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Introdução as Estruturas - Unidade 1 Introdução

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INTRODUÇÃO ÀS ESTRUTURAS
1
Conteúdos:
1. MORFOLOGIA DAS ESTRUTURAS
1.1. FATORES QUE INFLUENCIAM NA MORFOLOGIA ESTRUTURAL
1.2. EVOLUÇÃO DAS FORMAS ESTRUTURAIS
1.3. ELEMENTOS ESTRUTURAIS E SISTEMAS ESTRUTURAIS FUNDAMENTAIS
2. RELAÇÃO ENTRE ESTRUTURA E ARQUITETURA
2.1. A ESTRUTURA NA CONSTRUÇÃO
2.2. ESTRUTURA OCULTA, EXPOSTA E DESTACADA
2.3. COMPREENSÃO DO COMPORTAMENTO ESTRUTURAL
3. ESTÁTICA E EQUILÍBRIO DE UM ELEMENTO ESTRUTURAL
3.1. MASSA E PESO
3.2. FORÇAS COPLANARES
3.3. MOMENTO DE UMA FORÇA EM RELAÇÃO A UM PONTO
3.4. GRAUS DE LIBERDADE NO PLANO
3.5. CONDIÇÕES DE EQUILÍBRIO ESTÁTICO
3.6. MODELO RETICULADO
3.7. CLASSIFICAÇÃO DOS ELEMENTOS ESTRUTURAIS
3.8. VÍNCULOS ESTRUTURAIS
3.9. GRAU DE ESTATICIDADE EXTERNO E INTERNO
3.10. REAÇÕES DE APOIO EM SISTEMAS ISOSTÁTICOS
4. AÇÕES QUE ATUAM NAS ESTRUTURAS
4.1. CARGAS ESTÁTICAS E DINÂMICAS
4.2. CLASSIFICAÇÃO DAS CARGAS ESTÁTICAS
4.3. COMBINAÇÃO DE AÇÕES
5. SOLICITAÇÕES SIMPLES E COMPOSTAS
6. ESFORÇOS INTERNOS
2
7. TENSÃO E DEFORMAÇÃO
8. MATERIAIS ESTRUTURAIS: PROPRIEDADES
8.1. MATERIAIS ESTRUTURAIS USUAIS
8.2. MASSA ESPECÍFICA
8.3. ISOTROPIA E ANISOTROPIA
8.4. DUCTILIDADE E FRAGILIDADE
8.5. ELASTICIDADE E PLASTICIDADE
8.6. DILATAÇÃO TÉRMICA
9. MATERIAIS ESTRUTURAIS: RESISTÊNCIA E DEFORMABILIDADE
9.1. MATERIAIS ESTRUTURAIS USUAIS
9.2. MÓDULO DE ELASTICIDADE LONGITUDINAL
9.3. COEFICIENTE DE POISSON
9.4. MÓDULO DE ELASTICIDADE TRANSVERSAL
9.5. TENSÃO DE RUPTURA
9.6. COEFICIENTE DE SEGURANÇA E TENSÃO ADMISSÍVEL
9.7. ESTADO LIMITE ÚLTIMO E ESTADO LIMITE DE SERVIÇO
10. CARACTERÍSTICAS GEOMÉTRICAS E COMPORTAMENTO ESTRUTURAL DE ELEMENTOS E
SISTEMAS ESTRUTURAIS
10.1. CABOS
10.2. TRELIÇAS PLANAS
10.3. TRELIÇAS ESPACIAIS
10.4. ARCOS FUNICULARES
10.5. PILARES
10.6. VIGAS DE ALMA CHEIA
10.7. VIGAS VIERENDEEL
10.8. PÓRTICOS E ARCOS
10.9. PLACAS E GRELHAS
10.10. MEMBRANAS
10.11. CASCAS
3
1. MORFOLOGIA DAS ESTRUTURAS
Significado de Morfologia - Estudo das formas que a matéria pode tomar.
