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Projetos de sistemas hidráulicos
Instalações Prediais de Águas Pluviais
Prof.: Dalton Cardozo Bracarense
dalton.bracarense@ceulp.edu.br
Universidade Luterana do Brasil (ULBRA)
Palmas (TO)
mailto:dalton.bracarense@ceulp.edu.br
Conteúdo
1. Introdução
2. Definições
3. Elementos de hidrologia
4. Dimensionamento
2
6. Instalações 
prediais de águas 
pluviais
3
NBR 10844/89
6.1. Introdução
4Instalações Prediais de Águas Pluviais
6.1 Introdução
5
– Instalações prediais de águas pluviais - NBR 10844/89: técnicas 
mínimas quanto a higiene, segurança, economia e conforto;
– Projeto de instalações hidráulicas:
– Memórias descritivas, justificativas e de cálculo;
– Planta, cortes, detalhes 
– Especificação do material e normas para sua aplicação;
– Orçamento.
Instalações Prediais de Águas Pluviais
6.1 Introdução
6
– As instalações prediais de águas pluviais devem ser projetadas de 
modo a: 
– recolher e conduzir a vazão de projeto até locais permitidos pelos dispositivos 
legais;
– ser estanques;
– permitir a limpeza e desobstrução de qualquer ponto no interior da 
instalação;
– absorver os esforços provocados pelas variações térmicas a que estão 
submetidas;
– não provocar ruídos excessivos;
– resistir às pressões a que podem estar sujeitas;
– ser projetadas e fixadas de maneira a assegurar resistência e durabilidade.
Instalações Prediais de Águas Pluviais
6.1. Introdução
7Instalações Prediais de Águas Pluviais
6.1. Introdução
—Umidade em uma edificação:
— Deficiência de telhados e coberturas;
— Deficiência do sistema de coleta e disposição de águas pluviais;
— Subida de umidade pelas fundações;
— Mau hábito de uso.
8Instalações Prediais de Águas Pluviais
6.1. Introdução
—Umidade em uma edificação pode causar:
— Problemas de saúde;
— Danos físicos à pintura e à madeira;
— Mal-estar e desconforto ao usuário.
9Instalações Prediais de Águas Pluviais
6.1. Introdução
— Soluções para combater a umidade:
— Adequados telhados e sistemas de coberturas;
— Adequado sistema pluvial;
— Impermeabilização das fundações;
— Boa ventilação natural;
— Boa insolação;
— Bom uso (venezianas e vidraças abertas).
10Instalações Prediais de Águas Pluviais
6.2. Definições
—Calha: intercepta e recebe as águas de chuva de uma cobertura;
—Condutor: tubo vertical que recebe as águas das calhas;
—Águas do telhado: jargão técnico para os planos de escoamento da 
água de chuva.
11Instalações Prediais de Águas Pluviais
6.2. Definições
—Destino das águas pluviais:
— Disposição no terreno
— Disposição na sarjeta
— Cisterna
12Instalações Prediais de Águas Pluviais
13
6.2. Definições
Instalações Prediais de Águas Pluviais
6.3. Elementos de Hidrologia
— Intensidade pluviométrica: medida do quanto de chuva cai em 
determinado local num espaço de tempo (mm/h)
—Tempo de retorno: tempo decorrido entre duas ocorrências de uma 
chuva com determinada intensidade.
—Tempo de duração: período de tempo que dura uma chuva.
—Tempo de concentração: tempo que uma área contribuinte leva para 
toda ela estar contribui ara o ponto considerado.
14Instalações Prediais de Águas Pluviais
6.4. Dimensionamento
— T=1 ano para obras externas onde um eventual alagamento pode ser 
tolerado;
— T= 5 anos para cobertura e telhados
— T=25 anos para locais onde um empoçamento é inaceitável
— Para obras de vulto corrente e área de telhado de até 100 m², adotar 
intensidade de 150mm/h duração de 5 minutos
— Vazão a ser coletada pela calha:
Q=i x A/60
— i= intensidade pluviométrica, mm/h
— A= área de contribuição, m²
— Q= vazão, L/min
15Instalações Prediais de Águas Pluviais
6.4. Dimensionamento
16Instalações Prediais de Águas Pluviais
6.4. Dimensionamento
17Instalações Prediais de Águas Pluviais
6.4. Dimensionamento
18Instalações Prediais de Águas Pluviais
h
6.4. Dimensionamento
19Instalações Prediais de Águas Pluviais
6.4. Dimensionamento
20Instalações Prediais de Águas Pluviais
6.4.1. Calhas
23Instalações Prediais de Águas Pluviais
6.4.1. Calhas
24Instalações Prediais de Águas Pluviais
6.4.1. Calhas
25Instalações Prediais de Águas Pluviais
—Declividade mínima: 0,5%
—Aumento de vazão em casos de curva na calha
— Passos:
— Cálculo da área de contribuição
— Definição de intensidade pluviométrica
— Cálculo da vazão de projeto (com majoração em caso de haver curvas)
— Definição do material
— Cálculo do diâmetro da tubulação
6.4.1. Calhas
26Instalações Prediais de Águas Pluviais
6.4.1. Calhas
27Instalações Prediais de Águas Pluviais
Calhas de beiral ou platibanda: 
quando a saída estiver a menos de 4 m de uma mudança de direção, a vazão de 
projeto deve ser multiplicada pelos seguintes coeficientes multiplicativos.
