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Resumo avaliação audiológica

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AVALIAÇÃO AUDIOLÓGICA I 
 
PERDAS AUDITIVAS CONDUTIVAS E MISTAS 
• Malformações; 
• Otites; 
• Otosclerose. 
PERDAS AUDITIVAS SENSORIONEURAIS 
• Viral; 
• Bacteriana; 
• Vascular; 
• Doença de Meniére; 
• Autoimune; 
• Paralisia facial; 
• Trauma acústico; 
• Fístula perilinfática; 
• Ototoxicidade; 
• Presbiacusia; 
• Perda auditiva induzida por nível de pressão 
sonora elevada. 
PERDAS AUDITIVAS RETROCOCLEARES 
Schwannoma do vestibular e espectro da neuropatia 
auditiva. 
SISTEMA AUDITIVO 
Sistema auditivo periférico – pavilhão auditivo até o 
nervo auditivo 
Sistema auditivo central – tronco encefálico e cérebro. 
Nervo vestibulococlear = nervo auditivo 
NERVO COCLEAR + NERVO VESTIBULAR = NERVO 
AUDITIVO 
O nervo coclear sai da cóclea 
O nervo vestibulococlear manda as informações 
elétricas ao tronco encefálico, que direciona essas 
informações ao cérebro. 
Cóclea – labirinto anterior 
Sistema vestibular (canais semicirculares) – labirinto 
posterior. 
 
MALFORMAÇÕES DA ORELHA 
EXTERNA E MICROTIA 
Na fase embrionária, o pavilhão se forma quase ao 
mesmo tempo que a OI, então se a criança nasce com 
uma má formação na orelha externa, TALVEZ tenha 
uma má formação na OI. 
FÍSTULA OU FOSSETA PRÉ-AURICULAR 
Um buraquinho que indica uma alteração na fase 
embrionária. 
MICROTIA 
Ausência/má formação pequena do pavilhão auditivo. 
APÊNDICES 
Parecem verruguinhas – alteração na fase embrionária. 
OTITE 
É uma inflamação que pode ocorrer em alguma das 
orelhas – orelha externa, orelha média e orelha 
interna. 
CAUSAS 
Proveniente de alergias ou de ações fúngicas, virais ou 
bacterianas. 
SINTOMAS 
• Otalgia; 
• Febre; 
• Cefaleia 
• Plenitude aural; 
• Presença de líquido espesso e amarelado; 
• Dificuldade para ouvir. 
TIPOS 
• Otite externa; 
• Otite média; 
• Otite interna; 
• Otite crônica; 
• Otite aguda. 
 
 
 
OTITE EXTERNA 
Origem bacteriana e fúngica. 
Podem aparecer por entrada de água suja no ouvido, 
que ficou parada e foi contaminando o ouvido (água do 
mar) 
Paciente sente dor, coceira. 
OTITE EXTERNA DIFUSA 
Presença de secreção e descamação no conduto, 
podendo se complicar para uma otite externa maligna, 
que acomete toda a parte cartilaginosa. 
OTITE MÉDIA 
Infecção do muco periósteo que reveste a OM, 
independente da etiologia ou patologia. 
É classificada em: 
AGUDA – infecção aguda na OM com início rápido e 
sintomas nasais 
RECORRENTE – 3 episódios de OMA em 6 meses ou 4 
episódios em 12 meses. 
CRÔNICA – infecção na OM que dura mais de 3 meses 
e é acompanhada de secreção com membrana 
timpânica intacta ou otorreia associada com 
perfuração de membrana timpânica. 
A orelha média é localizada na porção petrosa do osso 
temporal e contém os ossículos e seus anexos 
(articulações, ligamentos e músculos), revestido por 
mucosa do tipo respiratória. 
A OM se comunica com a faringe por meio da tuba 
auditiva, permitindo que a pressão na OM se equalize 
à pressão ambiental. 
TUBA AUDITIVA – comunica a OM com a nasofaringe 
• Mede de 31 a 38 mm 
• Porção óssea (abre na OM) e porção 
cartilaginosa (abre na rinofaringe) 
• No adulto possui uma inclinação de 30 a 45º e 
na criança, 10º. 
Em repouso – fechada 
Abre durante a deglutição, fala, espirro, e nas crianças 
no choro. 
DISFUNÇÃO TUBÁRIA 
Maior produção de muco devido a ineficiência da troca 
de ar do ambiente externo pra OM pelas células 
epiteliais dessa OM, esse muco vira um líquido. 
Antes do acúmulo do líquido na OM, a membrana 
timpânica começa a se retrair em direção a cadeia 
ossicular. 
Manifestações clínicas – plenitude auricular, sensação 
de ouvido tampado, autofonia e dor (barotrauma) 
Após um tempo da disfunção tubária, pode virar uma 
otite. 
OTITE MÉDIA SEROSA/SECRETORA 
Presença de secreção (líquido) na cavidade da OM com 
membrana timpânica integra e sem sinais ou sintomas 
de inflamação aguda. 
CAUSAS – obstrução tubária, hipertrofia de adenoide, 
alergias, fissura palatina. 
OTITE MÉDIA POR EFUSÃO 
Produção da secreção que ficou na OM, 
comprometendo os sons. Quando esse líquido é 
infectado por sinusite, faringite ou amigdalite, esses 
micróbios vão subindo até a tuba até atingir a OM, esse 
líquido infecta e aumenta mais ainda a produção de 
líquido causando dor e virando uma otite média aguda. 
Essa otite média aguda apresenta muita vascularização 
na membrana timpânica, e o líquido não é mais fininho, 
se tornou uma secreção purulenta, causa muita dor, 
febre e mal estar. 
TUBO DE VENTILAÇÃO – no paciente que possui otite 
média crônica serosa ou otite por efusão, situação em 
que ocorre acúmulo de secreção que vem do nariz, 
entra pelo tubo auditivo e fica preso atrás do tímpano, 
ou quando há retrações do tímpano, otites de 
repetição, tumores ou disfunção tubária. 
É feito um pequeno corte no tímpano para que a 
secreção seja aspirada e é colocado o tubo. 
COLESTEATOMA 
Acúmulo de massa composta por tecido epitelial (pele) 
que se forma dentro da OM. 
SINTOMAS – Saída de secreção amarelada e com odor 
forte, zumbido, perda auditiva, dor. 
OTITE MÉDIA CRÔNICA 
Infecção na OM, com duração de pelo menos 3 meses, 
podendo haver os seguintes distúrbios na OM: 
• Perfuração do tímpano que não cicatriza; 
• Danos aos ossículos do ouvido; 
• Perda auditiva; 
• Acúmulo de fluídos no interior do ouvido; 
• Secreção com odor; 
• Otalgia; 
A otite média crônica classifica-se em simples, 
secretora ou colesteatomatosa, nessa última ocorre o 
desenvolvimento de um tumor benigno no interior do 
ouvido, próximo ao tímpano, chamado de 
colesteatoma. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
DOENÇAS DA ORELHA INTERNA 
Todo comprometimento coclear em geral não 
tem tratamento, diferente das lesões de orelha 
externa e média que podem ser usados 
medicamentos/cirurgia. Para algumas doenças 
o uso de medicamentos pode melhorar na causa, 
mas não vai fazer crescer novas células ciliadas, 
já que elas não se regeneram. 
DOENÇA DE MENIERE 
• Perda auditiva flutuante (hora escuta 
bem, hora escuta mal). A endolinfa vem 
com aumento de concentração, aumenta 
a pressão dentro do ducto coclear e as 
células ciliadas externas começam a ter 
dificuldade de se movimentar. Além da 
perda auditiva, há o zumbido e a tontura. 
Esses sintomas pioram quando o paciente 
está em crise. 
• Perda maior em frequências graves (no 
ápice da cóclea) e uma perda menor nas 
frequências agudas (base da cóclea). 
• O paciente pode apresentar plenitude 
auricular (sensação de ouvido tampado). 
PAIR/PAINPSE 
Perda auditiva induzida por ruído/Perda auditiva 
induzida por nível de pressão sonora elevado. 
• É a segunda doença mais frequente 
causando danos irreversíveis à audição. 
• Jovens e adolescentes começam a ter 
esse quadro e mesmo que não tenham 
esses sintomas na juventude, podem ter 
depois dos 30 anos uma perda auditiva de 
caráter irreversível. 
• É uma doença progressiva. 
TRAUMA ACÚSTICO 
• É um evento isolado/súbito – o paciente 
passa por um som forte e que provoca a 
morte das células ciliadas. 
PRESBIACUSIA 
Perda auditiva do envelhecimento. 
É uma doença multifatorial – genética, alimentação, 
hábitos que prejudicam a saúde cardiovascular etc. 
A perda auditiva começa na base da cóclea (sons 
agudos) e segue para o ápice (sons graves) 
As queixas mais comuns são: 
• Escuto, mas não entendo. 
• Ouço bem num local silencioso, mas não 
consigo ouvir quando há ruído – quando a 
gente grita com o idoso, só amplifica o som das 
vogais. 
PERDA AUDITIVA VASCULAR 
Pode ser causada por: 
• Doenças hematológicas; 
• Problemas cervicais; 
• Hipertensão; 
• Problemas cardíacos; 
• Insuficiência renal – O rim funciona como filtro, 
se o rim não funciona bem temos 
concentração de alguns ÍONS (cálcio) que 
podem danificar a cóclea. 
As perdas podem ser súbitas x progressivas• Reversíveis (quando faz o tratamento no 
início) 
• Irreversíveis (depende de quando descobre, 
se é muito tarde etc.) 
A configuração da audiometria pode ser: plana, 
ascendente, descendente. 
RECRUTAMENTO – o desconforto com som intenso e 
dificuldade de ouvir sons de fraca intensidade (perdeu 
primeiro as células ciliadas externas). 
PERDA AUDITIVA METABÓLICA 
Pode ser causada por: 
• Disfunções hormonais ovarianas; 
• Insuficiência adrenocortical; 
• Obesidade; 
• Diabetes; 
• Alterações vasculares; 
Características audiológicas gerais: 
• PASN – perda auditiva sensorioneural; 
• Uni ou bilateral; 
• Grau variável (leve a profundo) 
• Simétrica ou assimétrica (igual nas duas 
orelhas ou mais acentuada em uma orelha 
do que na outra) 
• Curva audiométrica em "U" invertido ou 
ascendente (escuta pior os sons mais graves 
e sons mais agudos e escuta melhor sons de 
frequência média). 
PERDA AUDITIVA GENÉTICA 
O indivíduo já nasce com alteração em algum 
cromossomo e essa manifestação leva a uma perda 
auditiva. 
• Progressiva – vai perdendo a audição com o 
tempo. 
• Congênita – já nasce com a perda auditiva. 
FÍSTULA PERILINFÁTICA 
Ocorre um rompimento da janela redonda, a 
membrana se rompe e a perilinfa caí dentro da orelha 
média. 
• Perda auditiva profunda; 
• Quadro cirúrgico; 
• Tontura intensa. 
PAROTIDITE – CAXUMBA 
A parotidite causa perda auditiva porque a glândula 
parótida edemaciada pode levar algum prejuízo a 
cóclea. 
Em adultos não há muitos sintomas, já as crianças são 
mais sensíveis. 
A parotidite se dissemina pela estria vascular (vasos 
sanguíneos – arteriais e venosos – da cóclea) e células 
basais do utrículo e sáculo (labirinto post. do sist. 
vestibular) compromete a perilinfa, promove uma 
fibrose no labirinto e o órgão de Corti começa a 
morrer. 
PERDA AUDITIVA PÓS MENINGITE 
A meningite mais perigosa para a audição é a 
bacteriana. O ducto endolinfático faz conexão direta 
com o líquido cefalorraquidiano, e quando está 
inflamado o líquido cefalorraquidiano vai até a cóclea. 
A endolinfa contaminada leva uma fibrose da cóclea, 
o labirinto membranoso ossifica e o paciente evolui 
para uma perda auditiva (é progressiva). 
É mais frequente em crianças. 
OTOTOXICIDADE 
Medicamentos e outros produtos que atingem a 
cóclea ou o nervo auditivo. 
Alguns remédios renais causam danos a cóclea, 
quimioterápicos também etc. 
A incidência é variável – há dois indivíduos expostos a 
mesma substância um pode ter perda auditiva e outro 
não. 
Os sintomas incluem -zumbido e tontura. 
A diferença para a Doença de Meniére é que ela não 
tem relação com medicamentos. 
SURDEZ SÚBITA 
É caso de pronto socorro. 
Realiza a otoscopia – normal 
Exames e já começa a tratar com medicação. 
Causas: 
• Origem viral; 
• Alterações vasculares; 
• Idiopáticas (causa desconhecida). 
Características: 
• Perda unilateral (98-99% dos casos); 
• Zumbido em 70% dos casos; 
• Tontura em 40% dos casos; 
• Muitos pacientes referem IVAS. 
Quanto mais profunda a perda auditiva, menos 
chances de recuperação. 
• 45 a 60% dos pacientes se recuperam; 
• 25% recuperação total; 
• 50% recuperação parcial; 
• 25% nenhuma recuperação. 
 
