as Tregs suprimem a ativação e as funções efetoras de outros linfócitos autorreativos e potencialmente patogênicos - Mecanismos de ação das Tregs: Produção das citocinas imunossupressoras IL-10 e TGF-β Capacidade reduzida das APCs em estimularem as células T Consumo de IL-2 - Ainda não está estabelecido se todas as células reguladoras atuam por meio de todos esses mecanismos ou se há subpopulações que utilizam NAYSA GABRIELLY ALVES DE ANDRADE 4 mecanismos diferentes para controlar as respostas imunes 3. DELEÇÃO - Os linfócitos T que reconhecem autoantígenos com alta afinidade ou que são repetidamente estimulados por antígenos podem morrer por apoptose - Há duas vias principais de apoptose, ambas envolvidas na deleção periférica das células T maduras: Via mitocondrial (intrínseca): regulada pela família de proteínas Bcl-2. Alguns membros dessa família são pró-apoptóticos e outros são antiapoptóticos. Essa via se inicia quando as proteínas citoplasmáticas da família Bcl-2, as quais pertencem à subfamília BH3-only, são induzidas ou ativadas como resultado da privação de fatores de crescimento, estímulos nocivos, dano ao DNA, ou certos tipos de sinalização mediada por receptor. As proteínas BH3-only são sensores de estresse celular que se ligam e influenciam efetores e reguladores do processo de morte celular. Em linfócitos, o mais importante desses sensores é uma proteína chamada Bim. A Bim ativada liga-se a duas proteínas efetoras pró-apoptóticas da família Bcl-2, chamadas Bax e Bak, que se oligomerizam e se inserem na membrana externa da mitocôndria, levando a um aumento da permeabilidade mitocondrial. Fatores de crescimento e outros sinais de sobrevivência induzem a expressão de membros antiapoptóticos da família Bcl-2, como a Bcl-2 e a Bcl-XL , que funcionam como inibidores da apoptose, bloqueando Bax e Bak e mantendo assim a mitocôndria intacta. As proteínas BH3-only também antagonizam Bcl-2 e a Bcl-XL. Quando as células são privadas dos sinais de sobrevivência, a mitocôndria passa a extravasar seu conteúdo em decorrência das ações das proteínas sensoras BH3- only e das proteínas efetoras Bax e Bak, além da relativa deficiência de proteínas antiapoptóticas como a Bcl-2 e a Bcl-XL. Como resultado, muitos componentes mitocondriais extravazam para o citosol da célula e ativam enzimas citosólicas chamadas caspases. O citocromo c se liga à proteína citosólica chamada APAF-1, que então se oligomeriza e ativa a pró-caspase- 9, liberando a caspase-9 ativa. A caspase- 9, por sua vez, cliva e consequentemente ativa caspases downstream que induzem a fragmentação do DNA e a outras alterações que culminam na morte apoptótica Via do receptor de morte (Extrínseca): os receptores de superfície celular homólogos aos receptores de TNF são ativados por seus ligantes, que são homólogos à citocina TNF. Os receptores oligomerizam e ativam proteínas adaptadoras citoplasmáticas que se encaixam na pró- caspase-8, que sofre autoclivagem quando oligomerizada, produzindo a caspase-8 ativa. Essa caspase-8 ativa cliva outras caspases downstream, resultando novamente em apoptose. Nas células T, o receptor de morte mais importante é o Fas (CD95), sendo seu ligante denominado ligante de Fas ou Fas-ligante (FasL). O Fas é um membro da família de receptores do TNF, e o FasL é homólogo ao TNF. Em muitos tipos celulares, a caspase-8 cliva e ativa uma proteína BH3-only chamada Bid, que se liga à Bax e Bak, induzindo apoptose pela via mitocondrial. Portanto, a via mitocondrial pode servir para amplificar a sinalização do receptor de morte - Essas duas vias de morte podem funcionar de diferentes maneiras para manter a autotolerância: Células T que reconhecem autoantígenos na ausência de coestimulação podem ativar Bim, resultando em apoptose pela via mitocondrial A