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Anatomia dos ossos

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Tutoria 1 – Locomotor
SISTEMA ESQUELÉTICO:
É dividido em duas partes: o esqueleto axial e o apendicular.
O esqueleto axial é formado pelos ossos da cabeça (crânio), pescoço (hioide e vértebras cervicais) e tronco (costelas, vértebras, sacro e esterno).
O esqueleto apendicular é composto pelos ossos dos membros.
A cartilagem é semirrígida e é composta de tecido conjuntivo, permitindo flexibilidade. A cartilagem é avascular e sua nutrição e obtenção de O2 só é possível por meio da difusão. A quantidade de osso e cartilagem depende da idade, por exemplo, quanto mais jovem se é, mais cartilagem se tem.
O osso também é formado por tecido conjuntivo, porém é uma estrutura rígida e altamente especializada, suas funções são:
· sustentar o corpo e suas cavidades vitais;
· proteger estruturas vitais como o coração;
· fornecer movimentação;
· armazenar sais;
· suprir continuamente a demanda de novas células sanguíneas.
O tecido conjuntivo fibroso que circunda os ossos é chamado de periósteo e o tecido que circunda a cartilagem chama-se pericôndrio. Esses dois revestimentos são responsáveis pela nutrição externa do tecido esquelético e pela deposição de colágeno ou osso nos processos de consolidação de fraturas.
Existem dois tipos de ossos: o compacto e o esponjoso. Sua diferenciação se dá pela quantidade relativa de material sólido e pelo número e tamanho dos espaços que contêm. Os ossos possuem uma camada fina superficial de osso compacto ao redor de uma massa central de osso esponjoso. Em algumas partes, o osso esponjoso é substituído por cavidade medular e é nessa cavidade medular que se encontram a medula óssea amarela ou a vermelha ou ainda ambas.
Os ossos derivam do mesênquima (tecido conjuntivo embrionário) por dois processos diferentes:
· ossificação intramembranosa (diretamente do mesênquima):
Aqui ocorre a formação de osso membranoso. Formam-se modelos mesenquimais dos ossos durante o período embrionário e a ossificação direta começa no período fetal.
· ossificação endocondral (a partir da cartilagem derivada do mesênquima):
Aqui ocorre a formação de osso cartilaginoso. Formam-se modelos cartilaginosos dos ossos durante o período fetal e depois a maior parte dessa cartilagem é substituída por osso.
A ossificação endocondral e o crescimento dos ossos longos:
As células mesenquimais se condensam e se diferenciam em condroblastos, que são células que formarão o modelo cartilaginoso do osso. Ocorre então calcificação (na região intermediária) e crescimento de capilares periosteais em direção à cartilagem calcificada, irrigando seu interior. Os capilares iniciam o centro de ossificação primário, pois esse tecido substituirá a cartilagem modelo. O corpo de um osso ossificado a partir do centro de ossificação primário é chamado de diáfise. Após o nascimento ocorre o surgimento de outras partes do osso derivados de um centro de ossificação secundários e essas partes são chamadas de epífises. Os condrócitos que estão no meio da epífise sofrem hipertrofia e a matriz óssea se calcifica. A parte alargada da diáfise mais próxima da epífise é a metáfise. Para que o crescimento continue, os ossos formados a partir do centro primário da diáfise não podem se fundir com os ossos formados a partir do centro secundário das epífises. Por isso, durante o crescimento há lâminas epifisais que se colocam entre a diáfise e a epífise. Essas lâminas futuramente serão substituídas por ossos metafisários e diafisários, cessando o crescimento e a diáfise enfim se funde com a epífise. Os ossos curtos desenvolvem apenas o centro de ossificação primário, e apenas o calcâneo desenvolve um centro de ossificação secundário.
Vasculatura e inervação dos ossos:
Os ossos apresentam um abundante suprimento sanguíneo e as mais visíveis são as artérias nutrícias.
O sangue chega às células ósseas (osteócitos) no osso compacto através dos sistemas haversianos (canais microscópicos) que abrigam pequenos vasos sanguíneos. As extremidades são irrigadas por artérias metafisiais e epifisiais.
As veias acompanham as artérias por meio dos forames nutrícios. Os vasos linfáticos também são abundantes no periósteo. Os nervos acompanham os vasos sanguíneos que irrigam os ossos. O periósteo tem rica inervação sensitiva (nervos periosteais) que conduz fibras de dor. O osso propriamente dito tem poucas terminações sensitivas. Dentro dos ossos, os nervos vasomotores causam constrição ou dilatação dos vasos sanguíneos, controlando o fluxo sanguíneo através da medula óssea.