 
 
AUDIOMETRIA TONAL LIMINAR 
A audiometria tonal liminar é fundamental para o 
processo diagnóstico audiológico e determina os 
limiares auditivos comparando os valores obtidos com 
os padrões de normalidade, usando como referência o 
tom puro (Lopes, Munhoz e Bozza, 2015). 
Determina a existência de deficiência auditiva quanto 
ao seu tipo, grau e configuração da perda auditiva. 
LIMIAR AUDITIVO 
É a menor intensidade que um sinal auditivo é 
percebido em 50% das apresentações. 
MEIOS DE PESQUISA DO LIMIAR 
VIA AÉREA – fones supra aurais ou de inserção. 
VIA ÓSSEA – vibrador ósseo no processo mastóideo. 
VIA ÓSSEA NA FRONTE – é usado quando não foi 
possível realizar no processo matóideo. Ex. casos de 
mastoidite 
CAMPO LIVRE – caixa de som no ambiente (usado 
quando não foi possível verificar a VA/VO, 
normalmente é feito com bebês. 
ESCOLHA DA FREQUÊNCIA 
A frequência inicial do teste é de 1k Hz e em seguida 
serão obtidos os limiares de audibilidade nas 
frequências de 2k, 3k, 4k, 6k, 8k, 500 e 250Hz. 
Os limiares das frequências de 750Hz e 1500Hz são 
pesquisados somente quando há uma diferença 
significativa entre 500Hz e1k Hz e entre 1k e 2k. 
* a frequência se mantém até encontrar o limiar. 
MÉTODO DE PESQUISA DA INTENSIDADE 
O método de pesquisa mais utilizado é o descendente-
ascendente. 
ESCOLHA DA INTENSIDADE 
O audiômetro é configurado para variar a intensidade 
a cada 5 dB. 
Se o paciente responder, diminui a intensidade em 10 
dB. 
Se o paciente não responder, aumenta 5 dB até 
encontrar o limiar. 
TIPO DE ESTÍMULO 
Tom puro é um som de uma única frequência, 
podendo ser: 
• Tom puro contínuo – PIIII 
• Tom puro modulado – WARBLE 
• Tom puro pulsátil – PI PI PI 
 
É sempre usado o pulsátil ou modulado. 
VIA ÓSSEA 
A VO é utilizada para saber se a perda auditiva é 
condutiva ou sensorioneural. 
Se houver uma alteração pela VO, a perda auditiva é 
em orelha interna, podendo ser sensorioneural ou 
mista. 
A VO pesquisa de 500Hz a 4000Hz. 
250 Hz é tão grave que, dependendo da intensidade, o 
paciente tem uma percepção tátil (sente vibrar) e nas 
frequências mais agudas não existe energia para 
pesquisar os limiares de 6k e 8k. 
O máximo de intensidade usada na VO é de 70 dB 
No audiograma não se liga a via óssea, somente a via 
aérea. 
AUDIOGRAMA 
Tudo o que está acima do audiograma o paciente não 
escuta, tudo o que está abaixo do audiograma o 
paciente escuta. 
A “linha” é o 50%, hora escuta, hora não escuta. 
SIMBOLOGIA 
Os símbolos audiométricos servem para diferenciar 
orelha direita e orelha esquerda, VA e VO, limiares 
mascarados, presença e ausência de resposta e o tipo 
de transdutores. 
LAUDO AUDIOLÓGICO 
Tem o objetivo de descrever os resultados encontrados 
na avaliação audiológica e auxiliar no diagnóstico 
etiológico, sindrômico e evolutivo do paciente. 
Deve conter: 
• Tipo 
• Grau 
• Configuração 
• Lateralidade 
TIPO DE PERDA AUDITIVA 
PERDA AUDITIVA CONDUTIVA – há um problema na 
condução do som, podendo ser em OE ou OM. 
• Limiares de via óssea menores ou iguais a 15 
dB NA e limiares de via aérea maiores que 25 
dB NA, com gap aéreo-ósseo maior ou igual a 
15 dB, em pelo menos UMA das frequências. 
PERDA AUDITIVA SENSORIONEURAL – há um 
problema na OI (cóclea ou nervo auditivo) 
• Limiares de via óssea maiores do que 15 dB NA 
e limiares de via aérea maiores que 25 dB NA, 
com gap aéreo-ósseo de até 10 dB. 
• Possui acoplamento da VA e VO. 
PERDA AUDITIVA MISTA – há um problema na 
OE/OM e OI. 
• Limiares de via óssea maiores do que 15 dB NA 
e limiares de via aérea maiores que 25 dB NA, 
com gap aéreo-ósseo maior ou igual a 15 dB. 
• Possui gap aéreo-ósseo maior que 15dB e 
acoplamento de VA e VO. 
 
GRAU DA PERDA AUDITIVA 
Auxilia na identificação do prejuízo causado pela perda 
auditiva na comunicação. 
A classificação mais recente (Organização Mundial da 
Saúde 2014, 2019) baseia-se na média aritmética 
(soma todas e divide por 4) entre os limiares tonais de 
VA nas frequências de 500, 1000, 2000 e 4000Hz em 
cada orelha. 
 
