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INSPEÇÃO DE LEITE DISCIPLINA: HIGIENE E INSPEÇÃO DE PRODUTOS DE ORIGEM ANIMAL Prof. Dr. THIAGO LUÍS MAGNANI GRASSI Conteúdo Histórico das legislações 01 Legislação atual 02 IN 77 03 IN 78 04 IN 76 05 LEGISLAÇÃO DO LEITE IN 51 (2002) IN 62 (2012) IN 76 (2018), IN 77 (2018) e IN 78 (2018) RIISPOA (2020) ▪ integral – teor original de gordura ▪ padronizado – 3% de gordura ▪ semi-desnatado – 0,6 a 2,9% de gordura ▪ desnatado – máximo 0,5% de gordura Teor de gordura Instrução Normativa 51 (2002) - MAPA ▪ A (cru refrigerado / pasteurizado) ▪ B (cru refrigerado / pasteurizado) ▪ C (cru/cru refrigerado / pasteurizado) ▪ cru refrigerado / pasteurizado Tipos ▪ integral – teor original de gordura ▪ padronizado – 3% de gordura ▪ semi-desnatado – 0,6 a 2,9% de gordura ▪ desnatado – máximo 0,5% de gordura Teor de gordura Instrução Normativa 62 - MAPA ▪ A (cru refrigerado / pasteurizado) ▪ B (cru refrigerado / pasteurizado) ▪ C (cru/cru refrigerado / pasteurizado) ▪ cru refrigerado / pasteurizado Tipos LEGISLAÇÃO ATUAL IN 76 - trata das características e da qualidade do produto na indústria IN 77 - são definidos critérios para obtenção de leite de qualidade e seguro ao consumidor e que englobam desde a organização da propriedade, suas instalações e equipamentos, até a formação e capacitação dos responsáveis pelas tarefas cotidianas, o controle sistemático de mastites, da brucelose e da tuberculose. IN 78 - são definidos os critérios a serem seguidos nas provas de produção RIISPOA (2020) PUBLICAÇÃO – 26 de novembro de 2018 Em vigor – 30 de maio de 2019 IN 77 (2018) Ficam estabelecidos os critérios e procedimentos para a produção, acondicionamento, conservação, transporte, seleção e recepção do leite cru em estabelecimentos registrados no serviço de inspeção oficial, na forma desta Instrução Normativa e do seu Anexo. https://alimentusconsultoria.com.br/instrucao-normativa- no-77-de-26-de-novembro-de-2018-mapa/ IN 77 (2018) – Estado Sanitário do Rebanho A sanidade do rebanho deve ser acompanhada por veterinário responsável na propriedade rural. As atribuições incluem: O controle sistemático de parasitoses; o controle sistemático de mastites; e o controle de brucelose (Brucella abortus) e tuberculose (Mycobacterium bovis), respeitando o PNCEBT É proibido o envio a qualquer estabelecimento industrial o leite de fêmeas que, independentemente da espécie: pertençam à propriedade que esteja sob interdição; não se apresentem clinicamente sãs e em bom estado de nutrição; estejam no último mês de gestação ou na fase colostral; apresentem diagnóstico clínico ou resultado de provas diagnósticas que indiquem a presença de doenças infectocontagiosas transmissíveis ao homem via leite; estejam sendo submetidas a tratamento com produtos de uso veterinário durante o período de carência recomendado pelo fabricante; ou recebam alimentos ou produtos de uso veterinário que possam prejudicar a qualidade do leite. O estabelecimento deve manter, como parte de seu programa de autocontrole, o plano de qualificação de fornecedores de leite, por meio de assistência técnica (implementação das BPA) e gerencial. IN 77 (2018) – Plano de Qualificação de Fornecedores de Leite As boas práticas agropecuárias (BPA) implementadas na execução do plano de qualificação de fornecedores de leite devem contemplar no mínimo: I – manejo sanitário; II – manejo alimentar e armazenamento de alimentos; III – qualidade da água; IV – refrigeração e estocagem do leite; V – higiene pessoal e saúde dos trabalhadores; VI – higiene de superfícies, equipamentos e instalações; VII – controle integrado de pragas; IN 77 (2018) – Plano de Qualificação de Fornecedores de Leite VIII – capacitação dos trabalhadores; IX – manejo de ordenha e pós-ordenha; X – adequação das instalações, equipamentos e utensílios para produção de leite; XI – manejo de resíduos e