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Estudo dirigido humanista

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ESTUDO DIRIGIDO
Disciplina: Psicoterapia: Abordagem humanista-existencial II
1- Defina existencialismo. Quando surgiu e onde?
Foi um movimento filosófico e literário que surgiu na Europa, pós primeira gurra mundial, ficando mais conhecida após a segunda guerra mundial, o existencialismo pode ser visto como um “clima de pensamento” já que não existiu um fio condutor coerente, o existencialismo é um produto de uma época de crise, entre guerras, e se preocupa com a existência concreta do homem no mundo, portanto tematiza temas como o absurdo da vida, a angústia diante da liberdade e da morte e o desespero diante de si mesmo, que, pensando no contexto de surgimento do existencialismo eram temas gritantes, principalmente aos autores que viveram o horror das duas grandes guerras que demonstraram a falha dos ideais de progresso da humanidade através da razão, traçados pela filosofia iluminista. Nesse sentido, o existencialismo é visto como uma oposição à filosofia desenvolvida na idade moderna, especialmente ao idealismo alemão. 
Fonte: https://www.infoescola.com/filosofia/existencialismo/
2- Como se diferencia o existencialismo da Psicologia existencial?
A psicologia existencial se baseia no existencialismo, porém o existencialismo é uma corrente filosófica que tem como foco a existência humana tendo como pressuposto que a existência humana é resultante das escolhas que uma pessoa fizer em sua vida. Já a psicologia existencial, baseada no existencialismo, tem como pressuposto que o ser humano é livre para fazer escolhas. Logo, elas determinam quem ele se torna perante o mundo e perante a si mesmo e combina grandes questões da filosofia com os princípios da psicologia e psiquiatria. 
Fonte:https://www.ex-isto.com/2018/07/existencialismo-humanismo diferenças html 
3- Defina humanismo. Quando surgiu? 
Humanismo foi um movimento intelectual e cultural que se destaca no período do Renascimento, entre meados do século XIV até o final do século XVI, que se posicionou contrário à Filosofia Medieval, que tomava Deus como uma autoridade superior. O humanismo passou a priorizar o ser humano enquanto figura a ser valorizada e centro de suas reflexões.
Fonte:https://www.ex-isto.com/2018/07/existencialismo-humanismo-diferencas
html 
4- Apresente os aspectos divergentes entre a Psicologia Humanista e Psicologia Existencialista.
O movimento existencial em psicoterapia, pode ser inserida dentro do movimento global da Psicologia Humanista. Porém a psicologia humanista surge nos Estados Unidos após a segunda guerra mundial, tem como principais pressupostos o otimismo, as ideias de que o homem tem impulsos à autorrealização e de que o homem é bom e precisa “se descobrir”, ao contrario da psicologia existencial que nasce na Europa no período entre guerras, sendo uma psicologia mais pessimista, que tem como pressuposto o a ideia de o homem estar condenado a liberdade, e que suas escolhas vão construí-lo, ou seja, que o homem não é bom ou mau, ele toma decisões que vão moldá-lo. 
5- Como surgiu a terceira força da psicologia e o que diferencia a terceira força da psicologia de outras abordagens anteriores?
A psicologia Humanista é tida como a terceira força da psicologia, sendo a primeira o Behaviorismo que traz o homem como um organismo reativo, e o que interessa ao Behaviorismo é o comportamento manifesto, o que pode ser visto e medido. A psicologia Humanista difere do Behaviorismo em alguns pontos, talvez o principal seja o objeto de estudo, enquanto a primeira força se dedica a estudar comportamentos o humanismo não vê o homem como a soma de vários comportamentos isolados, além de crer também na natureza proativa do homem, e não reativa como acreditam os behavioristas, os psicólogos humanistas também não acreditam que as pesquisas com animais sejam relevantes para entender a experiência humana de forma ampla e nem que estudar os comportamentos seja o mais relevante e eficaz para a compreensão humana. A segunda força da psicologia é a psicanálise, tem uma visão do homem que se difere da psicologia humanista, já que o vê como produto de poderosas pulsões de fundo biológico, que se manifestam de acordo com a história do passado de cada um, fixado em emoções originadas de traumas de infância, além de ser fatalista e excessivamente centrada nas enfermidades, a visão humanista do homem é contraria. 
