Transcrição_ Neurofisiologia da Consciência e Memória 2

Prévia do material em texto

Aula: Neurofisiologia da Consciência e Memória 2
Nicolle Souza
Neurofisiologia da Consciência e Memória II 
(Parte 1)
Aqui temos a comunicação, a linguagem através de aferências e eferências, que é algo que já até falamos. Na parte de cima, eu estou ouvindo a palavra, eu falo assim “Júlio Brite, por favor repita a palavra neurociência”, eu to falando e o Julio lá ta escutando, olha a área auditiva primária aqui em baio recebe, depois vai pra área auditiva secundária e daí vai para a área interpretativa que é a área de wernicke, então através do fascículo arqueado o interpretação chega na área de broca, onde a palavra vai ser formada e a área de broca manda a sua decisão para o córtex motor, por que para que a palavra seja falada, vai precisar da participação do músculo da respiração, da boca, da língua, da faringe, da laringe, da garganta, enfim, vários músculos juntos para que ele consiga falar a palavra “neurociência”. Ao mesmo tempo se eu desse um papel para o Julio ler, escrito assim “Pronuncie a palavra neurociência”, ou seja, não falei, não foi o auditivo, ele leu, se foi o lido, foi o córtex visual primário que leu a palavra, vai para o giro angular, que é a área interpretativa da visão, posteriormente, vai para a área de wernicke, através do fascículo arqueado chega na área de broca e dali vai para o córtex motor, que vai mandar o comando para o Julio falar “neurociência”. Tudo vai para a área de wernicke.
E esse é o vídeo que eu queria mostrar pra vocês. A mulher pergunta “Seu fulano, o que é isso?” e ele responde algo nada a ve. É tipo assim, “Como é o seu nome?” aí o moço fala “Nossa hoje ta quente”. “O que o senhor fez hoje?” o moço responde “Hoje o governo mandou um poste pra eu pagar”. Então não vai ter conecção entre o que esta sendo perguntado, falado, indagado e o que está sendo respondido, é completamente desconexo. Por isso que eu falo que a pessoa deixa de ser quem ele é, de certa forma, então essa é a afasia de wernicke, se vocês colocarem lá no youtube “afasia de wernicke” vai aparecer esse vídeo aqui e vocês vão entender exatamente o que é afasia de wernicke, quando você tem uma lesão na área de wernicke na área dominante do cérebro.
Agora se tiver uma lesão na área de broca, ai é diferente, esse vídeo vocês podem colocar no youtube que vai aparecer ele. Então aqui é ao contrário, a moça (paciente) ela entende o que a profissional está perguntando, ela só não consegue articular a palavra, então seria a afasia motora, afasia de broca.
O pensar deve ser realizado através da interpretação dessa teoria mais holística, porque o pensar vai ter a ativação de várias áreas neurológicas ao mesmo tempo e quando eu penso em alguma coisa, eu to pensando na cor daquilo, no formato, no cheiro, na textura, enfim, naquilo que causou dor ou prazer, então uma série de características que me vem a mente para que eu posso elaborar o pensamento, então o pensamento é a ativação de várias áreas, porque eu preciso dizer se aquilo foi bom ou ruim, se foi colorido ou não, se foi grande ou pequeno… E por ter várias áreas funcionando é muito difícil para que os cientistas estudem o pensamento.
E para que eu pense é necessário que eu tenha memorizado uma série de informação para que eu consiga ter um pensamento elaborado, superior, enfim, e essas memórias estão armazenadas em determinadas regiões do nosso encéfalo e da medula e que nos permitem elaborar respostas (motoras, verbais, intelectuais, escritas) e essas memórias elas tem de vários tipos, quando falo em memória estou me referindo as memórias positivas, aquelas que sofrem sensibilização das sinapses, mas elas são as de menor número. A maior parte das nossas memórias vão ser negativas, que vão sofrer habituação das sinapses, ou seja, vão ser memórias que eu não preciso armazenar, então vocês estão sentados no na cadeira agora, e estão com roupas diferentes, a parte da roupa que está encostando na pele está gerando sinal, porque a pele tem sensibilidade ao tato e isso ta sendo enviado lá para o cérebro, mas a gente não precisa armazenar esse tipo de informação, são informações irrelevantes, elas simplesmente vão ser habituadas, são descartadas por desuso, quem determina isso é o sistema límbico, a amígdala, porque aquilo que me traz emoção isso sim vai ser digno de ser memorizado, é meio que a amígdala do sistema nervosa que determinar o que é preciso ser armazenado.