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Abdome Agudo - Queixa muito frequente em urgências e emergências - Importante causa de morbimortalidade Dor abdominal aguda é definida como dor abdominal aguda cuja intensidade é variável, súbita ou não, que leva o indivíduo a procurar ajuda médica. Conceitos Fundamentais da Dor Toda e qualquer percepção da dor é captada por neurônios sensitivos (nociceptores). Eles têm diversas terminações nervosas relacionadas com órgãos específicos e tecidos em geral. Existem dois tipos de fibras que vão conduzir a mensagem da dor: Fibras A-delta (fibra somatossensorial) - É mielinizada (tende a fazer a condução de maneira mais rápida, o que leva no paciente uma dor súbita e bem localizada/caracterizada) - Ex.: pele e músculos Fibras C (fibras viscerais) - Amielinizadas (condução mais lenta que leva a sensação de dor mais difusa, menos caracterizada, mais vaga) - Ex.: vísceras intra-abdominais, peritônio, mesentério. Particularidades da dor Abdominal Dor visceral – Dor que vai ser propagada pelas fibras C (vísceras intra-abdominais - dor vaga, mal caracterizada), promove a sensibilização de mecanorreceptores de distensão de musculatura lisa. Sendo que esse estímulo ele para ser levado até o SNC ele passa pelas cadeias e gânglios do sistema simpático, fazendo sinapse com outras fibras do sistema nervoso e promovendo a dificuldade do paciente de caracterizar sua dor. Além disso, o pcte pode referir náuseas, vômitos, sudorese e palidez por conta de uma ativação do sistema autônomo indireta. Dor parietal – Ela vai ser inervada pela fibra A (mielinizada, mais rápida, mais característica). Paciente por exemplo que tem uma peritonite parietal ele sabe indicar exatamente onde ele está sentindo a dor. Em contrapartida, a dor será muito mais intensa. Dor referida – É como uma mistura entre as duas. Isso porque algumas vísceras tem confluência de aferências viscerais e parietais em alguns gânglios comuns, por isso o paciente pode sentir dor em um sítio diferente da origem do estímulo.Ex.: Abscesso subhepático pela irritação do nervo frênico você pode sinalizar uma dor supraclavicular. E o oposto também é verdadeiro, existem estruturas extra-abdominais e que referem dor no abdome. Por exemplo o infarto agudo no miocárdio, pode referir epigastralgia, vômito, não raro. A peritonite é um dos importantes causadores dessa dor por conta de extravasamento de conteúdo visceral (suco gástrico, urina, bile, suco pancreático...) e progressão à inflamação e infecção. Como investigar: colher a anamnese da melhor maneira possível, caracterizar a dor de forma completa. Analisar o quadro clínico (dor e distensão abdominal, febre, náuseas, vômitos) e atentar à instabilidade hemodinâmica (risco de choque) Exame físico: normal, valorizando o estado geral do pcte (eupneico, hidratado, corado, nível de consciência...) investigar peritonismo afundo com manobras abdominais. Exame complementar: Rx de abdome, mas também USG e Tc. Classificação -Abdome agudo inflamatório, obstrutivo, perfurativo, hemorrágico e vascular. O termo abdome agudo é amplo e compreende inúmeras situações clínicas. Alguns autores têm definido abdômen agudo como uma dor na região abdominal, não traumática, de aparecimento súbito e de intensidade variável associada ou não a outros sintomas. Geralmente com duração de horas até quatro dias, não ultrapassando sete dias. Em geral, necessita de intervenção médica imediata, cirúrgica ou não. Com esta definição, podemos afirmar que a incidência deste quadro clínico nas unidades de pronto atendimento é grande, e todos os profissionais de saúde devem ter treinamento adequado para atuar corretamente diante destes casos. Uma grande série de doenças musculares, gastrointestinais, ginecológicas, urológicas, vasculares, psicossomáticas, cardíacas, parasitárias, pulmonares e intoxicações exógenas, dentre outras podem causar dor abdominal e até simular abdômen agudo. No ano de 2002 nos EUA, cerca de 7 milhões de pacientes procuraram serviços de emergência com quadro de dor abdominal, 7,5% do total de atendi- mentos, e cerca de 50% destes necessitaram de intervenções médicas. Os dados brasileiros são imprecisos, principalmente devido à ausência de sistematização e informatização do sistema de saúde público, aliado à ausência de dados do sistema de saúde privado. Etiologia: Anatomia: pela localização da dor se pode indicar as possíveis causas ou órgãos acometidos (Quadro I). Causas abdominais e extra-abdominais(Quadros II e III). Processo desencadeante: