Buscar

Tecido Linfoide e Histologia dos Órgãos Linfáticos

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você viu 3, do total de 7 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você viu 6, do total de 7 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Prévia do material em texto

2 0 2 0 . 1 J Ú L I A M O R A I S 1 4 3 ( 2 0 1 9 . 2 ) | 1 
 
HISTOLOGIA II 
AULA 1 e 2 – SISTEMA HEMATOPOIÉTICO E IMUNOLÓGICO 
Tecido Linfoide 
 INTRODUÇÃO 
O sistema imunitário é formado por um conjunto 
de células e de órgãos linfáticos, responsáveis pela 
defesa do organismo contra moléculas estranhas, os 
antígenos. 
Essas células são capazes de identificar moléculas, 
que podem fazer parte de vírus, bactérias, fungos, 
protozoários e células de transplantadas, por exemplo. 
Após isso, elas fazem a inativação, neutralização ou 
destruição desses agentes. 
No sangue, temos a presença de duas linhagens 
celulares distintas, divididas em séries vermelhas e 
séries brancas. A série branca é dividida em 
granulócitos, quando possuem grânulos 
citoplasmáticos, são eles os eosinófilos, basófilos e 
neutrófilos, e agranulócitos, quando não possuem 
grânulos, que é o caso dos monócitos e linfócitos. 
As células do sistema imunológico são os 
linfócitos B e T, os macrófagos (originados dos 
monócitos) e as células apresentadoras de antígenos 
(APC). Elas podem ser encontradas livres no organismo 
ou nos órgãos linfáticos. 
 
 
 
ANTÍGENOS 
São moléculas estranhas ao organismo, as quais 
ativam a resposta do sistema imunológico do 
organismo. 
Podem ser glicídicos, lipídicos ou proteicos, sendo 
esses últimos os mais comuns. Eles são reconhecidos 
por uma pequena porção, chamada de epitopo ou 
determinante antigênico. 
 
ANTICORPOS 
Também conhecidos como imunoglobulinas (Ig), 
são glicoproteínas que se ligam aos determinantes 
antigênicos. 
São produzidos pelos plasmócitos, que são células 
resultantes dos linfócitos B. Na microscopia, os 
plasmócitos apresentam um núcleo periférico com 
cromatina condensada (heterocromatina), o qual 
pode aparentar um aspecto semelhante a uma roda de 
carroça. 
 
 
 
Após a expansão clonal, o plasmócito é 
responsável pela produção dos anticorpos ou 
imunoglobulinas (Ig), nesse caso, a fase efetora é feita 
por ele. 
A imunoglobulina é composta por cadeia longa e 
cadeia leve, tendo um aspecto semelhante ao Y. A 
porção FAB (fragmento de ligação do antígeno) é a que 
se ligará ao antígeno e a porção FC (fragmento 
cristalizado) se liga ao receptor de macrófagos ou 
neutrófilos. 
 
 
 
O plasmócito produz diferentes tipos de 
imunoglobulinas, são elas: 
• IgG: Imunoglobulina mais comum no organismo. É a 
única que atravessa a cadeia placentária e passa para 
o sangue fetal, contribuindo para a defesa imunitária 
do feto. 
• IgM: Primeira imunoglobulina produzida quanto se 
tem infecções, encontrada na fase aguda (início da 
resposta imunitária). 
• IgA: Comum na mucosa. Encontrado em secreções 
como lágrimas, leite, saliva, secreção nasal e 
brônquica, secreções contidas no lúmen do intestino 
delgado, secreção da próstata e líquido que lubrifica a 
vagina. 
• IgD: Presente apenas na membrana celular dos 
linfócitos, não circulando pelo organismo. 
• IgE: Apenas algumas pessoas podem produzir. 
 
Quando o sistema imunitário age contra 
moléculas do próprio organismo, temos a 
ocorrência de doenças autoimunes. 
FAB FAB 
FC 
2 0 2 0 . 1 J Ú L I A M O R A I S 1 4 3 ( 2 0 1 9 . 2 ) | 2 
 
O reconhecimento e a ligação de anticorpos aos 
antígenos ocorrem por meio de uma região de 
reconhecimento de antígenos presentes nas 
imunoglobulinas. 
Dessa forma, os anticorpos podem ser secretados 
pelos plasmócitos, porém, também podem fazer parte 
da membrana de linfócitos, atuando como receptores 
de antígenos (proteínas integrais de membrana). 
Os receptores de antígenos nos linfócitos B são 
chamados de BCR (receptor de células B) e são essas 
moléculas transmembrana de anticorpos. Já nos 
linfócitos T, os receptores são moléculas proteicas 
transmembrana de TCR (receptor de células T). 
 