Adulto 
MÉDIA GRAU 
0 - 25 dB Audição normal 
26 - 40 dB Leve 
41 - 60 dB Moderado 
61 - 80 dB Severo 
acima de 81 dB Profundo 
 
Crianças até 7 anos de idade 
MÉDIA GRAU 
0 a 15 dB Audição normal 
16 - 30 dB Leve 
31 - 60 dB Moderada 
61 - 80 dB Severa 
acima de 81 dB Profunda 
CONFIGURAÇÃO DA PERDA AUDITIVA 
A configuração é o "desenho" que o limiar faz, essa 
classificação é feita considerando os limiares somente 
da VA. 
Sempre verificar das mais graves (esquerda) às mais 
agudas (direita). 
ASCENDENTE – melhora igual ou maior que 5dB por 
oitava em direção as frequências altas. 
HORIZONTAL – limiaresalternando melhora ou piora 
de 5 dB por oitava em todas as frequências (fica tudo 
na mesma média). 
DESCENDENTE – piora entre 5 a 10 dB por oitava em 
direção às frequências altas. 
DESCENDENTE ACENTUADA – piora entre 15 a 20 dB 
por oitava em direção às frequências altas. 
DESCENDENTE EM RAMPA – curva horizontal ou 
descendente leve com piora brusca igual ou maior que 
25 dB por oitava em direção as frequências altas. 
CONFIGURAÇÃO EM U – limiares das frequências 
extremas (graves e agudas) melhores que as 
frequências médias com diferença maior ou melhor 
que 20 dB. 
CONFIGURAÇÃO EM U INVERTIDO – limiares das 
frequências extremas (graves e agudas) piores que as 
frequências médias com diferença maior ou melhor 
que 20 dB. 
CONFIGURAÇÃO EM ENTALHE – curva horizontal com 
descendência acentuada (igual ou melhor que 15 dB) 
em uma ÚNICA frequência, com recuperação na 
frequência subsequente. 
LATERALIDADE 
BILATERAL SIMÉTRICA – mesmo grau e/ou mesma 
configuração nas duas orelhas 
BILATERAL ASSIMÉTRICA – grau e configurações 
diferentes 
UNILATERAL – audição contralateral normal. 
 
LOGOAUDIOMETRIA 
A logoaudiometria é um teste que avalia a habilidade 
do paciente para DETECTAR e RECONHECER A fala. 
Normalmente os pacientes começam a notar uma 
perda auditiva quando possuem uma dificuldade em 
reconhecer e compreender a fala. 
Ela contribui para o diagnóstico de diferentes 
distúrbios auditivos, já que em algumas 
doenças/alterações otológicas há uma dificuldade 
maior do paciente entender a fala do que em outras. 
Quanto mais interno for o problema, pior será o 
reconhecimento e compreensão da fala. 
A logoaudiometria é feita somente por VA. 
Por meio da logoaudiometria, é possível avaliar: 
SRT – Limiar de Reconhecimento de Fala; 
SDT – Limiar de Detecção de fala; 
IPRF – Índice Percentual de Reconhecimento de fala. 
CALIBRAÇÃO DO AUDIÔMETRO 
Os testes de fala podem ser apresentados a voz ao vivo, 
usando o microfone do audiômetro ou por material 
gravado. 
Utilizando apresentação da voz ao vivo, é importante 
monitorar o controle do volume (VU) mantendo em 0, 
pois variações no nível da voz ou a distância do 
microfone podem alterar o nível do sinal apresentado 
ao paciente. 
Ex. se o medidor VU estiver em -5dB em um nível de 
apresentação de 40dB, apenas 35dB será apresentado 
ao paciente. 
Então é necessário manter o tom de voz durante todo 
o teste, regulando a intensidade que vai sair no fone do 
paciente pelo botão de ajuste de dB. 
É necessário monitorar continuamente o medidor VU 
durante todo o teste para garantir que o nível 
permaneça estável. 
 
SRT – LIMIAR DE RECONHECIMENTO DE FALA 
O SRT é um teste de fala que busca a menor 
intensidade em que o paciente reconhece a fala em 
50% das palavras apresentadas. 
Ele deve escutar, reconhecer e repetir a palavra da 
forma que entendeu. 
MÉTODO DE PESQUISA DO SRT 
Devemos começar em uma intensidade confortável, 
que eu sei que o paciente vai ouvir. 
Os estímulos de fala são geralmente mais familiares ao 
paciente do que os tons puros. 
Método de pesquisa: descendente em intervalos de 10 
dB e ascendente em intervalos de 5dB. 
Usa-se blocos de 4 a 5 palavras em cada intensidade 
pesquisada. 
Modus operandi: Na audiometria tonal o limiar do 
paciente foi em torno de 15dB, eu começo o SRT em 50 
dB e falo uma palavra, diminuo 10dB e falo mais uma 
palavra, somente para o paciente entender que a 
intensidade está diminuindo. 
Quando estiver próximo ao limiar eu falo as 4 palavras, 
se dessas 4 palavras o paciente não acertar nenhuma 
ou só uma, eu subo 5dB e falo mais 4 palavras, se ele 
acertar 2 ou mais eu volto a diminuir a intensidade. 
Ex. em 20 dB ele acertou 3 palavras 
Em 15 dB ele não acertou nenhuma palavra 
Em 25 dB ele acertou todas 
O SRT dele é 20dB. 
SRT - VERIFICAÇÃO CRUZADA 
Os limiares do SRT devem ser parecidos com os limiares 
tonais, já que ele serve para confirmar a audiometria 
tonal. 
O SRT tem que dar igual ou até 10dB acima da média 
tritonal. 
Limiares da VA em 500, 1000 e 2000Hz 
3 
Ex. A média tritonal da audiometria deu 35dB, o SRT 
será de 35dB até no máximo 45dB 
Quando a PA é descendente (acentuada ou rampa) o 
SRT pode dar melhor, a sugestão é fazer uma média 
quadritonal, pensando na frequência de 250Hz. 
SDT – LIMIAR DE DETECÇÃO DE FALA 
O SDT é um teste de fala que busca a menor 
intensidade em que o paciente é capaz de detectar a 
fala. 
O SDT é feito quando NÃO foi possível obter o SRT, 
como por exemplo: 
• Bebês e crianças muito pequenas 
• Pacientes com PASN severa/profunda 
• Pacientes com comprometimento da 
fala/linguagem 
• Pacientes com comprometimento físico ou 
neurológico grave. 
Materiais de fala: 
• “oi” “olá” 
• Nome do paciente 
• Sílabas “pa pa pa” / “po po po” 
 
 
 
SDT – VERIFICAÇÃO CRUZADA 
O limiar encontrado deve ser exatamente IGUAL ao 
melhor limiar da VA entre 250 e 6000Hz na mesma 
orelha, já que o paciente só precisa detectar a fala. 
Quando são feitos o SRT e o SDT, geralmente o SDT é 5 
a 10dB melhor que o SRT. 
É importante lembrar que o SRT/SDT não dão 
diagnóstico, eles só confirmam a audiometria tonal. 
ÍNDICE PERCENTUAL DE RECONHECIMENTO DE 
FALA - IPRF 
O IPRF avalia a capacidade auditiva do paciente de 
reconhecer e compreender palavras em nível 
conversacional confortável e supraliminar (acima do 
limiar) 
ESCOLHA DA INTENSIDADE 
Usamos uma única intensidade que seja confortável 
para o paciente, de 30 a 40dB NS acima do SRT. 
O dB NS (Nível de Sensação) é o número de dB acima 
do limiar auditivo de um indivíduo. 
Ex. 
Arnaldo Miriam 
35dB NA 15dB NA 
 
40dB NS 40dB NS 
 
75dB NA 55dB NA 
 
A intensidade e mantém a mesma durante todo o 
teste. 
Em PASN recrutante (escuta muito mal sons de fraca 
intensidade, e sons de forte intensidade incomodam) o 
nível de maior conforto se encontra em torno de 20 a 
30dB NA acima dos limiares tonais. 
Ou então, quanto mais descendente for a PA, os 
valores de 30 a 40 dB não serão suficientes já que o 
paciente perderá muitos sons que ele conseguiria 
ouvir. 
Nesse caso, podemos deixar o paciente escolher a 
intensidade. 
 
 
 
 
MÉTODO DE PESQUISA DO IPRF 
IPRF - Materiais de fala 
É usado uma lista com 25 palavras foneticamente 
balanceadas (todos os fonemas da língua aparecem), 
podendo serem apresentadas por voz ao vivo usando o 
microfone do audiômetro ou por materiais 
digitalmente gravados. 
Contamos quantas palavras o paciente errou e fazemos 
o seguinte cálculo: 
25 100% 
 1 X 
 
25x = 100% 
x = 100 / 25 = 4 
 
Uma palavra errada corresponde a 4% 
De 25 palavras, o paciente errou 3 = 12% 
 
100% - 12% = 88% 
O IPRF DO PACIENTE É 88% 
IPRF abaixo de 88% é considerado alterado 
*os resultados sempre serão múltiplos de 4. 
 
IPRF – INTERPRETAÇÃO DOS RESULTADOS 
• Pacientes com audição normal e com PA 
condutiva/mista geralmente têm um IPRF 
acima de 88% 
• Pacientes com PASN severa/profunda 
dificilmente irá acertar as palavras mono, 
levando em consideração que, quanto maior o 
número de sílabas de uma palavra, mais 
inteligível ela se torna. Por isso, é esperado que 
o desempenho do paciente melhore à medida 
que se aumenta a extensão da palavra. 
• Se o desempenho for satisfatório com 
monossílabas, não há necessidade de 
pesquisar o reconhecimento com dissílabas ou 
trissílabas. 
• Se o desempenho com monossílabas não 
alcançar 88% / 92%, uma lista com dissílabas 
deverá ser utilizada. IPRF menores que 80% 
para dissílabas, deverá testar com trissílabas. 
 
