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Anatomia do Pescoço

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Anatomia 
Caso 3 
Pescoço 
Introdução 
O pescoço é a área de transição entre a base do crânio e 
as clavículas, ele une a cabeça ao tronco e atua como 
conduto entre essas regiões. A flexibilidade do pescoço 
auxilia no aumento da eficiência dos órgãos sensitivos da 
cabeça. 
Ossos 
O esqueleto do pescoço consiste nas vértebras cervicais e 
osso hioide, os quais pertencem ao esqueleto axial. 
Vértebras cervicais 
São sete, e são responsáveis pela sustentação da cabeça e 
pela proteção da medula espinal e meninges dessa região. 
As articulações intervertebrais permitem a flexibilidade para 
mudança de posição da cabeça. 
A vértebra C1 (atlas) não tem processo espinhoso nem 
corpo, possui duas massas laterais (faces articulares) unidas 
pelos arcos anterior e posterior e que recebem os côndilos 
occipitais. A vértebra C2 (áxis) possui um dente projetado 
para cima que se articula com a C1. 
 
Da vértebra C3 à C6 se tem vértebras com forames 
transversários nos processos transversos, processos 
espinhosos curtos e bífidos, e o forame vertebral é grande 
e triangular. 
 
Por fim, a vértebra C7 possui um processo espinhoso longo 
e não-bífido, forames transversário pequenos e processos 
transversário grandes. 
 
Osso hioide 
É o único osso que está separado do restante do esqueleto, 
é um osso móvel que se encontra no nível da C3, 
anteriormente no pescoço, entre a mandíbula e a cartilagem 
tireóidea. Existem músculos que o unem à mandíbula, aos 
processos estiloides, à cartilagem tireóidea, ao manúbrio 
esternal e às escápulas. 
 
O hioide não se articula com outros ossos, e ele apresenta 
um corpo, dois cornos maiores e dois cornos menores. 
Funcionalmente, o hioide serve para fixação de músculos e 
para manutenção da via aérea aberta. 
A face convexa (anterior) do corpo está projetada anterior 
e superiormente. Cada extremidade do corpo termina nos 
cornos maiores, estruturas que se projetam superior, lateral 
e posteriormente. Por fim, os cornos menores são projeções 
superiores ao corpo do hioide próximas de sua junção com 
os cornos maiores 
Estruturas Superficiais 
Abaixo da pele, se encontra a tela subcutânea, ou 
hipoderme, e abaixo dela se encontra a fáscia cervical. Abaixo 
da fáscia se encontra o músculo platisma anterolateralmente, 
o músculo trapézio posteriormente, e os dois músculos 
esternocleidomastoídeo (ECM) anteriormente. 
As principais veias superficiais são a jugular externa e a 
jugular anterior. A jugular externa descende, cruza o ECM e 
desemboca na veia subclávia, e em algumas vezes na jugular 
interna. A jugular anterior é originada sob o mento e 
descende na face anterior do pescoço, cruza o ECM e 
termina na jugular externa. 
 
. 
Os nervos superficiais são originados do plexo cervical, na 
metade da margem posterior do ECM. Os nervos são o 
occipital menor, o auricular magno, o cervical transverso e 
os supraclaviculares. 
Fáscia cervical 
Ela apresenta 3 lâminas, a superficial, a pré-traqueal e a pré-
vertebral. Ela sustenta as vísceras cervicais, os músculos, os 
vasos e os linfonodos profundos. Além de delimitar abcessos 
e processos infecciosos, as fáscias auxiliam no deslizamento 
das estruturas do pescoço durante qualquer movimento da 
cabeça e pescoço. 
Músculo Platisma 
É uma lâmina larga e fina situada abaixo da fáscia cervical, na 
região anterolateral do pescoço, sobre os principais nervos 
cutâneos e a VJE. A fixação inferior de suas fibras é na fáscia 
que reveste o músculo deltoide e o peitoral maior. A fixação 
superior é a margem inferior a mandíbula e a parte inferior 
da face. 
 