6- Quais foram os representantes do existencialismo. 
Sören Kierkegaard (1813-1855), Heidegger (1889-1976), Sartre (1905-1980), Simone de Beauvoir (1908-1986), Martin Mordechai Buber (1878-1965), Maurice Merleau-Ponty (1908-1961), Karl Theodor Jaspers (1883-1969). 
7- Quem foi Kierkegaard?
O filósofo dinamarquês Soren Kierkegaard (1813-1855) é comumente referido como o “pai do existencialismo.” Kiekegaard declarou: “Eu existo, logo penso”, esta declaração influenciou todo um grupo de filósofos e psicólogos europeus, mudando a sua abordagem ao tratamento. Kierkegaard instituiu a teoria de que o descontentamento humano poderia ser superado somente através de sabedoria interna. Kierkegaard focou sua filosofia em questões existenciais e significados da vida, como: “Quem sou eu?”, “Por que eu existo?”, “Qual a minha contribuição para o mundo”, “Qual o sentido da vida?”, entre outras. 
8- Na visão de Kierkegaard, como se relacionam liberdade e angústia?
Para o pai do existencialismo, Kierkegaard, “A angústia é a vertigem da liberdade”, ou seja, o ser humano, como um ser livre, vive a angústia de ter que escolher e lidar com suas escolhas, não tendo nenhuma forma de fugir dessa angústia, já que não escolher também é uma escolha. 
9- Apresente, descrevendo suas características, os três estágios da existência humana, de acordo com Kierkegaard.
No estádio estético o homem se entrega à imediatidade, busca pelo prazer imediato, e á mais importância à possibilidade de realização do que à própria realização. Os três os modos de ser do estádio estético: a sensualidade, a dúvida e o desespero. 
No estádio ético o homem submete-se à lei moral. Ao falar do estádio ético, Kierkegaard fala do marido fiel: o modo de vida ético é o modo de vida do indivíduo que é correto com a família e trabalhador. Trata-se não mais do indivíduo que busca o prazer, trata-se do indivíduo que ordena sua vida em relação ao cumprimento do dever.
No estádio religioso o homem vai além do estádio ético, esse é o ponto mais alto onde ele pode chegar. No estágio ético o homem se submete as leis morais (leis do homem) no religioso se submete as leis de Deus, ou seja, transgredir uma dessas leis é pecar, portanto o estágio religioso suspende o estágio ético quando necessário. 
10 - De acordo com Kierkegaard, como se constitui o desespero humano e quais suas possíveis consequências?
Segundo Kiekgaard, a liberdade sempre estará relacionada à angústia. Dessa maneira, nenhum ser está isento do desespero, é algo universal, porém em diferentes medidas em nível individual. Na tentativa de resolver o desespero e viver a certeza do eu, perde-se o eu. Torna-se desesperado também quem não tem consciência do eu.
11 - De acordo com Kierkegaard, como o eu pode se perder e como pode se dar o encontro com o eu?
Encontrar o eu é possível através da dialética entre o possível, eterno, temporal, finito e infinito. O “eu” se desespera tanto por falta do possível quanto por falta da necessidade. Quando o campo do possível se amplia em demasia, nada se realiza, portanto, o “eu” carece de real, carece de necessidade. Não se submetendo à necessidade, o homem se perde. 
12 - Como Kierkegaard diferencia o desespero consciente do inconsciente?
Desespero consciente está relacionado com não querer ser si próprio ou querer ser si próprio e se sentir incapaz para tal. Já o desespero inconsciente está relacionado a tornar-se presa da sensualidade, do prazer imediato, do corpo.
13 - Descreva o desespero desafio segundo a visão de Kierkegaard.
