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4- Controle de doenças de plantas - principios gerais

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Controle de Doenças de Plantas –
Princípios Gerais
Curso: Engenharia Agronômica
Disciplina: Fitopatologia II
Professor: Dr. Adriano Alves da Silva
Roteiro
Princípios gerais de controle de doenças de plantas
Controle cultural de doenças de plantas
Controle físico de doenças de plantas
Controle biológico de doenças de plantas
Controle genético de doenças de plantas
Controle químico de doenças de plantas
2
Princípios gerais de controle de doenças de plantas
➢ Controle de doenças de plantas é o mais importante objetivo prático da
Fitopatologia, uma vez que sem controle podem ocorrer enormes
prejuízos.
➢ A maximização da eficiência produtiva das culturas agrícolas é a meta
buscada constantemente nos campos de produção.
➢ Podendo ser influenciada por fatores que podem favorecer a
ocorrência de doenças, como exemplo:
➢Cultivares – podem apresentar vulnerabilidade a patógenos
➢Técnicas culturais – podem favorecer a ocorrência de doenças
Os fatores produtivos nem sempre podem ser modificados sem haver risco 
de diminuir a eficiência produtiva daí a razão porque o controle de doenças 
assume importância fundamental.
3
➢ Lei do Mínimo (Liebig)
➢ A falta de um nutriente essencial para o desenvolvimento da planta,
seja ele macro ou micronutriente é capaz de limitar o desenvolvimento
e, ou, produção da planta.
4
Cada variável pode agir 
como fator limitante
Princípios gerais de controle de doenças de plantas
5
Manejo de doenças
Sementes
Controle de ervas daninhas
Controle de pragas Técnica de cultivo
Adubação
Tratos culturais
Clima
A produção máxima 
depende do fator que se 
encontra em menor 
quantidade (fator 
limitante)
Lei do Mínimo adaptada 
aos fatores de produção
Princípios gerais de controle de doenças de plantas
Princípios gerais de controle de doenças de plantas
O controle de doenças de plantas deve levar em consideração a importância da
conotação econômica quando for aplicado.
Definição econômica:
Prevenção dos prejuízos de uma doença. (WHETZEL et al., 1925)
Podendo ser admitido em graus variáveis (parcial, lucrativo, completo, etc.)
Aceito como válido, para fins práticos, somente quando lucrativo. (WHETZEL et al., 
1925)
Na prevenção e no tratamento das doenças deve-se sempre considerar a eficiência
dos métodos de controle e o custo dos tratamentos, sendo óbvio que os métodos
empregados devem custar menos que os prejuízos ocasionados pela doença a ser
controlada. (adaptado de FAWCETTI; LEE, 1926)
6
Princípios gerais de controle de doenças de plantas
Com os conhecimentos gerados pelo desenvolvimento da
fitopatologia como ciência biológica o controle de doenças de plantas.
Definição biológica (ecológica):
A redução na incidência ou severidade da doença. (National Research
Council, 1968)
Esse conceito biológico é importante, pois dificilmente as 
doenças podem ser controladas com eficiência sem o 
conhecimento adequado de sua etiologia, das condições 
climáticas e culturais que as favorecem e das características 
do ciclo das relações patógeno-hospedeiro, além da 
eficiência dos métodos de controle disponíveis.
7
Princípios gerais de controle de doenças de plantas
As conceituações econômica e biológica estão intimamente
relacionadas, pois a prevenção da doença leva à diminuição dos
danos (redução da produção) e, eventualmente, das perdas (reduções
do retorno financeiro por unidade de área cultivada).
Embora doenças possam ser controladas em hospedeiros individuais,
o controle de doenças de plantas é um problema essencialmente
populacional.
8
Princípios gerais de controle de doenças de plantas
Princípios de Whetzel (Whetzel et a., 1925; 1929)
• Sistematização dos métodos de controle
• Agrupados em princípios biológicos gerais:
– Exclusão
– Erradicação
– Proteção
– Imunização
– Terapia (acrescentado com o tempo)
9
Princípios de Whetzel
• Exclusão: prevenção da entrada de um patógeno numa
área ainda não infestada;
• Erradicação: eliminação do patógeno de uma área em
que foi introduzido;
• Proteção: interposição de uma barreira protetora entre
as partes suscetíveis da planta e o inóculo do patógeno,
antes de ocorrer a deposição;
• Imunização: desenvolvimento de plantas resistentes ou
imunes em uma área infestada com o patógeno;
• Terapia: visa restabelecer a sanidade de uma planta já
infectada pelo patógeno.
10
Princípios gerais de controle de doenças de plantas
11
Princípios de Whetzel (PRÁTICA)
• Exclusão: prevenir entrada do patógeno em
área livre do mesmo;
• Erradicação: eliminar o patógeno impedindo
estabelecimento;
• Proteção: impedir contato direto planta
patógeno;
• Imunização: promover a resistência da
planta;
• Terapia: recuperar a planta doente.
