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ENSINO FUNDAMENTAL 8º ANO _CIÊNCIAS_VOLUME 4 (PROFESSOR)

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8o. ano
Volume 4
ooo
Ciências
Livro do professor
Diversidade de animais: 
os invertebrados 2
7
8 Diversidade de animais: os vertebrados 30
O projeto gráfico atende aos objetivos da coleção 
de diversas formas. As ilustrações, diagramas 
e figuras contribuem para a construção correta 
dos conceitos e estimulam um envolvimento 
ativo com temas de estudo. Sendo assim, fique 
atento aos seguintes ícones:
Representação artística
Imagem ampliada
Fora de escala numérica
Escala numérica
Formas em proporção
Imagem microscópica
Coloração artificial
Coloração semelhante à natural
Fora de proporção
Coloração artificial
Representação artística
Imagem ampliada
Fora de escala numérica
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Coloração artificial
Coloração semelhante à natural
Fora de proporção
Livro
didático
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O reino dos animais abrange uma grande variedade de indivíduos, incluindo nós, os seres humanos. 
De um modo geral, podemos separar os animais em dois grandes grupos: vertebrados e invertebrados.
1. Que características identificam um animal?
2. Você saberia dizer quais são as diferenças entre vertebrados e invertebrados?
3. Observe com atenção as imagens acima e circule os animais invertebrados. Por que você fez essas escolhas?
Diversidade de animais: 
os invertebrados
7
Este tema está ausente na BNCC devido ao enfoque dado a outros temas. É necessário, portanto, um novo olhar para o 
ensino dos animais. Alguns termos e exemplos foram suprimidos nessa transição, o que exigirá uma adaptação curricu-
lar. Caso julgue necessário, amplie alguns enfoques, de acordo com a realidade local. Nessa etapa de grande mudança na 
educação, construiremos juntos uma nova forma de ver e ensinar Ciências.
Encaminhamento do tema de abertura do capítulo.1
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Objetivos
• Caracterizar os animais invertebrados.
• Identificar diferentes grupos de animais invertebrados.
• Associar os invertebrados ao seu modo de vida.
• Compreender a importância ecológica dos invertebrados.
Todos os animais têm células eucarióticas, ou seja, suas células apresentam núcleo celular diferenciado; são 
constituídos por várias células; e, também, são organismos heterótrofos, isto é, alimentam-se de outros seres 
presentes no ambiente.
Os animais podem ser divididos em dois grupos principais: os invertebrados e os vertebrados.
Vamos iniciar o estudo dos animais pelos invertebrados, estudando inicialmente os poríferos e os cnidários.
Poríferos e cnidários
Os invertebrados fazem parte do grupo mais numeroso e variado de animais. Alguns têm o corpo mole, 
outros, uma concha ou um esqueleto externo que os protege, mas todos têm como característica o fato de não 
terem vértebras (ossos formadores da coluna vertebral). 
Há mais de 600 milhões de anos, o nosso planeta era muito diferente do que conhecemos hoje. Os continen-
tes, os oceanos, a atmosfera, o clima e os seres vivos que existiam aqui eram muito diferentes. Atualmente já se 
sabe que os primeiros seres vivos sugiram na água e que os primeiros animais eram aquáticos e invertebrados. 
Poríferos
Você já viu uma esponja-do-mar? Esse animal faz parte do filo dos 
poríferos, um grupo numeroso, que, na sua maioria, vive em ambien-
te marinho. As esponjas são organismos sésseis e bentônicos, isto é, 
vivem fixas e no fundo dos oceanos ou dos rios. Elas têm tamanhos va-
riados, podendo ser muito pequenas, em formas de tubo, ou grandes, 
como as esponjas-barril, que podem ter mais de um metro de diâ-
metro. Apresentam várias células (multicelulares) que não formam 
tecidos verdadeiros.
As esponjas são animais filtradores, isto é, retiram seu alimento da água que circula pelos seus corpos. Essa 
circulação de água é fundamental para esses seres vivos, uma vez que não se locomovem. A circulação da água 
e a absorção dos nutrientes por filtração acontecem com a participação de células especializadas, denominadas 
coanócitos. A água que entra através dos poros sai por uma abertura maior, chamada de ósculo.
Importante destacar que a categoria dos invertebrados não forma um grupo 
homogêneo. É um agrupamento com grande variedade de organismos, mas, 
apesar disso, essa denominação é muito utilizada.
