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Clínica Complementar ao Diagnóstico I - Exame Radiográfico (Parte 1)

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CLÍNICA COMPLEMENTAR AO DIAGNÓSTICO I 
EXAME RADIOGRÁFICO PARTE I 
 
 
► Estrutura Anatômica 
 
➢ A diáfise é dividida em uma parte chamada cortical e outra 
medular e é dividida em proximal, média e distal 
▪ A cortical é a parte externa (+clara) – a camada externa é 
chamada de periósteo 
▪ A medular é a parte interna (medula) – a camada interna 
é chamada de endósteo 
 
 
 
 
 
➢ Os animais mais jovens possuem um disco/linha de crescimento 
chamada de fise 
▪ A fise fica entre a epífise e a metáfise 
▪ Essa linha de crescimento pode ser confundida com 
fraturas ou outras patologias e, caso você esteja em 
dúvidas, tire uma radiografia do membro contralateral 
 
➢ Apófise: são linhas de crescimento, porém não são as 
responsáveis pelo crescimento longitudinal do osso 
(diferentemente da fise) 
▪ São núcleos de ossificação secundários 
▪ São regiões de inserção de tendões, ligamentos e até 
capsulas 
▪ Animais jovens dependendo do stress mecânico sobre a 
articulação/apófise pode ter fraturas por avulsão 
(arrancamento) porque ainda não está mineralizado 
 
 
 
 
► Alterações Radiográficas 
➢ São causadas por doenças traumáticas, nutricionais, 
desenvolvimento, infecciosas ou neoplásicas 
 
➢ O tecido ósseo responde a injúrias de 2 maneiras 
▪ Diminuição da opacidade óssea 
(+escuro/+radiotransparente): destruição ou reabsorção 
• Diminuição generalizada = osteopenia 
• Diminuição localizada = osteolise 
 
▪ Aumento da opacidade óssea (+claro/+radiopaco): 
mineralização, proliferação ou neoformação óssea 
• Aumento = esclerose (área esclerótica) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
➢ Reação Periosteal 
▪ Regular: calo ósseo, com alteração da cortical 
▪ Laminar: refratura do calo ósseo (várias camadas de calo 
ósseo) 
▪ Irregular: paliçada (um tipo de reação irregular que se vê 
na osteopatia hipertrófica), sem alteração da cortical 
▪ “Sunburst”: reação irregular com destruição cortical 
(neoplasias) 
 
 
 
 
 
 
 
► Interpretação Radiográfica 
➢ Semiologia radiográfica 
▪ Avaliação das estruturas quanto a topografia, tamanho, 
número, forma, contorno, arquitetura e radiopacidade 
 
➢ Localização e distribuição das lesões 
 
➢ Envolvimento da cortical 
 
➢ Reação periosteal 
 
➢ Diagnóstico radiográfico 
▪ Associação dos achados radiográficos com história e 
sinais clínicos 
▪ Tempo de evolução 
▪ Cuidado com animais jovens 
▪ Membro contralateral 
▪ Projeções complementares, outros métodos de 
diagnóstico 
• Mínimo 2 projeções perpendiculares entre si. 
Exemplo: médio-lateral e crânio-caudal 
 
• Fraturas 
-Solução de continuidade a partir da força ou pressão direta ou indireta 
-Exame radiográfico tem por objetivo confirmar o diagnóstico clínico, realizar a 
descrição da fratura (prognostico do paciente e o planejamento cirúrgico), estimar 
o tempo da fratura 
 
► Classificação das Fraturas 
➢ Extensão da lesão: completa ou incompleta 
▪ Completa: vai de uma cortical a outra 
▪ Incompleta: começou e parou, sem alteração de eixo 
ósseo e não há necessidade de colocar a direção nesse 
caso 
 
➢ Localização: epífise, diáfise, metáfise, fise, articular 
 
➢ Direção: transversa, obliqua ou espiral 
▪ Em casos de fraturas completas se indica a direção da 
mesma 
▪ Em espiral se observa a exposição do canal medular e a 
visualização do coto (ponta do osso) 
▪ Pode se ter uma linear (fissura) e uma chamada galho 
verde (trinca) que acomete animais mais jovens 
 
