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Distúrbios Hemorrágicos - PatG

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Patologia Geral 
Distúrbios Hemorrágicos 
Alterações circulatórias (Hemorragia) 
Conceito: ​Extravasamento sanguíneo para fora do sistema cardiovascular 
 
Classificação e nomenclatura 
1. Quanto à origem: 
● Venosa: ​Saída contínua de sangue 
● Arterial:​ Saída intermitente de sangue, devido a alta pressão dentro do vaso 
● Capilar:​ Pouca quantidade de sangue, sangramento local 
● Cardíaca:​ Hemorragia interna, observar manifestações clínicas 
 
2. Quanto à relação com o organismo: 
● Externa: ​Extravasamento para fora da cavidade corporal 
o Epistaxe: ​Sangramento nasal, acontece em adultos geralmente por hipertensão, já em 
crianças, que ainda apresentam vasos sanguíneos frágeis, pode ocorrer por causa de um 
esforço 
o Hemoptise:​ Sangue vivo eliminado pela tosse, acontece em casos de tuberculose, devido a 
pressão realizada durante os episódios de tosse. 
o Melena:​ Sangue negro eliminado nas fezes, proveniente de hemorragia digestiva alta, de 
porções distais do esôfago (refluxo), gastrites ou úlceras gástricas. A hemácias são 
parcialmente digeridas junto com o alimento, dando a coloração escura. 
o Enterorragia:​ Sangue vivo nas fezes, causada por processos inflamatórios na porção 
intestinal, podendo levar a ruptura de vasos. Hemorragia digestiva alta 
o Hematúria:​ Sangue vivo eliminado na urina, causado por um processo inflamatório 
 
● Interna: ​Ocorrem em tecidos ou cavidades orgânicas 
o Hemoperitônio:​ Sangue na cavidade peritoneal, causa tamponamento abdominal 
o Hemopericárdio:​ Sangue na cavidade pericádica, cauda tamponamento cardíaco, dificultando a 
diástole, podendo levar a uma parada cardíaca 
NOMENCLATURA:​ Prefixo HEMO ou HEMATO + termo designativo da cavidade afetada 
 
3. Quanto ao mecanismo de formação: 
● Por ruptura de vasos (Rexe): ​Mais frequentes, geralmente de origem traumática 
o Mecânica: ​Corte, traumatismo 
o Processos destrutivos:​ Tumor maligno, por exemplo em processo de metástase ou necrose, que 
ao levar a morte tecidual pode romper vasos 
o Ruptura por enfraquecimento patológico:​ Envelhecimento, uma vez que causa fragilidade 
vascular; Hipertensão não tratada, devido aos processos de distensão e contração prolongados; 
arteriosclerose e todas as doenças das artérias > Aneurisma 
 
● Por diapedese:​ Sem lesão nos vasos, geralmente a nível capilar e frequentemente do tipo petequial 
o As hemácias fluem através da parede celular intacta 
o Visto comumente nas coagulopatias e nas congestões prolongadas em vênulas e capilares 
(dificuldade de drenagem). Podem ser localizadas, em casos de congestão/obstrução ou 
generalizadas, em casos de viroses, como a dengue hemorrágica 
 
4. Quanto à morfologia: 
● Petéquias: ​Pequenos pontos hemorrágicos, de 1 a 2 mm de diâmetro, 
distribuídos de forma esparsa. Associadas ao sangramento por diapedese 
 
● Púrpuras:​ Maiores que as petéquias, com aproximadamente 1cm de 
diâmetro, muitas vezes é formado pela reunião de petéquias de forma mais 
densa. Esse termo é também utilizado para descrever um quadro 
hemorrágico generalizado (diapedese) 
 
● Equimose:​ Áreas de extravasamento sanguíneo, onde houve ruptura 
vascular. Possui uma formação plana e difusa (sem relevos na pele), 
chamadas de “hemorragias em lençol” 
 
● Hematoma:​ Acumulo de sangue no tecido formando uma espécie de tumor, 
também é causado por uma ruptura vascular, forma uma “bolha” de sangue 
 
● Apoplexia:​ Hemorragia maciça, grave, intensa, com destruição orgânica e 
manifestações gerais graves, acontece em quedas ou ao receber um tiro, por 
exemplo 
 
5. Quanto à intensidade: 
OBS: ​Para uma pessoa de 50kg estima-se em média um volume sanguíneo de 5 litros 
● Leve: ​Quando não interfere significativamente na vida do indivíduo, ocorre uma perda de até 10% 
(500mL) do volume sanguíneo. É o que ocorre em uma doação de sangue por exemplo, não traz 
nenhuma consequência grave. Estimula a medula óssea a produzir células sanguíneas (hematopoiese) 
e o fígado a produzir proteínas plasmáticas, fatores de coagulação. 
 
● Moderada:​ Quando inspira cuidados, mas em si não indica risco de vida ao paciente, perda de mais 
de 10% do volume sanguíneo (1L). As consequências são causadas pela baixa oxigenação, e incluem 
sintomas semelhantes ao de uma anemia, como prostração, lerdeza, falta de animo, dificuldade de 
raciocínio. 
 
● Grave: ​Apresenta rico de vida iminente, ocorre quando afeta órgão essencial ou importante e/ou 
com perda rápida de grandes volumes sanguíneos, ultrapassando 30% (mais de 1,5L). Pode levar a 
um processo de hipovolemia, aumentando o risco de choque hemorrágico > Necessita de transfusão

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