O filo dos poríferos é assim chamado 
por conter animais que apresentam 
diversos poros na superfície do corpo 
(porífero significa “portador de poros”). 
Água e partículas
alimentares entram
pelos poros
Ósculo
Saída da água
via ósculo
Flagelo
Poro
Espículas
Coanócito
Partículas
alimentares
entrando no
coanócito
Circulação de água através do corpo de uma esponja. No detalhe, 
coanócitos, células que auxiliam na circulação e digestão das esponjas.
• Esponja-barril, encontrada em mares tropicais
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As esponjas têm textura e rigidez variadas. Seu esqueleto mineral é formado por espículas, que são estrutu-
ras microscópicas entrelaçadas. Também podem apresentar uma rede feita de um material proteico, a espon-
gina. Elas apresentam uma grande capacidade de regeneração, refazendo porções perdidas. O fragmento que 
se desprende também pode se regenerar, dando origem a um novo indivíduo. 
A reprodução dos poríferos acontece de duas formas: assexuada e sexuada.
A reprodução assexuada ocorre, normalmente, pela formação de um broto que se desenvolve e dá origem a uma nova 
esponja (brotamento). 
Esponja
Brotamento Broto
Esponja
recém-formada
• Reprodução assexuada por 
brotamento em uma esponja
Na reprodução sexuada, os gametas masculinos são 
lançados na água e seguem até uma esponja fêmea, na 
qual passam pelos poros e se fundem às células para 
atingir o óvulo. Indivíduos de algumas espécies formam os 
dois tipos de gametas (são hermafroditas). A fecundação 
dá origem a uma larva, que se locomove com a ajuda de 
cílios. Essa larva se fixa a um substrato e se desenvolve, 
transformando-se numa esponja adulta.
Larva
Assentamento
da larva e
transformação
Espermatozoides
Esponjas adultas
Óvulo
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• Reprodução sexuada nos poríferos
Importância ecológica dos poríferos
Os poríferos são fundamentais para o equilíbrio dos 
ambientes aquáticos, pois servem de abrigo, alimento e 
local para reprodução de diversos seres vivos, como peixes, 
crustáceos e moluscos.
Além disso, as esponjas estabelecem uma relação ecológica 
com microalgas em que ambos os organismos se beneficiam. 
A esponja fornece proteção às algas, que, em troca, fornecem 
nutrientes essenciais à esponja. As cores variadas das esponjas 
resultam, muitas vezes, dessa associação com microalgas.
Por filtrarem uma grande quantida-
de de água, as esponjas são sensíveis 
à poluição dos ambientes aquáticos, 
indicando as condições ambientais do 
local. Por esse motivo, as esponjas são 
importantes bioindicadores.
Sugestão de leitura. 2
Sugestão de leitura: Esponjas contra o câncer.3
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• Moreia-pintada em uma esponja
Os bioindicadores são organismos que respondem às alterações ambien-
tais, pois a qualidade, a quantidade e o comportamento dos indivíduos, 
bem como a presença de contaminantes em seus tecidos, podem indicar 
o estado de contaminação do ecossistema, fornecendo informações sobre 
a situação ambiental, como os efeitos da poluição do ar, da água ou do 
solo. Os pesquisadores, ao observarem o comportamento dos bioindica-
dores, podem monitorar as condições ambientais e perceber alterações 
nosambientes. São exemplos de bioindicadores: os poríferos, os liquens, 
os insetos, os anfíbios, as bactérias, os corais, etc. 
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8o. ano – Volume 44
É comum encontrar caravelas e águas-vivas na areia da praia, trazidas pelas correntes marinhas e pela ação 
dos ventos. Como elas têm nematocistos capazes de provocar queimaduras, o recomendável é ter bastante 
cuidado ao chegar próximo desses animais, evitando, principalmente, tocar em seus tentáculos. Em algumas 
espécies, os nematocistos continuam ativos mesmo após a morte do animal.
Os cnidários alimentam-se de peixes, crustáceos, vermes e outros animais. As presas capturadas pela ação 
dos nematocistos têm as partes moles do seu corpo digeridas; as partes mais duras são eliminadas pela boca.
Cnidários como as anêmonas, os corais e as hidras são encontrados fixos a um substrato. Essa forma de vida recebe 
o nome de pólipo. Já as águas-vivas são capazes de nadar livremente, sendo essa forma chamada de medusa. 