O desespero desafio acontece quando o ser não quer ser si próprio e se dá conta do porquê. 
14 - De acordo com Kierkegaard, como se pode ajudar o outro?É preciso ajudá-lo a utilizar vias indiretas de forma de existência, ficando próximo, a começar pelas obras estéticas, desfazer de suas ilusões, ter humildade, paciência e cuidado. É preciso mais do que entender o outro, entender o que o outro entende: deve-se ser um ouvinte atento e complacente e utilizar de interpretações poéticas. 
15 - Quem foi Sartre?
Sartre foi um filósofo, escritor e crítico francês, conhecido como representante do existencialismo. Acreditava que os intelectuais têm de desempenhar um papel ativo na sociedade. Era um artista militante, e apoiou causas políticas de esquerda com a sua vida e a sua obra.
16 - Por que se diz que Sartre propôs uma filosofia da liberdade?
Para Sartre, o homem é o que faz de si próprio. Ou seja, tem liberdade de escolha. A liberdade supõe que exista uma responsabilidade absoluta pelo que resulta de sua ação. Entretanto, essa liberdade não é absoluta, uma vez que o homem vive uma existência concreta situada no tempo e espaço, portanto, condicionada e limitada pelas condições humanas.
17 - Como Sartre explica a existência do homem sem a ideia da essência que o precederia?
Para Sartre, o homem não tem uma essência que o precede, não há pré-determinação em suas atitudes. Acredita que o homem se constitui daquilo que se projeta ser a partir das escolhas que ele faz para si próprio, e não existe nada antes desse projeto.
18 - Por que Sartre diz que o existencialismo é um otimismo?
Sartre acredita que o existencialismo é um otimismo, pois o homem tem a capacidade de mudar seu próprio destino, de forma que esse destino seja melhor tanto para ele quanto para a sociedade. Além disso, acredita que o desespero é ativo, obrigando o homem a agir.
19 - O que seria a náusea para Sartre?
Para Sartre, a náusea seria a angustia da liberdade, diante da possibilidade de fazer escolhas. (O medo diante da liberdade). Essa angústia se distingue da náusea, na medida em que o medo decorre de algo objetivo, enquanto a angústia surge do nada. Um exemplo seria um soldado que tem medo de granadas, porém sente angústia pelo efeito imprevisível que esse medo possa criar em seu comportamento. 
20 - Explique o conceito de má-fé de Sartre e dê exemplos.
Para Sartre, o homem se refugia na má-fé. Assim, má-fé é a concepção de acreditar em algo que não é, quando o sujeito deixa o outro decidir por si. Apesar de ser comparada com mentira, a diferença desse conceito para a má-fé, seria que na mentira o sujeito está consciente da verdade oculta, e na má-fé o indivíduo mascara a verdade para sí. Um exemplo do conceito de má-fé, seria um sujeito que está em um casamento fadado ao fracasso, porém afirma não separar porque a família não aceitaria. Ao aceitar aguentar o casamento ruim para não aguentar as críticas familiares, o sujeito está cometendo má-fé. 
21 - Como o conceito de má-fé se relaciona à concepção sartreana de liberdade?
Tendo em vista que para Sartre, o homem é o que faz de si próprio, responsável, apesar das inferências sociais, por sua liberdade e decisões, o conceito de má-fé traz essa inevitabilidade pela responsabilização de suas escolhas, na medida em que o indivíduo que comete a má-fé mascara a verdade para si, limitando suas escolhas, pelo simples motivo das mesmas serem fontes de angústia. Ao cometer a má-fé, o sujeito está, de certa forma, se privando por vontade própria de exercer sua liberdade. 
22 – Como Sartre diferencia o “em-si” e o “para-si”?
O “em-si” corresponde ao que se encontra fora do sujeito, as coisas materiais, que tem existência em si mesmo. Já o “para-si” é o mundo da consciência, aquilo que tem existência por si mesmo, a realidade humana. O “para-si” tem a capacidade de “nadificar” as coisas e isso é uma prova da liberdade. Assim, o “para-si” faz com que exista o mundo, pois através da consciência o mundo adquire significado.