 
 
 LINFÓCITOS 
É uma célula responsável pela imunidade, 
protegendo o organismo de antígenos. Existe um 
linfócito específico, o qual produzirá um anticorpo para 
combater esse antígeno. 
O linfócito apresenta um núcleo grande, 
arredondado e basófilo. O seu citoplasma é escasso 
e apresenta uma leve basofilia. 
 
 
 
Existem diversos tipos de linfócitos, a nível 
microscópico eles não são diferenciáveis, podendo ser 
identificados, por imuno-histoquímica, através de seus 
receptores, chamados de grupamentos de 
diferenciação (CD). 
 
LINFÓCITOS B 
O linfócito B é derivado da medula óssea, onde 
também é amadurecido, sendo responsável pela 
resposta adaptativa humoral. 
Na fase observatória, cada linfócito B identifica 
apenas um epitopo do antígeno, sendo assim, cada 
linfócito reconhece um determinado epitopo. 
Quando ativados, os linfócitos B originam os 
plasmócitos e as células B de memória, por expansão 
clonal. Nesse processo, eles sofrem mitose e produzem 
cópias idênticas (clones) capazes de reconhecer o 
mesmo epitopo e se diferenciam em plasmócitos. 
Na fase efetora, o plasmócito produz uma 
resposta para os antígenos, através da produção de 
anticorpos. Os linfócitos B, que proliferaram, mas 
permaneceram no organismo, fica no organismo 
funcionando como células B de memória, tornando a 
resposta secundária ao antígeno, mais rápida. 
 
RECONHECIMENTO DE ANTIGÉNO POR 
LINFÓCITOS B 
Um linfócito B identifica o epitopo de um antígeno, 
reconhecendo a conformação espacial dele. Com isso, 
ele inicia o processo de expansão clonal, realizando 
mitose e diferenciando-se em plasmócitos, no tecido 
conjuntivo ou órgão linfoide. 
Eles produzem as imunoglobulinas livres, com FAB 
semelhante, as quais irão percorrer o organismo para 
identificar o epitopo que estimulou a proliferação da 
primeira célula. 
 
 
 
LINFÓCITOS T 
O linfócito T também é produzido na medula 
óssea, mas passa obrigatoriamente no timo para ser 
amadurecido. Ele surge após o linfócito B. 
Temos diferentes tipos de linfócitos T: 
• Linfócito T citotóxico: Faz o reconhecimento do 
antígeno e produz substâncias para destruí-lo. 
• Linfócito T helper ou auxiliar: Produz citocinas e 
controla a resposta imunitária. Além disso, mobiliza a 
ação de células fagocitárias. 
CLUSTER OF DIFFERENTIATION (CD) 
Presença de proteínas integrais de membrana, 
que determinará uma célula. No caso do sistema 
hematopoiético, temos o linfócito T, o qual pode ser 
CD4 (helper) ou CD8 (citotóxico). 
2 0 2 0 . 1 J Ú L I A M O R A I S 1 4 3 ( 2 0 1 9 . 2 ) | 3 
 
• Linfócito T reguladores: Regula as funções das 
células T e B. 
• Linfócito T de memória: Permanece após a expansão 
clonal, tornando a resposta secundária mais rápida. 
• Linfócito natural killer (NK): É o único que não 
possui TCR. Ataca células infectadas por vírus e células 
cancerosas, sem necessidade de estimulação prévia. 
Não desenvolve população de memória. 
 