A palavra estrutura é usada para designar a composição, construção, organização e disposição arquitetônica de um edifício.
Análise Estrutural é a parte da Mecânica que estuda as estruturas, consistindo este estudo na determinação dos esforços e das deformações a que elas ficam submetidas quando solicitadas por agentes externos (cargas, variações térmicas, movimento de seus apoios, etc.).
4
a) Fatores Funcionais
Os fatores funcionais são os preponderantes na definição da forma estrutural.
Todos os outros elementos morfológicos estão subordinados a estes.
A Arquitetura, dentro do seu amplo campo de atividade, necessita construir estruturas para as mais variadas funções , apresentando formas particulares diferenciadas correspondentes.
Todas as estruturas estão subordinadas, direta ou indiretamente, às dimensões humanas: o ser humano é
a escala, pois é ele a medida de todas as coisas.
5
As obras estruturais da Arquitetura se destinam às seguintes funções fundamentais: habitação, condução, tráfego e contenção.
Habitação - Considerada, neste caso, como toda a estrutura que se destina ao abrigo do homem e de seus pertences (residência, escritório, armazém, indústria, etc.), apresenta elementos estruturais comuns, paredes de vedação, paredes portantes e cobertura. É a estrutura mais ligada à Arquitetura e, indubitavelmente, de maior riqueza formal.
Condução - A função de condução de líquidos e gases é fator morfogênico característico. Para os líquidos, canais e tubos; para os gases, dutos e chaminés.
6
Tráfego - São consideradas as estruturas das construções destinadas a facilitar a circulação de pessoas, animais, veículos e materiais em modo geral.
Elas apresentam formas particulares, entretanto variadas. Estão incluídas as estruturas destinadas a vias (caminhos, ruas, estradas, ferrovias, teleféricos, cremalheiras, hidrovias), revelando as estruturas de túneis e viadutos. Especialmente os viadutos, utilizando variados sistemas e materiais estruturais, possibilitam a realização das mais belas formas de Arquitetura.
Contenção - A função de contenção define, de acordo com o conteúdo, as mais diversas formas estruturais: reservatórios, silos, barragens, escoras e arrimos.
7
DEFINIÇÃO
Diante dos conceitos expostos, podemos definir morfologia das estruturas como o estudo das estruturas resistentes sob o ponto de vista da forma, considerando as suas origens (morfogênese) e evolução, tendo como conhecimentos básicos para síntese, análise e concepção de estruturas que respondam aos anseios funcionais, técnicos e culturais.
a) Fatores Morfogênicos ( Concepção da Forma)
Os fatores morfogênicos são as razões determinantes de certas formas estruturais, tanto no conjunto do sistema como em cada uma de suas partes constitutivas.
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b) Fatores Técnicos
Depois dos fatores morfogênicos funcionais, os fatores técnicos seguem a ordem de importância como determinantes formais.
Os fatores técnicos de maior importância são os decorrentes dos materiais utilizados na construção das estruturas: a técnica de construção empregada, o estágio dos processos de cálculo estrutural e a economia diante dos recursos disponíveis.
A “materialização” dos valores obtidos através de análise estrutural matemática pode apresentar formas esbeltas, ao mesmo tempo estáveis e econômicas, diante das características particulares de cada material empregado.
9
c) Fatores Estéticos
A estrutura resistente é o elemento construtivo de maior força estética na composição arquitetônica.
A condição precípua de qualquer construção é que seja estável, isto é, que suporte as cargas às quais será submetida.
 Os chamados elementos decorativos, como molduras e ornatos, nada mais são do que apêndices aos elementos estruturais, que dão maior simplicidade às estruturas racionais ou clássicas e passam à maior complexidade nas arquiteturas florais ou barrocas.
Uma simples e imediata solução estrutural não define, por si só, boa arquitetura.
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Devem ser levadas em conta a escala e as proporções dos espaços, sempre vinculadas à s dimensões do ser humano, dimensões estas de ordem física e, especialmente, psicológica .