As fibras são inervadas pelo ramo cervical do nervo facial 
(NC7), e vão divergir e deixar uma abertura anterior à laringe 
e à traqueia. As principais ações desse músculo são abaixar 
os ângulos da boca, alargar a boca e levantar a pele do 
pescoço quando se cerra os dentes. 
Região Esternocleidomastóidea 
O pescoço é dividido em quatro grandes regiões para facilitar 
a localização de estruturas, lesões e afecções. As quatro 
regiões são a cervical posterior, a cervical lateral, a 
esternocleidomastóidea e a cervical anterior. Pode-se chamar 
as regiões cervicais anterior e lateral de trígonos também. 
A região esternocleidomastóidea é aquela delimitada pelas 
margens anterior e posterior do músculo ECM. O principal 
conteúdo dessa região é o m. ECM, a parte superior da veia 
jugular externa, o nervo auricular magno e o nervo cervical 
transverso. 
Músculo Esternocleidomastoídeo 
O m. ECM é largo, é inervado pelo nervo acessório (NC 11), 
nervos C2 e C3, se fixa ao manúbrio, ao terço médio da 
clavícula, ao processo mastoide do osso temporal e à 
extremidade da linha nucal superior. Entre os dois pontos de 
fixação inferiores existe um espaço triangular denominado 
fossa supraclavicular menor que contém a parte inferior da 
veia jugular interna. 
As ações desses músculos são produzir movimentos nas 
articulações intervertebrais cervicais ou nas articulações 
craniovertebrais. Os mm. ECM podem inclinar a cabeça para 
um lado, estender o pescoço, fletir as vértebras cervicais 
(aproxima o mento do manúbrio), elevar o manúbrio e as 
clavículas para auxiliar na respiração profunda. 
 Região Cervical Posterior 
É toda a região posterior à margem anterior do músculo 
trapézio (limite dessa região). O conteúdo dessa região é o 
músculo trapézio e os ramos cutâneos dos ramos 
posteriores dos nervos espinais cervicais. Na parte superior 
e profunda dessa região se encontra a região suboccipital 
 
Músculo Trapézio 
É o músculo superficial do dorso que pode movimentar tanto 
o crânio quanto o cíngulo do membro superior. Esse 
músculo fixa o cíngulo ao crânio e à coluna e também ajuda 
na sua suspensão. A inervação dele é feita pelo nervo 
acessório (NC 11), nervos C2 e C3. Quando esse m. está 
paralisado, causa queda do ombro 
O músculo trapézio se fixa no terço médio da linha nucal 
superior, na protuberância occipital externa, ligamento nucal 
e nos processos espinhosos das vértebras C7 à T12 (e 
também de algumas vértebras lombares). Além desses 
pontos, ele se fixa também no acrômio, espinha da escápula 
e terço lateral da clavícula. As ações desse músculo são de 
elevar, retrair e girar superiormente a escápula, elevar, 
manter o nível ou abaixar o cíngulo do membro superior, 
estender ou flexionar lateralmente o pescoço. 
 
. 
Região Cervical Lateral 
Pode ser chamado de trígono 
cervical lateral (ou posterior) 
também. Tem como limites a 
margem posterior do m. ECM, a 
margem anterior do m. trapézio 
e a clavícula. Essa região está 
entre as lâminas superficial e a 
pré-vertebral da fáscia cervical. 
Ela compreende os trígonos 
occiptal e supraclavicular. 
Trígono Occipital 
O trígono occiptal é limitado 
pela margem posterior do m. 
ECM, a margem anterior do 
m. trapézio e a margem 
superior do m. omo-hioide. O 
conteúdo desse trígono é a 
artéria occipital, a veia jugular 
externa, o nervo frênico e o 
nervo acessório. 
Trígono Supraclavicular 
Também chamado de trígono omoclavicular (ou subclávio), 
é limitado pela margem posterior do m. ECM, pela margem 
superior do m. omo-hioide, pela clavícula e pela margem 
anterior do m. trapézio. Seu conteúdo é a artéria subclávia, 
a artéria supra-escapular, a veia jugular externa, o tronco 
tireocervical e o plexo braquial (está entre o escaleno 
anterior e o médio) 
Músculos do Trígono Cervical Lateral 
A lâmina pré-vertebral, que forma o assoalho desse trígono, 
reveste os músculos esplênio da cabeça, levantador da 
escápula, escaleno médio e escaleno posterior. 
*As vezes pode se ter o m. escaleno anterior nesse trígono 
também 
●O m. esplênio da cabeça se fixa ao ligamento nucal, aos 
processos espinhosos de T1 a T6, ao processo mastoide e 
à linha nucal superior. Ele é inervado pelos ramos posteriores 
dos nervos espinais cervicais intermédios. Suas ações são 
fletir lateralmente, estender e girar a cabeça e o pescoço. 
●O m. levantador da escápula se fixa aos tubérculosposteriores dos processos transversos de C2 à C6, à parte 
superior da margem medial da escápula. Ele é inervado pelo 
nervo dorsal da escápula e pelos nervos espinais cervicais 
(C3 e C4). As ações dele são a rotação da escápula para 
baixo e a inclinação inferior da cavidade glenóide 
 