23 - Diferencie “ser” de “ente” explicando como essa diferenciação se relaciona com a ontologia proposta por Heidegger.
Para Heidegger, “ser” é o que fundamenta a existência do sujeito, enquanto “ente” está relacionado com a existência, a manifestação dos modos de ser. Assim, Heidegger escolhe a fenomenologia para se chegar a uma ontologia (teoria do ser em geral).
24 - De acordo com Heidegger, o que diferencia o ser humanos dos outros seres vivos?
O homem se difere dos outros seres vivos, na medida em que o homem é um “ente”, que tem consciência de existir. As pedras, os anjos, são, mas apenas o homem tem sentido o fato de existir, pelo mesmo tomar consciência de tal fato. 
25 - O que é o “dasein”, de acordo com o Heidegger?
O termo “Dasein” serviu para designar a manifestação do ser enquanto ente. O Dasein se compreende a si mesmo enquanto ser que existe. Segundo Heidegger, a substância do Dasein é a existência e não o espírito enquanto síntese de corpo e alma. O Dasein não pode ser caracterizado fora da existência.
26 - Explique a concepção de autenticidade e queda para Heidegger. Quais seriam as duas formas de inautenticidade em sua visão?
Para Heidegger, quando o sujeito não toma consciência, da própria existência e não se reconhece como radicalmente diferente do não-humano, seria a inautenticidade (queda). As duas formas de inautenticidade seriam a subjetiva (perde-se na coletividade, faz-se o que todos fazem) e objetiva (perde-se na devoção exagerada ao trabalho, no mundo artificial criado pela tecnologia). Assim, a todo momento é preciso fazer uma escolha entre a existência autêntica ou inautêntica. 
27 - Qual a perspectiva de Heidegger sobre a morte?
 Para Heidegger, a morte é uma possibilidade derradeira da existência. É através dela que o homem se totaliza. A angústia da morte pode fazer com que o homem se refugie em uma existência inautêntica e para alcançar a autenticidade, dasein deve superar o estado de queda e deve interiorizar o pensamento da morte, considerando que a morte é um acontecimento último de sua vida, um evento impar e pessoal. Heidegger acredita que toda angústia é uma angústia – diante – da morte e saber lidar com essa angústia e saber aceita-la é uma forma de autenticidade. 
28 - O que são e quais são os existenciais de Heidegger?
 Os existenciais são as dimensões fundamentais do dasein. São: ser - com – o - outro, ser – no - mundo, ser – para – a - morte, temporalidade, espacialidade, corporalidade, disposição, compreensão, cuidado, a queda e a discursividade. 
29 - Explique o entendimento sobre Sorge proposto por Heidegger.
Sorge é cuidado em alemão, também traduzido como cura. O termo refere-se ás relações do ser-com, á condições de estar aberto ás possibilidades de relação. O ser-com e ser-no-mundo se fundam no cuidado, que têm duas formas: a primeira, que é besorge (ocupação), que está relacionada com a relação de dasein com os entes simplesmente dados. E a segunda, fusorge (preocupação) que está relacionada com a relação de dasein com outros seres – aí. 
30 - Como as possibilidades de Fürsorge podem ser relacionadas ao processo terapêutico?
 Pela preocupação substitutiva ou substituição dominadora, que se trata do cuidado que é retirado de um e assumido por outro. Com por exemplo, quando o psicólogo assume o projeto do paciente. E também pela preocupação ou anteposição libertadora, que ocorre quando a presença se antepõe ao outro com o objetivo de lhe devolver o cuidado. Pode dar a impressão de desproteção, mas permite que o sujeito se responsabilize pelo cuidado consigo mesmo. 
31 - Explique como testemunho, débito e decisão se dão na existência humana e como se relacionam com a autenticidade. 