geralmente utilizada pela cirurgia de urgência. No entanto, habitualmente os cirurgiões classificam o abdômen agudo segundo a natureza do pro- cesso determinante, em: Inflamatório: apendicite, colecistite aguda, pancreatite aguda, diverticulite, doença inflamatória pélvica, abscessos intra-abdominais, peritonites primárias e secundárias, dentre outros. Perfurativo: úlcera péptica, neoplasia gastrointestinal perfurada, amebíase, febre tifóide, divertículos do cólon, dentre outros. Obstrutivo: aderências intestinais, hérnia estran- gulada, fecaloma, obstrução pilórica, volvo, intus- suscepção, cálculo biliar, corpo estranho, bolo de áscaris, dentre outros. Vascular: isquemia intestinal, trombose mesenté- rica, torção do omento, torção de pedículo de cisto ovariano, infarto esplênico, dentre outros. Hemorrágico: gravidez ectópica rota, ruptura do baço, ruptura de aneurisma de aorta abdominal, cisto ovariano hemorrágico, necrose tumoral, endometriose, dentre outros. Diagnostico: Diante da diversidade etiológica da dor abdominal e do abdômen agudo, é fundamental termos uma metodologia investigativa adequada, para obtermos, do paciente, as informações necessárias para o diag- nóstico correto. Todo processo semiótico é indispen- sável nesta avaliação. Como podemos observar há muitas variáveis a serem consideradas, porém, até o momento, foram apresentadas as diretrizes para o diagnóstico, ainda não tendo sido discutido as opções terapêuticas espe- cíficas. Freqüentemente, o tratamento específico se refere a uma intervenção cirúrgica. Contudo, em algumas situações de abdômen agudo, o trata- mento especifico é eminentemente clínico como na pancreatite aguda. Na anamnese alguns dados são de extrema importância, tais como o tempo de evolução do quadro, as características da dor (em aperto, fisgada, queimação, respiratório dependente, intensidade, etc.), localização da dor, fatores de alívio ou piora dos sintomas, sintomas associados (ênfase em sintomas gastrointestinais, urinários e respiratórios), idade, doenças associadas, uso de medicações, cirurgias prévias, data da última menstruação e histórico gineco-obstétrico. ● ONDE dói (localização)? ● IRRADIA para algum lugar (irradiação)? ● QUANDO começou e POR QUANtO TEMPO durou (cronologia)? ● COMO é a dor (qualidade da dor)? QUANTO dói (intensidade da dor)? ● Fatores de MELHORA/PIORA? OUTRAS MANIFESTAÇÕES? DOR ABDOMINAL LOCALIZADA em geral a dor ocorre sobre ou perto da víscera envolvida, por exemplo, a dor no quadrante inferior direito de apendicite ou a dor no quadrante superior direito da colecistite. IRRADIACAO OU MUDANCA DA LOCALIZACAO DA DOR: DOR NO OMBRO ocasionada por irritação diafragmática ipsilateral por ar, sangue ou infecção da cavidade peritoneal sendo o exemplo mais clássico a colecistite, podendo estar associada à dor no ombro direito.DOR DIFUSA PERIUMBILICAL OU EPIGASTRICA: na apendicite inicial, apenas o peritônio visceral, que circunda o apêndice, está inflamado, e a localização é, portanto, incerta. Após a inflamação se espalhar para o peritônio parietal, a dor localiza-se no quadrante inferior direito. DOR IRRADIADA PARA O FLANCO: dor que irradia do flanco para a virilha ou genitália, geralmente significa cólica ureteral, como ocorre na urolitíase. SINTOMAS ASSOCIADOS: ANOREXIA, NAUSEAS E VOMITOS são comumente associadas à dor abdominal, especialmente quando a dor tem origem no abdome superior; no entanto, graves processos intra-abdominais podem ocorrer sem qualquer um desses sintomas. NAUSEAS E VOMITOS são, pouco frequentemente, os sintomas iniciais ou dominantes no abdome agudo cirúrgico. Assim, quando esses sintomas precedem a dor abdominal, são mais um indicativo de condições menos agudas, como intoxicação alimentar, gastrenterite, gastrite aguda ou pancreatite aguda. No entanto, esses sintomas já podem ter se desenvolvido após a instalação FEBRE é comumente associada a muitas causas de dor abdominal, e é geralmente sugestiva de infecção. A febre continua com calafrios é mais comum em infecções das vias biliares e do sistema urinário (colangite e pielonefrite). Febre com calafrios e icterícia sugere colangite e hipotensão supurativa, uma emergência cirúrgica. Febre alta com sinais peritoneais em um paciente do sexo feminino, sem doença sistêmica aparente, é sugestiva de salpingite aguda com peritonite pélvica. DIARREIA, CONSTIPAÇÃO E OBSTIPAÇÃO: A constipação e a obstipação podem sugerir obstrução ou íleo paralitico, mas geralmente não são os principais sintomas de doença aguda intra-abdominal