Os ossos são órgãos vivos que causam dor quando lesados, sangram quando fraturados, remodelam-se em resposta aos estresses sofridos e modificam-se com a idade. Como outros órgãos, os ossos têm vasos sanguíneos, vasos linfáticos e nervos, e podem adoecer.
Durante a consolidação óssea, os fibroblastos adjacentes proliferam e secretam colágeno, formando um calo ósseo para manter os ossos unidos. Após a remodelagem óssea da área da fratura e o calo se calcificar, então, ele é reabsorvido e substituído por osso.
Osteoporose:
Durante o processo de envelhecimento, ocorre diminuição dos componentes orgânicos e inorgânicos do osso e que podem resultar em osteoporose – redução da densidade óssea ou atrofia do tecido ósseo.
Crescimento ósseo e avaliação da idade óssea:
É possível determinar a idade de uma pessoa jovem por meio dos centros de ossificação nos ossos. Os principais critérios são:
· surgimento de material calcificado na diáfise e/ou nas epífises;
· desaparecimento da linha radiotransparente (escura) que representa a lâmina epifisial. A ausência dessa linha indica que houve fusão das epífises.
Nas meninas, a fusão das epífises com a diáfise ocorre 1 a 2 anos mais cedo em comparação com os meninos.
Classificação dos ossos:
· osso longo: seu comprimento é maior que a largura e espessura. Os exemplos são compostos de ossos do esqueleto apendicular como úmero, fêmur, rádio, ulna, tíbia, fíbula. O osso longo apresenta 2 extremidades que são chamadas de epífises e 1 corpo que é chamado de diáfise. Dentro da diáfise há uma cavidade medular que aloja a medula óssea. Nos ossos em que a ossificação ainda não se completou é possível ver uma cartilagem epifisial, que separa a epífise da diáfise e isso está relacionado com o crescimento do osso.
· osso laminar: é também chamado de plano e apresenta comprimento e largura equivalentes e maiores que a espessura. Os exemplos são ossos do crânio (parietal, frontal), escápula.
· osso curto: nesse caso as três dimensões são equivalentes. A essa classificação pertencem os ossos do carpo e do tarso.
· osso irregular: apresenta morfologia complexa e são exemplos as vértebras e o osso temporal.
· osso pneumático: apresenta cavidades que são revestidas de mucosa e contêm ar, essas cavidades são chamadas de seios. Esses ossos estão situados no crânio e são o: frontal, temporal, maxilar, etmoide e esfenoide.
· ossos sesamóides: são ossos que se desenvolvem na substância de certos tendões ou da cápsula fibrosa que envolve certas articulações e são chamados de intratendíneos e peri-articulares respectivamente. A patela é um exemplo de osso sesamóide intratendíneo.
Tipos de substância óssea:
Existem a substância óssea compacta e a esponjosa. Embora os elementos constituintes sejam os mesmos existem certas diferenças no tipo e no aspecto macroscópico. Na substância óssea compacta, as lamínulas de tecido ósseo estão fortemente aderidas umas às outras sem espaço livre, por isso, é mais denso e rijo. Já na substância óssea esponjosa, as lamínulas ósseas são mais irregulares na forma e no tamanho e por isso se arranjam de forma que sobram espaços ou lacunas entre si.
Os ossos são altamente vascularizados. As artérias do periósteo penetram no osso, irrigam e se distribuem na medula óssea. Por esse motivo um osso sem periósteo deixa de ser nutrido e morre.
Acidentes e formações ósseos:
Os acidentes surgem nos locais de inserção de tendões, ligamentos e fáscias ou onde as artérias penetram os ossos.
· capítulo: cabeça articular pequena e redonda;
· côndilo: áreaarticular arredondada;
· crista: crista do osso;
· fóvea: área plana lisa, que geralmente é coberta por cartilagem, onde um osso encontra outro;
· forame: passagem através de um osso;
· fossa: área oca ou deprimida;
· sulco: depressão ou escavação alongada;
· cabeça: extremidade articular grande e redonda;
· linha: elevação linear;
· maléolo: processo arredondado;
· incisura: entalhe na margem de um osso;
· protuberância: projeção de um osso;
· espinha: processo semelhante a um espinho;
· processo espinhoso: parte que se projeta semelhante a um espinho;
· trocânter: elevação arredondada grande;
· tróclea: processos articular semelhante a uma roda ou que atua como uma roldana;
· tubérculo: proeminência pequena e elevada;
· tuberosidade ou túber: grande elevação arredondada.