O testemunho, débito e decisão são características próprias da presença. O ser enquanto cuidado constitui-se como estar em débito. Aí, a pre-sença como testemunho de si mesma, assume o seu sentido existencial de estar em débito por dizer não às possibilidades mais próprias do ser. Ao reconhecer seu débito próprio, pode compreender-se a si mesma em seu poder-ser mais próprio. O testemunho, pela disposição da angústia, abre a condição do querer-ter-consciência, segundo o modode ser em débito da pre-sença, possibilitando a escolha de um poder ser em sentido próprio. Dá-se a decisão como escolha existencial que escolhe um ser em si mesmo correspondente a sua estrutura existencial.
32 - Cite as principais abordagens da psicologia existencial com seus principais autores.
 Daseianálise: Binswanger, Boss, Condrau
Logoterapia: Frankl, Fabry, Tengan, Wong
Psicoterapia existencial-humanista norte-americana: Rollo May, Bugental, Yalom, Kirk Schneider
Psicoterapia existencial britânica: Laing, Spinelli, Van Deurzen-Smith, Cohn
Psicoterapia existencial breve: F. Strasser& A. Strasser
Psicoterapia existencial sartreana: Villegas, Erthal, Cannon
33 - Qual a motivação principal da existência de acordo com a Logoterapia e quais técnicas ela utiliza?
 A motivação fundamental da existência seria a procura de significado. Técnicas: apelo, diálogo socrático,Fast-forwarding, intervenção paradoxal, de-reflexão e ganhos e perdas.
34 Quem são os fundadores da Daseinsanálise e o que pretendiam com sua proposta?
•Ludwig Binswanger (1881-1966): psiquiatra suíço, fez sua tese com Jung, foi amigo de Freud e tomou a fenomenologia de Husserl e a filosofia de Heidegger para propor o que, a princípio, era um método de investigação que fosse um ovo caminho para compreensão da psicopatologia. Só posteriormente, teoriza sobre psicoterapia. •MedardBoss (1903-1990): psiquiatra e psicoterapeuta suíço, analisado por Freud, sócio de Jung, amigo de Heidegger, propositor dos seminários de Zollikon, estimulado pelos trabalho de Binswanger, teve interesses de ordem terapêutica ao conhecer a obra de Heidegger. •GionCondrau (1919-2006): Formado em psiquiatria, neurologia e filosofia, Condrau fez seu treinamento com Boss e participou dos seminários de Zollikon. Co-fundador e diretor do Escola de Daseinsanalysis de Zurique.
35 Que concepção Binswanger tem do homem?
36 O quê Binswanger encontrou na fenomenologia que lhe interessou?
37 De acordo com Binswanger, que mecanismos fazem psicoterapia funcionar?
38 Quais regiões de mundo são focalizadas por Binswanger para a compreensão de cada sujeito? Explique cada uma delas. 
39 Como a psicopatologia é entendida na perspectiva da daseinsanálise?
40 Que uso Binswanger faz dos existenciais de Heidegger?
41 Apresente contribuições que Boss trouxe ao campo da psicoterapia.
42 Como Boss concebe a angústia e o tédio e propõe que se lide com eles?
43 Explique como os existenciais se relacionam à noção de psicopatologia na Daseinsanálise e dê exemplos.
44 Como se diferencia a resistência na concepção freudiana e na de Boss? 
Para Freud a resistência está relacionada a tudo aquilo que no discurso do paciente dificulta o acesso ao conteúdo inconsciente, sendo a defesa do sujeito em relação ao sofrimento, angústia, ou lembrança traumática. Boss parte de uma perspectiva psicanalítica e define a resistência como ação ou repulsa do cliente frente às suas possibilidades a partir da liberdade de escolha, decisão. De acordo com Feijoo (2011), a resistência na daseinsanalyse de Boss seria um refúgio do cliente no Mitwelt, na humanidade abstrata, no anonimato, onde há a renúncia das possibilidades peculiares, únicas e originais, e cai no “conformismo social”. Enquanto Freud se importa com o inconsciente, Boss foca na estrutura da existência humana.
45 - Qual são os objetivos da psicoterapia vivencial e como a cura é compreendida nessa perspectiva?