cirúrgica. A diarreia embora seja comum com gastrenterite, é um sintoma inespecífico que pode estar associado a colite, diverticulite, apendicite e salpingite. No exame físico os sinais vitais devem ser observados e, caso alterados, devem servir de alerta para provável gravidade do quadro. O exame abdominal deve seguir a sequência inspeção, ausculta, percussão e palpação. Na inspeção devem ser observadas a forma do abdome, alterações cutâneas, alterações vasculares e cicatrizes. A ausculta dos ruídos hidroaéreos fornece um importante dado sobre o peristaltismo abdominal com atenção na distribuição, frequência e timbre. A percussão fornece dados sobre densidade do conteúdo abdominal, ou seja, timpânico (gasoso) ou maciço (denso). A palpação deve ser realizada com o paciente em decúbito dorsal e com a bexiga vazia, iniciando pelas áreas indolores até as áreas álgicas. A palpação superficial fornece dados sobre regiões de dor, massas superficias e possíveis defeitos de parede abdominal. A palpação profunda fornece dados sobre irritação peritoneal, distribuição e tamanho dos orgãos e estimativa do conteúdo das alças intestinais. Pode fornecer importantes dados sobre massas abdominais (tamanho, mobilidade, densidade, sensibilidade, movimentação). Alguns sinais que devem ser investigados durante o exame físico: ● Sinal de Blumberg: Dor a compressão com piora a descompressão do quadrante inferior direito do abdome, relacionado com apendicite aguda. ● Sinal de descompressão brusca: Dor a descompressão brusca do abdome, relacionado com peritonite no local da dor. ● Sinal de Giordano: Dor a punho percussão lombar à direita ou esquerda, indicativo de processo inflamatório renal. ● Sinal de Jobert: Timpanismo a percussão em toda região hepática, indicativo de pneumoperitônio. ● Sinal de Muphy: Consite na dor à palpação do bordo inferior do figado durante uma inspiração forçada, indicativo de colecistite aguda. ● Sinal do Psoas: Dor em quadrante inferior do abdome direito a elevação contra resistência da coxa ipsilateral, relacionado com apendicite, pielonefrite e abceso em quadrante inferior do abdome. ● Sinal de Rovsing: Compressão do quadrante inferior esquerdo do abdome com dor no quadrante inferior direito, indicativo de apendicite aguda. ● Sinal de Torres-Homem: percussão dolorosa em região hepática, relacionado com abscesso hepático. Os exames laboratoriais que auxiliam no diagnóstico do abdômen agudo em geral são simples, rápidos e de fácil obtenção. A avaliação inicial deve consistir de hematológico completo, exame qualitativo de urina (urina rotina), amilase e teste de gravidez (mulheres em idade fértil). ● Hemograma completo ● Eletrólitos ● Pesquisa de cetoacidose ● (glicemia, anion gap e cetonemia). ● Uréia, creatina ● Amilase e lipase ● Bilirrubina,fosfatase alcalina,transaminase. ● EAS ● B-HCG ● Fosfato e lactato Após esta primeira avaliação, se não foi confirmação diagnóstica, devemos iniciar uma avaliação radiológica, partindo da radiografia abdominal em decúbito dorsal e ortostático. Avançando-se para a ultrassonografia de abdômen, tomografia computadorizada (TC), e em alguns casos arteriografia e ressonância magnética. A videolaparoscopia e a laparotomia exploradora constituem-se nos meios diagnósticos definitivos, para aqueles casos onde toda a seqüência de exames anteriores não foi suficiente, ou como meio terapêutico, para os casos onde os exames definiram uma patologia cirúrgica como causa da dor abdominal. Outro aspecto importante sobre a videolaparoscopia em situações de emergência é a necessidade de equipes treinadas e cirurgiões experimentados, habituados com esta técnica. Caso não exista esta disponibilidade, devemos optar pela laparotomia exploradora como técnica mais segura, tanto para o diagnóstico quanto para o tratamento. Localizacao: DOR EPIGÁSTRICA - doenças gastroduodenais. DOR SUBCOSTAL DIREITA - doenças hepatobiliares. DOR PÉLVICA - doenças ginecológicas. Você já viu que as fibras sensitivas que inervam o peritônio visceral e o intestino caminham junto com as artérias que vão irrigar essas regiões. Portanto: • Regiões irrigadas pelo tronco celíaco (esôfago, estômago e duodeno proximal) = dor na região epigástrica. • Regiões irrigadas pela artéria mesentérica superior (duodeno distal, jejuno, íleo, apêndice e ceco) = dor na região periumbilical. • Regiões irrigadas pela artéria mesentérica inferior (metade do transverso até o reto) = dor na região suprapúbica. Avaliar intensidade, inicio, qualidade, gravidade e periodicidade, irradiação , fatores de piora, outras manifestações relatadas pelo paciente. Abordagem no abdome agudo ● Antes de tudo, verificar sinais vitais e nível de consciência. ● Descartar hemorragia ou hipovolemia, Avaliar sinal de instabilidade hemodinâmica. Hipotensão, taquicardia ou rebaixamento de consciência, obter prontamente acesso venoso periférico, monitorização cardíaca, suplemento de oxigénio, iniciar reposição, caso necessário, vias aréas pervias, chamar o especialista, seja cirurgião geral, ginecologista, radiologista intervencionista. ● Proporcionar alivio sintomatico, atraves de analgesia e antiemeticos( opioids, AINES e metoclopramina, em caso de confusao mental, dar preferencia para ondansetrona). ● Excluir gravidez ou doencas pelvicas em mulheres ● Definir o tratamento é clinico ou cirurgico? 1.1 DIAGNÓSTICODIFERENCIAL: DISTÚRBIOS INTESTINAIS: I. APENDICITE: ● ACHADOS CLÍNICOS: - Dor no abdome inferior. - O sintoma inicial é uma dor mal localizada, ao redor do epigástrio ou do umbigo que está relacionada com a distensão do apêndice (peritônio visceral) devido a obstrução do lúmen apendicular. Mais tarde, cerca de 12- 24 horas após o início do quadro doloroso, a dor muda da região periumbilical ou da região epigástrica para a fossa ilíaca direita relacionada à inflamação (peritônio parietal) sobre o ponto de McBurney. - Náuseas, febre baixa, anorexia e vômitos são típicos, mas não sintomas obrigatórios. - Sensibilidade abdominal e defesa à palpação do quadrante inferior direito são característicos ao exame físico. - Em casos de apendicite retrocecal a dor geralmente permanece mal localizada. - Testes laboratoriais podem mostrar uma contagem leucocitária moderadamente elevada. - TC abdominal é uma ferramenta de alta sensibilidade e especificidade. - Tratamento: o paciente deve ser hospitalizado e preparado para cirurgia. Em casos de deficit de volume, é necessário a administração de analgésicos e solução de cristaloides intravenosos. Para apêndices intactos, somente antibióticos perioperatórios são necessários. No entanto, um apêndice rompido exigirá terapia antimicrobiana intravenosa continuada durante a internação. II. OBSTRUÇÃO INTESTINAL: ● ACHADOS CLÍNICOS: - O paciente se queixa de uma dor intermitente, mal localizada, em cólica, que tende a ser associada a função intestinal alterada. A mudança no caráter da dor para constante e intensa pode ser um sinal de perfuração ou isquemia do intestino. - Ao exame físico o abdome é geralmente distendido, com ausculta de ruídos agudos do intestino. - Os ruídos hidroaéreos podem estar ausentes na obstrução ou no íleo paralitico distal. - Em geral, os achados radiográficos estão ausentes, e o diagnóstico é baseado na suspeita clinica ou na TC abdominal com contraste oral. - Tratamento: sucção nasogástrica e hidratação intravenosa, com monitoramento de eletrólitos. Alguns casos se resolvem sem cirurgia. I. ÚLCERA PÉPTICA PERFURADA: ● ACHADOS CLÍNICOS: - Dor no abdome superior é acompanhada pela rigidez do abdome em tabua, sendo ela reduzida quando as secreções peritoneais diluírem o vazamento do conteúdo gástrico. No entanto, ela retorna mais tarde, piorando de forma progressiva. - O paciente está geralmente, em angustia importante, com respiração superficial e com os joelhos flexionados até o peito, em um esforço para minimizar a dor. - Tratamento: sonda nasogástrica para a drenagem do ácido gástrico, administração de solução de cristaloides intravenosos para corrigir a depleção de volume e antibioticoterapia de amplo espectro. II. PERFURAÇÃO INTESTINAL: ● ACHADOS CLÍNICOS: - Instalação súbita de dor do abdome médio e inferior, podendo em alguns casos a presença de choque. Náuseas e vômitos são comuns e o abdome é rígido e doloroso. - A febre é alta e é frequentemente, acompanhada por leucocitose. - Tratamento: administração de cristaloides para controlar o choque e antimicrobianos, obtenção de hemo e uroculturas. III. DIVERTICULITE: ● ACHADOS CLÍNICOS: - É causada pela perfuração de um divertículo, resultado da ação erosiva de fecálito ou do aumento demasiado da pressão intraluminal, levando ao quadro de peritonite. - A dor tende a se localizar no quadrante inferior esquerdo, mas que pode irradiar para a região suprapúbica, flanco e coluna. A febre é normalmente baixa e pode ser acompanhada de uma leve leucocitose. - Podem estar presentes sensibilidade abdominal, massa abdominal palpável, alterações na função intestinal (constipação ou defecação frequente), e fezes com sangue oculto positivo. - As