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Mecanismos e Classificação das Reações de Hipersensibilidade (Resumo Abbas)

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NAYSA GABRIELLY ALVES DE ANDRADE 1 
 
 
 
 
 
 
- As doenças de hipersensibilidade são 
classificadas de acordo com o tipo de resposta 
imune e o mecanismo efetor responsável pela 
lesão celular e tecidual 
- Alguns mecanismos são dependentes de 
anticorpos, e outros, de células T, embora um 
papel para ambas as imunidades, humoral e 
mediada por células, seja encontrado em muitas 
doenças de hipersensibilidade 
 
HIPERSENSIBILIDADE IMEDIATA (TIPO I): 
- Causada por anticorpos IgE específicos para 
antígenos ambientais 
- É o tipo mais prevalente de doença de 
hipersensibilidade 
- As doenças de hipersensibilidade imediata, 
agrupadas como alergia ou atopia, são 
normalmente causadas pela ativação das células 
Th2 produtoras de IL-4, IL-5 e IL-13, e pela 
produção de anticorpos IgE que ativam mastócitos 
e eosinófilos e induzem inflamação 
HIPERSENSIBILIDADE MEDIADA POR 
ANTICORPOS (TIPO II) : 
- Anticorpos IgG e IgM específicos para antígenos 
da superfície celular ou da matriz extracelular 
podem causar lesão tecidual ativando o sistema 
 
 
 
 
 
complemento, recrutando células inflamatórias e 
interferindo nas funções celulares normais 
- São decorrentes da ligação de anticorpos a 
antígenos em determinadas células ou tecidos 
extracelulares ou em consequência da formação 
de complexos antígeno-anticorpo na circulação 
com subsequente deposição nas paredes dos 
vasos 
- São frequentemente órgão-específicas e não 
sistêmicas 
- Em situações clínicas, o diagnóstico de doenças 
causadas por anticorpos ou imunocomplexos 
geralmente se baseia na demonstração de 
anticorpos ou de imunocomplexos na circulação 
ou depositados nos tecidos, além das 
semelhanças clinicopatológicas com doenças 
experimentais que se provaram ser mediadas por 
transferência adotiva de anticorpos 
 
- Os anticorpos que causam doenças específicas 
de células ou de tecidos são geralmente 
anticorpos produzidos como parte de uma reação 
autoimune, mas, algumas vezes, são anticorpos 
específicos para microrganismos 
 
 
 
NAYSA GABRIELLY ALVES DE ANDRADE 2 
 
- Os anticorpos contra antígenos de tecidos 
produzem doença por 3 mecanismos principais: 
1. OPSONIZAÇÃO E FAGOCITOSE: 
- Os anticorpos que se ligam a antígenos da 
superfície celular podem opsonizar diretamente as 
células ou ativar o sistema complemento, 
resultando na produção de proteínas do 
complemento que opsonizam as células 
- As células opsonizadas são fagocitadas e 
destruídas pelos fagócitos que expressam 
receptores para a porção Fc dos anticorpos IgG e 
receptores para proteínas do complemento 
- Principal mecanismo de destruição celular da 
anemia hemolítica autoimune e na 
trombocitopenia autoimune 
- Esse mecanismo é responsável pela hemólise 
nas reações transfusionais 
 
 
2. INFLAMAÇÃO: 
- Os anticorpos depositados nos tecidos ativam o 
complemento, levando à liberação de produtos de 
clivagem, como o C5a e o C3a, que recrutam 
neutrófilos e macrófagos 
- Os leucócitos expressam receptores para Fc e 
receptores paracomplemento que ligam anticorpos 
ou proteínas ligadas do complemento 
- Os leucócitos são ativados pela sinalização dos 
receptores, enquanto produtos de leucócitos são 
liberados e produzem lesão tecidual 
- A glomerulonefrite é um exemplo de inflamação 
mediada por anticorpos e ativação leucocitária 
que causam lesão tecidual 
 
3. FUNÇÕES CELULARES ANORMAIS: 
- Os anticorpos que se ligam a receptores 
celulares normais ou outras proteínas podem 
interferir com as funções desses receptores ou 
proteínas e causar doença sem inflamação ou 
dano tecidual 
- Anticorpos específicos para o fator intrínseco, 
necessário para a absorção de vitamina B12, 
causam anemia perniciosa 
- Anticorpos específicos para citocinas são causas 
conhecidas de imunodeficiências, ainda que raras 
 
HIPERSENSIBILIDADE MEDIADA POR 
IMUNOCOMPLEXOS (TIPO III): 
- Os imunocomplexos que causam doença podem 
ser compostos por anticorpos ligados a 
autoantígenos ou a antígenos estranhos 
- Anticorpos IgM e IgG específicos para antígenos 
solúveis no sangue formam complexos com 
antígenos, e esses imunocomplexos podem se 
depositar nas paredes dos vasos sanguíneos em 
vários tecidos, causando inflamação, trombose e 
lesão tecidual 
- Tendem a ser sistêmicas e afetam múltiplos 
órgãos e tecidos, embora alguns sejam 
particularmente suscetíveis, como os rins e as 
articulações 
 