• Se o paciente tem uma PA coclear, o IPRF varia 
de acordo com grau e configuração 
audiométrica 
• Se o paciente tem uma PA retro coclear, o IPRF 
pode ser mais pobre do que se esperaria. 
 
*quanto mais internoo problema, pior o 
reconhecimento da fala. 
 
MASCARAMENTO DE VIA AÉREA 
Há necessidade de utilizar um ruído mascarador na 
orelha não testada sempre que o estímulo na orelha 
testada puder ser detectado pela cóclea da orelha não 
testada. 
Na pesquisa de limiares de VA o mascaramento é 
necessário quando houver diferença de 40dB ou mais 
entre a VA da orelha testada e VO da orelha não 
testada. 
ATENUAÇÃO INTERAURAL – é o quanto de energia o 
som perde no meio do caminho, até chegar à outra 
cóclea. Isso acontece porque o som depende do tempo 
e da distância, quanto maior o tempo e a distância, 
mais fraco ele é. 
40 DB É A MENOR ATENUAÇÃO INTERAURAL 
POSSÍVEL. 
Ou seja, toda vez que tiver uma diferença de 40dB ou 
mais entre o limiar da VO da orelha que eu não estou 
pesquisando e o limiar de VA da orelha que eu estou 
pesquisando, vou precisar mascarar. 
Ex. estou dando um estímulo de 60 dB na OD, a OE tem 
um limiar de 10dB. O som de 60dB atravessa a cabeça 
e perde 40dB, chega na cóclea da OE em 20 dB, se o 
mínimo que essa orelha escuta é 10dB, um som de 
20dB ela vai detectar. Então precisa mascarar. 
Se o limiar dessa OE fosse 30dB e o som chegasse em 
25dB, não precisaria mascarar porque o MÍNIMO que 
esse paciente ouve é 30dB, ele não vai ouvir um som 
de 25dB. 
ESCOLHA DO RUÍDO 
Para cobrir um tom puro, eu devo utilizar um ruído que 
NÃO seja um tom puro. 
Na audiometria tonal, o ruído mascarador costuma ser 
de banda estreita, variando conforme a frequência de 
tom puro pesquisada. 
É conhecido como narrow band/banda estreita (NB), 
pois é um estímulo sonoro centrado na frequência 
pesquisada (tom puro), mas que também tem 
componentes sonoros em frequências adjacentes. Ele 
vai de 1/3 de oitava para mais grave e para mais aguda. 
 
 
TIPOS DE RUÍDOS 
WN - WHITE NOISE - Ruído de banda larga 
NB - NARROW BAND - ruído de banda estreita (esse é 
o mais o utilizado) 
SN - SPEECH NOISE - ruído para logoaudiometria 
 
ESCOLHA DA INTENSIDADE DO RUÍDO 
O mascaramento utilizado somente poderá ser 
considerado SUFICIENTE quando de fato for capaz de 
esconder o estímulo que puder ser detectado pela 
cóclea da orelha não testada. 
Assim, precisa ter maior intensidade que o sinal 
chegado à esta cóclea após a atenuação interaural. 
10 dB é o mínimo de intensidade que eu posso colocar 
acima do que está chegando, se o som chega na OE em 
25dB, eu coloco um ruído de 35dB. 
PREENCHIMENTO NO AUDIOGRAMA 
Mascaro a melhor orelha e mudo o símbolo da pior 
orelha. 
Coloco a intensidade do mascaramento embaixo da 
pior orelha. 
A intensidade do mascaramento é marcada no quadro 
abaixo da orelha que está sendo testada (pior orelha) 
com a cor da orelha que está sendo mascarada (melhor 
orelha) 
O símbolo da orelha que está sendo testada (pior 
orelha) muda. 
*faz todo o exame sem mascaramento e depois retoma 
nas frequências que precisa mascarar. 
MASCARAMENTO DE VIA ÓSSEA 
A atenuação interaural da VO é de 0dB, já que o 
vibrador ósseo estimula as duas cócleas ao mesmo 
tempo. 
Ou seja, eu SEMPRE vou precisar mascarar quando 
fazer a VO. 
EXCEÇÃO: PODE NÃO HAVER NECESSIDADE DE 
MASCARAMENTO NAS PASN SIMÉTRICAS 
O ruído sempre será apresentado pela VA (fones). 
Quando for PA condutiva/mista é necessário somar o 
GAP. 
Ex. OD - 750Hz - 40dB 
 OE - 750Hz - 5dB 
Se o limiar é 5dB e eu quero piorar para 50dB NA (40 
dB + 10 dB), eu preciso de 45dB NS. 
Basta olhar pra VA e adicionar os mesmos 45dB = 
85dB 
Na PASN simétrica os limiares de VA e VO das DUAS 
ORELHAS estão acopladas (podendo haver uma 
pequena diferença em algumas frequências). 
Ex: VA OD = 2kHz - 55dB 
 VA OE = 2kHz - 55dB 
 
 VO OD = 2kHz - 55dB 
 VO OE = 2kHZ - 55dB 
 
Nesse caso as duas escutam em 55dB, se a VA está 
simétrica e a VO da orelha que eu estou pesquisando 
dá o mesmo limiar, nem preciso pesquisar a VO da 
orelha esquerda e não precisa mascarar. 
 
MASCARAMENTO DE LOGOAUDIOMETRIA 
A atenuação interaural da logoaudiometria é de 45dB. 
O ruído usado é o speech noise. 
Se tem um SRT na OD de 70, perde 45 e chega na OE 
em 25. Se o SRT da OE é 30, não precisa mascarar. 
No SRT, utiliza-se um mascaramento de 15dB acima da 
média do paciente. 
No SDT, a atenuação interaural é de 40dB. 
MASCARAMENTO DE IPRF 
OD - 80Db 
Chega na OE em 35dB, se a média (SRT) do paciente é 
35dB, precisa cobrir com um ruído de 10 ou 15dB (em 
prova +10dB é o correto) e fica 45dB/50dB de 
mascaramento 
OE - 70db 
Passa pela atenuação interaural -45dB e chega na OD 
em 25dB, a meta é piorar para 35/40dB. 
Se tem GAP, eu faço a média tritonal da VO (10dB). De 
10dB até 40dB eu tenho 30dB NS 
A média tritonal da VA é 50dB + 30dB (GAP) = 80dB de 
mascaramento. 
 
IPRF DA OE É 65, PERDE 45DB E CHEGA NA OD 
EM 20DB 
QUERO PIORAR ESSA OD PARA 35DB 
SE A MÉDIA DA VO DA OD É 10, DE 10 ATÉ 35 É 
25DB NS 
O SRT DA OD É 50, EU ADICIONO 25 = 75DB DE 
MASCARAMENTO 
IPRF da OE é 95, perde 45 e chega na OD em 50. 
Eu quero piorar OD pra 65dB 
A média tritonal da VO é 10dB 
De 10 até 65 é 55 + 35 (SRT da OD) = 90 
Se o SRT da OD é 35, eu adiciono 65 = 90 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
IMITANCIOMETRIA 
"Quando uma onda mecânica incide sobre uma 
superfície de separação como a membrana timpânica, 
entre dois meios de propagação diferentes (OE e OM), 
parte da onda é refletida e a outra parte é 
transmitida/absorvida)" 
Quanto mais espesso for a superfície de separação, 
mais ele reflete (volta) e menos ele absorve (passa para 
o outro lado). 
Se tiver líquido na orelha média, a propagação do som 
fica mais difícil. 
O som nunca será 100% absorvido porque mudou de 
ambiente, mas, quando mais normal está a membrana 
timpânica, mais absorverá do que refletir. 
IMITANCIA ACÚSTICA 
É o estudo do que impede/favorece a propagação do 
som na orelha média. 
É o estudo da admitância e impedância. 
IMPEDÂNCIA ACÚSTICA – é o estudo do que 
impede a propagação da onda sonora. 
ADMITÂNCIA ACÚSTICA – é o estudo do que 
favorece a propagação da onda sonora. 
“A parte da energia que foi absorvida é amplificada 
pela concentração da energia da onda sonora na janela 
oval.” 
COMO É REALIZADO? 
É colocado uma sonda no MAE do paciente, vedando 
bem a entrada. A sonda fica presa em uma oliva 
imitanciométrica. 
Dentro da sonda há 3 componentes principais: 
SONDA ALTO-FALANTE – emite um som grave 
contínuo de 226Hz. 
MICROFONE – o som refletido é captado pelo 
microfone e analisa as respostas. 
O microfone mede o tempo que a onda sonora levou 
para sair do alto falante e retornar, e permite saber a 
distância que esse som percorreu. 
 