13
Princípios gerais de controle de doenças de plantas
Princípios de Whetzel e o triângulo da doença
• Princípios de Whetzel - abordam os problemas de controle numa
visão bidimensional dos ciclo das relações patógeno-hospedeiro,
desta maneira não poderiam abranger adequadamente todas as
medidas de controle.
• A ação do homem sobre o patógeno (exclusão e erradicação) e
sobre o hospedeiro (proteção, imunização e terapia) estava bem
clara.
• O que faltava???
14
Princípios gerais de controle de doenças de plantas
Princípios de Whetzel e o triângulo da doença
• Fator Ambiente que é um dos vértices do triângulo da doença.
• Marchionatto (1949): sugere medidas de controle baseadas em
modificações do ambiente:
– Regulação: alteração (modificação) dos fatores do ambiente;
– Evasão: prevenção da doença pelo plantio em épocas ou áreas
quando ou onde o inóculo é insuficiente, raro ou ausente.
15
Princípios gerais de controle de doenças de plantas
Princípios de Whetzel e o triângulo da doença
16
EXCLUSÃO
ERRADICAÇÃO
EVASÃO
REGULAÇÃO
TERAPIA
PROTEÇÃO
IMUNIZAÇÃO
PATÓGENO
AMBIENTEHOSPEDEIRO
DOENÇA
Princípios gerais de controle de doenças de plantas
Termos importantes em Fitopatologia
• Inóculo: qualquer estrutura do patógeno capaz de causar doença
• Fontes de inóculo: local onde o inóculo é produzido
• Sobrevivência: capacidade do patógeno sobreviver em condições
adversas ou ausência do hospedeiro
• Disseminação: transporte do patógeno de uma área (planta) para
outra.
17
Princípios gerais de controle de doenças de plantas
Princípios de controle e abordagem epidemiológica
• Os princípios de controle fundamentam-se, essencialmente, em
conhecimentos epidemiológicos, pois atuam no triângulo da
doença, impedindo ou retardando o desenvolvimento do ciclo das
relações-patógeno-hospedeiro.
• Fator tempo – essencial para a compreensão das epidemias só
passou a ser considerado a partir de Vanderplank (1963), pelas
análises epidemiológicas baseadas na taxa de infecção e na
quantidade de inóculo inicial.
18
Princípios gerais de controle de doenças de plantas
Princípios de controle e abordagem epidemiológica
𝐲 = 𝐲𝟎 𝐞𝐱𝐩𝐫.𝐭
Onde, a proporção de y de doença em um tempo t qualquer é
determinada pelo inóculo inicial y0, pela taxa média de infecção (r) e
pelo tempo (t) durante o qual o hospedeiro esteve exposto ao
patógeno.
19
Princípios gerais de controle de doenças de plantas
Princípios de controle e abordagem epidemiológica
• Baseado nessa abordagem, três estratégias epidemiológicas podem ser
utilizadas para minimizar os prejuízos de uma doença:
a) Eliminar ou reduzir o inóculo inicial (y0) ou atrasar o seu
aparecimento;
b) Diminuir a taxa de desenvolvimento da doença (r);
c) Encurtar o período de exposição (t) da cultura ao patógeno.
20
21
yo – inóculo inicial
r – taxa de infecção
t – tempo de exposição
Princípios gerais de controle de doenças de plantas
Medidas de controle baseadas na evasão
• Visam a prevenção de doenças através de táticas de fuga em relação ao
patógeno e, ou, às condições ambientais mais favoráveis ao seu
desenvolvimento.
• Na ausência de variedades resistentes, constitui-se na primeira opção de
controle de doenças
• Principaismedidas evasivas:
– Escolha de áreas geográficas
– Escolha do local de plantio dentro de uma área
– Modificações de práticas culturais
22
Princípios gerais de controle de doenças de plantas
Medidas de controle baseadas na evasão
• Tais medidas levam em conta:
– ausência ou presença do patógeno
– quantidade relativa de inóculo
– condições ambientais mais ou menos favoráveis
• Exemplo da aplicação da evasão:
– cultivo de seringueira no Centro-Sul do Brasil – condição desfavorável
ao desenvolvimento do mal da folhas (Microcyclus ulei) tem
viabilizado a produção.
23
Princípios gerais de controle de doenças de plantas
Medidas de controle baseadas na exclusão
• Visa a prevenção da entrada e estabelecimento de um patógeno em área
isenta.
• Modo de aplicação da exclusão:
– Através da proibição, fiscalização e interceptação do trânsito de
plantas e, ou, produtos vegetais (partes vegetais).
– Visa, essencialmente, impedir a entrada de patógenos de alto
potencial destrutivo em culturas de grande importância econômica
para o país.
• Realizadas através medidas quarentenárias e legislações fitossanitárias
promulgadas por órgãos governamentais, nacionais e internacionais.
24
Princípios gerais de controle de doenças de plantas
Medidas de controle baseadas na exclusão
• A eficiência das medidas de exclusão está relacionada com a capacidade
de disseminação do patógeno e com a distância do patógeno (ou da fonte
de inóculo) em relação à área geográfica que se quer livre da doença.
