostos e 
não expostos.
 Determinar a incidência 
em cada coorte e 
comparar essas 
incidências.
Risco Relativo
Taxa de incidência entre
expostos dividida pela
taxa de incidência entre
os não expostos.
Ajustado
Não Ajustado
HEALY E DEVANE, 2011
Exemplo Hipotét ico
Risco Relativo
 Taxa de incidência de insucesso de transplante de rim é 82,6 falhas por 1.000
pessoas/ano entre fumantes e 55,3 falhas por 1.000 pessoas/ano entre os
não fumantes
1,49
82,6 falhas/1.000/ano
55,3 falhas/1.000/ano
Interpretação: Transplante de rim em indivíduos fumantes tem 
49% de probabilidades de falhar quando comparado a 
indivíduos não fumantes.
Fatores de Confusão 
WANG; KATTAN, 2020
CONFUNDIDOR
(Ex. Tabagismo)
EXPOSIÇÃO
(Ex. Consumo 
de Álcool)
DESFECHO
(Ex. Câncer de 
Pulmão)
O confundimento (ou 
confusão) é uma 
distorção da estimativa 
de associação entre 
uma variável de 
exposição e a variável 
desfecho, devido a 
influência de uma outra 
variável associada ao 
estudo.
WANG; KATTAN, 2020
Fase de Projeto
• Restrição
• Pareamento
Fase de Análise 
de Dados
• Estratificação
• Regressão 
Multivariada
• Escore de 
Propensão
Contro les de Confusão 
AVALIAÇÃO DE UM ESTUDO DE COORTE
STROBE Statement—Checklist of items that should be included in reports of cohort studies
Disponível em: https://www.strobe-statement.org/index.php?id=available-checklists
https://www.strobe-statement.org/index.php?id=available-checklists
Poss í v e i s 
Desastres
 Não existe evidência forte o
suficiente que justifique a
montagem de um estudo grande e
caro;
 Pessoas expostas e não expostas
podem não ser identificadas;
 Falta de dados retrospectivos de
qualidade;
Muitas das doenças de interesse
ocorrem em taxas bem baixas;
 Existem outros modelos de estudos
para superar essas dificuldades.
ROUQUAYROL E SILVA, 2013
O s e st u d o s d e C o o r t e a m p l i a r a m o 
c o n h e c i m e n t o d a s d o e n ç a s c r ô n i c a s
Quatro grandes 
fatores de risco 
para as doenças:
• Dislipidemia
• Hipertensão
• Tabagismo
• Diabetes
Referências
• BOBVJERG, Marit L; JOHNSON, Kelly; ADAMS, Daniel. Foundations of Epidemiology. Oregon State University, 2019
• ESTRELA, Carlos. Metodologia Científica: ensino e pesquisa em odontologia. São Paulo: Artes Médicas, 2001.
• HEALY P, DEVANE D. Methodological considerations in cohort study designs. Nurse Researcher. v.18, n. 3, p. 32-36, 2011.
• LEVIN, Kate Ann. Study Design. Evidence-Based Dentistry. v. 6, p. 78–79, 2005. doi:10.1038/sj.ebd.6400355
• MALTA, Monica; CARDOSO, Letícia; BASTOS, Francisco; et. al. Iniciativa STROBE: subsídios para a comunicação de estudos observacionais. Rev
Saude Pública. v. 44, p. 559-565, 2010.
• PEREIRA MG. Epidemiologia: Teoria e Prática. Rio de Janeiro, Editora Guanabara Koogan AS, 1995.
• ROUQUAYROL, Maria Zélia; SILVA, Marcelo Gurgel Carlos da. Epidemiologia & saúde. 7. ed. Rio de Janeiro: MedBook, 2013.
• ROCHON, P. A., GURWITZ, J. H., SYKORA, K. et al. Reader’s guide to critical appraisal of cohort studies: 1. Role and design. BMJ, v. 330(7496), p. 895–
897, 2005. doi:10.1136/bmj.330.7496.895
• SONG, Jae W; CHUNG, Kevin C. Observational studies: cohort and case-control studies. Plastic and reconstructive surgery vol. 126,6 : 2234-42, 2010.
• VAN SIJL Alper M, BOERS Maarten, VOSKUYL Alexandre E, NURMOHAMED Michael T. Confounding by Indication Probably Distorts the Relationship
between Steroid Use and Cardiovascular Disease in Rheumatoid Arthritis: Results from a Prospective Cohort Study. PLoS ONE 9(1): e87965, 2014.
• WANG, Xiaofeng; KATTAN, Michael. Cohort Studies: Design, Analysis, and Reporting. Chest, vol 158, issue 1, p. S72-S78, 2020.

Outros materiais

Materiais relacionados

Perguntas relacionadas

Materiais recentes

Perguntas Recentes