tratamento de dejetos e efluentes; XII- uso racional e estocagem de produtos químicos, agentes tóxicos e medicamentos veterinários; XIII- manutenção preventiva e calibragem de equipamentos; XIV – controle de fornecedores de insumos agrícolas e pecuários; XV – fornecimento de material técnico como manuais, cartilhas, entre outros; e XVI – adoção de práticas de manejo racional e de bem-estar animal. Manter a sala ou local de ordenha sempre limpos Usar roupas limpas para ordenhar as vacas Lavar as mãos e mantê-las limpas durante a ordenha (de preferência, usar luvas de borracha) Imergir as tetas em solução desinfetante antes e após a ordenha secagem dos tetos (toalhas descartáveis) lavagem dos tetos (água de qualidade) pré-dipping iodo 0,3%, clorexidina 0,3% desprezar os primeiros jatos em caneca de fundo preto grumos: mastite clínica descartar o leite e separar a vaca esgotamento completo ✓ evita mastite pós-dipping sanitizantes com iodo 0,5%, clorexidina 0,5% Trocar borrachas e mangueiras do equipamento de ordenha na frequência recomendada pelo fabricante ou quando ocorrerem rachaduras Lavar os tanques de refrigeração, usando água aquecida e detergentes adequados cada vez que o leite for recolhido pelo transportador IN 77 (2018) – Instalações e Equipamentos A dependência de ordenha deve ser mantida limpa antes, durante e após a obtenção da matéria-prima. A higienização e a manutenção do equipamento de ordenha devem ser realizadas de acordo com as recomendações do fabricante. Para a refrigeração do leite cru na propriedade rural devem ser utilizados sistema de pré-resfriamento ou tanque de expansão direta ou ambos. ser instalado na propriedade rural em local adequado, provido de paredes, cobertura, pavimentação, iluminação, ventilação e ponto de água corrente; apresentar condição de acesso apropriado ao veículo coletor; ser mantido sob condições de limpeza e higiene; e ter capacidade mínima de armazenar a produção de acordo com a estratégia de coleta. IN 77 (2018) – Tanques Comunitários Após cada ordenha, o leite deve ser imediatamente transportado do local de produção para o tanque de uso comunitário, em latões com identificação do produtor, sendo proibido o recebimento de leite previamente refrigerado. O responsável pela recepção do leite devem estar capacitados pelo estabelecimento para desempenharem as seguintes atividades: higienização dos equipamentos, utensílios e do veículo transportador; determinação do volume ou pesagem do leite; seleção pelo teste do Alizarol, em cada latão, não podendo ser adicionado ao tanque leite com resultado positivo; e registro em planilhas da identificação do produtor, volume, data e a hora da chegada do leite e o resultado do teste Alizarol. O leite, ao ser adicionado ao tanque, deve ser coado e refrigerado à temperatura máxima de 4 °C, em até três horas. Os latões e demais utensílios devem ser higienizados logo após a entrega do leite. Após cada coleta do leite pelo estabelecimento, o tanque deve ser higienizado. Fica proibido o uso de tanques de imersão. IN 77 (2018) – Tanques Comunitários IN 77 (2018) – Coleta e Transporte do Leite O processo de coleta de leite cru refrigerado na propriedade rural consiste em recolher o produto em veículo com tanque isotérmico, através de mangueira e bomba sanitárias, diretamente do tanque de refrigeração, em circuito fechado. O veículo transportador de leite em latões deve ter proteção contra o sol e a chuva. O responsável pelo procedimento de coleta do leite na propriedade rural deve possuir treinamento básico sobre higiene e procedimentos de coleta; realizar a seleção da matéria-prima mediante teste Alizarol e medição da temperatura, registrando os resultados, a data e o horário; deixar de coletar o leite que não atenda à exigência quanto ao teste do Alizarol e ao critério de temperatura; coletar e acondicionar amostras para as análises laboratoriais - RASTREABILIDADEIN 77 (2018) – Coleta e Transporte do Leite O leite oriundo da propriedade rural ao passar por um posto de refrigeração deve ser analisado para as determinações dispostas e em seguida refrigerado em equipamento a placas até atingir temperatura não superior a 4 °C. ATUALIZAÇÃO DO RIISPOA ALTEROU A TEMPERATURA PARA 5 °C O tempo transcorrido entre as coletas de leite nas propriedades rurais não deve ser superior a 48h. É permitido o transporte de leite em latões, em temperatura ambiente, desde que seja entregue ao estabelecimento processador em até 2h após o final de cada ordenha. A temperatura do leite cru refrigerado no ato de sua recepção pelo estabelecimento não deve ser superior a 7 °C, admitindo-se, excepcionalmente, o recebimento até 9 °C. Análises – VAMOS FALAR NA IN 76 (2018) IN 77 (2018) – Recepção do Leite O leite cru refrigerado, estocado nos tanques de refrigeração individual ou de uso comunitário, bem como o leite recebido em latões devem ser coletados para análise em laboratório da RBQL, com frequência mínima de uma amostra mensal. O estabelecimento deve interromper a coleta do leite na propriedade que apresentar, por três meses consecutivos, resultado de média geométrica fora do padrão estabelecido em Regulamento Técnico de Identidade e Qualidade do leite cru refrigerado para Contagem Padrão em Placas – CPP. Para restabelecimento da coleta do leite, deve ser identificada a causa do desvio, adotadas as ações corretivas e apresentado 1 resultado de análise de Contagem Padrão em Placas – CPP – dentro do padrão, emitido por laboratório da RBQL. IN 77 (2018) – Rede Brasileira de Laboratórios de Controle da Qualidade do Leite – RBQL EXEMPLO ... o estabelecimento deve possuir técnico capacitado pela RBQL ... (IN 77/2018) Exemplos – Médias geométricas Janeiro – 510.000 UFC/ml Fevereiro – 400.000 UFC/ml Março – 310.000 UFC/ml Caso A – média mensal 250.000 UFC/ml Caso B – média mensal 400.000 UFC/ml Exemplos – Médias geométricas Janeiro – 600.000 UFC/ml Fevereiro – 400.000 UFC/ml Março – 290.000 UFC/ml Os estabelecimentos são obrigados a realizar e manter atualizado o cadastramento de seus fornecedores em sistema do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA). IN 77 (2018) – Programa de Autocontrole A granja leiteira deve atender as seguintes especificações: I – realizar a ordenha em circuito fechado, com pré-filtragem e bombeamento até o tanque de estocagem; II – dispor de dependências de beneficiamento e industrialização no mesmo prédio da dependência de ordenha ou contíguas a esta, com isolamento e condução do leite da ordenha em circuito fechado; III – dispor de laboratórios para a realização do controle físico-químico e microbiológico do leite; e IV – dispor de sanitários e vestiários de uso distinto para funcionários do setor de beneficiamento e industrialização daqueles ligados aos trabalhos nas instalações de animais. O leite cru refrigerado da granja leiteira deve ser analisado em laboratórios da RBQL, com frequência mínima quinzenal, para avaliação dos parâmetros estabelecidos. No caso de não atendimento ao padrão de CCS e CPP estabelecido, deve ser suspensa a utilização de rotulagem que faça referência à classificação leite tipo A no leite e seus derivados. IN 77 (2018) – Granja Leiteira – Leite tipo A IN 78 (2018) Estabelece requisitos e procedimentos para o registro de provas zootécnicas visando o controle leiteiro e avaliação genética de animais com aptidão leiteira. O serviço de controle leiteiro consiste na mensuração e correspondente registro da produção individual de animais leiteiros, por meio de procedimentos metodológicos pré- estabelecidos, com a finalidade de medir a produção de leite e seus componentes quanti-qualitativos por lactação. https://alimentusconsultoria.com.br/instrucao-normativa-no-78-de-26-de-novembro-de-2018- mapa/
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