radiografias simples, geralmente são normais ou inespecíficas, e o procedimento diagnostico de escolha é a tomografia computadorizada. Tratamento: a maioria dos pacientes deve ser hospitalizada para a administração de líquidos intravenosos e antimicrobianos. IV.ESTRANGULAMENTO INTESTINAL: ● ACHADOS CLÍNICOS: - Ocorre, mais frequentemente, no vólvulo ou na hérnia femoral e, ocasionalmente, na hérnia inguinal. O início da dor é, geralmente, rápido. A dor aumenta em gravidade e pode ser intermitente e em cólica. O paciente pode queixar- se de vontade de defecar e o abdome é distendido, rígido e difusamente doloroso. Extrema sensibilidade está presente na região do estrangulamento e o choque aparece rapidamente. Outros achados incluem, geralmente, náuseas e vômitos, febre alta e leucocitose. - TTO: o paciente deve ser hospitalizado e preparado para cirurgia imediatamente. V. GASTRENTERITE: ● ACHADOS CLÍNICOS: - O paciente queixa-se de cólicas, que podem ser leves ou intensas, surgindo de forma gradual ou abruptamente. Pode haver náuseas, vômitos e diarreia. Esses sintomas precedem, geralmente, o aparecimento da dor, diferentemente das condições que necessitam de cirurgia, em que a dor é geralmente o primeiro sintoma. - Exame abdominal revela desconforto generalizado. Em situações que não exigem cirurgia, a defesa involuntária, a sensibilidade localizada e a irritação peritoneal estão ausentes. A febre geralmente não está presente ou é baixa, embora os pacientes com shigelose possam apresentar febre alta e calafrios. - O paciente pode estar desidratado. Se o paciente estiver com diarreia prolongada ou intensa associada a febre, as fezes deverão ser testadas para sangue oculto, examinadas por microscopia para leucócitos e enviadas para coprocultura. - TTO: pacientes gravemente enfermos ou desidratados devem ser hospitalizados. Pacientes leve a moderadamente doentes podem ser mandados para casa com instruções para a reidratação. Se os sintomas persistirem ou se agravarem, os pacientes devem ser reavaliados. VI. DOENÇA INFLAMATÓRIA INTESTINAL: ● ACHADOS CLÍNICOS: - Paciente relata cólicas abdominais (que podem ser desenvolver gradual ou subitamente) e diarreia com sangue intermitente. Perda ponderal, febre e anemia podem estar presentes. O exame abdominal varia de acordo com a etiologia e gravidade da doença. - - TTO: (PACIENTES GRAVES) tratar a hipotensão ou o choque com a administração de cristaloides intravenosos. A sucção nasogástrica pode ser útil se o paciente estiver vomitando, além dos antieméticos. Radiografias ou tomografia computadorizada abdominal podem prover informações importantes sobre possíveis complicações como perfuração, obstrução intestinal, megacolo tóxico ou abscesso intraperitoneal. Hospitalize o paciente para obter diagnóstico definitivo e conduzir o tratamento. (PACIENTE AMBULATORIAL COM DIAGNOSTICO CONFIRMADO) tratamento ambulatorial com antibióticos orais, esteroides e outros fármacos anti-inflamatórios como sulfassalazina. Pacientes com doença leve a moderada podem ter a terapia de manutenção reiniciada ou ter sua terapia atual modificada. DISTÚRBIOS HEPATOBILIARES: I. CÓLICA BILIAR: ● ACHADOS CLÍNICOS: - A cólica biliar é causada pela obstrução intermitente da árvore biliar, geralmente no ducto cístico, por cálculos.A dor ocorre em episódios distintos (frequentemente após a ingestão de alimentos), que geralmente começam de forma abrupta e desaparecem gradualmente ao longo de algumas horas. Durante um ataque, a dor abdominal persistente se estende por todo o abdome superior, mas tende a ser mais grave à direita. Pode haver dor referida na escápula. Uma história cuidadosa frequentemente revela crises de dor similar prévias. O exame abdominal do quadrante superior direito mostra dor e, ocasionalmente, a vesícula biliar palpável. A ultrassonografia do quadrante superior direito mostra cálculos biliares ou uma vesícula biliar ou ducto cístico dilatados. A dilatação do ducto biliar comum geralmente é vista com coledocolitíase. - TTO: Na ausência de colecistite aguda, de colangite ascendente, de coledocolitíase ou pancreatite, nenhum tratamento específico é necessário. No entanto, a dor deve ser sempre mantida sob controle. II.COLECISTITE AGUDA: ● ACHADOS CLÍNICOS: - A colecistite aguda (inflamação da vesícula biliar) se apresenta de forma muito semelhante a cólica biliar, mas os sintomas do paciente se tornam persistentes e mais graves. O desconforto pode ser moderado a grave e a prostração se associa com anorexia, náuseas e vômitos. Febre