NAYSA GABRIELLY ALVES DE ANDRADE 3 
 
- A quantidade de imunocomplexos depositados 
nos tecidos é determinada pela natureza dos 
complexos e pelas características dos vasos 
sanguíneos 
- Os complexos antígeno-anticorpo são gerados 
durante as respostas imunes normais, mas 
somente causam doença quando são produzidos 
em quantidades excessivas, não são 
eficientemente removidos e se depositam nos 
tecidos 
- Os imunocomplexos podem se depositar nos 
pequenos vasos de praticamente qualquer tecido 
- Os imunocomplexos depositados nas paredes 
dos vasos e nos tecidos ativam os leucócitos e 
mastócitos que secretam citocinas e mediadores 
vasoativos. Esses mediadores podem ampliar a 
deposição dos imunocomplexos nas paredes dos 
vasos pelo aumento da permeabilidade vascular e 
do fluxo sanguíneo 
- O principal mecanismo de lesão tecidual nas 
doenças causadas por imunocomplexos é a 
inflamação no interior das paredes dos vasos 
sanguíneos, resultando em ativação do 
complemento e ligação de receptores Fc 
presentes nos leucócitos aos anticorpos dos 
complexos depositados (mesmo mecanismo que 
causa lesão na doença do soro) 
- Muitas doenças imunológicas sistêmicas em 
seres humanos são causadas pela deposição de 
imunocomplexos nos vasos sanguíneos 
 O lúpus eritematoso sistêmico (LES) é 
uma doença autoimune na qual complexos 
constituídos de antígenos nucleares e 
anticorpos se depositam nos vasos 
sanguíneos dos glomérulos renais, pele e 
muitos outros tecidos 
 Esse também é o mecanismo de uma 
doença chamada glomerulonefrite pós-
estreptocócica, que se desenvolve em 
casos raros após a infeção estreptocócica 
e é causada por complexos de antígenos 
estreptocócicos e anticorpos que se 
depositam nos glomérulos renais 
 
DOENÇA DO SORO: 
- A imunização de um animal com uma alta dose 
de um antígeno proteíco estranho leva à formação 
de anticorpos contra um antígeno 
- Esses anticorpos se ligam e formam complexos 
com o antígeno circulante, e os complexos são 
inicialmente removidos por macrófagos no fígado 
e no baço 
- À medida que mais complexos antígeno-
anticorpo são formados, alguns deles se 
depositam em leitos vasculares. Nesses tecidos, 
os complexos induzem inflamação rica em 
neutrófilos pela ativação clássica do complemento 
e pelo acoplamento a receptores Fc em leucócitos 
- Como os complexos são frequentemente 
depositados em pequenas artérias, glomérulos 
renais e sinóvia das articulações, as 
manifestações clínicas e patológicas mais comuns 
são vasculite, nefrite e artrite 
- Os sintomas clínicos são geralmente de curta 
duração, e as lesões se curam a menos que o 
antígeno seja injetado novamente 
- Uma doença mais indolente e prolongada, 
denominada doença do soro crônica, é 
produzida por meio de múltiplas injeções de 
antígeno, o que leva à formação de complexos 
menores que normalmente se depositam nos rins, 
nas artérias e nos pulmões 
LESÕES DE ARTHUS: 
- Forma localizada de vasculite experimental 
mediada por imunocomplexo 
- Essa reação é induzida pela injeção subcutânea 
de um antígeno em um animal previamente 
imunizado ou em um animal que tenha recebido 
injeção intravenosa de anticorpos específicos para 
o antígeno 
 
NAYSA GABRIELLY ALVES DE ANDRADE 4 
 
- Os anticorpos circulantes se ligam ao antígeno 
injetado e formam imunocomplexos que são 
depositados nas paredes de pequenos vasos no 
local da injeção. Essa deposição dá origem a umavasculite cutânea local, com trombose dos vasos 
afetados, levando à necrose tecidual 
- A relevância clínica da reação de Arthus é 
limitada; raramente, um indivíduo que recebeu 
uma dose de reforço de uma vacina pode 
desenvolver inflamação no local da injeção em 
decorrência do acúmulo local de imunocomplexos, 
como em uma reação de Arthus 
HIPERSENSIBILIDADE MEDIADA POR 
CÉLULAS T (TIPO IV): 
- A lesão tecidual pode ser causada por linfócitos 
T que induzem inflamação ou matam diretamente 
as células-alvo 
- Em muitas dessas doenças, o principal 
mecanismo envolve a ativação de células T 
auxiliares CD4+, as quais secretam citocinas que 
promovem inflamação e ativam leucócitos, 
principalmente neutrófilos emacrófagos 
 
- Os linfócitos T citotóxitos (CTLs) contribuem para 
a lesão tecidual em algumas doenças 
- As respostas de CTLs à infecção viral podem 
levar à lesão tecidual em decorrência do killing de 
células infectadas, mesmo se o vírus por si só não 
induzir efeitos citopáticos 
 
- As reações inflamatórias são desencadeadas 
principalmente por células T CD4 + das 
subpopulações Th1 e Th17 
- As células T que causam lesão tecidual podem 
ser autorreativas ou específicas para os antígenos 
proteicos estranhos que estão presentes ou 
ligados às células ou tecidos 
- Pode ser acompanhada de fortes respostas 
imunes protetoras contra microrganismos 
persistentes, especialmente os intracelulares, que 
resistem à erradicação pelos fagócitos e 
anticorpos 
- Muitas doenças autoimunes órgão-específicas 
são causadas pela ativação de células T 
autorreativas por autoantígenos, levando à 
liberação de citocinas e inflamação 
 
- As reações de células T específicas para 
microrganismos e outros antígenos estranhos 
também podem levar à inflamação e à lesão tecidual

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