Tipo de curva Curva a menos de 2m 
da saída da calha
Curva entre 2 e 4m da 
saída da calha
Canto reto 1,20 1,10
Canto arredondado 1,10 1,05
Tabela 1 – Coeficientes multiplicativos da vazão de projeto
6.4.1. Capacidade de calhas
28Instalações Prediais de Águas Pluviais
— A seção transversal é calculada utilizando a fórmula de Manning 
Strickler e a equação da continuidade:
Rh= ____Área molhada______
Perímetro molhado
Q = vazão na seção final da calha em l/min
K= 60.000 = coeficiente de transformação em m³/s para l/min
A= área molhada em m²
Rh= raio hidráulico em m
i= declividade da calha em m/m
n= coeficiente de Manning
6.4.1. Capacidade de calhas
29Instalações Prediais de Águas Pluviais
Exemplo: calcular a capacidade de uma calha retangular em que a declividade seja de 
0,5%, altura 10cm, largura de 40cm e
n=0,013
Rh= ____Área molhada______
Perímetro molhado
Q = vazão na seção final da calha em l/min
K= 60.000 = coeficiente de transformação em m³/s para l/min
A= área molhada em m²
Rh= raio hidráulico em m
i= declividade da calha em m/m
n= coeficiente de Manning
6.4.1. Capacidade de calhas
30Instalações Prediais de Águas Pluviais
Exemplo: calcular a capacidade de uma calha retangular em que a 
declividade seja de 0,5%, altura 10cm, largura de 40cm e
n=0,013
— i=0,5% =0,005m/m
—A área molhada será A= 10cm x 40cm = 0,10 . 0,40 = 0,04m2
—O perímetro molhado P= 40cm+ 10cm+10cm =60cm = 0,60m
—O raio hidráulico Rh= A/P = 0,04 m2/ 0,60m =0,066m
6.4.1. Capacidade de calhas
31Instalações Prediais de Águas Pluviais
Exemplo: calcular a capacidade de uma calha retangular em que a 
declividade seja de 0,5%, altura 10cm, largura de 40cm e
n=0,013
—Q = 60.000 . (A/n) . RH^2/3 . i ½
—Q = 60.000 . (0,04/0,013) . 0,066 2/3 . 0,005 ½
—Q= 2.171 L/min= 36,2 L/s
6.4.1.1. Calhas planas
32Instalações Prediais de Águas Pluviais
—Recomenda-se largura mínima de 30cm
Q= 0,0058 ( A³/B) 0,5
Sendo:
— Q= vazão de pico (L/min)
— A= área da seção molhada da calha (mm²)
— B= largura da lamina da água da seção molhada (mm)
6.4.2. Condutores verticais de águas pluviais
— Dados:
— Q – vazão trazida pelas calhas que alimentarão o condutor;
— L – altura do condutor (soma dos pés-direitos da edificação);
— H – altura de água na calha 
— Procedimento: 
— Levantar uma vertical por Q até interceptar as curvas de H e L correspondentes. 
— No caso de não haver curvas dos valores de H e L, interpolar entre as curvas existentes. 
— Transportar a interseção mais alta até o eixo D. 
— Adotar o diâmetro nominal cujo diâmetro interno seja superior ou igual ao valor 
encontrado.
— Diâmetro mínimo de 70 mm  75 mm (recomendado: 100mm)
33Instalações Prediais de Águas Pluviais
Exemplo: Q=800 L/min, L = 3 m e H= 60mm
34
6.4.2. Condutores verticais de águas pluviais
Instalações Prediais de Águas Pluviais
6.4.2 Condutores verticais de águas pluviais
Exemplo: Determinar o diâmetro do condutor vertical para as seguintes 
condições:
—Calha com saída em aresta viva
—Vazão: Q=1300 L/min
—Comprimento: L= 2,00m
—Altura da lâmina d’água = 80mm
35
Exemplo: Q=1300 L/min, L = 2,00 m e H= 80mm
36
6.4.2. Condutores verticais de águas pluviais
Instalações Prediais de Águas PluviaisExemplo: Q=800 L/min, L = 3 m e H= 60mm
37
6.4.2. Condutores verticais de águas pluviais
Instalações Prediais de Águas Pluviais
6.4.2 Condutores verticais de águas pluviais
Exemplo: Determinar o diâmetro do condutor vertical para as seguintes 
condições:
—Calha com funil de saída
—Vazão: Q=1010 L/min
—Comprimento: L= 6,00m
—Altura da lâmina d’água = 70mm
38
Exemplo: Q=1010 L/min, L = 6 m e H= 70mm
39
6.4.2. Condutores verticais de águas pluviais
Instalações Prediais de Águas Pluviais
6.4.3. Condutores horizontais de águas pluviais
Declividade mínima: 0,5%.
