Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Neurobiologia Humana Estudo dirigido Nome: Felipe Aprigio 1. Descreva de modo resumido as principais etapas envolvidas na diferenciação neural. As principais etapas da diferenciação são: Competência: Uma célula torna-se competente quando é capaz de iniciar sua diferenciação assim que recebe os sinais/estímulos necessários para se originar em um precursor neural, ou seja, essa célula tem que estar pronta para ser estimulada e sofrer essa diferenciação em célula neural. Especificação: acontece quando as células recebem uma cadeia de sinais específicos para sofrer diferenciação em células precursoras neurais. Caso essa sinalização (estímulos) seja cessada (parada), as células ficam estacionadas (paradas), e voltam ao seu estado anterior, e ficam aguardando novos estímulos para se diferenciarem. Comprometimento: nesta etapa, as células continuam a receber estímulos/sinais para se diferenciarem em células precursoras neurais e posteriormente se tornarem neurônios, mesmo se houver sinais que possam reprimir essa diferenciação ou essa característica neural na célula. Diferenciação: nesta espata, as células precursoras neurais cessam a divisão mitótica, ou seja, cessam sua multiplicação celular, assim saindo do ciclo celular para se tornarem neurônios pós-mitóticos. Então, para ser um neurônio, a célula tem que sofrer sua última mitose, pois os neurônios não se multiplicam. 2. Por que os cones de crescimento têm dificuldade de crescer no sistema nervoso central adulto? Discuta brevemente a relevância deste fato. O cone de crescimento é uma estrutura sensível que guia os axônios em direção aos seus alvos, seja nas regiões próximas ou distantes. O cone de crescimento está presente na extremidade axonal, sendo uma estrutura dinâmica A importância do cone de crescimento é orientar os axônios a alvos específicos, sejam eles células ou um grupo de células. Com isso, o cone de crescimento não vai conseguir crescer, irá se atrofiar no cérebro adulto. Isso é uma vantagem para que não ocorra uma sinestesia (bagunça de informação) e conexões desordenadas, sendo assim, se o cone de crescimento crescer depois do circuito cerebral estar formado, pode levar ao aparecimento de consequências irreversíveis. Um dos principais inibidores do cone de crescimento é a mielina (a vida adulta começa quando ocorre o término da mielinização), além da rede perineuronal, que é composta por C5PG, que atua impedindo que os terminais sinápticos realizem sinapses no tecido, assim o neurônio fica inconectável, essa rede se acumula ao longo da vida (aumento da rede perineuronal e diminuição da plasticidade). Quando mais velho a gente fica, mais difícil fica para o cone de crescimento crescer. Um neurônio já formado pode ramificar seus axônios, porém com a idade isso diminui. 3. O que é neuroplasticidade, qual a sua importância e como ela muda com a idade? A neuroplasticidade é a capacidade da célula nervosa em modificar sua estrutura e função em decorrência dos padrões de experiência. Seja modificando a função de conexões já existentes, estabelecendo novas conexões ou removendo conexões já existentes. A neuroplasticidade transpõe as limitações impostas pelo genoma e permite adaptação às pressões ambientais, mudanças fisiológicas, físicas, sociais, lesões e experiências, e permite que o cérebro se adapte às diferentes circunstâncias e também é importante para a aprendizagem durante a infância. A plasticidade vai se modificando de acordo com o que construímos ao longo da vida, sendo assim, é possível aumentar ou diminuir a plasticidade de acordo com o ambiente, se tivermos uma rotina de previsibilidade diminuímos a nossa plasticidade. À medida que o tempo passa ficamos menos plásticos porque o aprendizado se torna mais difícil e a capacidade cognitiva cai, todavia somos mais precisos nos sentimentos diferente de uma criança. 