Som mais intenso – reflete mais 
Som menos intenso – reflete menos 
BOMBA DE AR – ligada ao manômetro, que faz o 
controle de pressão do ar. 
Controle de pressão – daPa 
Controla a pressão atmosférica do ar do lado de fora 
(OE), Já que a pressão atmosférica do ar da OM não 
tem como controlar. 
CRITÉRIOS PARA FAZER IMITANCIOMETRIA 
1. Orelha externa sem obstrução (corpo 
estranho, rolha de cerume, secreção) 
2. Membrana timpânica íntegra. 
MEDIDAS DE IMITANCIA ACÚSTICA 
1. Timpanometria 
2. Reflexos acústicos 
TIMPANOMETRIA 
A timpanometria mede a reflexão do som da 
MEMBRANA TIMPÂNICA enquanto a pressão do ar 
no MAE é variada. 
Auxilia na avaliação das estruturas da OE e OM, 
incluindo a tuba auditiva. 
INDICAÇÕES 
A timpanometria deve ser feita apenas quando tiver 
uma membrana timpânica integra, exceto na indicação 
de prova de função tubária. 
CONTRA INDICAÇÕES 
1. Alterações de OE – rolha de cerume, otite 
externa, descamação, corpo estranho. 
2. Cirurgia otológica – estapedotomia (risco de 
descolamento da prótese) 
3. Quadros inflamatórios agudos, pois pode 
causar desconforto e dor intensa. 
OBJETIVO 
"Verifica a variação da complacência decorrente da 
mudança de pressão no MAE, refletindo as mudanças 
nas propriedades físicasda membrana timpânica, da 
cadeia ossicular e das condições da orelha externa." 
Acompanhar como estão as funções de orelha média, 
condições da cadeia tímpano-ossicular. 
É representada graficamente por uma curva que 
mostra a MOBILIDADE da membrana timpânica. 
Vario a pressão do conduto para positiva – neutra – 
negativa, até achar o ponto em que a membrana 
timpânica fica complacente/maleável, favorecendo a 
passagem do som. 
A pressão é medida em milímetros de água (ml) ou 
decapascal (daPa) 
Deve-se colocar pressão positiva e negativa no conduto 
vedado pela oliva; 
“O OBJETIVO É IGUALAR/EQUALIZAR A PRESSÃO 
INTERNA E EXTERNA PARA MOVIMENTAR A 
MEMBRANA TIMPÂNICA.” 
"Quando a OM está normal, a pressão do ar na caixa do 
tímpano DEVE ser igual a pressão atmosférica externa 
(do ambiente)" 
Isso significa que, tendo a membrana timpânica 
INTEGRA, a estrutura responsável por deixar essa 
pressão equalizada é a TUBA AUDITIVA. 
Pressão atmosférica ambiental e pressão aérea da 
OM são equalizadas pela abertura da tuba auditiva. 
0daPa – corresponde a nossa pressão atmosférica 
(neutralidade) 
Quanto mais negativa a pressão, mais retraída a 
membrana timpânica estará. 
COMO É FEITA? 
1. Liga a bomba de pressão 
 
2. Variação da pressão 
Início com pressão positiva: +200 daPa 
Nesse momento eu aumentei a impedância à 
passagem do som. 
Criei uma condição em que a pressão na OE está 
diferente da OM. Na OM está neutra porque a tuba 
auditiva está equalizando. Na OE está uma pressão 
positiva, deixando a membrana timpânica rígida. Se ela 
está rígida, aos poucos eu desloco até a pressão ficar 
negativa, observando em que ponto ela fica mais 
complacente. 
Com a pressão positiva, a agulha que marca a pressão 
de ar também será deslocada para a direita. 
Quando chega em +200daPa, só terei o volume 
(tamanho) referente a OE (MAE). 
Nesse momento, a agulha que marca o volume 
(tamanho) irá apontar para um valor numérico, que 
corresponde ao volume da OE (MAE). 
“SE EU EMITO UM SOM E A MEMBRANA 
TIMPÂNICA ESTÁ RÍGIDA (NÃO MEXE NADA) O 
QUE É REFLETIDO É TODO O 
VOLUME/DISTÂNCIA DA OE.” 
3. Vario a pressão para negativa ATÉ chegar em 
- 200daPa, ou menor, se necessário. 
 
4. Conforme a pressão for reduzida, ao passar 
pela posição neutra, a membrana timpânica 
ficará complacente e o volume irá aumentar. 
EXEMPLO: 
Volume da OE – 0,7mL 
Aumentou para 2,0mL 
Volume da OM – 1,3mL 
“A medida de complacência é obtida por meio da 
comparação entre a medida obtida na pressão 
positiva (+200daPa) e a medida na posição neutra, 
que corresponde ao volume da OM + volume do 
MAE.” 
MARCAÇÃO NO GRÁFICO 
No gráfico é marcado somente a medida dinâmica da 
timpanometria, não o que tinha antes. 
EXEMPLO: 
OD – De 1,3 se movimentou até 2,0 = 0,7 
Vou na linha do 0,7 e marco com a caneta vermelha 
(referente a OD) 
OE – de 0,9 se movimentou até 1,5 = 0,6 
Vou na linha do 0,6 e marco de caneta azul (referente 
a OE) 
CURVAS TIMPANOMÉTRICAS 
CURVA A 
Mobilidade normal do sistema timpano-ossicular 
• Audição normal ou perda auditiva 
sensorioneural. 
Pressão = de +50daPa até -100daPa 
Volume da complacência = de 0,25ml a 1,7ml 
 
CURVA AS/AR 
Complacência diminuída e baixa mobilidade do 
sistema tímpano-ossicular. 
Indica rigidez da membrana e das estruturas da orelha 
média. 
Curva com pressão neutra em torno de 0daPa. 
É uma curva baixa. 
• Espessamento da membrana timpânica 
• Timpanosclerose 
• Otosclerose – fixação da cadeia ossicular. A 
membrana timpânica até se movimenta, mas 
chega um momento que encontra resistência 
(conforme a doença progride, a curva vai 
baixando). 
Pressão = de -100 até +100DAP 
Volume da complacência = abaixo de 0,25ml 
 
 
 
CURVA AD 
Complacência extremamente elevada 
• Mobilidade elevada das estruturas da OM 
• Desarticulação da cadeia ossicular ou 
membrana timpânica flácida 
Pressão = de 0daPa até -100daPa 
Volume de complacência = acima de 1,65ml 
 
CURVA TIPO B 
Complacência/volume muito reduzido ou nenhuma 
variação de complacência durante o teste 
• Ausência de pico quando varia a pressão 
• A curva fica quase horizontal, não sai do lugar. 
Tem algo na OE ou OM impedindo a movimentação 
• Rolha de cerume; 
• Otite média (aguda, com efusão, adesiva, 
colesteatoma) 
• Malformações genéticas 
 
Curva plana sem pico de máxima complacência ou 
com complacência muito reduzida. 
 
 
TIPO C 
Pico da curva deslocado para o lado esquerdo do 
gráfico, indicando pressão negativa dentro da OM 
• Disfunção tubária sem líquido (sem ar dentro 
da OM) 
• Membrana timpânica retraída 
Pressão = desviado para pressão negativa superior a -
100daPa 
Volume da complacência = de 0,30 a 1,65 ml. 
 
TIPO D 
• É o tipo mais raro 
• Curva com duplo pico 
• Neonatos 
A hora que bate e volta é o momento da máxima 
complacência. 
NO AUTOMÁTICO EU SOMO O VOLUME DE OE 
INICIAL + A COMPLACÊNCIA = VOLUME TOTAL 
NO ANALÓGICO EU SUBTRAIO O VOLUME TOTAL 
- VOLUME INICIAL = COMPLACÊNCIA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
REFLEXO ACÚSTICO 
O reflexo acústico tem função de proteger a orelha 
interna dos danos causados por sons intensos, 
principalmente nas baixas frequências, além disso, tem 
função na discriminação de fala e no PAC. 
O reflexo acústico é o resultado da contração do 
musculo estapediano da OM, em resposta a um sinal 
acústico ativador. 
1. Contração do músculo estapediano mediante 
estimulação sonora; 
2. O musculo estapediano está ligado a porção 
posterior da cabeça do estribo; 
3. A pressão do estribo na janela oval diminui 
com a contração do m. estapediano, 
protegendo a cóclea; 
O arco reflexo é mediado pelo tronco encefálico, sendo 
um reflexo eferente (do tronco encefálico ao m. 
estapediano). 
O nervo facial é o responsável pelo arco reflexo 
MÉTODO DE PESQUISA 
Se a pressão neutra na timpanometria foi em -50, eu 
pesquiso o reflexo em -50. 
Utilizo um tom puro contínuo de forte intensidade. 
Objetivo – pesquisar qual a menor intensidade entre 
esses tons elevados que eu desencadeio o reflexo. 
Quando o m. estapediano se contrai, ele puxa o estribo 
para cima, que movimenta a bigorna, o martelo e a 
membrana timpânica, que aumenta de volume no 
MAE. 
Se o volume aumentado foi mais do que 0,05ml, 
significa que o m. contraiu e todas as estruturas se 
moveram. 
Anoto a frequência e em qual intensidade se moveu. 
Sempre começo em 70dB e vou dando platôs de 5 em 
5dB. 
Quando há uma movimentação, é quando há o reflexo. 
Faço isso em todas as frequências – 500Hz, 1000Hz, 
2000Hz e 4000Hz.M´ 
 
