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Ação contra Banco por Descontos Indevidos

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AO JUIZO DA ____ª VARA CÍVEL DA COMARCA DE ___ 
 
 
AMAURI: estado civil, profissão, número de CPF, endereço eletrônico (e-
mail), domicílio e residência do autor; por intermédio dos seus advogados legalmente 
constituídos, conforme instrumento procuratório em anexo, os quais recebem intimações e 
quaisquer comunicações no seu escritório jurídico localizado na [ENDEREÇO], recebendo 
comunicações virtuais (e-mail) no endereço eletrônico [endereço eletrônico do advogado], vem 
à presença de Vossa Excelência, propor a presente 
 
AÇÃO DECLARATÓRIA DE INEXISTÊNCIA DE DÉBITO COM REPETIÇÃO DE INDÉBITO, REPARAÇÃO 
DE DANOS MORAIS COM PEDIDO DE TUTELA ANTECIPADA 
 
em face do BANCO BANCARIS, pessoa jurídica de direito privado, inscrita 
no CNPJ sob o nº [número], situado na [endereço com CEP], endereço eletrônico [e-mail da 
empresa], devendo ser CITADA na pessoa dos seus representantes legais no endereço já 
declinado, pelos motivos de fato e direito a seguir delineados: 
 
PRELIMINARMENTE 
 
I- DA TRAMITAÇÃO PRIORITÁRIA 
 
O Autor é pessoa idosa 70 (setenta) anos, razão pela qual requesta a 
prioridade da tramitação da presente demanda, nos termos do Estatuto do Idoso – Lei n. 10.048, 
inciso I, do CPC/2015. 
 
II - DOS BENEFÍCIOS DA ASSISTÊNCIA JUDICIÁRIA GRATUITA 
 
Inicialmente postula o requerente os benefícios da justiça gratuita, com 
fundamento no art. 5, inciso LXXIV, da Constituição Federal, e artigo 4 da Lei 1.060/50, em 
virtude de ser pessoa pobre na acepção jurídica da palavra e sem condições de arcar com os 
encargos decorrentes do processo, sem prejuízo de seu próprio sustento e de sua família. 
 
III - DA TUTELA ANTECIPADA 
 
Requer que diante dos fatos alegados, diante da declaração de 
inexistência de dívida, eis que a parte autora nada deve e sequer realizou a contratação de 
empréstimo, requer o cancelamento dos descontos indevidos na conta do autor, bem como que 
seja declarado inexistência e cancelamento do contrato. 
 
IV - DOS FATOS 
 
A parte autora ao consultar seu extrato bancário, foi surpreendido com o 
desconto de duas parcelas no valor de R$ 500,00, (quinhentos reais) cada uma, nos meses de 
julho e agosto de 2020. 
 
Cumpre esclarecer que o autor não realizou nenhuma contratação com o 
réu que justificasse tais descontos, bem como não autorizou nenhuma movimentação em sua 
conta. 
 
Diante disso o autor se dirigiu até o Banco Bancaris, no qual realizou os 
descontos indevidos, para que fosse explicado o ocorrido, contudo a gerente informou que que 
foi contratado em seu nome um empréstimo no total de R$12.000,00 (doze mil reais) a ser pago 
em 36 parcelas de R$500,00 (quinhentos reais), totalizando o valor de R$ 18.000,00 (dezoito mil 
reais). 
Por outro lado ao esclarecer que não solicitou e nem autorizou a 
contratação do empréstimo, a gerente informou que não havia qualquer contrato assinado e 
não sabia explicar a origem do mesmo. Com efeito alegou que a cobrança é válida, devendo o 
autor arcar com as despesas da contratação. 
 
Ora Excelência podemos verificar que o Banco nem ao menos possui o 
contrato, sendo assim não há provas de que esses descontos são devidos, pois não foi o autor 
beneficiário desse empréstimo, podendo ter caído em uma fraude. 
 
Não provada a contração do serviço do Banco, o julgamento de 
procedência é medida que se impõe. 
 
Diante do exposto, vem o autor recorrer do Poder Judiciário para 
restabelecer sua honra e dignidade, bem como, ser reparado moralmente, devido a negativação 
indevida, e ser indenizado por danos materiais pelos gastos das ligações efetuadas a empresa, 
ante a conduta omissiva e negligente do requerido. 
 