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1.2. EVOLUÇÃO DAS FORMAS ESTRUTURAIS
Para efeito didático, convém que as formas estruturais sejam estudadas diante de cada sistema fundamental construtivo de modo evolutivo histórico.
Este procedimento faz com que os estudantes, de modo interessante, acompanhem o raciocínio evolutivo dos povos, diante das correspondentes necessidades funcionais e recursos técnicos.
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O homem da pré-história, principalmente o homem do período neolítico (neo "novo" e líthos "pedra"), abandona as cavernas e começa a construir sua morada; posteriormente denominada Nuragues e Dolmens.
< e ^ : Um dos mais fascinantes Dolmens: Santuário de Stonehenge - Sul da Inglaterra
 < O interior do Nuragues na Aldeia de Barumiri
Sardenha – Itália.
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 A história da humanidade é construída a partir de fatos.
 Porém, quanto mais antigo é o período relatado, mais difícil é ter certeza da sua veracidade.
 Se já é difícil determinar os acontecimentos da história dos seres humanos, de seus hábitos e de como viviam, mais difícil é descobrir como eram feitas suas construções.
 Portanto, temos muitos mistérios ainda não revelados, muitas obras que não se pode ter certeza de como foram construídas.
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 1) Pré-História (9.000 AC)
Os primeiros Homo sapiens viviam da caça e da coleta, eram nômades, e por este motivo não se preocupavam em desenvolver construções, abrigavam-se onde era possível, normalmente em cavernas.
Durante muitos anos, acreditava-se que as primeiras construções só começaram a ser desenvolvidas
quando o homem se tornou sedentário, quando aprendeu a cultivar o solo e criar animais.
No entanto, recentemente, foi descoberto o templo de Gobekli Tepe, na Turquia, datado de 9.000 a.C., considerada a construção mais antiga da humanidade descoberta até o momento e anterior ao período chamado neolítico.
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 O templo de Gobekli Tepe é construídoprincipalmente de pedras empilhadas, característica das primeiras construções feitas pelo homem.
Suas paredes são de pedra com pilares monolíticos de calcário, com cerca de 10 toneladas cada, em forma de T, com alturas variando até 3 metros, e com 2 pilares maiores no centro, provavelmente para suportar a estrutura de algum tipo de telhado.
 Figura 2.1 – Templos de pedra de Gobekli Tepe (9000 a.C.). Fonte: https://upload wikimedia.org/wikipedia/commons/2/22/G%C3%B6bekli2012-15.jpg
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2) Antiguidade (2.500 AC)
A grande pirâmide de Quéops foi erguida ao longo de 20 anos (2500 a.C.), construída com blocos de granito sobrepostos. Até o século XIX, era a estrutura mais alta do mundo, com 146 metros de altura.
Figura 2.3 – Pirâmide de Quéops, também chamada de Pirâmide de Giza ou A Grande Pirâmide. Fonte: https://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/4/4d/Giza_pyramid_3Egypt.jpg
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3) Arquitetura Grega e Romana
Na Grécia, apesar de ser um conjunto de ilhas, o sistema em arco não era comum, pois os gregos se locomoviam muito por meio da navegação, e a maioria de seus rios eram muito estreitos, não sendo necessário vencer grandes vãos estruturais.
Em compensação, foram os grandes desenvolvedores do sistema de vigas com pilares.
Foram os romanos que efetivamente se apropriaram do uso dos arcos, abóbodas e cúpulas verdadeiras, usando todo o seu potencial estrutural.
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Enquanto os gregos estavam preocupados apenas com proporções, medidas e harmonia, os romanos buscavam a inovação tecnológica, que permitisse ampliar o seu expansionismo pelo mundo.
Ao mesmo tempo, a sua base cultural grega e etrusca vai incorporando as técnicas dos povos que vai conquistando.