Método de pesquisa ascendente – pesquiso do som 
mais fraco até o mais forte. 
Quanto mais forte o som, maior a pressão do estribo 
na janela oval e maior é a movimentação dos líquidos 
da cóclea. 
A cóclea atenua o som em até -10dB para proteger a 
cóclea, então se um som de 90dB contrai o meu m. 
estapediano, eu o sinto como um som de 80dB. 
Pessoas com audição normal desencadeiam o reflexo 
em torno de 70 a 90dB NS (acima do limiar). 
Ex. paciente com limiar de 10dB 
Reflexo estapediano – 85dB 
Está em 75dB NS 
O m. tensor do tímpano auxilia no mecanismo do 
reflexo, puxando o cabo do martelo e a membrana 
timpânica para dentro da cavidade timpânica. 
COMO O RELFEXO ACONTECE? 
Quando o som passa para o nervo auditivo, ele chega 
no tronco encefálico e entra em uma bolinha chamada 
núcleo coclear, que recebe as fibras aferentes da 
cóclea. 
NÚCLEO COCLEAR – identifica a intensidade dos 
sons e quando o som está muito forte. 
Quando o som está muito forte, o núcleo coclear pede 
"ajuda" ao complexo olivar superior – oliva superior 
direita e esquerda – que é o responsável pelo arco 
reflexo. 
COS – MEDIADOR DO REFLEXO ACÚSTICO 
Quando chega no complexo olivar, ele pede "ajuda" ao 
núcleo facial, que leva a informação a periferia econtrai o m. estapediano e movimenta a cadeia 
tímpano-ossicular. 
Se eu dou um som na OE, eu vejo o reflexo estapediano 
na OE (ipsilateral – do mesmo lado) e na OD 
(contralateral – lado contrário) 
 
 
 
REFLEXO IPSILATERAL 
O reflexo ipsilateral é dado pela sonda na OD. Esse 
reflexo é aferente D e eferente D. Porque a sonda está 
dando o som e captando na mesma orelha. (exemplo) 
• O ipsi é pesquisado somente com a sonda; 
• O ipsi é aferente e eferente da orelha testada. 
 
REFLEXO CONTRALATERAL 
Para medir o reflexo contra, a sonda continua na OD. 
Coloco o fone na OE, o som será apresentado pelo 
fone. A orelha que está escutando é a OE, é ela que 
pede “ajuda”, mas o reflexo acontece nas duas. 
CONTRA ESQUERDO – É CONTRÁRIO AO LADO 
ESQUERDO, ESTOU MEDIDNO O LADO 
CONTRÁRIO DO E, QUE É O D (QUE ESTÁ COM 
A SONDA). 
No contralateral, o som sai pelo fone. 
Uma vez que eu encontrei o reflexo contra: 
• A orelha que escutou com o fone não é tão 
ruim; 
• A orelha que eu captei o reflexo com a sonda 
não tem alteração de OM.
 
Aferência – fone Eferência – sonda 
IPSILATERAL D – MARCADO DE VERMELHO 
Aferente D 
Eferente D 
IPSILATERAL E – MARCADO DE AZUL 
Aferente E 
Eferente E 
CONTRALATERAL D 
Aferente D – fone 
Eferente E – sonda 
Nesse caso, o fone está na OD e a sonda na OE. 
A cor será azul, porque a sonda está na OE. 
Marco no quadro da OD, que é a aferente com a 
caneta azul. 
CONTRALATERAL E 
Aferente E 
Eferente D 
Nesse caso, o fone está na OE e a sonda na OD. 
A cor será vermelha, porque a sonda está na OD. 
Marco no quadro da OE, que é a aferente com a 
caneta vermelha. 
SONDA DO LADO D 
Estou pesquisando o Ipsilateral D e o Contralateral E 
A dona do reflexo é a E 
SONDA DO LADO E 
Estou pesquisando o Ipsilateral E e o Contralateral D 
A dona do reflexo é a D 
A COR DA CANETA É SEMPRE DA ORELHA ONDE 
A SONDA ESTÁ 
 
 
TRAJETO DO ARCO REFLEXO IPSILATERAL 
OE > OM > OI > Nervo coclear > Núcleo coclear 
ipsilateral > Núcleo ipsilateral do COS > Nervo facial 
ipsilateral > M. estapediano ipsilateral. 
TRAJETO DO ARCO REFLEXO CONTRALATERAL 
OE > OM > OI > Nervo coclear > Núcleo coclear 
ipsilateral > Núcleo contraletral do COS > Nervo facial 
contralateral > M. estapediano contralateral. 
REFLEXO ACÚSTICO 
Ocorre entre 85 e 100dB NA em quem tem audição 
normal. 
4000Hz - muito frequente a ausência. 
EXAME 
Equipamento – cada equipamento tem um tipo de 
resposta (alguns marcam o gráfico para cima, outros 
para baixo). 
Inicia em 500Hz – 70dB por 2 a 3seg. 
Em pacientes com perda profunda pode começar em 
95dB. 
O REFLEXO ESTÁ PRESENTE EM QUEM TEM 
AUDIÇÃO NORMAL. 
Em pacientes com PA coclear ocorre o fenômeno do 
recrutamento. 
RECRUTAMENTO – PERCEPÇÃO ANORMAL DO 
AUMENTO DA INTENSIDADE. 
Não ouve sons de fraca intensidade, pois elas 
necessitam da movimentação das CCE, e na perda 
coclear não há CCE. 
O recrutamento está presente em PASN coclear de 
grau leve a moderado. 
No recrutamento, terá uma diferença de 65dB NS entre 
o limiar do paciente e o reflexo acústico. 
COMO EU VEJO O RECRUTAMENTO NA 
IMITANCIOMETRIA? 
Observo que a diferença entre o limiar e a intensidade 
necessária para desencadear o reflexo foi muito baixa 
(menor que 65dB). 
MARCAÇÃO NO QUADRO 
Limiar tonal – limiar auditivo do paciente na frequência 
pesquisada. 
Nível reflexo contra – intensidade que desencadeou o 
reflexo da orelha que está a sonda, mesmo que o som 
tenha sido apresentado na outra orelha. 
Pesquisa recrutamento – diferença entre o limiar e a 
intensidade que desencadeou o reflexo contra. Se esse 
valor está abaixo de 65dB é porque tem recrutamento. 
Decay 5s – 
Ipsilateral OE/OD – intensidade que desencadeou o 
reflexo ipsi. 
 
VALORES DO REFLEXO ACÚSTICO 
PRESENTE EM NÍVEIS NORMAIS 
Entre 70 e 100dB NS 
PRESENTE E DIMINUÍDO 
Diferença menor ou igual a 65dB entre o limiar de VA e 
o reflexo estapediano contralateral. 
PRESENTE E AUMENTADO 
Diferença maior que 100dB entre o limiar da VA e o 
reflexo estapediano contalateral. 
AUSENTE 
Reflexo não desencadeado até a saída máxima do 
equipamento. 
RESULTADOS 
Se o reflexo está presente em “nível do relflexo contra” 
nas duas orelhas, nenhuma delas tem PA condutiva. 
Se o reflexo está ausente em “nível do reflexo contra 
D” há PA condutiva ou mista na OE. 
Se o reflexo está ausente em “nível do reflexo contra 
E” há uma PA condutiva ou mista na OD. 
PERDA CONDUTIVA NÃO CAPTA REFLEXO. 
Se os valores em “nível do reflexo” estão muito altos 
(ex. 115, 120) esse paciente pode ter uma PASN 
moderada. Não é severa nem profunda, porque não 
tem como o paciente começar a ouvir (limiar) em 80dB 
e ter o reflexo em 110,120dB... porque PASN severa e 
profunda NÃO recruta. 
RECRUTAMENTO – DIFERENÇA DE 65DB OU 
MENOS ENTRE O LIMIAR E O NÍVEL DO REFLEXO. 
Ex. 
Limiar – 60dB 
Reflexo – 110dB 
Diferença – 50dB > recrutamento 
ESTÁ COMPATÍVEL COM UMA PASN 
MODERADA. 
ALTERAÇÕES NA CAPTAÇÃO OU AUSÊNCIA DO 
REFLEXO ACÚSTICO 
1. Presença de limitação sensorial na porção 
aferente do arco reflexo (PASN 
severa/profunda) 
2. Patologia de OM ou lesão na porção eferente 
do sistema (VII – nervo facial) 
Se tiver uma paralisia facial do lado onde eu estou 
captando o reflexo, mesmo que a outra orelha escute 
bem, não consigo captar o reflexo porque essa 
informação não veio pelo nervo facial, já que o nervo 
está comprometido. 
3. Lesão de tronco cerebral – ausência de reflexos 
contralaterais e a presença de reflexos 
ipsilaterais. 
APLICAÇÕES CLÍNICAS DO REFLEXO ACÚSTICO 
• Diagnostico diferencial entre as perdas 
condutivas; 
• Avaliação quantitativa da função tubária; 
• Pesquisa do recrutamento objetivo de Mertz; 
• Pesquisa do declínio do reflexo acústico; 
• Diagnóstico otoneurológico; 
• Perdas auditivas funcionais (simuladores). 
Uma vez que eu encontrei o reflexo contra: 
1. a orelha que escutou (fone) não é tão ruim 
2. a orelha onde eu captei (sonda) não tem alteração 
de orelha média. 
PA RETROCOCLEAR – LESÃO NO N. AUDITIVO 
✓ Timpanometria normal 
✓ Ausência de reflexo acústico 
Neuropatia – estímulos sonoros não vão de forma 
síncrona. Não chega uma informação consistente no 
núcleo coclear, o reflexo sequer aparece ou precisa de 
um som muito forte para desencadear o reflexo. 
ADAPTAÇÃO PATOLÓGICA 
Diminuição da sensitividade auditiva na presença de 
um estímulo contínuo. 
Ex. ouço um som, no começo ele é forte. Com o tempo 
passando e esse som forte continua, eu me acostumo 
com ele e nem ouço mais. Isso se chama adaptação 
patológica. 
Quando o paciente tem uma PA retrococlear há uma 
chance maior de ter adaptação patológica – parar de 
ouvir antes do esperado. 
Se uma parte do nervo estiver sendo comprimida, não 
terá a mesma quantidade de neurônios trabalhando. O 
indivíduo para de ouvir antes do previsto. 
 
