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A DISFASIA É UMA FORMA DE PATOLOGIA DA LINGUAGEM 
 
Rosimeire Moreira Quintela
Introdução
A disfasia é uma forma de patologia da linguagem que acontece em ausência de impedimentos cognitivos, sensórios, emocionais ou socioculturais óbvios. As crianças disfásicas apresentam retardos em todos os aspectos da linguagem, embora a fonologia e a sintaxe se mostrem mais atingidas. Às vezes os distúrbios podem ser qualitativos, não existindo retardos.
Mesmo quando a criança disfásica adquire alguma estrutura linguística na mesma sequência em que as crianças normais o fazem, ela pode evitar o uso dessa estrutura, preferindo asestruturas ma mais simples ou, então, os recursos não verbais de
comunicação.
Distúrbios de linguagem são freqüentemente não reconhecidos apropriadamente por estudantes. Até mesmo profissionais médicos experientes costumam exibir dificuldades para uma identificação correta desses sintomas. Muito provavelmente a principal razão para esse pouco interesse é a complexidade desencorajadora com que os livros especializados apresentam o tema. Um outro aspecto a considerar é a singularidade dessa condição que, impedindo uma comunicação adequada faz com que o paciente assuma ares de enfermo psiquiátrico. Como o ensino médico tradicional persiste sendo preconceituoso em relação aos doentes psíquicos nada mais natural que os afásicos sofram percalços durante seu atendimento e não tenham muitas vezes reconhecido prontamente o status de doente orgânico.
A disfasia é um transtorno do desenvolvimento caracterizado por falha na aquisição da linguagem decorrente de disfunções encefálica envolvendo circuitos relacionados à compreensão, desenvolvimento e programação da linguagem oral
Para que o diagnóstico de disfasia seja feito, é necessário preencher alguns critérios
Manifestações precoces
Ausência de componente degenerativo
O transtorno da linguagem não pode ser atribuído a outras condições, como déficit auditivo, retardo mental, autismo ou privação social
Na presença de qualquer situação associada, o transtorno de linguagem é maior do que o esperado
De modo geral, atraso da aquisição da linguagem oral tem sido identificado em 7% de crianças na idade escolar. Disfasia de grau variado pode ser observada em 0,5 a 2,0%.
Etiologia
A disfasia pode ser congênita ou adquirida em uma fase da infância que antecede a aquisição de linguagem oral. A etiologia é desconhecida na maioria dos casos. Influência genética pode ser observada em cerca de sessenta por cento dos casos. Entre parentes diretos de crianças disfásicas é possível encontrar casos de TDAH, discalculia, dislexia ou disfasia. Erros de migração neuronal, heterotopias corticais ou subcorticais, atraso da mielinização ou lesões isquêmicas por oclusão vascular são as principais causas.
Tipos de Disfasia
A falha no processo de decodificação fonológica com conseqüente comprometimento da habilidade de compreender o que ouve é decorrente de lesões ou disfunções envolvendo o lobo temporal. Essa situação é denominada disfasia de compreensão ou sensorial ou receptiva.
Por outro lado, lesões ou disfunções no lobo frontal no hemisfério dominante para linguagem determinam dificuldade no planejamento dos atos motores necessários para produção ou encadeamento fonológico. Essa situação é denominada disfasia expressiva ou motora.
Tratamento
O tratamento se baseia em intervenção social, abordagem fonoterápica e acompanhamento psicopedagógico ou psicológico de acordo com as demandas observadas. O passo inicial é orientar a família sobre a importância de permitir que a criança expresse seus atos comunicativos. Isso é muito difícil porque, na época do diagnóstico, os pais, em geral já assumiram o papel de mediador verbal, interpondo-se entra a criança e o mundo que a rodeia. Essa mudança de atitude é crucial para que outras estratégias sejam inseridas. As estratégias se baseiam em três aspectos: dar à criança oportunidade de se comunicar, estimular os sinais de intenção e desejo comunicativo e estimulá-la a adquirir um vocabulário receptivo que a permita avançar na compreensão da linguagem verbal. É importante reforçar que existem vários caminhos e o trajeto vai ser percorrido com tentativas de acertos e com erros. Isso vai nos permitir conduzir a criança para uma situação de comunicação mais efetiva.
OS DISTÚRBIOS DA ESCRITA E DA ARITMÉTICA
No domínio da ESCRITA encontramos, basicamente, três tipos de distúrbios:
1. DISGRAFIA – É a dificuldade em passar para a escrita o estímulo visual da palavra impressa. Caracteriza-se pelo lento traçado das letras, que em geral são ilegíveis. A criança disgráfica não é portadora de defeito visual ou motor, nem apresenta qualquer comprometimento intelectual ou neurológico. No entanto, ela não consegue idealizar no plano motor o que captou no plano visual. As crianças disgráficas apresentam desordem no texto, margens mal feitas, que não são respeitadas, espaço irregular entre as palavras e linhas, traçados de má qualidade (ou pequeno ou grande demais), movimentos contrários aos da escrita convencional, dentre outros.
2. DISORTOGRAFIA - Caracteriza-se pela dificuldade de transcrever corretamente a linguagem oral, havendo trocas ortográficas e confusão de letras. São normais durante as 1ª e 2ª séries do Ensino Fundamental porque a relação entre a palavra impressa e os sons ainda não está totalmente dominada. A partir daí, os professores devem avaliar as dificuldades ortográficas por seus alunos, principalmente aquelas já conhecidas e trabalhadas em sala. Algumas trocas comuns: a) Confusão de letras - f / v; p /b; ch / j; b) confusão de sílabas – cantaram / cantarão; c) confusão de palavras – pato / pelo; d) uso de palavras com um mesmo som para várias letras – casa / caza; azar / asar; exame / ezame…
3. ERROS DE FORMULAÇÃO E SINTAXE – São crianças que conseguem ler com fluência e apresentam uma linguagem oral perfeira, compreendendo e copiando palavras, mas não conseguem escrever cartas, histórias ou dar respostas a perguntas escritas em provas. Na fala escrita comete erros que não ocorrem na fala oral, não conseguindo, portanto, transmitir para a escrita os conhecimentos adquiridos.
Dentre os distúrbios da ARITMÉTICA, devemos ressaltar o fato de que essa área do conhecimento se expressa através de símbolos: assim sendo, cabe abordar aqui as dificuldades dos alunos que não conseguem compreender instruções e enunciados matemáticos, bem como as dificuldades daqueles que não conseguem lidar com as operações aritméticas, caracterizando as dificuldades em duas categorias que, aopesar de distintas, se interpenetram, uma vez que, muitas vezes, é preciso resolver a questão do não-entendimento do enunciado, antes de se verificar as dificuldades nas operações em si.
	