Os linfócitos T necessitam que os peptídeos 
estejam associados as proteínas do complexo principal 
de histocompatibilidade (MHC) em células 
apresentadoras de antígenos (APCs), para realizar o 
processo de apresentação de antígenos. 
As APCs podem ser diferentes tipos celulares, 
como as células dendríticas, macrófagos, células de 
Langherans da epiderme e linfócitos B. 
As células dendríticas são consideradas as 
principais APCs e imunoestimuladoras, normalmente, 
são encontradas em grande quantidade em locais ricos 
em linfócitos T. 
Elas possuem uma alta capacidade para processar 
antígenos, porém, com pequena capacidade para 
estimulação da célula T. A ocitocina nos órgãos linfoides 
ou em regiões de inflamação as torna funcionais para 
ativação das células T. 
Além disso, são atraídas para locais de inflamação 
ou de penetração de antígenos, ou podemcaptar 
antígenos e levá-los até regiões de órgãos linfáticos 
secundários, através da circulação sanguínea ou 
linfática. 
 
 
 
 DISPOSIÇÃO DAS CÉLULAS 
• Difuso: Disposição livre. 
• Nodular: Disposição arredondada. 
• Folicular: Disposição ovoide. 
 
Tanto a disposição nodular quanto a folicular, após 
entrarem em contato com o antígeno, sofrem expansão. 
A parte central passa a apresentar uma coloração mais 
clara, sendo chamada de centro germinativo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 MALT 
Podemos encontrar aglomerados de tecido 
linfoide em alguns órgãos, nesse caso ele é chamado de 
tecido linfoide associado a mucosa (MALT). 
• Amígdalas ou tonsilas (palatinas, linguais e 
faríngea): Possuem um epitélio pavimentoso 
estratificado com nódulos linfoides na lâmina própria. 
Conseguimos visualizar a presença de criptas sinuosas. 
• Placa de Peyer (GALT): Folículos de linfócitos na 
submucosa do intestino grosso, eles se posicionam 
circundando parcialmente a luz. Conseguimos 
visualizar a presença das vilosidades da mucosa e as 
camadas de tecido muscular e longitudinal. 
• Apêndice ileocecal (GALT): Possui nódulos que 
circundam toda luz do intestino grosso. A mucosa não 
apresenta vilosidade e temos a presença de glândulas 
intestinais (Criptas de Lieberkühn). 
 
 
 
 
 
 
 
VACINA 
Aplica-se uma estrutura semelhante a um 
antígeno, que provoca a expansão clonal específica 
do linfócito. Assim, quando os antígenos de verdade 
entram em contato com o organismo, os linfócitos 
de memória irão agir. 
 
O GALT é o tecido linfoide associado ao intestino 
e o BALT é o tecido linfoide associado aos 
brônquios. 
Os linfócitos estão localizados em posições 
estratégicas para reconhecimento de antígenos. 
DIFUSO 
NODULAR 
CENTRO GERMINATIVO 
CENTRO GERMINATIVO 
FOLICULAR 
2 0 2 0 . 1 J Ú L I A M O R A I S 1 4 3 ( 2 0 1 9 . 2 ) | 4 
 
 LINFONODO 
É uma estrutura arredondada interposta no trajeto 
dos vasos linfáticos, considerada um órgão linfático. Ele 
possui uma cápsula de tecido conjuntivo, que emite 
septos para o interior deles, também é dividido em 
córtex e medula, tendo seu arcabouço mantido por 
fibras reticulares. 
Os vasos linfáticos aferentes chegam até eles 
pela parte convexa e os linfáticos eferentes saem pelo 
hilo, junto com as artérias e veias. 
A linfa percorre os seios dos linfonodos, eles são 
espaços amplos revestidos por tecido endotelial (tecido 
pavimentoso simples). O mais periférico é o seio 
subcapsular ou marginal, no córtex ele passa a ser 
chamado de seio cortical e na medula de seio medular. 
Todos os linfonodos possuem diversos linfócitos 
por toda sua estrutura, porém, próximo aos seios 
medulares eles se dispõem formando os cordões 
medulares. 
A região que marca o limite corticomedular é o 
local onde os linfócitos T preferencialmente se 
encontram. Assim, é uma região timo dependente, pois 
precisa dele para ser povoado. O restante desse órgão 
é povoado majoritariamente pelos linfócitos B. Além 
disso, os linfonodos apresentam células dendríticas e 
macrófagos. 
As vênulas pós-capilares dos linfonodos 
apresentam um epitélio cúbico simples, sendo 
chamados de vênulas endoteliais altas. 
No caso de a linfa chegar com algum antígeno até 
os linfonodos, os linfócitos seriam estimulados a iniciar 
a expansão clonal. A partir disso, ocorre a compressão 
das terminações nervosas da cápsula, passando a causar 
dor. Esse linfonodo doloroso, pode indicar uma 
inflamação na em regiões próximas. 
 