➢ Número de linhas de fratura: simples, dupla (segmentar), 
cominutiva 
▪ Cominutiva são “cacos” e não há necessidade de colocar 
a direção 
 
➢ Limites da pele: aberta ou fechada 
▪ Aberta = exposta, risco de contaminação 
▪ Fechada = não ultrapassa o limite da pele 
 
➢ Posição e relação entre os fragmentos 
▪ Desvio de eixo ósseo 
▪ O fragmento é o que está abaixo da linha de fratura 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Acomete animais + jovens 
Ocorre porque a inserção do ligamento/tendão é muito mais forte do que 
a inserção da apófise (crista/tuberosidade da tíbia) no osso 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
► Fraturas Epifisárias 
➢ Fraturas que acontecem junto ou passando pela linha de 
crescimento 
➢ Acomete somente animais jovens 
➢ Possibilidade de deformidade óssea 
➢ Classificação Salter-Harris: de acordo com o grau de 
envolvimento da epífise, fise e metáfise. Geralmente é difícil 
diferenciar, mas o importante é sinalizar que pode ser uma 
Salter-Harris. 
▪ A = Normal 
▪ B = Tipo I (fise) 
▪ C = Tipo II (metáfise) 
▪ D = Tipo III (epífise) 
▪ E = Tipo IV (epífise/metáfise) 
▪ F = Tipo V (compressão da fise) 
 
 
 
 
 
 
► Consolidação da Fratura 
➢ Processo inflamatório, de reparação e remodelação do tecido 
ósseo 
➢ Proliferação do periósteo e endósteo 
➢ Fratura > Hemorragia e destruição da matriz óssea > remoção de 
restos celulares e coágulo > proliferação de fibroblasto > 
ossificação do tecido ósseo imaturo (calo ósseo – 10 a 12 
semanas) > remodelamento ósseo 
➢ O processo e tempo de reparação óssea poderá ser influenciado 
por: suprimento sanguíneo, localização da fratura, idade do 
paciente, presença de doenças sistêmicas ou processos 
inflamatórios 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
➢ Complicações da consolidação 
▪ Retardo na união: Persistência da linha de fratura com 
discreta proliferação óssea 
 
▪ Não união: Bordas arredondadas e escleróticas e sem 
proliferação óssea (muita mobilidade na região, 
pseudoartrose) 
 
▪ Má união: Consolidação da fratura com deformidade 
angular 
 
 
 
 
• Doenças de Etiologia Desconhecida 
 
► Panosteíte 
➢ Processo inflamatório autolimitante (melhora espontânea) do 
canal medular 
 
➢ Cães de raça grande/gigante e jovens (5 a 12 meses) são mais 
acometidos 
 
➢ Achados clínicos 
▪ Sensibilidade dolorosa a palpação 
▪ Claudicação intermitente 
 
➢ Achados radiográficos 
▪ Esclerose em canal medular (dificulta distinguir cortical 
do canal medular) 
▪ Diminuição do contraste entre córtex e medular 
▪ Próximo ao forâmen nutrício (localizado em terço 
médio/proximal de diáfise) de ossos longos 
 
 
 
 
► Osteodistrofia Hipertrófica 
➢ Processo inflamatório junto as linhas de crescimento 
 
➢ Cães de raças grandes/gigantes e machos são mais acometidos 
 
➢ Prováveis etiologias: Suplementação nutricional excessiva, 
deficiência de vitamina C e doenças infecciosas como a 
cinomose 
 
➢ Achados clínicos 
▪ Febre 
▪ Anorexia 
▪ Prostração 
▪ Relutância em andar 
 
➢ Achados radiográficos 
▪ Aumento das dimensões de metáfise 
▪ Bilaterais e simétricos 
▪ Linha Radiotransparente junto a metáfise 
▪ Reação periosteal irregular junto a metáfise 
▪ Aumento das partes moles adjacentes 
 
 
 
► Osteodistrofia Hipertrófica 
➢ Afecção óssea de etiologia desconhecida, caracterizada por 
produzir proliferação periosteal simétrica no terço distal de 
ossos longos 
 
➢ Cães adultos e idosos são os mais acometidos 
 
➢ Causas: doenças intratorácicas ou abdominais (neoplasias, 
infecções, parasitárias). Devido a isso, faz-se necessário uma 
radiografia abdominal se tiver reação periosteal. 
 