 Figura 2.8 – Seção e detalhe da seção do Pantheon de Roma, Itália. Fonte: https://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/1/10/Pante%C3%B3n_de_Roma_alzado.jpg e https://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/d/d1/Pantheon-Roma-detail.jpg
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4) Idade Média
Com o fim do império romano, deu-se início à Idade Média, em que ocorreram grandes avanços científicos, mas tudo que havia sido criado até o momento foi reorganizado, sendo utilizado de maneira diferente pelos construtores da época.
Havia uma preocupação com economia e funcionalidade, o que foi responsável pelo resultado formal das construções.
Vemos, portanto, empobrecimento das soluções arquitetônicas e redução do tamanho das construções.
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Atura da Viga
Vão = L = 5 m = 500 cm 
L/10 Concreto = 500 /10 = 50 cm 50 /15
L/20 Viga de Aço = 500/20 = 25 cm
L = 3 m = 300 cm
L/12 = 300/12 = 25 cm 
L = 3 m
L/12 = 200/12 = 25 cm 
A igreja se tornou a principal promotora da cultura e surgiram naquela época as basílicas, com forte influencia das soluções construtivas romanas.
Interior da Basílica de Santa Maria Maior, Roma, Itália. 352 d.C. (Reconstruída)
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Durante esse período, o oriente demonstrou sua força cultural e houve um aprimoramento muito maior da arquitetura e das técnicas construtivas.
O Palácio de Khusrau, no Iraque, apresentava um pórtico de entrada de 28 metros de vão, provavelmente o maior da Antiguidade.
Acredita-se que o arco tenha sido construído sem suportes de madeira.
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Com a adoção dos novos elementos de composição estrutural, o estilo gótico apresentava estruturas mais altas e mais leves.
Desde o século XI d.C. já se utilizava o ferro como reforço de estruturas, mas principalmente como material usado em elementos de fixação e emenda durante a Idade Média e no Renascimento.
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 5) Renascimento
 A arquitetura do Renascimento não foi tão significativa quanto a evolução das outras artes, sendo caracterizada pela repetição de soluções do passado.
No entanto, houve um grande desenvolvimento das ciências, base para o cálculo estrutural moderno.
As práticas medievais, juntamente com ideias clássicas,
prevaleceram por quase um século.
Galileu foi um dos grandes estudiosos da resistência dos materiais, tendo descoberto em 1638 várias características e comportamentos das estruturas e dos materiais construtivos.
E, em 1665, Isaac Newton estabeleceu as três leis da dinâmica.
27
Catedral de Santa Maria del Fiori, Florença, Itália, 1294-1436.
Fonte: https://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/a/a1/Florence_Cathedral.jpg
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 6) Arquitetura Barroca
O estilo Barroco iniciou-se em Roma, caracterizando a arquitetura dos séculos XVI e XVII, com a valorização dos ornamentos, mas sem inovações estruturais.
Uma grande quantidade de edificações religiosas e palácios foi construída nesse período.
O século XVIII foi marcado pelas ideias do Iluminismo, da Revolução Francesa e da Revolução Industrial.
O Iluminismo era contrário às ornamentações barrocas e pregava o racionalismo, a arquitetura humanista e autêntica, culminando no estilo arquitetônico denominado neoclassicismo.
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Na Revolução Francesa houve uma grande separação entre a arquitetura e a construção, separando a arte da ciência.
Começou uma preocupação muito grande com a técnica, e o papel do arquiteto passou a ser secundário.
Com a Revolução Industrial, surgiu a produção em massa de elementos de ferro, que poderiam ser utilizados como material de construção.
Também surgiu a necessidade da criação de novas tipologias arquitetônicas, principalmente grandes fábricas, que necessitavam de grandes vãos, possíveis com o uso de estruturas metálicas.
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O transporte ferroviário exigiu maior quantidade de pontes, e maiores vãos precisavam ser vencidos, o que trouxe a retomada do uso de treliças.