Os pólipos apresentam o corpo em forma tubular, uma 
de suas extremidades é fechada e fixa a um substrato; a 
outra extremidade, onde se localiza a boca, é aberta e ro-
deada de tentáculos. Em muitas espécies fixas, a deposição 
do esqueleto calcário de diversas gerações forma os corais, 
que, ao longo do tempo, podem se tornar muito extensos, 
formando os recifes de corais.
Observe a ilustração ao lado.
O grupo dos poríferos é considerado como o 
mais simples entre todos os animais. No entanto, 
entre as esponjas-do-mar, existem algumas 
que são mais complexas que outras. Você seria 
capaz de determinar, entre os tipos de esponjas 
apresentadas nas imagens, qual é o mais complexo? 
E o mais simples? Justifique as suas respostas.
Organize as ideias 
Cnidários
O filo dos cnidários é representado por águas-vivas, caravelas, anêmonas e corais.
Mesmo sendo invertebrados simples, os cnidários apresentam células organizadas em tecidos, isto é, con-
juntos de células especializadas para realizar determinada função, como o revestimento do corpo. Por apresen-
tarem várias células, organizadas em tecidos verdadeiros, os cnidários são considerados pluricelulares.
O nome “cnidário” deve-se ao fato de 
que os animais desse grupo apresentam 
cnidoblastos (células especializadas) 
no interior dos quais existe uma estru-
tura, o nematocisto, capaz de produ-
zir uma substância urticante, utilizada 
como mecanismo de defesa e captura 
de suas presas.
Por causa deles, os organismos perten-
centes ao filo dos cnidários podem provo-
car queimaduras e irritações também na 
pele humana, como as conhecidas quei-
maduras por águas-vivas, acidentes mui-
to comuns em algumas praias brasileiras 
em determinadas épocas do ano.
Áscon Sícon Lêucon
As esponjas do tipo lêucon são as mais complexas por apresentarem uma rede de canais internos ao 
corpo, em que circula a água. Já as do tipo áscon são as mais simples, pois a água circula apenas em um 
canal na porção interna da esponja. 
Tentáculos
urticantes 
Boca
Cnidoblasto
Nematocisto 
Filamento
Ao receber o estímulo, ocorre a liberação do nematocisto
• Localização do cnidoblasto em água-viva e esquema 
da ação desse tipo de célula para ataque e defesa
A caravela é um exemplo de colônia, ou seja, um conjunto de seres vivos da mesma 
espécie que estão unidos. As caravelas são responsáveis por muitos acidentes no 
Brasil, pois o contato com seus tentáculos pode causar queimaduras graves.
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Cavidade digestiva
Boca
Tentáculos
Cavidade digestiva Medusa
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Pólipo
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Sugestão de filme: Procurando Nemo.4
©Shutterstock/ABC.pics
• Trecho da barreira de 
corais australiana
• Estrutura corporal de um pólipo (anêmona) e de uma medusa (cubomedusa)
Águas-vivas adultas
lançam seus gametas
na água Larva
Fase de pólipo
Pólipos com fase
imatura de
medusa
(éfira)
Liberação
da éfira
• Brotamento em hidra 
(pólipo)
Os cnidários podem se reproduzir de forma assexuada e sexuada. 
Os pólipos, como as anêmonas, geralmente apresentam reprodução assexuada por brotamento, 
semelhante ao que ocorre com os poríferos. As águas-vivas, por sua vez, realizam reprodução sexuada. 
Elas têm sexos separados e lançam seus gametas na água, onde ocorre a fecundação.
Vivendo sozinhos ou em colônias, todos os cnidários são aquáticos e a maioria vive em ambiente marinho.
Os corais se desenvolvem em águas quentes, com temperatura superior a 18 °C 
durante todo o ano. Vivem em águas rasas com, no máximo, 36 metros de pro-
fundidade, uma vez que necessitam da luz solar para o crescimento de algas que 
auxiliam na alimentação e na formação do esqueleto da colônia.
Importância ecológica dos cnidários
Os cnidários são animais de grande importância ecológica nos ambientes ma-
rinhos, participando da maioria das teias alimentares marinhas. 