Considerações Finais
Considerando que se estima que mais de 10 % de crianças são afetadas anualmente por disfunções (disfasia, dispraxia, dislexia, discalculia, perturbações deficitárias da atenção, etc.), devendo as estatísticas relativas a essas disfunções ser afinadas.
	Desenvolver uma sociedade da informação inclusiva e serviços mais eficientes e eficazes em domínios de interesse público, bem como melhorar a qualidade de vida, 
em particular para as pessoas com deficiência ou com disfunções 
(dislexia, dispraxia, disfasia, 
discalculia, etc.).
Desenvolver uma sociedade da informação inclusiva e serviços mais eficientes e eficazes em domínios de interesse público, bem como melhorar a qualidade de vida, em particular para as pessoas com deficiência ou com disfunções (dislexia, dispraxia, disfasia, discalculia, etc.).
	
	
Referencias:
DEESE, J. Psicolinguística. Petrópolis: Vozes, 1976.
Sobre a disfasia 
Disponível em < >
acesso em agosto de 2014.
VYGOTSKY, L. S. Pensamento e linguagem. Lisboa: Antídoto, 1979.
ZALÉVSKAIA, A. A. Vvedénie v psiholinguístiku. (Introdução à
psicolinguística). Moskvá: Rossiskii Gosudárstvennyi Gumanitárnyi
Universitet, 2000.

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