 
 
 
 
MICROSCOPIA 
Conseguimos visualizar uma cápsula de tecido 
conjuntivo ao redor de todo o linfonodo, podendo ter a 
presença de tecido adiposo próximo a ela. 
No córtex vemos os linfócitos em disposição 
nodular, os quais podem apresentar centros 
germinativos. Já na medula temos a presença dos 
cordões medulares intercalados pelos seios medulares, 
representados por regiões mais claras entre os 
linfócitos. 
Com o uso do método de visualização de infusão 
por prata, conseguimos ver as fibras reticulares, que 
fazem a sustentação. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
VASO LINFÁTICO AFERENTE 
NÓDULO LINFOIDE 
CÓRTEX 
CÁPSULA 
SEIO SUBCAPSULAR 
PARACÓRTEX 
MEDULA 
SEIO MEDULAR 
LINFA 
LINFA 
SANGUE ARTERIAL 
SANGUE VENOSO 
ARTÉRIA 
VASO LINFÁTICO EFERENTE 
VEIA 
SEIO SUBCAPSULAR 
TRABÉCULA 
CÁPSULA 
(TECIDO CONJUNTIVO DENSO) 
CÓRTEX 
(NÓDULOS LINFÁTICOS) 
CÓRTEX 
(NÓDULOS LINFÁTICOS) 
CÁPSULA 
(TECIDO CONJUNTIVO DENSO) 
SEIO SUBCAPSULAR 
CÓRTEX 
(NÓDULOS LINFÁTICOS) 
CÁPSULA 
(TECIDO CONJUNTIVO DENSO) 
TRABÉCULA 
2 0 2 0 . 1 J Ú L I A M O R A I S 1 4 3 ( 2 0 1 9 . 2 ) | 5 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 TIMO 
O timo surge na vida fetal, originado das terceiras 
bolsas faríngeas, elas são cordões de células epiteliais 
unidas por endossomas. 
Elas migram para região do mediastino anterior, 
se esticam e se afilam, formando uma massa violácea, 
ele cresce até a puberdade e depois involui, o espaço 
vazio é ocupado por tecido adiposo. 
É um órgão constituído por 2 lobos, sendo o lobo 
esquerdo maior. É revestido por uma cápsula 
conjuntiva, a qual emite projeções, mas não divide o 
timo totalmente, formando pseudolobos. Após a 
cápsula temos o córtex e na região central a medula. 
No córtex encontramos células primitivas, 
envolvidas pelas células enfermeiras, elas amadurecem 
se tornando linfócitos T e migram para a região 
medular. As células da medula são envoltas pelas TECs 
(células epiteliais tímicas) ou células epiteliais 
reticulares, algumas dessas células do timo se soltam e 
formam o corpúsculo de Hassall, os quais produzem 
hormônios que auxiliam o amadurecimento dos 
linfócitos. 
Inicialmente, os linfócitos T não possuem CD4 nem 
CD8 (duplo negativo), depois elas passam a apresentar 
ambos os CDs (duplo positivo), por último, elas 
possuem apenas uma delas (positivo simples), 
tornando-se maduras. Durante seu amadurecimento, os 
linfócitos T ganham seu TCR. 
O linfócito T que se encontra próximo a região 
cortical, não pode entrar em contato com antígenos, 
por isso, o capilar que passa por ele deve ser envolto 
por uma membrana basal e por macrófagos, formando 
a barreira hematotímica, juntamente, com as TECs. 
No caso da medula, encontramos as células 
dendríticas. 
 
 
MICROSCOPIA 
Vemos a cápsula de tecido conjuntivo denso, o 
córtex é mais basófilo apresentando um aspecto 
pesudolobular. A região medular é mais clara, comum a 
vários pseudolobulos, possui os corpúsculos de Hassall 
caracterizados por apresentar diversas lamelas 
concêntricas, assemelhando-se a uma cebola. Por não 
interagir com antígenos, apresenta um tecido linfoide 
difuso. 
 
