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1 Prof. Roberto Pansonato Projeto de Fábrica e Arranjo Físico Aula 3 Conversa Inicial Por que entender os fundamentos e princípios de layout é importante? Mais uma história real: conhecer o princípio da menor distância na prática Em um projeto de arranjo físico, pequenos detalhes proporcionam grandes ganhos Princípios do layout Dados de entrada Etapas do trabalho Balanceamento da alocação de tempo de trabalho Composição de estágios Temas Princípios do layout Toda área do conhecimento se desenvolve por meio de estudos, pesquisas e constatações Para projeto de fábrica e arranjo físico, não seria diferente Os princípios do arranjo físico 2 Princípio da integração: pessoas, materiais e máquinas devem estar bem integrados Princípio da mínima distância: o melhor layout é aquele em que produto pessoas se movimentem menos Fonte: criação do autor. Princípio da obediência ao fluxo de operações: materiais, equipamentos, pessoas devem se dispor e movimentar-se em fluxo contínuo, conforme o processo de manufatura Princípio do uso do espaço: layout não é apenas área; deve-se levar em conta o volume ocupado Princípio da satisfação e segurança: deve ter privilégio em relação aos demais princípios. Corredores, escadas, rampas e saídas devem ser bem projetados. Utilizar a ergonomia como ferramenta para elaboração do projeto Princípio da flexibilidade: tem como característica prezar pela adaptação a qualquer tipo de mudança Evitar a elaboração de layouts rígidos (engessados) Dados de entrada 3 Informações gerais sobre a empresa: Tamanho da empresa Demanda de produção atual e futura Condições gerais do processo Informações sobre o produto: Características físicas e geométricas Manipulação e armazenamento Informações sobre o processo: Diagramas de operação e montagem Roteiros de produção e tempos de operação Locais de estoques e transportes Integração entre processos Informações sobre pessoas e serviços auxiliares: Pessoal necessário Serviços administrativos e auxiliares Restrições físicas (acuracidade visual, esforços físicos etc.) Informações sobre equipamentos: Lista completa de equipamentos com seus respectivos desenhos (templates) Características de operação dos equipamentos (sentido de operação, forma de instalação, consumo elétrico, isolamentos etc.) Características ergonômicas (altura de operação, movimentação e esforço na operação etc.) Etapas do trabalho Dimensionamento dos fatores de produção: Quantidade atual e prevista de materiais e componentes Quantidade atual e prevista de equipamentos Áreas destinadas a estoques Templates e áreas dos centros de produção (escala 1:50 ou 1:100) 4 Relacionamentos entre os fatores de produção: Princípios de ocupação do terreno: fluxo, acessos, previsão de expansão Análise de alternativas de projeto de massa: geração de esboços em escala das principais unidades da fábrica Princípios de operação do conjunto e análise das alternativas: fluxogramas de processo e diagrama de relacionamentos Fonte: Adaptado de Slack; Chambers; Johnston, 2008. Avaliação econômico-financeira do block layout final: para cada alternativa apresentada, uma avaliação financeira deve ser calculada Avaliação técnica do block layout final: produtividade física do terreno, relação de espaço direto x indireto etc. Block layout final: uma planta final em escala (1:200) com todas as unidades produtivas e de apoio e áreas de circulação Depuração do projeto: Arranjo físico prévio: estações de trabalho de fabricação e montagem, setores de apoio, administrativos, com a definição de corredores, colunas, portas, escadas etc. Layout final: base para projetos estruturais, de redes elétricas, pneumáticas e hidráulicas e de fixação e alocação dos equipamentos Informações econômico-financeiras do projeto Balanceamento da alocação de tempo de trabalho O balanceamento de linha deve ser executado quando uma linha é inicialmente projetada, quando uma linha é rebalanceada para mudar sua taxa de produção ou quando o produto ou processo se alteram Separar o trabalho em elementos de trabalho Uma das técnicas é o diagrama de precedência 5 Fonte: criação do autor. � � 1 � Em que: C= tempo de ciclo em horas por unidade r= taxa de produção deseja em unidades por hora Premissas básicas – tempo de ciclo �� � ∑ � � Em que: TM= Theorical Minimum (mínimo teórica para o número de estações de trabalho) ∑ � = tempo total exigido para produzir cada unidade (soma de todos os tempos-padrões dos elementos de trabalho) C= tempo de ciclo Premissas básicas – quantidade de estações de trabalho Elemento de trabalho Descrição Tempo (s) Precedente imediato A Aparafusar o suporte no depósito alimentador 40 Nenhum B Inserir a base da roda centrífuga 30 A C Fixar o eixo das rodas 50 A D Fixar o misturador mecânico 40 B Elemento de trabalho Descrição Tempo (s) Precedente imediato E Fixar o volante de direção 6 B F Fixar a roda livre 25 C G Ajustar a estaca inferior 15 C H Fixar a direção 20 D, E I Ajustar a placa identificadora 18 F, G Total 224 Fonte: criação do autor. 6 Composição de estágios Projetos de layout proporcionam maneiras interessantes de compor os estágios produtivos Estágios independentes ou estágios conjugados? Layout “longo-magro” ou “curto-gordo”? F o n te : A d a p ta d o d e S la c k ; C h a m b e rs ; Jo h n s to n , 2 0 0 8 . Vantagens do arranjo “longo-magro” Fácil gerenciamento devido ao fluxo controlado de materiais e clientes (visualização) Requisito de capital mais moderado, especialmente quando é necessário adquirir um novo equipamento Vantagens do arranjo “curto-gordo” Maior robustez em relação a possíveis quebras de equipamentos Trabalho menos monótono, dado que um operador repetirá as tarefas em um tempo maior Finalizando 7 Você já é capaz de entender e aplicar alguns dos princípios para elaboração de um layout Possui conhecimento e compreensão de como obter os dados de entrada e as etapas de trabalho, além do entendimento da necessidade de balancear a alocação de trabalho e as possibilidades de distribuição de estágios Até breve! Referências KRAJEWSKI, J.; RITZMAN, L. P.; MALHOTRA, M. K. Administração da produção e operações. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2009. p. 274. SLACK, N.; CHAMBERS, S.; JOHNSTON, R. Gerenciamento de operações e de processos: princípios e prática de impacto estratégico. Porto Alegre: Bookman, 2008. p. 219.
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