baixa e leucocitose estão geralmente presentes. Em alguns casos, a vesícula biliar é palpável. A ultrassonografia do abdome, demonstrando cálculos, dilatação dos ductos biliares intra ou extra-hepáticos, espessamento da parede da vesícula biliar e líquido pericolecístico (se houver) confirma o diagnóstico de colecistite aguda. A ultrassonografia é a técnica preferida de diagnóstico, pois é sensível, específica, rápida, barata e sem efeitos colaterais. III.COLANGITE AGUDA SUPURATIVA: ● ACHADOS CLÍNICOS: - A colangite supurativa aguda, uma complicação da colecistite, é uma emergência cirúrgica comumente acompanhada por choque séptico e bacteriemia. Os sintomas incluem dor abdominal, icterícia, febre, confusão mental e choque. A clássica tríade de Charcot, composta por febre, icterícia e dor no quadrante superior direito é vista em 50-70% dos pacientes. A adição de choque e confusão mental (Pêntade de Raynaud) é rara, com uma incidência de apenas 3,5-7,7%. A ultrassonografia do quadrante superior direito é o procedimento diagnóstico de escolha e pode mostrar ductos intra-hepáticos biliares obstruídos e dilatados. - TTO: A gravidade foi recentemente dividida em três graus. O paciente em grau I responde ao tratamento médico inicial. No grau II não responde, mas não mostra sinais de disfunção orgânica. O grau III está associado a disfunção em pelo menos um sistema de órgãos (i.e., exigindo um vasopressor para suporte hemodinâmico). Tratar o choque com cristaloides por via intravenosa. Administrar antimicrobianos de amplo espectro por via intravenosa. Inserir um cateter de Foley para monitorar a produção de urina. A consultoria cirúrgica emergencial também deve ser obtida. IV.ABCESSO HEPÁTICO: ● ACHADOS CLÍNICOS: - Quando o abscesso de fígado resulta de outras infecções intra-abdominais (um abscesso piogênico) estão presentes toxicidade crescente com febre alta, calafrios, náuseas, vômitos, icterícia e um quadro de deterioração clínica. Dor no quadrante superior direito pode estar presente. O quadro inicial costuma ser agudo, mas eventualmente pode se instalar cronicamente. - Com abscessos primários (amebianos) do fígado (causado por E. histolytica), o início é insidioso e podem transcorrer várias semanas antes que a doença se torne fulminante. Febre alta e leucocitose muitas vezes acompanham o abscesso. O fígado fica aumentado e muitas vezes é doloroso. Muitos pacientes com abscesso hepático amebiano não têm amebíase intestinal; assim, o exame parasitológico de fezes não é útil. A ultrassonografia do quadrante superior direito, a tomografia computadorizada de abdome ou a varredura tomográfica do fígado são diagnósticas. V.HEPATITES: ● ACHADOS CLÍNICOS: - Na maioria dos casos é assintomática, mas quando sintomática, manifesta-se com anorexia, dor abdominal, mal-estar, náuseas, vômitos, urina escura, febre, icterícia e hepatomegalia. - Testes de função hepática mostram bilirrubina elevada e enzimas hepáticas (TGO, TGP e fosfatase alcalina). A contagem leucocitária é baixa ou normal. Estudos de coagulação também devem ser solicitados, uma vez que a hepatite pode levar a coagulopatias. - TTO: A maioria dos casos de hepatite é tratada sintomaticamente, administrando fluidos e antieméticos, bem como corrigindo qualquer desequilíbrio eletrolítico. DISTÚRBIOS VASCULARES: I. ANEURISMA DE AORTA: ● ACHADOS CLÍNICOS: - É acompanhada por dor intensa de início súbito, muitas vezes irradiada dorsalmente. Em alguns pacientes a dor é confinada ao flanco, à região lombar ou à virilha. - A síncope, geralmente secundária à perda de sangue e à falta de perfusão cerebral, ocorre também frequentemente. - Após a hemorragia inicial, a dor pode diminuir e os desmaios desaparecem, mas esses sintomas se repetem e progridem até o choque. - Caso a ruptura ocorra no retroperitônio, uma sensação mal definida de plenitude abdominal e equimose periumbilical (sinal de Culen) ou no flanco (sinal de Grey- Turner) podem ser notados. - A USG à beira do leito pode rapidamente confirmar o diagnóstico. - TTO: Obter acessos venosos com cateteres periféricos de grande calibre ou um cateter venoso central. Coletar os estudos laboratoriais necessários, incluindo a tipagem e as provas cruzadas para o concentrado de hemácias. O tratamento do choque com cristaloides intravenosos, seguido de sangue total, assim que disponível. Obtenha consulta cirúrgica imediata, já que mortalidade é de praticamente 100% sem intervenção cirúrgica. II.COLITE ISQUÊMICA: ● ACHADOS CLÍNICOS: - Dor de início abrupto, com diferentes