—Escoamento com lâmina de altura igual a 2/3 do diâmetro interno 
do tubo.
—Tubulações aparentes: inspeção sempre que houver conexão com 
outras tubulações, mudança de declividade, mudança de direção ou 
a cada 20m nos percursos retilíneos.
— Ligação entre os condutores verticais e horizontais feita por curva 
de raio longo, com inspeção ou caixa de areia.
41Instalações Prediais de Águas Pluviais
6.4.3. Condutores horizontais de águas pluviais
42Instalações Prediais de Águas Pluviais
6.4.3. Condutores horizontais de águas pluviais
43
Capacidade de condutores horizontais de seção circular para vazões em L/min
Vazões calculadas utilizando-se a fórmula de Manning-Strickler, com altura de lâmina de água 
igual a 2/3.
Instalações Prediais de Águas Pluviais
6.4.5. Águas pluviais em marquises e terraços - buzinotes
Nos terraços são usados para coletar água de chuva:
—Ralos recolhendo água que caiu sobre a cobertura;
—Buzinotes que esgotam a água que neles chega
O acúmulo de água pluvial em marquises facilita a oxidação da 
armadura negativa do concreto armado.
48Instalações Prediais de Águas Pluviais
6.4.5. Águas pluviais em marquises e terraços - buzinotes
Como evitar:
— Impermeabilização da face superior;
—Número adequado de buzinotes;
— Limpeza e manutenção dos buzinotes.
Em prédios antigos, nas extremidades dos buzinotes existiam as 
carrancas.
49Instalações Prediais de Águas Pluviais
6.4.6. Exemplo
53Instalações Prediais de Águas Pluviais
Projetar e dimensionar o esgotamento pluvial para telhado indicado na 
figura abaixo, sendo dados:
—Casa de um pavimento
— Intensidade pluviométrica I= 172mm/h
—Tempo de retorno = 5 anos
6.4.6. Exemplo
54Instalações Prediais de Águas Pluviais
Área de contribuição: A=(a+(h/2))b
A1= (9+(1,7/2))10= 98,5 m²
A2= (9+(1,7/2))20= 197 m²
A3= A1= 98,5 m²
— Calha com saída em aresta viva
Vazão de projeto: Q= (IxA)/60
Q1= (172x98,5)/60 = 282,37 L/min
Q2= (172 x (197/2))/60 = 282,37 L/min - efluente se divide na calha
Q3=Q1= 282,37 L/min
6.4.6. Exemplo
55Instalações Prediais de Águas Pluviais
Tentativa 1: Calha de aço galvanizado, 10cm x 16cm, i=0,5%, n=0,011
—Capacidade: arbitrando H= 8cm  A= 0,008m² e P= 0,26m²
Para Q= 282,37 l/min  H=7,6 cm
6.4.6. Exemplo
56Instalações Prediais de Águas Pluviais
Área de contribuição: A=(a+(h/2))b
A1= (9+(1,7/2))10= 98,5 m²
A2= (9+(1,7/2))20= 197 m²
A3= A1= 98,5 m²
— Condutos verticais
Vazão de projeto: Q= (IxA)/60
Q1= (172x98,5)/60 = 282,37 L/min
Q2= (172 x (197))/60 = 564,74 L/min
Q3=Q1= 282,37 L/min
Material= PVC, n=0,011
AP1=AP3: Q=287,37 L/min, L = 3 m e H= 76mm
57
6.4.2. Condutores verticais de águas pluviais
Instalações Prediais de Águas Pluviais
D= 50mm  75mm
H= 4,5 cm < 7,6 cm 
 ok
AP2: Q=564,74 L/min, L = 3 m e H= 76mm
58
6.4.2. Condutores verticais de águas pluviais
Instalações Prediais de Águas Pluviais
D= 60mm  75mm
H= 5,7 cm < 7,6 cm 
 ok
6.4.6. Exemplo
59Instalações Prediais de Águas Pluviais
—Coletores horizontais
Vazão de projeto: Q= (IxA)/60
Q1= (172x98,5)/60 = 282,37 L/min
Q2= (172 x (197))/60 = 564,74 L/min
Q3=Q1= 282,37 L/min
Material= PVC, n=0,011
6.4.6. Exemplo
60Instalações Prediais de Águas Pluviais
CH1: 
Q1= 282,37 L/min 
i=1%
Capacidade de condutores horizontais de seção circular para vazões em L/min
CH2: 
Q2= 564,74 L/min
i=1%
CH3: 
Q3= 282,37 L/min 
i=2%
CH4: 
Q4= 1129,47 L/min 
i=0,5%
D=100mm D=150mm D=100mm D=200mm
Conteúdo
1. Introdução
2. Definições
3. Elementos de hidrologia
4. Dimensionamento
61

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