 
 
 
 
 
 
 
DECAY – DECLÍNIO DO REFLEXO 
ACÚSTICO 
✓ Pesquisados somente em 500Hz e 1000Hz. 
✓ Não é pesquisado em 2000Hz e 4000Hz porque 
são sons mais agudos, então há uma 
adaptação ANTES de 10seg. 
Pesquiso em 500Hz e 1000Hz, 10dB acima do nível do 
reflexo estapediano, durante 10seg. (tom puro 
contínuo). 
Se antes ou até 5seg. o reflexo tem um declínio – cai 
50% ou mais – (o m. parou de contrair) o som deixou 
de ser escutado. Isso significa que há uma adaptação 
patológica, sugerindo uma PA retrococlear. 
 
 
É essencial para verificar perda retrococlear. 
Se cair mais que 50% depois dos primeiros 5 segs. NÃO 
foi adaptação patológica. 
Na PA coclear o Decay é ausente, o reflexo se mantém. 
Na PA retro o Decay é presente, o reflexo cai – 
adaptação patológica. 
 
 
 
 
 
 
 
 
PESQUISA DE FUNÇÃO TUBÁRIA 
✓ Verificar o funcionamento da tuba auditiva 
A cada deglutição a tuba auditiva abre e fecha de 
forma a trocar o ar da OM com o ar de fora (do 
ambiente)– isso é considerado normal. 
Quando há perfuração timpânica o médico solicita a 
prova de função tubária para saber o funcionamento 
da tuba. 
MÉTODO DE PESQUISA 
Coloco uma pressão de +200daPa e dou um copo de 
água para o paciente solicitando que ele tome um gole 
de água (3x). 
Se após os três goles de água a pressão escapou 
(diminuiu até 0dB), significa que a tuba está 
funcionando. 
Se a pressão estava em +200daPa: 
1º gole – +150daPA 
2º gole – +120daPa 
3º gole – +100daPa 
TUBA AUDITIVA NÃO ESTÁ FUNCIONANDO TÃO 
CORRETAMENTE. 
Se o paciente toma todos os goles e a pressão continua 
em +200daPa significa que a tuba está fechada – não 
está funcionando corretamente. 
RESULTADOS 
• Se a pressão chegou em 0daPa até o 3 gole – 
tuba permeável 
• Se há pressão residual após o 3º gole – 
parcialmente permeável 
• Se tomou todos os goles e a pressão não 
mudou – tuba impermeável. 
 
 
 
 
 
ACUMETRIA – TESTES COM 
DIAPASÃO 
Objetivo – avaliação qualitativa da audição. 
Auxilia no topodiagnóstico das lesões e confirma os 
dados da audiometria. 
 
RINNE 
O teste recebe o nome em homenagem ao médico 
Heinrich Adolf Rinne. 
Objetivo – comparação entre a VA e a VO da mesma 
orelha. 
VO – Coloca o diapasão para vibrar e encosta a ponta 
no processo mastoideo e solicita que o paciente 
informe quando deixar de ouvir. 
VA – coloca os dois arcos em frente ao pavilhão da 
mesma orelha, se o paciente ouve quer dizer que a 
condução aérea está favorecendo a audição desse 
paciente. 
RINNE POSITIVO 
Transmissão do som por VA dura mais tempo do que 
pela VO. 
Quando ouve pela VA e VO. 
Não tem nenhuma alteração de OM. 
RINNE NEGATIVO 
Na PA condutiva ele ouve por bastante tempo pela VO, 
mas quando coloca os arcos em direção ao pavilhão 
(VA) ele não escuta. 
Se for audição normal ele ouve dos dois jeitos, se for 
condutiva ele deixa de ouvir rapidamente e quando é 
colocado por VO ele volta a ouvir. 
ORELHA NORMAL OU PASN – RINNE POSITIVO 
Condução aérea melhor que a condução óssea. 
PA CONDUTIVA – RINNE NEGATIVO 
Condução óssea melhor que a aérea. 
WEBER 
O teste recebe o nome em homenagem ao Ernest 
Heinrich Weber. 
Objetivo – comparar a condução óssea entre as duas 
orelhas. 
Método – teste com diapasão na fronte (estimula as 
duas orelhas ao mesmo tempo) 
Existindo uma PA condutiva a VO fica melhorada, o fato 
de deixar de ouvir pela VA favorece a percepção dos 
sons por condução óssea, ficando mais fácil de 
perceber o som pela orelha com alteração condutiva. 
O teste de Weber pode detectar PA condutiva 
unilateral (se for unilateral esquerda, ele dirá que o 
lado esquerdo ouve melhor). 
PASN unilateral – perda do lado esquerdo, ele dirá que 
está ouvindo melhor do lado que não tem perda, ou 
seja, lado direito. 
CONDUTIVA 
Lateraliza para o lado pior – lado da queixa. 
SENSORIONEURAL 
Lateraliza para o lado melhor 
INDIFERENTE 
Perdas simétricas ou normal. 
MISTA 
Se o paciente tem uma perda condutiva a direita e uma 
mista a esquerda, o Weber será para a direita, onde o 
GAP é maior. 
 
WEBER AUDIOMÉTRICO 
Vibrador ósseo na fronte. 
É possível realizar em todas as frequências até a 
intensidade máxima – 70dB. 
PASN A DIREITA 
 
Weber para E 
Se for bilateral assimétrica – vai para o lado melhor. 
PA CONDUTIVA A DIREITA 
 
Weber para D 
PA CONDUTIVA BILATERAL 
 
Weber indiferente – se for simétrica. 
Se a perda for maior na OE, Weber será para a 
esquerda. 
Se a perda for maior na OD, Weber será para a direita. 
MARCAÇÃO NO GRÁFICO 
 
Indiferente – seta para cima ou para baixo, ou para os 
dois lados. 
Direita – seta para direita de vermelho. 
Esquerda – seta para a esquerda de azul. 
TESTES SUPRALIMINARES 
Testes para diagnóstico diferencial do recrutamento 
auditivo. 
O recrutamento está presente em pacientes com PASN 
leve e moderada. 
A LESÃO DAS CCE LEVA A UMA NÃO ESTIMULAÇÃO 
A INTENSIDADES FRACAS, MAS NÃO IMPEDE A 
ESTIMULAÇÃO DIRETA DAS CCI, A PARTIR DE CERTA 
INTENSIDADE (50DB). O FENÔMENO DO 
RECRUTAMENTO, CARACTERÍSTICO DE LESÃO DAS 
CCE, PODE SER EXPLICADO TANTO PELA 
ESTIMULAÇÃO DIRETA DAS CCI, QUANTO PELA NÃO 
INIBIÇÃO DE ESTÍMULOS FORTES, PELA FALHA DA 
CONTRAÇÃO LENTA DAS CCE (MEDIADA PELO 
SISTEMA EFERENTE). 
Somente as ondas a partir de 50dB são capazes de 
movimentara membrana basilar o suficiente para 
colocar os cílios das CCI em contato com a membrana 
tectória e as estimular diretamente. 
ABLB OU TESTE DE FOWLER 
TESTE DE BALANCEAMENTO BINAURAL 
ALTERNADO DA SENSAÇÃO DE INTENSIDADE . 
Compara o crescimento da sensação de intensidade 
em uma frequência para as duas orelhas. 
É realizado em indivíduos que apresentam diferença 
de 20 a 30dB entre as orelhas na frequência a ser 
testada (que tenham a orelha melhor praticamente 
normal. 
 
 
PROCEDIMENTO 
O paciente identifica em um lado a intensidade que 
lhe parece igual a sensação de intensidade que 
percebe do outro lado. 
Isso é repetido em aumentos de 20dB por pelo menos 
três níveis ou até alcançar o limite do audiômetro. 
Em cada nível, o tom é alternado e comparado entre 
os dois lados até estabelecer a equivalência do 
loudness. 
Anota-se a intensidade em que a igualdade das 
sensações ocorreu. 
“Escolho uma frequência e apresento um tom puro 
alternando entre a pior orelha e a melhor orelha. O 
paciente precisa dizer quando ele está sentindo na pior 
orelha a mesma coisa que ele sente na melhor orelha. 
Na melhor orelha eu aumento a intensidade em 
20dBNS. Anoto a intensidade em que o paciente 
relatou a igualdade das sensações de intensidade” 
 
Quando segue a mesma proporção, é compatível com 
uma perda condutiva. Ex: 
OD OE 
0 - 30 
20 - 50 
40 - 70 
60 - 90 
Em uma PASN leve ou moderada, a proporção é 
diferente. Ex: 
OD OE 
0 – 35 
20 - 50 
40 - 65 
60 - 75 
80 - 80 
NÃO É NECESSÁRIO PESQUISAR RECRUTAMENTO EM 
PACIENTE COM PERDA CONDUTIVA. 
 