●O m. escaleno médio se fixa aos tubérculos posteriores dos 
processos transversos de C3 a C7 e à face superior da 
costela 1. Ele é inervado por ramos anteriores dos nervos 
espinais cervicais. Suas ações são fletir lateralmente o 
pescoço e elevar a primeira costela na inspiração forçada. 
●Por fim, o m. escaleno posterior se fixa aos tubérculos 
posteriores dos processos transversos de C5 a C7 e à 
margem externa da costela 2. Ele é inervado por ramos 
anteriores dos nervos espinais cervicais C7 e C8. Suas ações 
são fletir lateralmente o pescoço e elevar a costela 2 na 
inspiração forçada 
Vasos e linfonodos do Trígono Cervical Lateral 
As artérias dessa região são os ramos laterais do tronco 
tireocervical (ramo da subclávia), a artéria subclávia e a artéria 
occipital. A artéria supra-escapular, cervical transversa e 
artéria dorsal da escápula também passam por esse trígono. 
As veias desse trígono são a veia jugular externa, a veia 
subclávia e a veia braquiocefálica. Por fim, os linfonodos dessa 
região são os cervicais profundos e os cervicais superficiais. 
Nervos do Trígono Cervical Lateral 
Por esse trígono passam o nervo acessório (NC 11), as raízes 
e os três troncos do plexo braquial. O nervo supra-escapular, 
o plexo cervical (cujas raízes são formadas pelos ramos 
anteriores de C1 a C4) a alça cervical e suas raízes, o nervo 
occipital menor, nervo auricular magno, nervo cervical 
transverso, nervos supraclaviculares, nervos frênicos e o 
nervo frênico acessório também passam por esse trígono. 
Região Cervical Anterior 
Também chamada de trígono anterior, tem como limites a 
linha mediana do pescoço, a margem anterior do m. ECM, a 
margem inferior da mandíbula e 
a incisura jugular do manúbrio. 
Essa região está entre a tela 
subcutânea e a faringe, laringe e 
tireoide. 
Essa região pode ser dividida nos 
trígonos submandibular, carótico, 
muscular e o submentual, que é 
comum às duas regiões cervicais 
anteriores. 
 
. 
 
Trígono Submentual 
É uma área supra-hióidea 
cujos limites são o corpo do 
hioide e os ventres anteriores 
dos músculos digástricos. O 
assoalho dele é formado pelos 
músculos milo-hióideos. Seu 
conteúdo inclui os linfonodos 
submentuais e veias que se 
unem para formar a jugular 
anterior. 
Trígono Submandibular 
É a área limitada pela margem inferior da mandíbula e pelos 
ventres anteriores e posteriores do músculo Digástrico. Seu 
assoalho é formado pelos músculos milo-hióideo, hioglosso e 
m. constritor médio da faringe. 
O conteúdo desse trígono inclui a glândula submandibular 
(ocupa a maior parte dele, por 
isso pode-se dizer que é um 
trígono glandular) os linfonodos 
submandibulares, o nervo 
hipoglosso (NC 12), nervo milo-
hióideo, artéria e veia 
submentual, artéria facial e veia 
facial. Podem ser encontradas 
também as artérias e veias 
linguais e sublinguais. 
Trígono Carótico 
É limitado pelo ventre superior do m. omo-hióideo, ventre 
posterior do m. Digástrico e a margem anterior do m. ECM. 
Esse trígono é uma área vascular importante pois seu 
conteúdo é a artéria carótida comum, as carótidas interna e 
externa, o glomo carótico (quimiorreceptor de O2 
sanguíneo), o seio carotídeo 
(é um barorreceptor). Além 
dessas estruturas, a veia 
jugular interna, o nervo vago, 
nervo hipoglosso, nervo 
acessório, raiz superior da alça 
cervical e os linfonodos 
cervicais profundos. A carótida 
comum, a VJI e o nervo vago 
são circundadas pela bainha 
carótica. 
*Partes da glândula tireoide, laringe e faringe podem estar 
nesse trígono 
Trígono Muscular 
É limitado pelo ventre superior 
do músculo omo-hióideo, 
margem anterior do ECM e a 
linha sagital mediana. O 
conteúdo desse trígono inclui 
as vísceras do pescoço 
(glândula tireoide, glândulas 
paratireoides, laringe e 
traqueia) e os músculos infra-
hióideos (esterno-hióideo, 
tireo-hióideo, esterno-
tireóideo) 
*Medialmente a esse trígono se tem uma região visceral, 
onde se encontram os órgãos do s. digestório, endócrino e 
respiratório. 
Músculos do Trígono Cervical Anterior 
Os músculos desse trígono se fixam no osso hioide e 
estabilizam ou movimentam o hioide e a laringe quando 
necessário. Eles podem ser divididos em dois grupos de 
acordo com sua posição em relação ao hioide, existem os 
supra-hióideos, fixam o hioide ao crânio, e os infra-hióideos, 
fixam o hioide ao esterno, clavículas e escápula. 
Os supra-hióideos são o milo-hióideo, o gênio-hióideo, o 
estilo-hióideo e o digástrico. Eles são responsáveis por formar 
o assoalho da boca, elevar o hioide e a laringe para deglutição 
e fala, e sustentam o hioide para que se tenha uma base de 
ação da língua. 
 