 
CENTRO GERMINATIVO 
CÓRTEX 
(NÓDULOS LINFÁTICOS) 
CÁPSULA 
(TECIDO CONJUNTIVO DENSO) 
TRABÉCULA 
CORDÕES MEDULARES 
REGIÃO MEDULAR 
MACRÓFAGO 
CÁPSULA 
(TECIDO CONJUNTIVO DENSO) 
CÓRTEX 
CÁPSULA 
(TECIDO CONJUNTIVO DENSO) 
CÓRTEX 
(NÓDULOS LINFÁTICOS) 
TECIDO ADIPOSO 
CÓRTEX 
MEDULA 
CÁPSULA 
2 0 2 0 . 1 J Ú L I A M O R A I S 1 4 3 ( 2 0 1 9 . 2 ) | 6 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 BAÇO 
O baço é um órgão extremamente friável situado 
no hipocôndrio esquerdo, com um eixo longitudinal 
localizado entre a nona e décima primeira costela. 
Ele fica no trajeto da circulação sanguínea, 
produzindo anticorpos e células sanguíneas. Além 
disso, realiza a hemocaterese, que é a destruição das 
células sanguíneas antigas e temos a reciclagem do 
ferro e hemoglobina. 
Macroscopicamente podemos dividiro baço em 
polpa esplênica (branca ou vermelha). Ele possui uma 
cápsula de tecido conjuntivo que emite septos de tecido 
conjuntivo, formando trabéculas. 
A periferia do baço normalmente apresenta os 
linfócitos T, e na medula temos os linfócitos B e os 
plasmócitos. 
 
É irrigado pela artéria esplênica, a qual se ramifica 
ao entrar no baço, formando a artéria trabecular 
dentro das trabéculas. Os folículos possuem uma 
artéria central (artéria folicular), onde encontramos a 
maior parte dos linfócitos, a sua ramificação final é 
chamada de artéria penicilar. A estrutura final dessa 
última artéria é coberta por macrófagos, chamada de 
elipsoide (capilar embainhado por macrófagos). 
O corpúsculo de Malpighi, agora chamado de 
bainha linfoide periarterial (PALS), é um nódulo 
linfoide tendo uma artéria folicular, ele seria a polpa 
branca. 
Na polpa vermelha encontramos os cordões de 
Billroth (cordões esplênicos), entre os sinusoides 
esplênicos, esses capilares possuem uma membrana 
basal descontínua, apresentando fenestras entre as 
células endoteliais. Quando as células sanguíneas 
passam por essas aberturas, ocorre a fragmentação. É 
na polpa esplênica onde encontramos as fibras 
reticulares para sustentação. 
 
 
 
 
MICROSCOPIA 
Vemos a cápsula de tecido conjuntivo denso 
recoberta por peritônio. Apresenta trabéculas contendo 
veias ou artérias (possui camada de tecido muscular). 
Os corpúsculos de Malpighi com as artérias 
centrais e centros germinativos, alta quantidade de 
tecido conjuntivo com os sinusoides esplênicos e 
cordões de Billroth. 
As fibras reticulares podem ser vistas pela 
deposição por prata. 
 
 
 
A polpa branca corresponde ao corpúsculo de 
Malpighi e a polpa vermelha é a região dos 
sinusoides esplênicos. 
 
HIPÓTESES DE CIRCULAÇÃO DO BAÇO 
• Circulação fechada: Os elipsoides jogam o 
sangue direto no sinusóide esplênico. 
• Circulação aberta: Os elipsoides jogam o sangue 
entre os sinusoides esplênicos, no cordão de 
Billroth (cordão esplênico). 
 
LINFÓCITOS T 
TEC 
LINFÓCITOS T 
 CÓRTEX 
MEDULA 
CORPÚSCULO DE HASSALL 
CORPÚSCULO DE HASSALL 
LINFÓCITOS 
T 
CÁPSULA 
(TECIDO CONJUNTIVO DENSO) 
2 0 2 0 . 1 J Ú L I A M O R A I S 1 4 3 ( 2 0 1 9 . 2 ) | 7 
 
 
 
 
 
 
POLPA BRANCA 
CORPÚSCULO DE 
MALPIGHI ou PALS 
POLPA VERMLHA 
SINUSOIDES 
ESPLÊNICOS

Outros materiais