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Tal valor é obtido através da multiplicação da quantidade utilizada x o custo unitário, conforme segue: QUADRO 6 – BOLO DE CHOCOLATE QUADRO 7 – BOLO DE MORANGO Portanto, o custo do material direto utilizado é: • Bolo de chocolate = R$ 1.584,00 • Bolo de morango = R$ 804,00 58 UNIDADE 1 | CONCEITOS INICIAIS IMPORTANT E Impostos Recuperáveis – Devemos lembrar que na compra de qualquer material/ matéria-prima, identificamos, nas notas fiscais, impostos, sendo alguns recuperáveis e outros não. Os impostos recuperáveis são aqueles que não geram custos para a empresa, uma vez que são compensáveis com os impostos incidentes sobre a venda e, mesmo que não haja venda suficiente para compensar, o montante gerado na compra permanece no ativo da empresa. FONTE: Disponível em: <http://www.unisa.br/conteudos/6348/f38250410/apostila/apostila. pdf>. Acesso em: 24 set. 2015. Lembre-se de verificar com o contador da empresa quais são os impostos recuperáveis para obter um custo real. 2.3 MÃO DE OBRA DIRETA A mão de obra direta é aquela relativa ao pessoal que trabalha diretamente sobre o produto em elaboração, desde que seja possível a mensuração de quem executou o trabalho, sem necessidade de qualquer apropriação indireta ou rateio. Martins (2001) define mão de obra direta (MOD) como aquela representada pelos colaboradores envolvidos diretamente na elaboração de um determinado tipo de bem entre os vários tipos que podem ser elaborados na empresa, numa fábrica ou num setor. É a mão de obra cujo custo pode ser apropriado diretamente a cada um dos diferentes tipos de bens em elaboração, no momento da ocorrência do custo, ou seja, durante o ciclo produtivo da empresa. Vamos exemplificar através de uma padaria industrial, a mão de obra direta corresponde aos serviços do padeiro, da confeiteira, ou seja, do pessoal que está ligado à produção do produto. É literalmente quem põe a mão na massa! É quem faz parte dos setores de produção, ou seja, quem vai amassar, sovar, modelar, assar, embalar os produtos para serem vendidos nesta padaria. O custo da mão de obra direta é o custo de todas as atividades relacionadas com a contratação, treinamento e apoio de pessoal, incluindo salários, gratificações, encargos sociais e encargos trabalhistas. TÓPICO 4 | CLASSIFICAÇÃO DOS CUSTOS 59 2.3.1 O que Integra a Mão de Obra Direta? Para calcular o custo da mão de obra direta é preciso calcular qual o valor a ser atribuído por hora de trabalho, baseado na legislação trabalhista, nas convenções sindicais e no contrato de trabalho. São direitos do trabalhador: repouso semanal remunerado, férias, 13º salário, contribuição para o INSS, remuneração dos feriados, faltas abonadas, FGTS, e outros garantidos por acordos ou convenções coletivas de trabalho das diversas categorias profissionais. Conforme Martins (2001), podemos mensurar tais valores através do auxílio dos quadros a seguir: QUADRO 8 – BASE PARA CÁLCULO DO CUSTO COM PESSOAL QUADRO 9 – NÚMERO DE HORAS QUE O TRABALHADOR OFERECE À EMPRESA FONTE: Adaptado de: <http://bibliodigital.unijui.edu.br:8080/xmlui/bitstream/ handle/123456789/197/Custos%20e%20forma%C3%A7%C3%A3o%20do%20 pre%C3%A7o%20de%20venda.pdf?sequence=1>. Acesso em: 24 set. 2015. 