Os recifes de corais são fundamentais para o equilíbrio dos sistemas aquáticos 
de diversas partes do mundo. Eles propiciam abrigo para muitas espécies de peixes e 
de outros animais, atraindo predadores de lugares distantes, que buscam alimento 
ali. No nordeste brasileiro, há regiões com recifes de corais, mas a maior dessas for-
mações é a grande barreira de corais existente na Austrália, com cerca de 2 000 km 
de comprimento.
Algumas espécies de cnidários 
podem apresentar alternância 
de gerações, na qual ocorre tanto 
a reprodução sexuada quanto a 
assexuada. Nesse tipo de ciclo 
de vida, estão presentes as duas 
formas: pólipos e medusas. A fase 
de pólipo gera, assexuadamente, 
uma forma imatura de medusa, 
que se transforma em uma 
medusa adulta. Esta realiza 
reprodução sexuada, gerando 
uma larva que, ao encontrar um 
substrato, origina um pólipo. • Ciclo de reprodução com alternância de gerações em cnidários
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8o. ano – Volume 46
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• Branqueamento dos corais
Informações adicionais sobre recifes de corais.5
Atividades
 1. Leia atentamente o texto a seguir.
Muitos corais se associam com algas chamadas de 
zooxantelas. Nessa relação, a alga fornece alimento para o 
coral, que a retribui fornecendo sais minerais e gás carbônico. 
Além disso, essas algas colaboram para a formação do 
esqueleto calcário do coral. 
O aquecimento global e a poluição dos mares interrompem a relação 
dos corais com as algas, causando o fenômeno do branqueamento, que 
pode ocasionar a morte dos corais e das espécies que dependem deles.
MARANHA, Fernanda. Esponjas monitoram poluição do ambiente. 
Disponível em: <http://www.usp.br/aun/antigo/exibir?id=5432&ed= 
964&f=18>. Acesso em: 14 nov. 2018.
De acordo com o texto e seus conhecimentos, 
responda às questões propostas.
a) O que são bioindicadores?
São organismos que indicam o estado do ambiente, 
refletindo as alterações do seu hábitat.
b) Quais as características dos poríferos que fa-
zem deles bioindicadores?
São filtradores e, por isso, são sensíveis às alterações 
ambientais de diversos ambientes aquáticos.
Sobre algumas características encontradas nesse 
grupo animal, marque C para as afirmativas corre-
tas e I para as incorretas. Converta as frases incor-
retas em corretas e registre-as nas linhas a seguir.
a) ( C ) O nome do grupo – poríferos – está 
relacionado com o grande número de poros 
existentes no corpo desses animais.
b) ( I ) As esponjas são animais com tecidos 
complexos e esqueleto formado por espí- 
culas ósseas. 
c) ( C ) Os poríferos dependem da água para 
se nutrir, uma vez que filtram dela pequenas 
partículas orgânicas que servem de alimento.
d) ( I ) As esponjas adultas são capazes de na-
dar livremente em determinadas épocas do 
ano, em busca de parceirospara se reproduzir. 
Foi Aristóteles quem clas- 
sificou as esponjas como 
plantas, na Grécia Antiga, 
mais ou menos em 350 a.C. 
Nesta época, também come-
çou a utilização de uma espécie de esponja 
para esfregar a pele durante o banho, méto-
do usado até hoje, mesmo com a industriali-
zação de esponjas artificiais. A classificação 
no reino animal só se deu no século XVIII, 
depois dos poríferos terem sua fisiologia es-
tudada e reconhecida como sendo a de um 
animal. 
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MUSITANO, Manuela. Esponjas. Disponível em: <http://www.invivo.fiocruz.
br/cgi/cgilua.exe/sys/start.htm?infoid=1021&sid=2>. Acesso em: 14 nov. 2018.
 2. Uma característica marcante dos poríferos é a 
presença de
a) uma substância urticante, utilizada na defesa 
e captura de alimentos.
b) diferentes tipos de tecido.
X c) coanócitos, células com função de filtração.
d) muitas espécies na forma de medusa.
e) esqueleto, o que possibilita a formação dos 
recifes.
 3. Leia atentamente o texto a seguir.
d) As esponjas são animais fixos aos substratos. Apenas 
suas larvas podem nadar.
b) As esponjas são animais simples, sem tecidos verda-
deiros, com esqueleto formado por espículas ou por 
espongina.
Estes animais, do filo Porifera, alimentam-se 
por filtração de água e têm sua fisiologia baseada 
apenas em aproximadamente 20 tipos de células. 