HISTOLOGIA
O tecido ósseo é um tipo de tecido conjuntivo especializado e é formado por matriz óssea. Suas células são: osteócitos (estão nas lacunas e cavidades no interior da matriz), osteoblastos (sintetizam a parte orgânica e estão localizados na periferia) e osteoclastos (células gigantes, móveis e multinucleadas que reabsorvem o tecido ósseo e o remodelam).
Todos os ossos são revestidos por membranas conjuntivas que contêm células osteogênicas, externamente pelo periósteo e internamente pelo endósteo.
Células do tecido ósseo:
· Osteócitos: apresentam baixa atividade sintética devido à pequena quantidade de retículo endoplasmático rugoso, pouco desenvolvimento do complexo de golgi e mesmo assim são células essenciais para a manutenção da matriz óssea, sua morte é seguida pela reabsorção da matriz. Entre os prolongamentos de cada osteócito há junções comunicantes que permitem a passagem de pequenas moléculas e íons.
· Osteoblastos: são células que sintetizam a parte orgânica (colágeno do tipo I, proteoglicanos, glicoproteínas) da matriz óssea. Produzem osteonectina (facilita a deposição de Ca2+) e osteocalcina (estimula a atividade dos osteoblastos).
Os osteoblastos quando estão em intensa atividade apresentam células cuboides, porém em baixa atividade apresentam morfologia achatada.
Uma vez aprisionado pela matriz recém sintetizada, o osteoblasto passa a ser chamado de osteócito. Essa matriz se deposita ao redor do corpo da célula e dos seus prolongamentos e forma as lacunas e os canalículos. A matriz recém formada que apresenta osteoblastos ativos e que ainda não está calcificada é chamada de osteoide.
· Osteoclastos: são células móveis, gigantes, multinucleadas e extremamente ramificadas. Esses osteoclastos surgem de precursores mononucleados da medula óssea que quando entram em contato com o tecido ósseo se unem e formam os osteoclastos multinucleados.
Matriz óssea:
50% do peso da matriz óssea é composta pela parte inorgânica. Os íons mais comuns são o fosfato e o cálcio, mas são encontrados também bicarbonato, magnésio, sódio, potássio e citrato em pequenas quantidades. Já a parte orgânica é formada por fibras de colágeno (95%) do tipo I e por pequenas quantidades de proteoglicanas e glicoproteínas. As glicoproteínas do osso podem apresentar alguma participação na mineralização da matriz pois alguns outros tecidos ricos em colágeno tipo I mas sem glicoproteínas não se calcificam. O cálcio confere rigidez e resistência aos ossos, pois quando é removido permanece na sua forma, mas se tornam tão flexíveis quanto os tendões. Já o colágeno após incineração também deixa o osso na sua forma intacta, porém o osso se torna quebradiço.
Periósteo e endósteo:
· o periósteo é uma superfície externa do osso que é recoberta por células osteogênicas e tecido conjuntivo. A camada mais superficial do periósteo contém muitos fibroblastos e fibras colágenas. As fibras de Sharpey são feixes de fibras colágenas do periósteo que penetram o tecido ósseo e prendem o periósteo ao osso.
· o endósteo é uma superfície interna do osso que é recoberta por células osteogênicas e tecido conjuntivo.
Tipos de tecido ósseo:
Nos ossos longos, as extremidades ou epífises são formadas por osso esponjoso com uma delgada camada superficial compacta. A diáfise é quase totalmente compacta com pequena quantidade de osso esponjoso na parte profunda, delimitando o canal medular.
Os ossos curtos têm o centro esponjoso e são recobertos por uma camada compacta.
Nos ossos chatos (abóboda craniana) existem duas camadas de osso compacto (tábuas interna e externa) separadas por osso esponjoso.
As cavidades do osso esponjoso e o canal medular da diáfise dos ossos longos são ocupados pela medula óssea.
Existem dois tipos de tecido ósseo: o imaturo ou primário; e o maduro, secundário ou lamelar. Ambos contêm as mesmas células e os mesmos constituintes. O tecido primário é o que aparece primeiro tanto no desenvolvimento embrionário quanto na reparação de fraturas, sendo temporário e substituído pelo tecido secundário. As fibras colágenas do tecido ósseo primário se dispõem de forma irregular e sem orientação definida, já no tecido ósseo secundário ou lamelar essas fibras se organizam em lamelas.