Em 1775 começou a ser usado o ferro na construção de treliças para a ponte sobre o Rio Severn, na Inglaterra.
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7) Arquitetura do Século XIX
Os arquitetos Matthew Boulton and James Watt propuseram uma fábrica de roupas de algodão na Inglaterra com sete pavimentos, onde pela primeira vez se usavam pilares e vigas de ferro para toda a estrutura de uma edificação, que serviram de modelo para várias outras edificações.
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O Palácio de Cristal, projetado por Joseph Paxton para a primeira feira mundial em Londres, em 1851, foi vencedor de concurso e sua proposta utilizava um sistema de treliças metálicas pré-fabricadas de ferro forjado, tirantes e fechamentos em vidro, criando um espaço interno de 90 mil metros quadrados.
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 Em 1899, Eiffel projetou a Torre Eiffel para a Exposição Mundial de Paris, que foi duramente criticada por representar uma construção totalmente funcional sem um ideal estético.
Foi a edificação mais alta do mundo até a construção do Edifício Chrysler, em Nova York, em 1930.
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Até 1907, centenas de prédios industriais haviam sido construídos com estrutura de concreto armado.
Muitos arquitetos viam no concreto armado a
possibilidade de liberdade da forma e, apesar de o avanço tecnológico do seu uso ser inglês, foram a França e a Alemanha os primeiros países a integrar o uso do concreto na prática arquitetônica.
A primeira obra significativa em uma edificação pública foi na Igreja Protestante de Garrison, em 1908, do arquiteto Theodor Fischer.
Em 1912, Robert Maillart projetou uma laje apoiada somente em dois pilares, sem o uso de vigas, para uma fábrica na Suíça. O sistema foi posteriormente chamado de laje cogumelo.
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8) Modernismo
Em Weimar, na Alemanha, foi fundada a escola Bauhaus, por Walter Gropius, com princípios racionalistas, mas foi com Le Corbusier que a estrutura ganhou destaque pelo uso dos pilotis e das plantas livres, que, segundo ele, foram baseados no uso do concreto armado e na produção industrial de elementos arquitetônicos
Racionalismo: modo de pensar que atribui valor somente à razão, ao pensamento lógico.
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Entre os arquitetos modernistas, Buckminster Fuller foi o maior representante do uso da tecnologia nos projetos, desenvolvendo vários avanços nos estudos das estruturas e criando o domus geodésico, utilizado em vários projetos pelo mundo.
Em 1930, os novos métodos de cálculo estrutural, juntamente com o avanço no uso do concreto armado, permitiram a construçãode formas mais ousadas em cascas de concreto, como paraboloides e conoides.
Em 1940, o uso dos computadores permitiu cálculos mais complexos, facilitando os projetos de estruturas e permitindo construções mais esbeltas e formas mais variadas.
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Em 1960 foi inaugurada Brasília, com plano-diretor de Lúcio Costa e edificações de Oscar Niemeyer.
O Palácio do Planalto, o Palácio da Alvorada e a Suprema Corte representam a monumentalização da arquitetura moderna brasileira, influenciando o desenvolvimento de toda arquitetura moderna no
mundo após a Segunda Guerra Mundial.
O uso do concreto armado foi levado ao seu limite com os cálculos estruturais realizados por Joaquim Cardoso.
39
9) Arquitetura Contemporânea
No início da década de 1960, a estrutura se tornou o partido principal para o estilo arquitetônico denominado High-Tech, com as obras do Banco de Hong Kong do arquiteto Norman Foster e o Centro Georges Pompidou, dos arquitetos Renzo Piano e Richard Rodgers.
No Centro Georges Pompidou, a estrutura metálica foi projetada para ficar aparente externamente, desconectada dos planos das fachadas.
 Centro Georges Pompidou, Paris, França, 1977. Fonte: Marco Milazzo.