Sem órgãos nem tecidos desenvolvidos, possuem 
até mesmo características de seres unicelulares. 
[...] Por permanecerem fixas no solo, estão ex-
postas às alterações do ambiente e, graças a sua 
sensibilidade, conseguem registrar tais alterações.
São excelentes filtradores, chegando a filtrar até 
24 mil litros de água, por quilograma, por dia [...].
 Ciências 7
 4. Observe as ilustrações e, depois, responda às questões propostas.
a) Quais são os processos realizados pelas esponjas que estão indicados nas letras A e B, respectivamen-
te?
Na letra A, reprodução por brotamento; na letra B, 
regeneração.
b) Explique como ocorre a reprodução nos poríferos.
Os poríferos podem se reproduzir de formas assexuada e 
sexuada. Na forma assexuada, ocorre a formação de um 
broto na lateral da esponja, que dá origem a um novo 
indivíduo. Esse tipo de reprodução é chamado de brotamento. 
Na sexuada, os gametas são lançados na água e entram, por meio 
dos poros, no corpo de outra esponja, onde realizam a 
fecundação.
 5. Os cnidários são animais aquáticos que apresentam formas diferentes, de acordo com o modo de vida. 
Observe as ilustrações que representam essas formas em corte longitudinal.
a) Como são denominadas as formas I e II?
I – pólipo; II – medusa.
b) Escreva a seguir quais são os animais representados.
I – hidra ou anêmona; II – água-viva.
c) Em relação à sobrevivência no ambiente, qual a vanta-
gem que a forma II tem sobre a forma I?
As formas de medusa podem explorar diferentes locais para a 
reprodução e para a procura de alimento.
 6. Na época do verão, aumenta a frequência de acidentes com cnidários, principalmente águas-vivas. Leia 
algumas recomendações para tratar das lesões causadas por esses animais.
III
• Lavar o local ou fazer compressas com água do mar gelada.
• Aplicar vinagre (lavar o local e fazer compressas ou aplicar uma pasta de vinagre e farinha de trigo).
Esponja íntegra
Broto
Indivíduo unido
Esponja
desagregada
Esponjas
reconstruídas
A
B
HADDAD JUNIOR, Vidal. Animais aquáticos de importância médica no Brasil. Revista da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical, Uberaba, 
v. 36, n. 5, p. 596, set./out. 2003.
a) Quais são as células do cnidário responsáveis pelas queimaduras? Cnidoblastos. 
b) Qual a importância dessas células na vida dos cnidários? Captura de presas e defesa. 
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8o. ano – Volume 48
Platelmintos
Os platelmintos têm o corpo mole e achatado e podem viver livremente nos ambientes aquáticos e ter-
restres úmidos. Há as espécies parasitas, como a tênia e o esquistossomo, e as de vida livre, como a planária.
Planária
A planária é um platelminto de vida livre, isto é, não é 
parasita, e pode ser encontrada tanto nos ambientes aquá-
ticos quanto terrestres de grande umidade. Alimenta-se de 
pequenos animais e de restos de animais mortos. O corpo 
da planária tem uma coloração que a ajuda a ficar camuflada 
no ambiente. Na extremidade anterior do corpo, localizam-
-se os ocelos, estruturas mais simples que os olhos, com ca-
pacidade de perceber as diferenças de luminosidade.
Na região ventral, há pequenos cílios que a auxiliam na locomoção e abertura da faringe. Para se alimentar, 
a planária lança a faringe sobre o alimento, que é parcialmente digerido e segue para o intestino.
A planária é hermafrodita, ou seja, cada animal tem o sistema reprodutor masculino e o feminino. Na 
reprodução, duas planárias se unem por seus poros genitais e trocam espermatozoides; por isso, a fecundação 
é cruzada. Depois, as duas planárias lançam seus ovos na água, os quais, após algum tempo, ao eclodir, dão 
origem a planárias jovens.
As planárias também podem se reproduzir de modo assexuado, quando o corpo se alonga e se divide em 
dois. Também apresentam grande capacidade de regeneração.
Platelmintos e nematódeos
Leia, com bastante atenção, a tirinha a seguir.
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WATTERSON, Bill. Os dias estão simplesmente lotados. Cambuci: Best News, 1995. v. 1, p. 61.