Tecido ósseo primário ou imaturo:
Todos os ossos formam primeiro esse tecido primário que será substituído gradativamente por tecido ósseo lamelar. Esse tipo primário é pouco frequente nos adultos estando presente apenas nas suturas dos ossos do crânio, nos alvéolos dentários e em alguns pontos de inserção de tendões.
O tecido imaturo apresenta fibras colágenas dispostas irregularmente em várias direções e sem organização definida, existe menor quantidade de minerais e por isso os raios X penetram mais facilmente e também existem mais osteócitos do que no tecido secundário.
Tecido ósseo secundário ou maduro:
As fibras colágenas aqui são organizadas em lamelas e são paralelas umas às outras ou se dispõem de forma concêntrica em torno de canais com vasos formando os sistemas de Havers.
O cimento é uma região que fica entre as lamelas e é uma matriz mineralizada com pouquíssimo colágeno.
O sistema de Havers é um cilindro longo que é revestido internamente pelo endósteo e contém vasos e nervos. Esses canais se comunicam entre si, com a cavidade medular e com a superfície externa de osso por meio de canais transversais ou oblíquos, os canais de Volkmann.
Histogênese:
O tecido ósseo é formado pela ossificação intramembranosa (no interior de uma membrana conjuntiva) ou pela ossificação endocondral (molde de cartilagem hialina que será destruído e substituído por tecido ósseo formado a partir de células do tecido conjuntivo adjacente).
Tanto na ossificação intramembranosa quanto na endocondral o primeiro tecido ósseo formado é o do tipo primário que aos poucos será substituído pelo lamelar.
Ossificação intramembranosa:
Ocorre no interior de membranas do tecido conjuntivo. É o processo formador dos ossos frontal, parietal e partes do occipital, temporal e maxilares. Contribui para o crescimento de ossos curtos e para o aumento em espessura dos ossos longos.
O local da membrana conjuntiva em que ocorre esse processo é chamada de centro de ossificação primária. O processo começa pela diferenciação de células mesenquimais que se transformam em osteoblastos, que irão sintetizar o osteoide (matriz não mineralizada) que rapidamente se mineraliza e engloba alguns osteoblastos que se tornam osteócitos.
Então surgem vários desses grupos, conferindo um aspecto esponjoso ao osso. Formam-se cavidades que são penetradas por vasos sanguíneos e células mesenquimatosas indiferenciadas, que darão origem à medula óssea. 
As fontanelas das crianças revelam áreas moles do crânio, que nada mais são do que membranas conjuntivas que não foram substituídas por tecido ósseo ainda.
A parte da membrana conjuntiva que não sofreu ossificação se torna o endósteo e o periósteo. 
Ossificação endocondral:
Começa-se com um molde de cartilagem hialina com formato bem parecido ao do osso que vai se formar, porém com tamanho menor. Esse tipo de ossificação ocorre nos ossos longos e curtos.
A ossificação endocondral ocorre em dois processos:
· a cartilagem hialina sofre modificações, ocorre hipertrofia dos condrócitose redução da matriz cartilaginosa, depois a matriz mineraliza e os condrócitos morrem por apoptose.
· as cavidades que foram preenchidas por condrócitos, agora são invadidas por capilares sanguíneos e células osteogênicas vindas do tecido conjuntivo adjacente. Essas células osteogênicas irão se diferenciar em osteoblastos, que depositarão matriz óssea sobre os espaços de matriz cartilaginosa que se reduziu. 
O centro de ossificação que ocorre na parte média da diáfise é chamado de centro primário. Seu crescimento é rápido e em sentido longitudinal ocupa toda a diáfise que fica então formada por tecido ósseo.
Os osteoclastos são responsáveis pela absorção do tecido ósseo formado no centro da cartilagem, dando origem ao canal medular.
Depois formam-se os centros secundários de ossificação um em cada epífise, mas não são simultâneos. Esses centros são semelhantes ao centro primário da diáfise, mas seu crescimento é radial. A porção central das epífises também contém medula óssea.