A psicoterapia vivencial visa ampliar a autoconsciência para embasar a possibilidade de escolha, de modo a ajudar o cliente a aceitar os riscos e responsabilidades existentes nas tomadas de decisões, e aceitar a liberdade, usufruir de suas próprias possibilidades de existir. Nas palavras de Erthal: 
“O principal objetivo da psicoterapia vivencial é proporcionar uma maximização da autoconsciência para favorecer um aumento do potencial de escolha; é proporcionar uma ajuda efetiva ao cliente no sentido de descobrir-se e autogerir-se; é ajudá-lo a aceitar os riscos de suas próprias decisões responsáveis, enfim, de aceitar a liberdade de ser capaz de utilizar suas próprias capacidades para existir. (ERTHAL, 1989) "
Nessa perspectiva a terapia não é vista com o intuito de “cura”, mas sim de proporcionar o encontro do paciente com sua própria existência, emoções, história de vida, valores e percepções, para que seja ampliado seu potencial de escolha e seus modos de existir, tendo autonomia para assumir escolhas. A cura seria a aceitação da condição humana, não fugindo da liberdade.
46 - O que é o projeto original, de acordo com a psicoterapia existencial?
O projeto original consiste na construção das experiências e vivências inter e intrapessoais da criança, onde inicia-se na infância. Quando se atinge a vida adulta, o projeto original é notado através das escolhas do indivíduo, que busca sempre confirmar e realizar seu projeto original. De acordo com Santos (2008) o projeto original seria a base sobre qual se encontram todos os outros projetos existenciais do indivíduo, sendo como um fio que une todos os aspectos de uma existência a um total. Com isso, todos os atos se ligam de alguma forma ao projeto original de uma pessoa. Quando há consciência do projeto original, há a possibilidade de ressignificação com a própria escolha, ou a escolha de outro projeto, aumentando a responsabilidade diante à existência.
47 - Como se organiza o método regressivo-progressivo?
O método regressivo-progressivo de Sartre foi inspirado no método de Henri Lefebvre. Sartre propõe a noção de método biográfico como meio de buscar a compreensão da vida do indivíduo partindo de uma perspectiva de temporalidade e totalidade, onde a experiência singular compõe a totalidade universal. Ao mesmo tempo que o homem constrói a história, ele é construído por ela. Esse método busca compreender a história do sujeito como reveladora do seu próprio ser. “Cada uma das condutas humanas, sendo conduta do homem no mundo, pode nos revelar ao mesmo tempo o homem, o mundo e a relação que os une” (Sartre, 1943/2011, p. 44). Há a compreensão das percepções que o cliente tem de seus problemas. Trata-se de um movimento analítico-regressivo, onde se regressa à história do indivíduo para compreender seu ser-no-mundo e um movimento progressivo-sintático que move do passado ao presente para redescobrir o presente, compreendendo toda a história.
48 - Explique a concepção de tempo da psicoterapia vivencial.
De acordo com a psicoterapia vivencial, o tempo é dinâmico, onde o presente não é estático e contém o passado e o futuro percebidos pela mesma pessoa. Seria um tempo não linear, onde o indivíduo precisa transcender o passado. A valorização do passado pode sinalizar uma fuga do presente e das responsabilidades, reforçando a importância do unwelt. 
49 - Explique as etapas do processo terapêutico de acordo com Erthal.
A primeira etapa do processo terapêutico consiste na desorganização do conteúdo expresso e liberação das formas inautênticas de viver, onde não há a consciência da responsabilidade pelos problemas, o contato com as ansiedades existenciais é mais superficial, e há o domínio da razão pela emoção impedindo o encontro com a sua verdade. A segunda etapa é a exploração do problema, onde há a descoberta das formas inautênticas de existência, questionamento dos valores, onde busca-se os mais condizentes com o modo de vida. Neste momento, as construções pessoais estão menos rígidas e as contradições aparecem mais nitidamente. Com isso, o cliente busca uma linguagem mais consciente do eu para avaliar o comportamento. 