• Para você, o que é um verme? O que esse termo lembra? Que animais são considerados vermes?
• Discuta esse assunto com seus colegas. Depois, escreva a conclusão a que vocês chegaram.
Apesar de a maioria das pessoas já ter ouvido falar sobre vermes, parece ser um pouco difícil encontrar uma 
definição para o que é realmente um verme. Os platelmintos e os nematódeos são exemplos de animais que 
popularmente são conhecidos como vermes. 
Normalmente, a palavra “verme” faz lembrar alguns animais rastejantes e moles e as doenças a eles relacio-
nadas, chamadas de verminoses. É importante lembrar que muitas espécies não são parasitas, ou seja, muitas 
delas têm vida livre.
Orientação sobre a atividade.6
Ocelos
Região dorsal
Região ventral
Poro genital
Boca
Faringe
• Desenho esquemático das princi-
pais regiões do corpo da planária
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 Ciências 9
Ciclo da esquistossomose 
 1. Os esquistossomos (Schistosoma 
mansoni) se alojam no intestino da 
pessoa infectada, local onde deposi-
tam os seus ovos, que são eliminados 
para o exterior com as fezes, conta-
minando o solo e a água. Na água, os 
ovos liberam pequenas larvas chama-
das de miracídios.
 2. Essas larvas penetram facilmente 
nas partes moles dos caramujos do 
gênero Biomphalaria, onde se mul-
tiplicam e se transformam em outra 
larva, chamada cercária.
3 e 4. As cercárias saem do caramujo 
e nadam até encontrar uma pessoa, 
na qual penetram através da pele e 
iniciam a infecção. 
 5. As cercárias invadem o corpo, onde se alimentam de sangue e se tornam vermes adultos. Por volta 
do vigésimo dia após a infecção, os vermes se reproduzem, as fêmeas novamente botam ovos e 
inicia-se um novo ciclo.
Esquistossomo
É o verme responsável por causar uma doença chamada esquistossomose, popularmente conhecida 
como barriga-d’água. Essa doença está relacionada à contaminação da água e depende da ação de outro 
invertebrado, um caramujo que vive na água doce (Biomphalaria).
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• No detalhe acima (5), Schistosoma mansoni ma-
cho, em azul, e fêmea, em rosa (cores artificiais)
Se uma pessoa ingerir os ovos da Taenia solium, 
que podem estar presentes na água ou em ali-
mentos contaminados, ela adquirea cisticer-
cose. Nessa doença, as larvas que eclodem dos 
ovos (cisticercos) podem se alojar no cérebro, 
originando a neurocisticercose. 
O esquistossomo macho, adulto, mede cerca de 1 cm e a fêmea, 1,5 cm. Macho e fêmea vivem unidos, ocu-
pando os vasos sanguíneos do fígado e do baço, o que aumenta o volume da região abdominal, de onde vem 
o nome popular da doença: barriga-d’água. A pessoa infectada pode eliminar centenas de ovos diariamente.
Tênia
A tênia, conhecida popularmente por solitária, é responsável por causar a teníase. O corpo da tênia é 
achatado, com um formato que parece uma fita, e é dividido em três partes: a cabeça ou escólex; o pescoço 
ou colo; e o corpo, formado por anéis chamados de proglotes ou proglótides. Nos seres humanos, a infestação 
ocorre principalmente por meio de duas espécies de tênias, a Taenia solium, que tem o porco como hospedeiro, 
e a Taenia saginata, cujo hospedeiro é o boi.
Os nutrientes de que a tênia adulta necessita para sobreviver são retirados diretamente do intestino delgado do 
seu hospedeiro. As tênias se fixam à parede intestinal por meio de ganchos e/ou ventosas.
A reprodução da tênia é sexuada e ocorre pelo encontro 
do espermatozoide com o óvulo no interior da tênia por 
autofecundação, pois as tênias são hermafroditas e produzem 
seus próprios gametas femininos e masculinos. Os proglotes 
cheios de ovos, localizados na porção final do corpo da tênia, 
são liberados, reiniciando o ciclo de vida das tênias.
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8o. ano – Volume 410
Importância ecológica dos platelmintos
O filo dos platelmintos tem uma importância ecológica relevante, principalmente porque parasitam diver-
sos seres vivos, incluindo seres humanos e outros mamíferos, diversas espécies de peixes, aves e insetos. Em 
muitos casos, essas doenças parasitárias podem levar à morte de seu hospedeiro. 