V - DO DIREITO 
 
A defesa do consumidor é fundada em uma série de princípios, dentre 
quais destacamos a boa-fé objetiva e a liberdade de escolha, ambos flagrantemente violados 
pela requerida ao realizar serviços sem a prévia solicitação ou autorização. 
 
VI - DO DANO MORAL 
 
No âmbito constitucional, não se pode olvidar que a Constituição Federal 
de 1988, no artigo 5º, inciso X, normatizou, de forma expressa, que são invioláveis a intimidade, 
a vida privada e a honra e a imagem das pessoas, assegurando o direito à indenização pelo dano 
material ou moral decorrente de sua violação. Trata-se de previsão inserida no Título dos Direitos 
e Garantias Fundamentais, ou seja, os bens jurídicos ali referidos são cruciais para o 
desenvolvimento do Estado Democrático. 
 
A concessão dos danos morais tem por escopo proporcionar ao lesado 
meios para aliviar sua angústia e sentimentos atingidos. In casu, a falta de cumprimento 
contratual pela empresa requerida, nas condições em que os fatos ocorreram, enseja 
indenização por dano moral, que se traduz em uma forma de se amenizar a dor e o sofrimento 
do requerente, afetado que ficou em sua dignidade, sendo certo que se é verdade que não há 
como mensurar tal sofrimento, menos exato não é que a indenização pode vir a abrandar ou 
mesmo aquietar a dor aguda. 
 
E no caso particular, deve-se considerar que dano é "qualquer lesão 
injusta a componentes do complexo de valores protegidos pelo Direito", e por assim dizer, 
deverá pagar indenização pelo dano moral causado a autora. 
 
VII – DO DANO MATERIAL 
 
Conforme exposto, acima revela ser a ré a causadora dos prejuízos 
causado a parte autora, com isso devido deve a parte ré ressarcir os valores descontados 
indevidamente da conta do autor, com restituição em dobro. 
 
VIII - DOS PEDIDOS 
 
Isto posto e estando devidamente configurados o dano moral causado ao 
autor pela ré, com base nos substratos fáticos e jurídicos acima aventados, vem a presença de 
Vossa Excelência REQUERER: 
 
a) O deferimento da liminar, para que a empresa reclamada abstenha-se de debitar outros 
valores indevidos referente ao empréstimo, e abster-se de negativar; 
b) A citação da Promovida no endereço aludido nesta peça vestibular, a fim de comparecer à 
audiência, sob pena de revelia e pena de confissão, conforme o art. 344 do Novo CPC Brasileiro; 
d) Os benefícios da justiça gratuita, previsto na Lei 1.060/50, por ser a autora pessoa pobre na 
acepção jurídica do termo, não podendo arcar com as despesas processuais sem que cause 
prejuízos para sua sobrevivência, bem como prioridade da tramitação da presente demanda, 
nos termos do Estatuto do Idoso – Lei n. 10.048, inciso I, do CPC/2015; 
e) Que a Promovida seja condenada ao pagamento das custas processuais e honorários 
sucumbenciais nos termos do art. 85, caput e in fine do Novo CPC Brasileiro; 
f) seja a ré condenada a reparação por danos materiais, tendo em vista os descontos no valor 
total de R$ 1.000,00, que em dobro fica no valor de R$ 2.000.00. 
g) Seja ao final, julgado procedente o pedido ora formulado, condenando a reclamada ao 
pagamento de indenização reparatória de dano moral em montante a ser arbitrado por este 
prudente juízo tendo em vista um contrato estar em nome do autor, sem sua permissão e 
ciência; 
 
Protesta provar tudo aqui alegado, por todos os meios de prova em 
Direito admitidos, notadamente a documentação juntada à presente petição, o que, desde já, 
requer o deferimento. 
 
Dá a causa o valor de R$ 12.000,00 (doze mil reais). 
 
Neste termos em que pede e espera deferimento. 
Rio de Janeiro, 20 de outubro de 2020. 
STEPHANNY GOMES MONTEIRO [NÚMERO DA OAB E SECCIONAL DE REGISTRO] 
 
DOCUMENTOS NECESSÁRIOS: 
a) carteira de identidade; 
b) comprovante de residência; 
c) comprovante de renda – contracheque ou imposto de renda; 
d) extrato bancário; 
e) procuração; 
f) comprovante de hipossuficiência. 
 
NOME: STEPHANNY GOMES MONTEIRO 
MATRÍCULA: 201301639958 
CAMPOS: WEST SHOPPING

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