graus de gravidade, e pode ser localizada ou difusa. Uma história de casos semelhantes é frequentemente relatada. - O exame físico pode revelar leve a moderada sensibilidade à palpação sobre a área afetada e o exame retal mostra fezes positivas para sangue oculto. - Casos mais graves é geralmente acompanhada de diarreia sanguinolenta, e pode se apresentar com sinais de irritação peritoneal. - Áreas isquêmicas podem progredir para gangrena se a isquemia for suficientemente grave; se a isquemia é mais amena, as áreas podem curar, com a formação de estenose como uma complicação comum. Os exames laboratoriais de rotina não mostram anormalidades específicas. Estudos confirmatórios incluem a sigmoidoscopia ou colonoscopia, o enema opaco e angiografia visceral. A TC é a modalidade de imagem mais frequentemente utilizada. - TTO: tratar o choque e a hemoconcentração com cristaloides por via intravenosa. Administrar antibióticos adequados. Hospitalizar para mais testes de diagnóstico e possível cirurgia. III. ISQUEMIA MESENTÉRICA: ● ACHADOS CLÍNICOS: - Dor abdominal difusa (pelo mesogástrio e abdome inferior), intensa, de início súbito, mal localizada e muitas vezes não sendo aliviada por meio de narcóticos.- Náuseas, vômitos e diarreia, com sangue vivo ou oculto nas fezes, podem estar presentes. Inicialmente, os achados físicos podem estar ausentes, conforme a doença progride, a distensão abdominal e os sinais de toxicidade sistêmica surgem. Leucocitose marcante, hemoconcentração, azotemia e acidose são comumente associadas à isquemia mesentérica. Embora a angiografia tradicional seja o padrão-ouro histórico, a angiografia por TC aumentou em popularidade. IV.RUPTURA ESPLÊNICA: ● ACHADOS CLÍNICOS: - O baço é o órgão intra-abdominal sólido mais comumente ferido em um traumatismo contuso, com ruptura geralmente causada pelo traumatismo do gradil costal inferior esquerdo. - O sangramento para a cavidade peritoneal causa dor abdominal que pode irradiar para o lado esquerdo do pescoço ou para o ombro esquerdo (sinal de Kehr). No entanto, os pacientes ocasionalmente se apresentam sem sintomas abdominais. - A taquicardia, a hipotensão e a queda do hematócrito acontecem, e o choque pode se desenvolver. A palpação do quadrante superior esquerdo ou da 9ª e da 10ª costela esquerda revela dor. A esplenomegalia é, também, uma característica comum. A TC do abdome é útil para o diagnóstico e classificação da gravidade da lesão esplênica em pacientes estáveis. A TC pode demonstrar extravasamento em curso quando há sangramento ativo. DISTÚRBIOS URINÁRIOS: I. CÓLICA RENAL: ● ACHADOS CLÍNICOS: - Geralmente caracterizada por súbita dor no flanco, intensa, muitas vezes irradiada lateralmente e para a virilha, seguida por hematúria. Uma dor constante pode estar presente entre os episódios mais intensos. Náuseas, vômitos e agitação são comuns, podendo ocorrer a passagem de cálculos expelidos na urina. - Deve-se solicitar um exame de urina para avaliar se há presença de sangue, cristais e/ou infecção. - A tomografia computadorizada é útil na identificação do tamanho e da localização dos cálculos ureterais, sendo também importante nos diagnostico diferencial em casos de apendicite ou diverticulite. II.PIELONEFRITE: ● ACHADOS CLÍNICOS: - Geralmente os pacientes apresentam dor no flanco que se instala de maneira gradual, disúria, urgência miccional, polaciúria, febre, calafrios e, às vezes mal-estar, náuseas e vômitos. PANCREATITE AGUDA: ● ACHADOS CLÍNICOS: - Dor no abdome superior. - Processo inflamatório agudo caracterizado por uma dor abdominal intensa, localizada no epigástrio, que geralmente irradia para o dorso e que tende a ser pior quando em posição supina, quando se inclinam para frente ou quando assumem decúbito lateral com o joelhos fletidos (posição genitopeitoral). - De acordo com a extensão do processo inflamatório, pode ser classificada em leve que representa 80 a 90% dos casos ou grave que representa de 10 a 20% dos casos (necrosante). - Possui como principais etiologias a litíase biliar, sendo responsável por 30 a 60 % dos casos, e o consumo excessivo de álcool responsável por 15-30% dos casos (sendo esse o principal fator da pancreatite crônica). Além desses dois principais fatores, drogas, causas metabólicas, obstrução, trauma abdominal fechado, genética, hipotermia, infecções e intoxicação por organofosforados também podem ocasionar pancreatite aguda. - Náuseas e vômitos (continuam mesmo após o esvaziamento do estômago) estão geralmente presentes, sendo que em casos graves, o