Glicólise: Quebra de Glicose para Obtenção de Energia

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GLICÓLISE 
Prof. Dr. Anderson Garcia
Relembrando as aulas anteriores...
• Todo organismo necessita de energia para manter sua organização e metabolismo
• Organismos heterotróficos retiram a energia necessária a sua sobrevivência dos 
alimentos.
• Os carboidratos, lipídeos e proteínas contidos nos alimentos são oxidados e sua 
energia química é armazenada em formas energéticas utilizáveis pela célula como 
ATP, NADH, NADPH e FADH2.
Qual a biomolécula preferencial pelo 
metabolismo para obtenção de energia?
A glicose
Mas por que a glicose?
• Ela é relativamente rica em energia potencial e, por isso, é um bom
combustível; a oxidação completa da glicose a dióxido de carbono e água
ocorre com uma variação da energia livre padrão de 22.840 kJ/mol.
• É solúvel na corrente sanguínea, não precisando de transportadores
proteicos.
• Além disso pode ser estocada na forma de glicogênio nos hepatócitos e
tecido muscular para momentos para suprir a baixa concentração
sanguínea
• Pode ser liberada rapidamente quando o organismo precisa de energia ou
para compor estruturas especiais.
• Há tecidos, células e órgãos que dependem exclusivamente da glicose
para sua atividade como:
• Cérebro: consome aproximadamente 120g de glicose por dia
• Eritrócitos, hemácias ou glóbulos vermelhos do sangue: são 
desprovidos de mitocôndrias, então produzem energia a partir da 
transformação do piruvato à lactato.
• A córnea e o retículo cristalino: são regiões pouco irrigadas por 
sangue e também são desprovidos de mitocôndrias.
• Leucócitos e fibras musculares brancas: têm relativamente poucas 
mitocôndrias e utilizam quase que exclusivamente a glicólise como 
fonte de ATP.
Por dia em um indivíduo adulto são consumidos 40g de glicose para 
produção de ATP por aqueles tecidos que dependem primariamente 
dela
Como a glicose adentra à célula para ser metabolizada ?
Na ausência de insulina, os 
transportadores permanecem 
dentro da células como 
microvesículas de GLUT4 e não se 
ligam à membrana para receber a 
glicose.
A glicose ao entrar na célula pode seguir vários caminhos metabólicos, 
dependendo da necessidade do organismo no momento.
GLICÓLISE
grego (glykys = doce e lysis = quebra)
Quebra de uma molécula de glicose (6C) liberando duas moléculas de piruvato
(3C) através de uma série de reações enzimáticas
Ocorre no citosol e não 
necessita da presença de O2.
Ocorre na mitocondria e 
necessita da presença de O2.
A quebra das moléculas de glicose a piruvato envolve 
um total de 10 etapas (mediadas por enzimas), que 
podem ser divididas em duas fases:
1 etapa (5 reações): é a fase preparatória (gasto de 
energia)
2 etapa (5 reações): é a fase de pagamento (liberação 
de energia)
consumido
Liberado
Diabetes melito tipo 1
Poucas células β-pancreáticas 
incapazes de produzir insulina 
suficiente
Células não liberam receptores 
GLUT4 e a glicose se acumula 
no sangue levando à 
hiperglicemia
Células passam a utilizar ácidos 
graxos para gerar energia e 
corpos cetônicos (acetoacetato
e β-hidroxibutirato)
Corpos cetônicos se acumulam no 
sangue e reduz o pH levando à 
cetoacidose, condição letal
Tratamento: 
Administração de 
insulina