Quando o tecido ósseo formado nos centros secundários ocupa as epífises, o tecido cartilaginoso se reduz à cartilagem articular (persiste a vida toda e não contribui para a formação de tecido ósseo) e a cartilagem do disco epifisário (região que não foi penetrada por osso e agora é responsável pelo crescimento longitudinal do osso. O desaparecimento por ossificação por volta dos 20 anos de idade determina a parada do crescimento longitudinal dos ossos.
No disco epifisário é possível distinguir 5 zonas:
· zona de repouso: presença de cartilagem hialina sem alteração morfológica.
· zona de cartilagem seriada ou de proliferação: os condrócitos se dividem e formam fileiras ou colunas paralelas de células achatadas e empilhadas no sentido longitudinal do osso.
· zona de cartilagem hipertrófica: os condrócitos nessa zona são muito volumosos com depósitos citoplasmáticos de glicogênio e lipídio. A matriz fica reduzida e os condrócitos entram em apoptose. 
· zona de cartilagem calcificada: ocorre mineralização da matriz cartilaginosa e termina a apoptose dos condrócitos.
· zona de ossificação: aqui aparece o tecido ósseo. Os capilares sanguíneos e células osteoprogenitoras originadas do periósteo invadem as cavidades deixadas pelos condrócitos mortos. As células osteoprogenitoras se diferenciam em osteoblastos e formam uma camada sobre o restante da matriz cartilaginosa calcificada. E é sobre esse resto de matriz cartilaginosa que os osteoblastos depositam a matriz óssea.
A matriz então se calcifica e aprisiona os osteoblastos que se transformarão em osteócitos.
A calcificação começa pela deposição de sias de cálcio sobre as fibras colágenas. Esse processo parece ser induzido pelas proteoglicanas e glicoproteínas da matriz.
Crescimento dos ossos:
O crescimento dos ossos consiste na formação de um novo tecido ósseo, associado a reabsorção parcial de tecido já formado.
Nos ossos longos, as epífises aumentam de tamanho em razão do crescimento radial da cartilagem, acompanhado por ossificação endocondral. A diáfise cresce em extensão pela atividade dos discos epifisários e, em espessura, pela formação de tecido ósseo na superfície externa da diálise, com reabsorção na superfície interna. Esta reabsorção interna aumenta o diâmetro do canal medular.
Consolidação das fraturas:
Nos locais de fratura óssea, ocorre hemorragia devido à lesão dos vasos sanguíneos, destruição de matriz e morte de células ósseas.
Para que a reparação se inicie, o coágulo sanguíneo e os restos celulares e da matriz devem ser removidos pelos macrófagos. O periósteo e o endósteo próximos da área da fratura começam a se proliferar e formam um tecido muito rico em células osteoprogenitoras, constituindo um colar em torno da fratura e que penetra as extremidades ósseas rompidas. Ao redor das extremidades fraturadas surge tecido ósseo primário. Esse processo vai evoluindo a ponto de formar um calo ósseo. Esse calo ósseo é tecido imaturo que une as extremidades do osso fraturado.
Tipos de fratura:
As fraturas podem ser expostas ou fechadas. As expostas são aquelas em que a pele se rompe e o osso faz comunicação com o lado externo da ferida.
Já as fraturas fechadas são aquelas que a pele permanece intacta.
Fraturas por estresse: ocorrem devido à aplicação de uma força repetida e moderada, como nos casos dos corredores de longa distância.
Cicatrização:
O osso cicatriza com diferentes velocidades, dependendo da idade e de outras comorbidades do paciente. A cicatrização nas crianças acontece muito mais rápido que nos adultos, e a diabetes atrapalha a cicatrização.
As fraturas se cicatrizam em 3 fases:
· processo inflamatório;
· reparação;
· remodelação.
O estágio inflamatório é o primeiro. Forma hematoma no local da fratura e uma pequena quantidade de osso dos fragmentos da fratura distal é absorvida.
Na reparação, forma-se o calo. Os vasos sanguíneos começam a se desenvolver e permitem que se forme uma cartilagem em toda a linha da fratura. A imobilização é necessária durante o estágio da inflamação e da reparação para que haja formação de vasos sanguíneos novos. A fase de reparação termina com a união clínica da fratura.
Por fim, a fase de remodelação, o calo formado que antes era cartilaginoso, torna-se ósseo e esse osso é reabsorvido e remodelado.
Tipos de fraturas:
· transversais: ocorrem perpendicularmente ao eixo longo do osso.
· oblíquas: ocorrem com formação de um ângulo.