paciente apresenta rebaixamento do nível de consciência devido ao choque hipovolêmico. Além disso, o paciente pode apresentar alteração cutânea denominada paniculite. Condições predisponentes (alcoolismo, cálculos biliares, uso de glicocorticoides ou diabetes) devem ser investigadas. - O exame abdominal revela diminuição do peristaltismo, decorrente do íleo paralítico. A amilase sérica elevada (apresenta baixa especificidade e não possui relação com a gravidade da pancreatite) e os níveis de lipase (possui maior especificidade quando comparada a amilase), a febre, leucocitose, e trombocitopenia frequentemente estão presentes. - Para diagnosticar a pancreatite aguda é necessário, segundo os critérios de Atlanta, pelo menos dois dos seguintes achados: DISTÚRBIOS GINECOLÓGICOS: I. GRAVIDEZ ECTÓPICA ROTA: ● ACHADOS CLÍNICOS: - O diagnóstico de gravidez ectópica deve ser considerado em qualquer mulher de idade fértil que se apresente com dor abdominal. A tríade clássica dos sintomas da gravidez ectópica (dor abdominal, amenorreia e sangramento vaginal ou spotting) não está sempre presente. Os fatores de risco devem ser incluídos na história, incluindo gravidez ectópica prévia, história de doenças sexualmente transmissíveis (especialmente DIP), tabagismo, uso de DIU, pílulas e implantes anticoncepcionais de progestina sem associações. - Antes do rompimento, a dor pode ser vaga ou intermitente e, possivelmente, difícil de localizar. Uma vez que a gravidez ectópica se rompa, a paciente experimentará uma súbita, continua e intensa dor abdominal ou pélvica unilateral que pode ser referida no ombro. Pode haver náuseas e vômitos ocasionais, mas geralmente não há febre. Hipotensão postural ou choque podem ser encontrados no exame inicial. O exame pélvico, muitas vezes, revela uma massa pastosa unilateral e desconforto ao movimento do colo do útero. II.SALPINGITE AGUDA: ● ACHADOS CLÍNICOS: As pacientes relatam, normalmente, um início gradual de dor abdominal e pélvica associada, frequentemente, com corrimento vaginal e/ou sangramento. Cefaleias, náuseas e vômitos, lassidão com febre alta e taquicardia podem estar presentes. Extremo desconforto ao exame bimanual é algo comum, especialmente com o movimento da cérvice. A plenitude anexial ou massa (abscesso tubo-ovariano) pode estar presente. No entanto, esses sinais não são nem altamente sensíveis, nem específicos. A ultrassonografia pélvica mostrando um abscesso tubo-ovariano é diagnóstica. Um teste de gravidez deve ser realizado em todas as pacientes. III. CISTO FOLICULAR OVARIANO ROTO: • ACHADOS CLÍNICOS: - Repentina e intensa dor pélvica ou abdominal inferior. Os sintomas gastrintestinais estão, geralmente, ausentes, e a paciente está afebril, sem leucocitose. Dor pode ser provocada sobre o ovário afetado. Não deve haver massas no exame pélvico, e o teste de gravidez deve ser negativo. IV. TORSÃO OVARIANA: • ACHADOS CLÍNICOS: - É caracterizada por dor repentina inferior unilateral, abdominal ou de intensidade moderada a grave, que muitas vezes é agravada por uma mudança de posição. A dor pode irradiar para a virilha, para as costas ou para o flanco. Náuseas e vômitos podem ser relatados. Uma história de anormalidades ovarianas como cistos ou massas pode ser relatada. Nenhuma modalidade de imagem tem sensibilidade ou especificidade excelente. Atualmente, a ultrassonografia com Doppler é a abordagem mais comumente utilizada. →PERITONITE PRIMÁRIA: • ACHADOS CLÍNICOS: - A peritonite primária ocorre quase que exclusivamente em pacientes com ascite de grande volume preexistente, especialmente naqueles com cirrose ou síndrome nefrótica. Os sinais e sintomas variam, mas a febre,a dor abdominal e o desconforto são comuns. Os testes mais úteis são a hemocultura e a paracentese com esfregaço bacterioscópico e cultural, além do hemograma. A contagem de células polimorfonucleares (PMN) maior que 250/ mm3 é altamente sugestiva de peritonite bacteriana espontânea e é uma indicação de antibióticos. →HEMORRAGIA RETROPERITONEAL: • ACHADOS CLÍNICOS: - É uma condição rara que pode ocorrer com o politraumatismo ou ser secundária a traumatismo menor em indivíduos com fatores de coagulação deficientes por medicação ou doença. Também pode ocorrer após procedimentos invasivos femorais, tais como a cateterização da artéria coronária. Dor nas costas e dor abdominal podem estar presentes, e o sinal psoas é muitas vezes positivo. A TC abdominal localiza o sangramento na maioria dos casos.
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