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Trichuris trichiura Tricuríase

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Trichuris trichiura – Tricuríase 
Morfologia 
▪ Adultos: 
• Nematoides, com 3-5 cm de 
comprimento; 
• Diócos e com dimorfismo sexual; 
• Região anterior: fina com boca e 
esôfago (longo e delgado, ocupa 
aproximadamente 2/3 do comprimento 
total do verme); 
• Região posterior: mais grossa, com o 
intestino e os órgãos reprodutores. 
▪ Adulto – fêmea: 
• Extremidade posterior retilínea; 
• Ovário, útero e vulva. 
▪ Adulto – macho: 
• Extremidade posterior encurvada; 
• São menores do que as fêmeas; 
• Testículos, canal deferente, canal 
ejaculador e espículo. 
▪ Ovos: 
• Medem de 50-55 µm de comprimento 
por 22 µm de largura; 
• Elíptico (formato de barril); 
• Possui 2 poros salientes; 
• Possui três membranas e dentro dessas 
membranas estão as células 
germinativas, que no solo originam a 
larva. A camada externa é lipídica, a 
camada intermediária é quitinosa e a 
camada interna é vitelínica. 
 
 
 
 
Habitat 
Infecções leves a moderadas: presente no 
intestino grosso nas porções do ceco e 
cólon ascendente; 
Infecções intensas: cólon distal, reto e íleo 
distal. 
 A região do esôfago, ou seja, a 
região anterior do parasito está dentro da 
mucosa intestinal do hospedeiro, por isso, é 
considerado um parasito tissular, eles se 
alimentam dos enterócitos do hospedeiro 
lisados por enzimas secretadas pelas 
glândulas esofaginas do parasito 
(esticócitos). A região posterior do parasito 
fica no lúmen intestinal, onde eles copulam e 
eliminam os seus ovos que sairá nas fezes do 
hospedeiro. 
Transmissão 
Ovos larvados são disseminados pelo vento, 
através de insetos ou de água e acabam 
contaminando o alimento, ou através da 
geofagia (o hábito de comer terra). 
Ciclo biológico 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Patogenia 
▪ Alterações histopatológicas (nível 
tecidual): 
• Aumento de produção de muco pela 
mucosa intestinal; 
• Áreas de descamação da camada 
epitelial; 
• Infiltração de células imunes na lâmina 
própria; 
▪ Alterações locais: 
Ocorre no reto: são edemas, reflexo de 
defecação sem a presença das fezes, 
sangramento da mucosa. Com o reflexo da 
defecação, o hospedeiro começa a realizar 
um esforço para defecar que gera 
alterações das terminações nervosas do 
reto que irá aumentar o peristaltismo que 
poderá desencadear um prolapso retal 
(perda da mucosa do reto). 
▪ Alterações sistêmicas (em todo o 
organismo): 
• Perda de apetite; 
• Eosinofilia; 
• Anemia; 
• Desnutrição; 
• Retardo físico/cognitivo. 
Estimula a produção de pouco 
colágeno e pouco hormônio de 
crescimento que causa uma baixa estatura 
no indivíduo. 
A resposta imune condiz no 
aumento de anticorpo IgE que juntamente 
com as células de defesas, os mastócitos, 
agem para tentar matar o parasito, no 
entanto, essa ação gera o aumento da 
permeabilidade intestinal e do 
peristaltismo e, consequentemente, causa a 
disenteria. 
 
Em infecções intensas há aumento 
de citocinas como a TNF- que leva a 
falta de apetite e a caquexia. 
Sintomatologia 
A gravidade da tricuríase depende 
da carga parasitária, mas também sofre 
influência de fatores, como idade do 
hospedeiro, estado nutricional e a 
distribuição dos vermes adultos no 
intestino. 
▪ Infecções leves: 
Sintomatologia intestinal discreta. 
▪ Infecções moderadas: 
• Dor epigástrica ou no baixo abdome; 
• Diarréia; 
• Náuseas; 
• Vômitos. 
▪ Infecções intensas: 
• Disenteria crônica; 
• Diarréia intermitente com muco e sangue; 
• Dor abdominal; 
• Anemia; 
• Desnutrição grave; 
• Prolapso retal. 
Diagnóstico 
▪ Clínico: 
Baseado nos sintomas (normalmente não é 
específico). 
▪ Laboratorial: 
Exame parasitológico de fezes com 
métodos qualitativos (indica a presença 
do ovo nas fezes) ou quantitativos (pelo 
método Kato-Katz identifica o grau de 
infecção pelo total de ovos presentes nas 
fezes). 
▪ Exame de imagem (geralmente, um 
diagnóstico acidental): 
Colonoscopia. 
Epidemiologia 
• Estimasse uma prevalência em 17% da 
população mundial; 
• Existe diferenças de prevalência em uma 
mesma região: locais com precariedade 
sanitária e de baixas condições 
socioeconômicas, geralmente, são mais 
atingidas; 
• Crianças são muito afetadas de 18-24 
meses e 6-7 anos; 
• Mais prevalente em regiões de clima 
quente e úmido. 
Profilaxia 
• Saneamento básico; 
• Educação em saúde; 
• Tratamento de toda a população; 
• Não realização da geofagia; 
• Proteção dos alimentos contra insetos e 
poeira.

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