4. Diferencie sensação e percepção. A sensação é basicamente uma resposta de um receptor sensorial a estímulos externos, ou seja, é uma resposta fisiológica do organismo. É um processo em que os sentidos humanos convertem a energia de um estímulo em mensagens neurais e que provoca reações. Já a percepção é o julgamento dado pelo sujeito com base nas informações das sensações. É a interpretação por parte do indivíduo do que foi captado pelos sentidos. É um processo que pode ser influenciado por fatores fisiológicos e psicológicos, tanto quanto por questões externas como aspectos culturais e sociais. Por exemplo, uma mesma sensação pode gerar percepções distintas em pessoas diferentes. Isso porque cada indivíduo tem suas próprias experiências e a partir delas constrói percepções diferentes em diversos aspectos. Entretanto, pode-se esperar que um grupo de pessoas que vivem num mesmo local e tenham costumes parecidos apresentem uma percepção sensorial com um padrão semelhante, isso acontece porque as experiências vividas são semelhantes. 5. A dor é normalmente de natureza desagradável. Qual a relevância deste fato para a nossa saúde? A dor é uma experiência sensorial e emocional desagradável associada a uma lesão tecidular real ou potencial. A sensação de dor é fundamental para a sobrevivência, sendo o primeiro indicador de qualquer lesão tecidual. Qualquer estímulo que resulta em lesão ou ferimento conduz a uma sensação de dor, entre eles o calor, o frio, a pressão, a corrente elétrica, os irritantes químicos e até mesmo os movimentos bruscos. Diferente de outros sistemas sensoriais, todavia, o sistema sensorial para a dor é extremamente amplo; uma sensação dolorosa pode ser iniciada em qualquer parte do corpo ou no próprio sistema nervoso central (SNC). Vários locais são emparelhados aos vários tipos de sensações de dor. A sua percepção é claramente uma rica e multidimensional experiência, a qual varia tanto em qualidade quanto em intensidade sensorial, assim como em suas características afetivo-motivacionais. 6. Do ponto de vista evolutivo, qual o valor adaptativo das seguintes emoções: a. Medo: É despertado frente a um evento causado pelo ambiente ou por outra pessoa, e que é avaliado como ameaçador (ameaça), gerando a interpretação de incerteza ou falta de controle em relação ao que pode ocorrer, tipicamente resultando numa resposta de fuga que objetiva colocar o indivíduo de volta em segurança. Alguns modelos localizam a ansiedade dentro da categoria medo, pois, em ambos os casos, considera-se a emoção como uma resposta a um perigo, presente ou não. b. Raiva: Surge ao se deparar com um obstáculo avaliado como hostil, interferindo no que se está fazendo ou intencionando fazer. Se se tem a percepção de que a interferência é intencional, em vez de acidental, de modo a parecer que a pessoa interferindo escolheu essa ação, o nível de raiva pode ser ainda maior. Além de pessoas, a frustração com objetos inanimados também pode causar raiva. Essa emoção gera uma tendência de ataque que visa remover aquele impedimento e mudar a situação atual, frequentemente de modo que destrua ou prejudique o alvo c. Alegria: Ocorre diante do ganho de algo avaliadocomo sendo de valor, para o qual se segue uma tendência de retenção ou repetição. O que se ganha pode ser desde um objeto até uma situação ou evento que seja valorizado. Como consequência da expressão de alegria, normalmente tem-se o ganho de recursos e uma interação positiva com o que propiciou a situação. O significado de alegria atualmente tornou-se muito próximo de satisfação com a vida e bem-estar subjetivo, sendo que esses termos têm sido frequentemente utilizados para descrever o mesmo tipo de fenômeno d. Tristeza: Surge quando há perda de algo ou alguém considerado de valor, gerando sensação de abandono e a busca por uma ligação novamente com o mesmo ou com outro objeto, sendo as manifestações mais frequentes o choro, o afastamento e o silêncio. São diversos os tipos de perda que podem eliciar a tristeza, desde a rejeição de uma pessoa querida ou importante, a perda da saúde ou parte do corpo, e até a perda de um objeto valorizado. Trata-se de uma das emoções mais duradouras. A angústia pode ser incluída nesse grupo, e inclui agitação associada a desesperança.
Compartilhar