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CLÍNICA COMPLEMENTAR AO DIAGNÓSTICO I EXAME RADIOGRÁFICO PARTE II ► Articulação ➢ União entre dois ou mais ossos por meio de tecidos cartilaginosos, fibrosos e elásticos ➢ Tipos de articulações ▪ Sinoviais (diartroses) ▪ Fibrosas (sinartroses) ▪ Cartilaginosas (sincondroses) ➢ Articulação Sinovial ▪ Cartilagem articular: é a superfície articular que reveste a epífise; vascular e o líquido sinovial nutri essa cartilagem. Se insere em uma região chamada de entese, junto com os ligamentos e tendões. O osso subcondral apoia essa cartilagem. ▪ Cápsula articular: reveste toda a articulação ▪ Membrana sinovial: produz o líquido sinovial, que tem por função nutrir a cartilagem e fazer a lubrificação ➢ Aspectos radiográficos normais, o que ver? ▪ Relações articulares (alinhamento) ▪ Partes moles peri-articulares ▪ Espaço articular: interlinha radiológica ▪ Superfície articular: osso subcondral • Doença Articular Degenerativa (DAD) - Afecção debilitante caracterizada pela destruição e perda da cartilagem articular - É o tipo de artropatia mais comum em cães e gatos ► Etiopatogenia ➢ Primária: aplicações de pressões anormais em articulação normal ➢ Secundária: forças e cargas normais em articulação anormal ► Achados Radiográficos ➢ Aumento de partes moles ➢ Alteração do espaço articular (aumento ou diminuição) ➢ Osteólise ou esclerose ➢ Formações ósseas peri-articulares (reação periosteal no entorno da articulação) ▪ Osteófitos: proliferação na transição de tecido ósseo para cartilaginoso ▪ Enteseófitos: proliferação na entese ➢ Calcificação de tecidos moles ➢ Anquilose (perda da movimentação articular) • Luxação e Subluxação -Perda total ou parcial da relação articular -Qualquer articulação do esqueleto ► Causas ➢ Traumas ➢ Desenvolvimento (superfícies articulares alteradas) ➢ Congênitas • Ruptura do Ligamento Cruzado Cranial -Principal causa de claudicação em membro pélvico em cães -Maior acometimento em raças grandes ou gigantes e fêmeas ► Achados Radiográficos ➢ Projeção radiográfica sob estresse para o diagnóstico (talvez precise de uma leve sedação) ➢ Derrame intra-articular ➢ Deslocamento cranial da tíbia em relação ao fêmur ▪ Sesamóide poplíteo pode deslocar caudodistalmente ➢ Evolução para uma osteoartrose • Luxação Patelar -Deformidade congênita ou traumática -Desvio medial em raças pequenas e lateral em raças grandes (raro) ► Causas ➢ Malformação da tróclea do fêmur ➢ Variações angulares entre fêmur e tíbia ➢ Rotação da extremidade proximal de tíbia ► Aspectos Radiográficos ➢ Desvio medial ou medial de patela ➢ Traumática (unilateral) ➢ Rotação de terço proximal da tíbia ➢ Osteoartrose • Osteocondrose - Distúrbio da ossificação endocondral -Claudicação e sensibilidade dolorosa ► Predisposição ➢ Cães jovens (entre 04 e 06 meses de idade) ➢ Raças grandes e gigantes ➢ Reação periosteal ► Localização ➢ Normalmente bilateral ➢ Cabeça de úmero, côndilo de úmero, côndilos femorais e crista troclear de tálus ► Osteocondrite dissecante ➢ Presença de “flap” (fragmentação de cartilagem) no espaço articular e podem ou não serem vistos (só poderão ser vistos caso ele se mineralize ou um achatamento no osso subcondral, que pode indicar a cartilagem espessa ou que ela já saiu) ▪ Artrografia é um exame complementar que pode diferenciar osteocondrose de osteocondrite dissecante porque o contraste irá envolver o fragmento/ “flap” ▪ Tomografia também é um exame complementar indicado ▪ Sempre radiografar membro contralateral ➢ Quando visualizado o “flap” passaremos a chamar de osteocondrite dissecante ► Achados Radiográficos ➢ Achatamento e irregularidade de osso subcondral ➢ Osteólise de osso subcondral ➢ Esclerose marginal ➢ Fragmentos intra-articulares • Necrose Asséptica da Cabeça do Fêmur (NACF) - Necrose isquêmica da cabeça de fêmur (ativação de osteoclastos) -Causa atrofia muscular em casos severos ► Predisposição ➢ Genética ➢ Cães de raças pequenas e miniaturas ➢ Unilateral ou bilateral ➢ Animais jovens ► Achados Radiográficos ➢ Osteólise de cabeça e colo femoral ➢ Remodelamento de cabeça femoral ➢ Rasamento de acetábulo ➢ Luxação ➢ Atrofia muscular ➢ Fratura patológica • Displasia do Cotovelo -Qualquer alteração de desenvolvimento da articulação úmero-rádio-ulnar -Vários fatores podem gerar a displasia do cotovelo, listadas na subclassificação ► Subclassificação ➢ Osteocondrose/osteocondrite ➢ Não união do processo ancôneo ➢ Fragmentação do processo coronóide ➢ Incongruência articular (um fechamento precoce do disco epifisário por exemplo) ► Não União do Processo Ancôneo ➢ Núcleo de ossificação secundário deve fusionar até 150 dias de idade, se passar, é uma não união ➢ Predisposição: raças grandes e gigantes ➢ Achados radiográficos ▪ Linha radioluscente (radiotransparente) separando o processo ancôneo do olecrano ▪ Osteófitos periarticulares ▪ Esclerose subcondral ➢ Fazer uma projeção médio lateral com o membro flexionado para melhor visualização (necessário sedar o animal) • Displasia Coxofemoral -Desenvolvimento anormal da articulação coxofemoral -Normalmente bilateral ► Predisposição ➢ Genética (mais comum) ➢ Cães de raças grandes e gigantes ➢ Claudicação surge entre 05 – 12 meses ► Achados Radiográficos ➢ Incongruência entre as cabeças femorais e fossa acetabular ➢ Espessamento e deformidade de cabeça e colo femoral ➢ Rasamento acetabular ➢ Luxação ou “sub-luxação” ➢ Osteoartrite ou DDA secundária ➢ Atrofia muscular ► Projeção ➢ Ventro-dorsal com membros simétricos e com visualização dos joelhos e animal anestesiado ➢ 2 métodos avaliam o grau de displasia: Ângulo de Norberg e o Penn Hip ➢ Cálculo do Ângulo de Norberg para avaliar o grau de incongruência articular ▪ Achar o “meio”/ “centro” da cabeça do fêmur (bilateralmente) e traçar uma linha ligando os pontos e tangenciar outra linha com a margem da fossa acetabular e calcular o ângulo ▪ Ângulo precisa ser maior ou igual a 102° porque quanto mais aberto o ângulo mais fossa cobrindo a cabeça do fêmur ▪ <102° é uma fossa curta e luxa a articulação ➢ Penn Hip avalia a “frouxidez”/ grau de distração dos ligamentos de cápsula ▪ Tentativa de tirar a cabeça do fêmur da fossa acetabular (com um aparelho) e ver o quanto que sai ▪ Quanto mais conseguir tirar a cabeça quer dizer que a articulação é mais frouxa e o paciente é mais propenso a se tornar um paciente displasico • Neoplasia Articular ► Sarcoma Sinovial ➢ Neoplasia maligna mais comum ➢ Predisposição: cães de meia idade, raças médias e gigantes ➢ Localização: articulação femoro-tibial, articulação úmero-radio- ulnar ➢ Achados radiográficos ▪ Aumento de parte moles ▪ Lise dos ossos que compõem a articulação (lise em áreas de inserção de cápsula, ligamentos e tendões) ▪ Radiografar tórax (pulmões) para pesquisa de metástases
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