 
. 
●O m. milo-hióideo se fixa à linha milo-hióidea da mandíbula, 
ao corpo do hioide e à rafe milo-hióidea. Ele é inervado por 
um ramo do nervo alveolar inferior (ramo do nervo 
mandibular), o chamado nervo para o m. milo-hióideo. A ação 
desse músculo é a elevação do hioide, o assoalho da boca e 
a língua durante a deglutição e a fala. 
●O m. gênio-hióideo se fixa à espinha geniana inferior da 
mandíbula e ao corpo do hioide. Ele é inervado pelo nervo 
C1 via nervo hipoglosso. Suas ações são mover o hioide 
ântero-superiormente, encurtar o assoalho da boca e alargar 
a faringe. 
●O m. estilo-hióideo se fixa ao processo estiloide do temporal 
e ao corpo do hioide. Ele é inervado pelo ramo estilo-hióideo 
do nervo facial. Suas ações são elevar e retrair o hioide para 
alongar o assoalho da boca 
●O m. digástrico tem ambos os ventres fixados ao tendão 
intermédio para o corpo e o corno maior do hioide, seu 
ventre anterior fixado à fossa digástrica da mandíbula e o 
ventre posterior fixado à incisura mastoidea do temporal. O 
ventre anterior é inervado pelo nervo para o m. milo-hióideo, 
enquanto o ventre posterior é inervado pelo ramo digástrico 
do nervo facial. A ação desses músculos é abaixar a 
mandíbula, elevar e estabilizar o hioide durante a deglutição 
e a fala. 
 