➢ Achados clínicos 
▪ Aumento de volume bilateral das extremidades 
▪ Palpação dolorosa e claudicação 
 
➢ Achados radiográficos 
▪ Proliferação periosteal irregular, rendilhada e paliçada 
▪ Aumento das dimensões de tecidos moles 
▪ Bilateral e simétrica 
▪ Não compromete articulações 
▪ Localização: metacarpos, metatarsos e ossos longos 
 
 
 
 
 
 
 
 
► Neoplasias Ósseas 
➢ Neoplasias primárias malignas são as mais frequentes: 
osteossarcoma (+comum), fibrossarcoma, condrossarcoma 
 
➢ Cães adultos ou idosos, de raças grandes ou pequenas, são os 
mais acometidos➢ Achados clínicos 
▪ Claudicação e aumento de volume, por vezes, de rápida 
evolução 
▪ Fraturas patológicas 
▪ Metástases pulmonares 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
➢ Achados radiográficos 
▪ Lesão óssea agressiva, com osteólise e proliferação 
periosteal irregular “sunburst” 
▪ Lesão solitária focal (monostótica) 
▪ Não invade ossos vizinhos e/ou articulações 
▪ Mais frequente em metáfise de ossos longos (proximal 
de úmero e tíbia e distal de rádio-ulna e fêmur – longe do 
cotovelo e próximo do joelho) 
 
 
 
• Doenças Infecciosas 
 
► Osteomielite 
➢ Inflamação/infecção óssea e dos elementos de tecidos moles de 
medula, endósteo e canais medulares 
 
➢ Causas: ferida contaminada (mordedura), fratura exposta, 
fixação cirúrgica e hematógena 
 
➢ Agentes: fungos, bactérias e protozoários 
 
➢ Achados clínicos 
▪ Dor 
▪ Inchaço 
▪ Claudicação 
▪ Febre 
 
➢ Achados radiográficos 
▪ Fase aguda: sem evidências de alterações (7 a 10 dias) 
▪ Fase crônica: pode ser monostótica ou poliostótica (+ 
frequente poliostótica – sem delimitação e invade), 
esclerose ao redor da área de osteolise, proliferação 
periosteal homogênea associado a um aumento de 
partes moles, formação de sequestro ósseo (“corpo 
estranho” de osso que o organismo engloba e que tem o 
patógeno) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
• Doenças Metabólicas 
 
► Hiperparatiroidismo Secundário Nutricional 
➢ Distúrbio nutricional frequente em cães e gatos submetidos a 
dietas ricas em fósforo e/ou pobres em cálcio o que leva ao 
aumento do hormônio PTH e consequentemente o aumento da 
atividade osteoclástica 
 
➢ Acomete animais + jovens 
 
➢ Achados clínicos 
▪ Sensibilidade óssea 
▪ Relutância ao movimentar 
▪ Palpação dolorosa dos ossos 
 
➢ Achados radiográficos 
▪ Diminuição generalizada da radiopacidade óssea 
▪ Corticais adelgaçadas e metáfises evidentes 
▪ Fraturas patológicas em ossos longos, pelve (angústia 
pélvica = estreitam), vertebras 
 
 
 
► Hiperparatiroidismo Secundário Renal 
➢ Distúrbio glomerular com elevação dos níveis séricos de fósforo 
 
➢ Animais + jovens são mais acometidos 
 
➢ Achados clínicos 
▪ Rosto inchado 
▪ Dor a palpação 
 
➢ Achados radiográficos 
▪ Diminuição da radiopacidade dos ossos do crânio 
▪ Perda da lâmina dura com dentes assumindo um aspecto 
“flutuante” (mandíbula de borracha) 
▪ Calcificação metastática de tecidos moles

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