estimulação repetida das células T resulta na coexpressão do receptor de morte Fas e seu ligante, Fas-L, e a ativação de Fas desencadeia a morte apoptótica NAYSA GABRIELLY ALVES DE ANDRADE 5 - Esses mecanismos podem ser responsáveis pela tolerância das células T a autoantígenos tecido- específicos, especialmente aqueles que não são abundantes no timo TOLERÂNCIA DOS LINFÓCITOS B: - É necessária para manter a não responsividade aos autoantígenos timo-dependentes - Também desempenha um papel na prevenção de respostas dos anticorpos a antígenos proteicos TOLERÂNCIA CENTRAL DAS CÉLULAS B: - Os linfócitos B imaturos que reconhecem autoantígenos na medula óssea com alta afinidade mudam sua especificidade ou são deletados 1. EDIÇÃO DOS RECEPTORES: - Se células B maduras reconhecem autoantígenos que estão presentes em alta concentração na medula óssea, e especialmente se o antígeno é exibido em uma forma multivalente, muitos receptores antigênicos em cada célula B fazem ligações cruzadas, transmitindo fortes sinais para as células - Uma consequência desse tipo de sinalização é que as células B reativam seus genes RAG1 e RAG2 e iniciam uma nova rodada de recombinação VJ no locus dos genes de cadeia leve κ de Ig. Um segmento Vκ upstream da unidade VκJκ já rearranjada é unido a um Jκ downstream. Como resultado, o éxon VκJκ previamente rearranjado na célula B imatura autorreativa é deletado, e uma nova cadeia leve de Ig é expressa, criando, assim, um receptor de célula B (BCR, do inglês, B cell receptor) com uma nova especificidade - Esse processo é chamado edição do receptor e consiste em um importante mecanismo para eliminação da autorreatividade do repertório de células B maduras - Se o rearranjo da cadeia leve editada não for produtivo, rearranjos adicionais Vκ-para-Jκ serão feitos no mesmo locus. Caso todos os rearranjos falhem, o processo deverá continuar no locus κ do outro coromossomo, e se continuarem sendo não produtivos, ocorrerão rearranjos nos loci de cadeia leve λ - Uma célula B expressando uma cadeia leve λ frequentemente é uma célula que já passou pela edição do receptor 2. DELEÇÃO: - Se a edição falhar, as células B imaturas podem morrer por apoptose - Os mecanismos de deleção não estão bem definidos ainda 3. ANERGIA: - Se células B em desenvolvimento reconhecerem autoantígenos fracamente, as células tornam-se funcionalmente não responsivas (anérgicas) e saem da medula óssea nesse estado de não responsividade - A anergia decorre da regulação negativa da expressão do receptor antigênico, assim como a um bloqueio na sua sinalização NAYSA GABRIELLY ALVES DE ANDRADE 6 TOLERÂNCIA PERIFÉRICA DAS CÉLULAS B: - Linfócitos B maduros que reconhecem autoantígenos em tecidos periféricos na ausência de células T auxiliares específicas podem ser considerados funcionalmente não responsivos ou morrer por apoptose - Os mecanismos de tolerância periférica também eliminam clones de células B autorreativos que podem ser gerados como uma consequência não intencional da mutação somática nos centros germinativos 1. ANERGIA E DELEÇÃO: - Algumas células B autorreativas que são repetidamente estimuladas por autoantígenos se tornam não responsivas a ativações subsequentes - As células B anérgicas requerem níveis mais altos do que o normal do fator de crescimento BAFF, também chamado BLys, para sua sobrevivência e não podem competir eficientemente pela sobrevivência com células B naive normais pelo BAFF - Como resultado, as células B que encontraram autoantígenos têm sobrevida menor e são eliminadas mais rapidamente do que as células que ainda não reconheceram autoantígenos - As células B que se ligam com alta avidez aos autoantígenos na periferia também podem sofrer morte por apoptose pela via mitocondrial 2. SINALIZAÇÃO PELOS RECEPTORES DE INIBIÇÃO: - As células