Os infra-hióideos são semelhantes a fitas, se dispõe em dois 
planos, se encontram inferiormente ao hioide e fixam ele ao 
esterno, à clavícula e à laringe. Esses músculos estabilizam o 
hioide, deprimem o hioide e a laringe na deglutição e na fala. 
Os mm. do plano 
superficial são o 
m. esterno-hióideo 
e o m. omo-
hióideo (tem dois 
ventres unidos 
por um tendão). 
Os mm. do plano 
profundo são o m. 
tireo-hióideo e o 
m. 
esternotireóideo. 
●O m. esterno-hióideo se fixa ao manúbrio, à extremidade 
medial da clavícula e ao corpo do hioide. Ele é inervado pelos 
nervos de C1 a C3. Sua ação é abaixar o hioide após a 
deglutição. 
●O m. omo-hióideo se fixa à margem superior da escápula 
e à margem inferior do hioide. Ele é inervado pelos nervos 
de C1 a C3. Suas ações são abaixar, retrair e estabilizar o 
hioide 
●O m. esternotireóideo se fixa à face posterior do manúbrio 
e à cartilagem tireóidea. Ele é inervado pelos nervos C2 e 
C3. Sua ação é abaixar o hioide e a laringe. 
●O m. tireo-hióideo se fixa à cartilagem tireóidea, à margem 
inferior do corpo e ao corno maior do hioide. Ele é inervado 
pelo nervo C1 via n. hipoglosso. Suas ações são abaixar o 
hioide e elevar a laringe. 
Artérias do Trígono Cervical Anterior 
As artérias dessa região são a artéria carótida comum, a 
artéria carótida interna (não emite ramos no pescoço) e a 
artéria carótida externa. A carótida interna é responsável por 
nutrir o encéfalo e estruturas orbitais. A carótida externa 
nutre as estruturas externas ao crânio e dá origem às 
artérias faríngea ascendente, occipital, auricular posterior, 
tireóidea superior, lingual e facial. 
Veias e nervos do Trígono Cervical Anterior 
A maioria das veias desse trígono são tributárias da veia 
jugularinterna. Pode-se citar o seio petroso inferior, a veia 
facial, lingual, veias faríngeas, tireóideas superior e média. 
Vários nervos se encontram nessa região, podendo citar o 
cervical transverso (C2 e C3), o hipoglosso (NC 12), ramos 
dos nervos glossofaríngeo (NC 9) e do nervo vago (NC 10), 
como os nervos faríngeo, laríngeo e cardíaco (os 3 são 
ramos do vago) 
Região Profunda do Pescoço 
As estruturas que se encontram na região profunda do 
pescoço são as vísceras e os músculos pré-vertebrais. 
Quanto as vísceras, se tem de três tipos, as endócrinas (inclui 
as glândulas tireoide e paratireoides), as respiratórias (laringe 
e traqueia) e as alimentares (faringe e esôfago). 
Músculos pré-vertebrais 
Se incluem nesse grupo os mm. vertebrais anteriores e os 
mm. vertebrais laterais. Os mm. vertebrais anteriores são o 
m. longo da cabeça, m. longo do pescoço, m. reto anterior 
da cabeça e o m. escaleno anterior 
Os mm vertebrais laterais são o m. esplênio da cabeça, m. 
levantador da escápula, m. escaleno médio, m. escaleno 
posterior (todos esses já foram descritos) e o m. reto lateral 
da cabeça 
 
. 
●O m. longo da cabeça se fixa à parte basilar do occipital e 
aos tubérculos anteriores dos processos transversos de C3 
à C6. Ele é inervado pelos ramos anteriores dos n. espinais 
de C1 a C3. Sua ação é fletir a cabeça 
●O m. longo do pescoço se fixa ao tubérculo anterior do 
atlas, aos corpos de C1 a C3, aos processos transversos de 
C3 à C6, aos corpos de C5 a T3 e aos processos 
transversos de C3 à C5. Ele é inervado pelos ramos 
anteriores dos n. espinais de C2 a C6. Sua ação é fletir o 
pescoço com rotação. 
●O m. reto anterior da cabeça se fixa à base do crânio 
(anteriormente ao côndilo occipital) e à face anterior do atlas. 
Ele é inervado por ramos da alça entre os nervos C1 e C2. 
Sua ação é fletir a cabeça. 
●O m. escaleno anterior se fixa aos processos transversos 
de C3 à C6 e à costela 1. Ele é inervado pelos nervos espinais 
cervicais de C4 a C6. Sua ação é fletir a cabeça. 
●O m. reto lateral se fixa ao processo jugular do occipital e 
ao processo transverso do atlas. Ele é inervado por ramos 
da alça entre os nervos C1 e C2. Sua ação é fletir e auxiliar 
na estabilização da cabeça. 
 
Raiz do Pescoço 
É a área de junção do pescoço com o tórax e por ela 
passam todas as estruturas relacionadas com cabeça e 
pescoço. O limite da raiz do pescoço é a abertura superior 
do tórax, que é formada pelo manúbrio, as cartilagens costais 
do primeiro par de costelas, o primeiro par de costelas e o 
corpo da T1. 
 