40
1.2. EVOLUÇÃO DAS FORMAS ESTRUTURAIS
Sobre a evolução das formas estruturais e a história da arquitetura Grega e Romana, assinale a alternativa INCORRETA: 
( ) Foram os romanos que efetivamente se apropriaram do uso dos arcos, abóbodas e cúpulas verdadeiras, usando todo o seu potencial estrutural. 
( ) Os gregos foram os grandes desenvolvedores do sistema de vigas com pilares.
( ) Com o fim do império romano, deu-se início à Idade Média, em que ocorreram grandes avanços científicos, mas tudo que havia sido criado até o momento foi reorganizado, sendo utilizado de maneira diferente pelos construtores da época.
( ) Na Grécia, apesar de ser um conjunto de ilhas, o sistema em arco não era comum , pois os gregos se locomoviam muito por meio da navegação, e a maioria de seus rios era muito estreita, não sendo necessário vencer grandes vãos estruturais.
( ) Durante o império romano se desenvolveu o cristianismo, que utilizava os elem entos da construção romana para criar um a nova linguagem arquitetônica.
41
1.3. ELEMENTOS ESTRUTURAIS E SISTEMAS ESTRUTURAIS FUNDAMENTAIS
 Estrutura em uma construção, tem a função prioritária de garantir a forma espacial idealizada, com segurança, por um determinado período de tempo.
 Estruturas ou sistemas estruturais podem ser entendidas como disposições racionais e adequadas de diversos elementos estruturais;
 Elementos estruturais: corpos sólidos deformáveis com capacidade de receber e de transmitir solicitações em geral.
42
Elementos Lineares
 
São aqueles onde o comprimento longitudinal é maior
 em pelo menos três vezes a maior dimensão da seção transversal (NBR 6118, item 14.4.1), chama dos “barras”. Os exemplos mais comuns são as vigas e os pilares.
 
43
Como um caso particular existem também os elementos lineares de seção delgada, definidos como aqueles cuja espessura é muito menor que a altura.
 Perfis de aço aplicados nas construções com
estruturas metálicas são exemplos típicos de elementos lineares de seção delgada.
44
 
Elementos Bidimensionais
São também chamados “elementos de superfície”. São aqueles onde a espessura é pequena comparada às outras duas dimensões
Os exemplos mais comuns são as lajes e as paredes, como de reservatórios.
Quando a superfície é plana tem-se a placa ou a chapa.
A placa tem o carregamento perpendicular ao plano da superfície, e a chapa tem o carregamento contido no plano da superfície.
O exemplo mais comum de placa é a laje e de chapa é a viga-parede.
 
45
Quando a superfície é curva o elemento é chamado casca
Casca
Laje
Chapa
Placa
46
Laje
Laje é um elemento plano, bidimensional, cuja função principal é servir de piso ou cobertura nas construções, e que se destina geralmente a receber as ações verticais aplicadas, provenientes da utilização da laje em função de sua finalidade arquitetônica, como de pessoas, móveis, pisos, paredes, e de outros mais variados tipos de carga que podem existir.
As ações perpendiculares ao plano da laje podem ser separadas em:
Distribuída na área: peso próprio, contrapiso, revestimento na borda inferior, etc;
47
Distribuída linearmente: carga de parede apoiada na laje;
Concentrada: pilar apoiado na laje
As ações são geralmente transmitidas para as vigas de apoio nas bordas da laje, mas eventualmente também podem ser transmitidas diretamente aos pilares. As lajes existem em variados tipos, como maciças, nervuradas, lisas, pré-moldadas, etc.
48
Laje Maciça
Lajes maciças são aquelas com a espessura totalmente preenchida com concreto – sem vazios, contendo armaduras embutidas no concreto, e apoiadas ao longo de todo ou parte do perímetro.
No caso de lajes com quatro bordas, a situação mais comum é a laje apoiar-se na quatro bordas, mas as lajes podem também ter bordas não apoiadas, chamada borda livre.
No item 13.2.4 a NBR 6118 especifica as espessuras mínimas para as lajes maciças, sendo 8 cm no caso de laje de piso não em balanço.