· espirais: as fraturas geram um mecanismo rotatório.
· cominutivas: são aquelas que geram mais de dois fragmentos ósseos.
· segmentares: ocorrem duas fraturas no mesmo osso.
· avulsão: o tendão ou o ligamento é responsável por desalojar um fragmento ósseo.
· impactadas: elas são responsáveis por encurtar o osso e normalmente ocorrem na trabécula óssea ou em irregularidades no córtex ósseo.
· toro: encurvamento do córtex ósseo.
· galho verde: ocorrem rachaduras em apenas um lado do córtex.
Essas duas últimas são fraturas da infância.
 em toro.
Tratamento:
O tratamento pode envolver o tratamento das lesões associadas, redução como indicado, imobilização, analgesia, repouso-gelo-compressão-elevação (RGCE), cirurgia.
Alguns tipos de imobilização:
Consolidação óssea:
Após lesão, o osso pode passar por um processo de consolidação primário (direto) ou secundário (indireto).
· Na consolidação óssea primária, o osso fraturado se estabilizará de forma cirúrgica com placas de compressão. Dessa forma, o movimento entre os fragmentos ósseos será restringido. 
· Na consolidação secundária, ocorre formação óssea endocondral e intramembranosa, com resposta do periósteo e dos tecidos moles adjacentes. É o que ocorre em fraturas tratadas com fixação óssea não rígida ou semirrígida – como o gesso.
A fratura óssea só ocorre pois há uma resposta inflamatória inicial. Forma-se um hematoma e ocorre necrose óssea nas extremidades dos fragmentos ósseos fraturados. A lesão dos tecidos moles adjacentes e a degranulação das plaquetas do coágulo sanguíneo são responsáveis pela secreção de citocinas e pelo início da resposta inflamatória aguda. Ocorre infiltração dos neutrófilos e migração de macrófagos. Depois proliferação de fibroblastos e capilares, que crescem no local da lesão. Algumas células-tronco mesenquimatosas específicas chegam ao local de lesão provenientes dos tecidos moles circundantes e da medula óssea.
O hematoma é gradualmente substituído por tecido de granulação. Então esse tecido se torna mais denso, os condroblastos diferenciam-se do revestimento periosteal, e a matriz cartilaginosa recém-produzida invade a periferia do tecido de granulação. O tecido conjuntivo denso e a cartilagem recém-formada crescem e cobrem o osso no local da fratura, produzindo então o chamado calo mole. O calo ajuda a estabilizar e a unir o osso fraturado.
Enquanto o calo está se formando, as células osteoprogenitoras do periósteo dividem-se e diferenciam-se em osteoblastos. Esses osteoblastos começam a depositar osteoide sobre a superfície externa do calo (ossificação intramembranosa) a uma determinada distânciada fratura. Essa nova formação de osso progride em direção ao local de fratura até que o novo osso forme uma bainha óssea sobre o calo fibrocartilaginoso. Então os brotamentos osteogênicos do novo osso invadem o calo e começam a depositar osso dentro do calo, substituindo gradualmente o calo fibroso e cartilaginoso original por um calo ósseo. Há também proliferação e diferenciação do endósteo na cavidade medular, e o osso cresce a partir de ambas as extremidades da fratura em direção ao seu centro. Esse novo osso formado consiste em osso esponjoso e do mesmo modo que ocorre na formação óssea endocondral, esse osso é substituído gradualmente por osso lamelar. O calo ósseo torna-se mais sólido e mecanicamente rígido.
O calo ósseo não é capaz de restaurar totalmente as propriedades do osso normal. Enquanto o osso compacto está sendo formado, os remanescentes do calo ósseo são removidos pela ação dos osteoclastos, e a remodelação óssea gradual restaura o formato original do osso.
Em indivíduos saudáveis, esse processo leva de 6 a 12 anos dependendo da gravidade da fratura e do osso específico que foi fraturado. O processo inflamatório tem duração aproximada de 1 semana; o calo mole é formado em 2 a 3 semanas, e o calo ósseo necessita de 3 a 4 semanas para se desenvolver.
O processo de remodelação óssea pode levar de alguns meses até anos para que o osso se recupere por completo e o seu formato original.
O alinhamento do osso (reaproximação da configuração anatômica normal) e a manutenção das partes em posição por meio de fixação interna (com pinos, parafusos ou placas) ou fixação externa (com gesso ou pinos e parafusos) aceleram o processo de consolidação.

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