Perda condutiva – segue a mesma proporção 
Perda coclear – vai nivelando 
Perda retrococlear – vai aumentando a diferença entre 
a orelha ruim e a orelha boa, não nivela. 
MLB OU TESTE DE REGER 
TESTE DE BALANCEAMENTO MONOAURAL 
ALTERNADO DA SENSAÇÃO DE INTENSIDADE 
Compara a audição na mesma orelha, em frequências 
diferentes onde existe a perda. 
Utiliza dois tons – bitonal 
Ex: coloco 1000Hz e 2000Hz. 
Dou um tom em 1000Hz, um tom em 2000Hz, 
alternando. 
Na frequência melhor aumento de 20 em 20 dB; 
Na frequência pior vai aumentando de 5 em 5dB. 
 
Fawler – binaural, monotonal. 
Riger – bitonal, monoaural. 
 
SISI – ÍNDICE DE SENSIBILIDADE A PEQUENOS 
INCREMENTOS 
A percepção de pequenos incrementos de intensidade 
(1dB) NÃO é esperada em indivíduos com audição 
normal. 
Já pacientes que recrutam irão perceber esses 
incrementos. 
Utilizo um tom contínuo de 20dBNS na frequência 
examinada (realizado nas frequências de 500 a 4000Hz) 
e dou incrementos de 1dB. 
Ex: 
Limiar de 40dB 
Coloco um som de 60dB 
Deixo o som contínuo de 60dB durante 1 minuto, esse 
som vai pra 61dB e volta pra 60dB, sem parar. Ele faz 
isso 20 vezes ao longo desse 1 minuto. Se o paciente 
percebe muito esses incrementos de 1dB, é porque ele 
recruta. 
O paciente responde apertando um botão ou 
levantando a mão. 
O resultado é anotado em %, para cada 
reconhecimento correto do incremento de 1dB, é dado 
o valor de 5%. 
 
 
 
RESULTADOS 
• Entre 70 e 100% - alteração coclear; 
• Entre 0 e 20% - cóclea normal; 
• Entre 20 e 60% - resultados considerados 
duvidosos e podem ser encontrados em 
indivíduos com alterações retrococlear ou 
mesmo coclear. 
OBS.: O TESTE ESTÁ LIMITADO A FREQUÊNCIAS EM 
QUE O LIMIAR É DE PELO MENOS 40DB . 
O SISI é pouco utilizado por ter pessoas que tem uma 
audição treinada e percebe esses sons, dando um falso 
positivo. 
OS TESTES MAIS UTILIZADOS SÃO FAWLER E RIGER. 
FAWLER – A PA PRECISA SER ASSIMÉTRICA; 
SE FORSIMÉTRICA, REALIZA O RIGER. 
OUTRAS FORMAS DE OBSERVAR 
RECRUTAMENTO 
IPRF – paciente com audição normal/perda condutiva 
tem um bom desempenho no IPRF. 
Já o paciente com PASN leve/moderado eu não consigo 
colocar 30/40dBNS. Se o limiar dele é 60 eu não 
consigo fazer IPRF em 100dB, ele vai ter um 
desempenho muito baixo. 
TESTES AUDITIVOS SUPRALIMINARES 
PARA INVESTIGAÇÃO DA ADAPTAÇÃO 
PATOLÓGICA 
Adaptação patológica – diminuição da sensitividade 
auditiva na presença de um estímulo contínuo. 
DECAY imitanciometrico é um teste. 
TDT – TONE DECAY TEST 
 Prova de fadiga auditiva. 
É feito no audiômetro, não no imitanciometro. 
Coloco 5dB acima do limiar do paciente. 
Deixo 1 minuto com um estímulo contínuo e peço para 
o paciente abaixar a mão quando deixar de ouvir, 
quando ele abaixar a mão eu dou um incremento de 
5dB e ele vai voltar a ouvir. 
Peço para o paciente ficar com a mão levantada o 
tempo todo e só abaixar quando deixar de ouvir. 
Se depois de 1 minuto ele tiver baixado a mão 5 ou 6 
vezes significa que eu precisei dar 5, 6 incrementos. 
Da intensidade que eu comecei para a intensidade que 
eu acabei, eu aumentei 30dB, isso sugere adaptação 
patológica. 
Se ele abaixou 3 vezes eu aumentei 15dB, não sendo 
sugestivo de adaptação patológica. 
Anoto a intensidade que comecei e que terminei. 
• Pode ser feito em perdas uni ou bilaterais; 
• Qualquer audiômetro; 
• Tom contínuo; 
• Qualquer frequência. 
RESULTADOS 
0 a 5dB – normal 
10 a 15 dB – leve 
20 a 25dB – moderado 
30dB ou mais – acentuado. 
STAT – TESTE DE ADAPTAÇÃO SUPRALIMINAR 
Utilizo um tom contínuo a 100dBNA em qualquer 
frequência durante 1 minuto. 
Enquanto o paciente ouvir, ele permanece com a mão 
levantada, quando parar de ouvir ele abaixa a mão. 
Se ele abaixar a mão uma única vez já é positivo para 
adaptação patológica. 
Paciente com limiar de até 80dB eu consigo fazer o 
STAT. 
CUIDADOS 
TDT – mascaramento contralateral se necessário; 
STAT - sempre com mascaramento contralateral. 
CASOS PARA PESQUISAR ADAPTAÇÃO 
PATOLÓGICA 
PA retrococlear 
Adulto com PASN unilateral – até que se prove o 
contrário é perda retrococlear. 
A maioria das PASN são cocleares. 
Ex.: 
• VA e VO acoplados; 
• Grau leve/moderado; 
• Reflexo estapediano presente com 
recrutamento; 
• Não teve reflexo; 
• Fiz testes de recrutamento e não teve 
resultado; 
• IPRF – desproporcional para o grau da perda 
Faço STAT ou TDT para pesquisar adaptação 
patológica. 
PERDA AUDITIVA FUNCIONAL 
Simulador. 
Fatores conscientes e inconscientes que levam o 
sujeito a apresentar esse quadro: 
• Distúrbios perceptuais e linguísticos; 
• Falta de motivação; 
• Dificuldades para entender o teste; 
• Interesse financeiro 
PSEUDO-HIPOACUSIA 
• Dificuldade na obtenção do limiar; 
• Falta de compreensão das instruções; 
• Incapacidade de responder adequadamente; 
• Desejo de esconder a PA 
• Simulação. 
DURANTE O EXAME 
• Inconsistência de respostas; 
• Lentidão nas respostas; 
• Respostas falso negativo. 
COMPORTAMENTO GERAL 
• Dificuldade exagerada de compreensão da 
fala; 
• Esforço exagerado para ouvir; 
• Mexe constantemente nos fones; 
• Sinais de agitação e tensão; 
• Dificuldade na obtenção do SRT; 
• Discrepância com a média dos limiares tonais; 
• Repetição da palavra pela metade; 
• Demora para repetir; 
IMITANCIOMETRIA 
Diferença entre o nível do reflexo estapediano e o 
limiar tonal. 
 
INDICADORES DE PA FUNCIONAL 
• Examinador – virar ou abaixar o rosto retirando 
o apoio visual durante a conversa; 
• Pesquisa do RCP; 
• Ausência de curva sombra; 
• Teste de Weber – respostas confusas na PA 
unilateral ou respostas para fronte; 
• Discrepância entre SRT e média tonal; 
TESTE DE LOMBARD 
Solicito ao paciente que ele leia um texto em voz alta 
com fones em ambas as orelhas com ruído de banda 
larga e ir aumentando a intensidade do ruído, se o 
paciente aumentar a voz junto com o ruído 
provavelmente é um simulador. 
TESTE DE FEEDBACK ACÚSTICO ATRASADO 
Gravar o texto que o paciente leu em voz alta e depois 
solicito que ele leia o mesmo texto ouvindo a própria 
voz com um segundo de atraso a 60Dbns na pior 
orelha. 
Se for um simulador ele apresentará trocas, hesitações 
e confusões porque o som vai impedi-lo. 
TESTE DE VOZ ALTERNADA 
Indicado para perdas uni ou bilaterais assimétricas. 
Apresentar trechos da mesma história 
simultaneamente através dos dois canais e ir 
alternando a história rapidamente de uma orelha para 
a outra. Depois solicito que o paciente relate a história, 
se ele relatar algum trecho apresentado na pior orelha 
ele pode ser um simulador. 
TESTE DE STENGER 
• Perda unilateral 
• Utilizo um tom puro ou palavras; 
Vou falando as palavras, na orelha normalmente eu 
coloco 10dBNS, na orelha da perda eu vou 
aumentando a intensidade de 5 em 5dB. 
O paciente deve dizer em qual orelha está o som mais 
forte, se for simulador ele vai dizer que não escuta 
nada, se não for simulador vai dizer que escuta pela 
melhor orelha.

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