49
50
Lajes Lisa e Cogumelo
Segundo a definição da NBR 6118 (item 14.7.8):
“Lajes-cogumelo são lajes apoiadas diretamente em pilares com capitéis, enquanto lajes lisas são apoiadas nos pilares sem capitéis.”
 Capitel é o elemento resultante do aumento da espessura da laje na região adjacente ao pilar de apoio, com a finalidade de aumentar a capacidade resistente devido à alta concentração de tensões nessa região.
Ambas as lajes são maciças, de concreto e aço e sem vazios ou enchimentos, mas não se apoiam nas bordas, somente nos pilares.
51
LAJE COGUMELO
LAJE LISA
52
Laje Nervurada
“Lajes nervuradas são as lajes moldadas no local ou com nervuras pré-moldadas, cuja zona de tração para momentos positivos está localizada nas nervuras entre as quais pode ser colocado material inerte.” (NBR 6118, item 14.7.7).
As lajes com nervuras pré-moldadas são comumente chamadas pré-fabricadas, e devem atendem a normas específicas.
53
Lajes pré-fabricadas
As lajes pré-fabricadas do tipo treliçada, onde a armadura tem a forma de uma treliça espacial, vem ganhando maior espaço na aplicação em construções residenciais de pequeno porte e até mesmo em edifícios de baixa altura, principalmente devido ao bom comportamento estrutural e facilidade de execução
54
Viga
Vigas são elementos lineares (barras) onde a flexão é preponderante. Sua função básica é vencer vãos e transmitir as cargas para os apoios, geralmente pilares.
Ao longo do eixo longitudinal as vigas podem ser curvas, mas na maioria das aplicações são retas e horizontais.
Os carregamentos são provenientes de lajes, de outras vigas, de paredes de alvenaria, de pilares, etc., geralmente perpendiculares ao eixo longitudinal.
Geralmente tem duas armaduras diferentes, a longitudinal e a transversal, compostas respectivamente por barras longitudinais e estribos.
55
56
Pilar
Pilares são “elementos lineares de eixo reto, usualmente dispostos na vertical, em que as forças normais de compressão são preponderantes.” (NBR 6118, item 14.4.1.2 ).
As ações que recebem, geralmente de vigas e lajes, são transmitidas às fundações das edificações, na grande maioria dos casos.
Os pilares são os elementos estruturais de maior importância nas estruturas, tanto do ponto de vista da capacidade resistente dos edifícios quanto no aspecto de segurança.
57
Como elementos verticais, são os principais responsáveis na estabilidade global dos edifícios, compondo o sistema de contraventamento juntamente com as vigas e lajes.
58
 Tubulão e Bloco de Fundação
Os blocos de fundação são utilizados para receber as ações dos pilares e transmiti-las ao solo, diretamente ou através de estacas ou tubulões.
Estacas são elementos destinados a transmitir as ações ao solo, o que ocorre por meio do atrito da superfície de contato da estacaao longo do comprimento e pelo apoio da ponta inferior no solo.
Há uma infinidade de tipos diferentes de estacas, cada qual com finalidades específicas.
Os blocos podem ser apoiados em uma, duas, três, ou teoricamente para um número qualquer de estacas.
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Sapata
As sapatas recebem as ações dos pilares e as transmitem diretamente ao solo.
Podem ser localizadas ou isoladas, conjuntas ou corridas.
A sapata isolada serve de apoio para apenas um pilar , a conjunta serve para a transmissão simultânea do carregamento de dois ou mais pilares.
A sapata corrida tem este nome porque é disposta ao longo do comprimento do elemento que lhe aplica o carregamento, geralmente uma parede de alvenaria ou de concreto, sendo comum em construções de pequeno porte onde o solo tem boa capacidade de suporte de carga a baixas profundidades.
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Comuns em construções de pequeno porte onde o solo tem boa capacidade de suporte de carga a baixas profundidades.
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