 
Vasos e nervos na Raiz do Pescoço 
Quanto as artérias, na raiz do pescoço existe o tronco 
braquiocefálico e as artérias subclávias. Quanto as veias, se 
tem a veia jugular externa, a veia jugular anterior e a veia 
subclávia. Por fim, quanto aos nervos, se tem 3 pares 
importantes, os nervos vagos (saem pelo forame jugular 
junto da veia jugular interna), os nervos frênicos e os troncos 
simpáticos. 
----------------------------------------------------------------------------- 
Tireoide e Paratireoides 
Glândula Tireoide 
*No pescoço, além da divisão em trígonos, existe a divisão 
dele em porção muscular e porção visceral, sendo que uma 
das vísceras é a glândula tireoide. 
A glândula tireoide produz hormônio tireoidiano e influencia 
diversas áreas do corpo. Ela é circundada por uma cápsula 
fibrosa que emite septos para o interior da glândula. 
Ela é formada por dois grandes lobos, um lobo direito e um 
lobo esquerdo, unidos por uma faixa mediana chamada de 
istmo da glândula tireóidea. Em algumas pessoas, um terceiro 
lobo pode ser identificado, o qual é menor que os outros 
dois, ascende no plano sagital mediano e recebe o nome de 
lobo piramidal. 
Sintopia 
A glândula tireoide se encontra na parte anterior e mediana 
do pescoço, no nível da C5 à T1, profundamente aos 
músculos esternotireóideo e o esterno-hióideo, inferiormente 
à cartilagem tireóidea, anteriormente à cartilagem cricóidea 
e aos anéis iniciais da traqueia. 
Em uma vista posterior, se encontram as 4 glândulas 
paratireóideas (têm estrutura ovoide) fixadas aos lobos direito 
e esquerdo da tireoide. A glândula tireoide está muito 
relacionada às artérias carótidas comuns e as veias jugulares 
internas. A glândula é medial e anterior aos dois pares de 
vasos. 
*A relação íntima da glândula tireoide com os grandes vasos 
é extremamente relevante em cirurgias 
Vascularização 
A irrigação arterial é feita pela artéria tireóidea superior 
(descende e irriga toda a glândula), que é o primeiro ramo 
da artéria carótida externa. A artéria tireóidea inferior é um 
ramo do tronco tireocervical (importante tronco originado da 
artéria subclávia) e também irriga a glândula tireóidea. 
 
. 
As áreas irrigadas pela a. tireóidea superior são drenadas pela 
veia tireóidea superior, a qual drena para a veia jugular 
interna. As áreas irrigadas pela a. tireóidea inferior são 
drenadas pela veia tireóidea inferior, a qual drena para a veia 
braquiocefálica. Além dessas duas, existe a veia tireóidea 
média, que é pequena, mas importante para a drenagem. 
 
Drenagem linfática e inervação 
Os linfonodos que drenam a glândula são os linfonodos 
cervicais profundos (encontrados abaixo da fáscia do 
pescoço), linfonodos jugulares, linfonodos paratraqueais, 
linfonodos pré-laríngeos e linfonodos pré-traqueais. 
Sobre a inervação, vale 
ressaltar a presença do nervo 
vago (10 par) no pescoço. 
Esse nervo emite o nervo 
laríngeo recorrente, o qual 
está intimamente relacionado 
à glândula tireóidea (é 
posterior ao lobo 
correspondente). 
*Numa cirurgia de remoção 
da tireoide, caso o nervo 
mencionado seja seccionado 
o paciente adquire rouquidão 
permanente 
Observação 
Durante o processo de formação embrionária, ambas as 
glândulas se formam no terço posterior da língua e devem 
migrar até seu local padrão, porém, elas podem parar no 
caminho ou deixarem resquícios no caminho. Essa situação 
não é comum, mas deve-se conhece-la pois na vida adulta 
esses resquícios podem se tornar cistos, chamados de cistos 
do ducto tireoglosso (é o ducto que guia a migração das 
glândulas de sua origem para seu destino final) 
Outra situação comum relacionada à tireoide é o bócio, que 
é o aumento da tireoide decorrente da deficiência de iodo. 
Glândulas Paratireoides 
São 4, são posteriores à glândula tireoide e têm estrutura 
ovoide. A maioria das pessoas tem 4 glândulas, uma pequena 
porcentagem (5%) tem mais de 4 e uma porcentagem 
menor ainda apresenta apenas duas. 
As glândulas 
paratireoides superiores 
se encontram no nível 
da margem inferior da 
cartilagem cricóide, 
enquanto as inferiores 
se encontram perto dos 
polos inferiores da 
glândula tireoide. 
 
Vascularização e drenagem linfática 
A irrigação arterial provém das artérias que nutrem a 
glândula tireoide, porém, pode ser feita também por ramos 
das artérias laríngeas, traqueais e esofágicas. A drenagem 
venosa é feita pelas veias paratireóideas, que vão drenar para 
o plexo venoso da glândula tireoide. Os vasos linfáticos vão 
drenar para os linfonodos paratraqueais e para os linfonodos 
cervicais profundos.

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