A terceira etapa já traz novas formas de ser, com mais autenticidade e novos estilos de vida. Além disso, há o reconhecimento da culpa e do conflito autêntico, fazendo com que o cliente descubra melhor sua personalidade, surge uma organização, onde o que era confuso e sem nexo passa a ser integrado e compreendido sob um ângulo de significação pessoal, o cliente se respeita e reconhece sua capacidade em solucionar aspectos contraditórios, e há aceitação de si mesmo e fimda ruptura entre sentimento e razão.
50 - De acordo com a psicoterapia vivencial, como o terapeuta deve exercer seu papel?
O terapeuta deve exercer seu papel considerando os seguintes aspectos: aceitação incondicional, empatia, respeito pelo cliente enquanto pessoa, congruência (acordo interno, autenticidade, genuinidade) responsabilidade, busca pelo desenvolvimento pessoal, flexibilidade, atitude fenomenológica, leitura de pormenores, percepção atenta e não seletiva, e poder falar de si mesmo.
51 - Apresente a perspectiva das psicoterapias existenciais em relação à concepção de inconsciente e consciência, diferenciando-a em relação à psicanálise.
Para a psicanálise o inconsciente pode ser entendido como um conjunto de processos psíquicos misteriosos para o próprio sujeito, representado metaforicamente pelo iceberg, onde a ponta dele seria nosso consciente e a parte submersa seria o inconsciente. Sua manifestação se dá através de atos falhos, sonhos, chistes e sintomas. Essa ideia está ligada a um determinismo absoluto e ao princípio da causalidade. Enquanto isso, o consciente representa todo material mental acessível ao sujeito, enquanto o pré-consciente seria a ligação entre os dois (consciente e inconsciente) de acordo com a primeira tópica Freudiana. 
Na segunda tópica é representado como ego (eu sou), superego (não posso) e id (eu quero). O ego faz mediações entre as exigências do id, as limitações do superego e a sociedade, sendo o id o inconsciente recalcado. Já na perspectiva das psicoterapias existenciais, a consciência seria um vazio que só é concretizado na relação que estabelece com o objeto em que se dirige intencionalmente, sendo essa consciência uma consciência de um mundo, ato que capta o objeto como percepção, imagem, emoção. 
O existencialismo nega o inconsciente como sendo local que abriga forças ameaçadoras, e vê a consciência como uma estrutura relacional que torna o indivíduo responsável por tudo o que faz em toda sua expressão, sendo a psique entendida como um todo, onde os processos psíquicos autoconscientes e intencionais.
52 - Como a noção de inconsciente pode ser relacionada ao conceito de má-fé para Sartre?
O inconsciente relacionado com a má fé traria a noção de que o inconsciente assume uma posição de minimizar o peso da escolha responsável, sendo apreensão reflexiva da liberdade. O inconsciente acaba por auxiliar na redução das possibilidade de uma existência plena, onde existe um processo psíquico desconhecido que guardaria desejos. Com isso, reduz a responsabilidade do indivíduo diante as suas escolhas e atos inconscientes. Para Sartre, a má fé seria uma tentativa de negar a liberdade e a responsabilidade de escolha, sendo uma estratégia para fugir da angústia de decidir e de suas consequências. Assim, Sartre considerava a teoria Freudiana do inconsciente um exemplo de má-fé. 
53 Relacione causa e motivo, tal como Sartre concebe, às escolhas e à liberdade. 
54 Apresente as concepções da psicanálise de Freud, de Jung e da psicologia existencial em relação aos sonhos diferenciando as perspectivas.
55 Caracterize a relação terapêutica explicando seus elementos estruturais.
56 Como se relacionam a relação terapêutica e a relação bebê-mãe suficientemente boa, de acordo com Giovanetti?
57 Explique o que Giovanetti apresenta como as dimensões psicológicas da relação terapêutica.
58 De acordo com Giovanetti, quais são os pressupostos para o desenvolvimento da relação terapêutica.

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