• Exemplo da aplicação da evasão:
– Cancro cítrico (Xanthomonas campestris pv. citri) – excluído de
amplas zonas citrícolas.
• A medida de exclusão reflete-se na redução do inóculo inicial (y0)
25
Princípios gerais de controle de doenças de plantas
Medidas de controle baseadas na erradicação
• Visa a eliminação de um patógeno de uma determinada área ou região
• Depende de:
– Espectro de hospedeiro
– Capacidade de disseminação
– Viabilidade econômica
• Erradicação é um complemento da exclusão.
• Erradica-se o patógeno de uma região para evitar sua disseminação para
outras regiões
– Cancro cítrico
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Princípios gerais de controle de doenças de plantas
Medidas de controle baseadas na erradicação
• Medidas de erradicação
– Eliminação de plantas ou partes vegetais doentes (roguing);
– Eliminação de hospedeiros selvagens;
– Aração profunda do solo;
– Eliminação de restos culturais;
– Destruição de plantas doentes;
– Desinfestação física ou química do solo;
– Tratamento de sementes;
– Rotação de culturas.
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Princípios gerais de controle de doenças de plantas
Medidas de controle baseadas na erradicação
• O alcance dessas medidas é geralmente muito limitado porque
dificilmente eliminam completamente o patógeno. Funcionam na medida
em que são capazes de diminuir a quantidade de inóculo da área e na
medida em que são acompanhadas por outros métodos de controle que
complementam sua ação.
• A erradicação atua reduzindo o inóculo inicial y0,
• Medidas de erradicação somente atrasam o desenvolvimento de
epidemias e apresentam efeitos mais pronunciados sobre doenças cujos
patógenos apresentam baixa taxa de disseminação.
28
Princípios gerais de controle de doenças de plantas
Medidas de controle baseadas na proteção
• Visa a prevenção do contato direto do patógeno com o hospedeiro.
• Através da aplicação de fungicidas, bactericidas e, ou, inseticidas
(controle de vetores).
• Em cultivares que apresentam susceptibilidade a doenças, a proteção
química torna-se uma medida de controle importante.
• A eficiência de proteção depende:
– Toxidez inerente contra o patógeno e estabilidade
– Época, dose, número de aplicações e condições operacionais
• A medida de proteção reflete-se na redução da taxa de desenvolvimento
da doença (r)
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Princípios gerais de controle de doenças de plantas
Medidas de controle baseadas na imunização
• Baseia-se no desenvolvimento de plantas resistentes visando o seu
cultivo em área infestada com patógeno.
• Esse método de controle é o ideal pois, em sendo funcional, não onera
diretamente o custo de produção e pode até dispensar outras medidas de
controle. Entretanto, muitas vezes implica em sacrifício de produtividade
e, ou, valor comercial do produto.
30
Princípios gerais de controle de doenças de plantas
Medidas de controle baseadas na imunização
• Tipos:
• Imunização genética - variedades imunes, resistentes ou tolerantes
• Imunização química - fungicidas sistêmicos e indutores de resistência
• Imunização biológica – pré-Imunização ou proteção cruzada
– limão galego inoculado com estirpe fraca do Vírus da Tristeza dos
Citros. Produções comerciais dessa variedade cítrica têm sido
possível, mesmo sendo suscetível a um vírus amplamente
disseminado e eficientemente transmitido pelo pulgão preto,
Toxoptera citricidus.
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Princípios gerais de controle de doenças de plantas
Medidas de controle baseadas na imunização
• O efeito da medida de imunização é na redução do inóculo inicial y0 e na
taxa de desenvolvimento da doença r.
• Resistência genética e fungicidas específicos, são vulneráveis ao
surgimento de mutantes resistentes do patógeno, o efeito pode ser
somente sobre y0.
32
Princípios gerais de controle de doenças de plantas
Medidas de controle baseadas na terapia
• Visa restabelecer a sanidade de uma planta com a qual o patógeno já
estabelecera uma íntima relação parasítica.
• Uma vez a planta já doente, o último princípio de que se pode lançar mão
e a terapia.
• Forma de atuação:
– Mediante a eliminação do patógeno infectante
– Proporcionando condições favoráveis para a reação da planta
• Uso de fungicidas sistêmicos
• Cirurgia de lesões em troncos de árvores (gomose dos citrus)
• Remoção de galhos infectados (seca da mangueira)
• Tratamento térmico (toletes de cana-de-açúcar)
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Princípios gerais de controle de doenças de plantas
Medidas de controle baseadas na regulação
• Possibilita o controle de doenças bióticas (patógeno) e abióticas (fator
ambiental)
• Eficiência:
– Depende do grau de influência de um determinado fator ambiente no
desencadeamento do processo patológico e/ou epidemiológico
– Depende da possibilidade de controle deste fator
• Damping-off - controle da água de irrigação
• Podridão cinzenta do caule – suprimento adequado de água
• Sarna da batatinha - reduzir o pH do solo
• Hérnia das crucíferas - elevar o pH do solo
• Subsolagem – controle de Fusarium em feijoeiro
34
Agradeço a atenção de todos