60 UNIDADE 1 | CONCEITOS INICIAIS 2.4 MÉTODOS DE AVALIAÇÃO DE ESTOQUES Os métodos de avaliação de estoques têm como objetivo separar os custos dos materiais, mercadorias e produtos entre o que foi consumido ou vendido e o que permanece em estoque. [...] Os materiais abrangem uma grande parte de insumos, suprimentos, produtos e mercadorias, para isso vamos verificar o entendimento de cada expressão: • Insumos são todos os materiais necessários no processo de produção de bens e serviços. • Suprimentos são todos os materiais necessários ao preenchimento das condições de funcionamento das instalações e equipamentos. • Produtos são os frutos da produção e/ou fabricação própria, resultado da transformação de bens e serviços em outros bens e serviços. • Mercadorias são bens adquiridos pela empresa, para revenda, sem transformação. [...] Segundo Iudícibus (1990), normalmente os estoques são compostos por: a) Itens que existem fisicamente em estoques, exceto os que estão fisicamente na empresa, mas que são de propriedade de terceiros (consignações); b) Itens adquiridos pela empresa, mas que estão em trânsito, a caminho na data do balanço; c) Itens da empresa que foram remetidos para terceiros em consignação; d) Itens de propriedade da empresa que estão em poder de terceiros para armazenagem, beneficiamento, embarque etc. FONTE: Adaptado de: <http://bibliodigital.unijui.edu.br:8080/xmlui/bitstream/ handle/123456789/197/Custos%20e%20forma%C3%A7%C3%A3o%20do%20 pre%C3%A7o%20de%20venda.pdf?sequence=1>. Acesso em: 24 set. 2015. Existem vários métodos que podem ser utilizados, porém, nem todos são aceitos pelo fisco em termos tributários, de acordo com a legislação do imposto de renda. Neste componente serão trabalhados os três métodos para efeito de conhecimento: TÓPICO 4 | CLASSIFICAÇÃO DOS CUSTOS 61 2.4.1 PEPS A sigla PEPS significa: Primeiro que Entra, Primeiro que Sai, e é também conhecida por FIFO (First In, First Out). Nesse método, as baixas do estoque são efetuadas pelo custo mais antigo, ou seja, o estoque é baixado à medida que ocorrem as vendas pelo custo que ocorreu primeiro. 2.4.2 UEPS A sigla UEPS significa Último que Entra, Primeiro que Sai, e é também conhecida por LIFO (Last In, First Out). Adotando este critério para avaliar seus estoques, a empresa sempre atribuirá aos materiais em estoque os custos mais antigos. Para efeitos fiscais, este método não é aceito pelo fisco no Brasil, devido à diminuição provisória do lucro da empresa; entretanto, podemos utilizá-lo para efeito gerencial. 2.4.3 PMPM O Método PMPM (Preço Médio Ponderado Móvel), também conhecido como Média Ponderada, realiza uma média dos custos históricos realmente sucedidos (valores reais) entre custos dos estoques e custos de aquisições. Estes custos são ponderados pelas respectivas quantidades em estoque e adquiridos, e a média é recalculada a cada nova entrada de materiais (a cada nova aquisição) (VIEIRA, 2008, p. 38). 2.5 COMPARAÇÃO ENTRE OS MÉTODOS DE AVALIAÇÃO Conforme abordamos os três métodos mais utilizados, a seguir vamos realizar a comparação entre os métodos PEPS, UEPS e média ponderada. Para tanto, foram identificados os seguintes lançamentos: a) compra de 100 unidades pelo preço de R$ 4,00; b) compra de 100 unidades pelo preço de R$ 8,00; c) venda de 150 unidades pelo preço de R$ 20,00. 62 UNIDADE 1 | CONCEITOS INICIAIS QUADRO 9 – PEPS Estoque Inicial Compras Vendas Estoque Final Qtd Uni Valor R$ Qtd Uni Valor R$ Qtd Uni Valor R$ Qtd Uni Valor R$ - - - 100 4 400 - - - 100 4 400 100 4 400 100 8 800 - - - 100 8 800 100 4 400 - - - 100 4 400 100 8 800 - - - 50 8 400 50 8 400 Neste caso, quando ocorrem as vendas é descontado primeiramente o produto que se encontra a mais tempo no estoque, que no caso foram abatidas as 100 unidades e em seguida foram apuradas as 50 unidades necessárias para complementar as 150 unidades referentes à segunda compra, portanto temos a seguinte fórmula: Estoque Inicial Quantidade Valor (+) Compras 200 R$ 1.200,00 (-) Estoque Final 50 R$ 400,00 (=) Custo de Vendas 150 R$ 800,00 QUADRO 10 – UEPS Estoque Inicial Compras Vendas Estoque Final Qtd Uni Valor R$ Qtd Uni Valor R$ Qtd Uni Valor R$ Qtd Uni Valor R$ - - - 100 4 400 - - - 100 4 400 100 4 400 100 8 800 - - - 100 8 800