Muitos platelmintos de vida livre, que vivem no solo e em ambientes aquáticos, alimentam-se de restos 
de animais, tendo grande importância na degradação da matéria orgânica. Algumas espécies de vida livre são 
bioindicadoras da qualidade ambiental, pois são sensíveis a diversos tipos de poluente.
Nematódeos
Os nematódeos são vermes de corpo cilíndrico, alongado e com as extremidades afiladas (semelhantes a 
fios). A maioria deles é encontrada em vida livre, mas alguns são parasitas. Os animais do filo dos nematódeos 
apresentam estrutura corporal mais complexa do que os platelmintos. Os nematódeos mais conhecidos são as 
lombrigas, os ancilóstomos e as filárias.
Ancilóstomo e necátor
O Ancylostoma duodenale e o Necator americanus 
são dois nematódeos responsáveis por causar uma doen-
ça denominada ancilostomíase, popularmente chamada 
de amarelão pelo fato de os doentes apresentarem a pele 
amarelada, resultado de uma forte anemia. Esses vermes 
parasitam o ser humano, fixando-se nas paredes do intes-
tino. Uma vez fixo, o verme perfura a parede intestinal e se 
alimenta do sangue do hospedeiro.
Os vermes adultos apresentam sexos separados e, normalmente, as fêmeas são maiores que os machos. Eles aca-
salam no intestino do hospedeiro, onde é feita a postura dos ovos que serão eliminados com as fezes.
Em contato com o solo, os ovos se abrem, liberando as larvas que penetram através da pele das pessoas. Uma di-
ferença importante em relação a outras verminoses é a forma de contágio, pois não ocorre a ingestão de ovos, mas, 
sim, a penetração de suas larvas pela pele, principalmente quando a pessoa anda descalça sobre o solo contaminado.
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Organize as ideias 
Analise novamente o ciclo de vida da Taenia solium e pense em algumas formas de se evitar a doença. Ano-
te suas conclusões. Lembre-se de que, para evitar a doença, é preciso quebrar o ciclo.
Dica: o cisticerco presente no músculo morre em contato com altas temperaturas.
• Detalhe da região bucal do verme Ancylostoma duodenale 
(A), observado em microscopia eletrônica, com aumento 
de 250×, e do Necator americanus (B), observado em 
microscopia eletrônica, com aumento de 825×.
Saneamento básico adequado (evitando assim o contato das fezes com o solo e a água), cuidado com a alimentação de por-
cos e bois, fiscalização da carne comercializada e consumo de 
carnes bem passadas.
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Carne de porco com 
larva de Taenia solium
Ciclo da teníase 
Ingestão das larvas na carne 
contaminada e malcozida.
Fixação das larvas no 
intestino delgado e início 
do desenvolvimento.
Ingestão dos ovos pelos 
porcos, reiniciando o ciclo.
Verme 
adulto
Ovo de Taenia solium 
observado em microscopia 
óptica com aumento de 200x.
Liberação das proglótides com centenas de 
ovos juntamente com as fezes do hospedeiro.
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 Ciências 11
Lombriga
Ciclo da ascaridíase
Ancilostomíase e Adolfo Lutz
Em 1800, pouco se conhecia sobre os vermes, seus ciclos biológicos e as doenças causadas por eles, que 
acometiam grande parte da população brasileira. Alguns médicos acreditavam que os vermes intestinais pode-
riam ser benéficos, separando os resíduos alimentares. 
No Brasil, um dos pioneiros nas pesquisas sobre doenças causadas por vermes foi Adolfo Lutz. Ele nasceu 
em 1855, no Rio de Janeiro, formou-se médico, foi professor e pesquisador. Em 1885, publicou uma série de 
trabalhos relacionados à ancilostomíase, sendo o primeiro a pesquisar sobre o assunto em nosso país.
Abordou os aspectos históricos, geográficos e biológicos, bem como a interferência deles na disseminação 
de várias verminoses, contribuindo enormemente para a campanha de saneamento no Brasil.
Conexões
Um nematódeo muito comum é o Ascaris lumbricoi-
des, popularmente conhecido como lombriga, causador 
da doença chamada ascaridíase.
As lombrigas parasitam o intestino dos seres humanos, 
alimentando-se dos nutrientes que a pessoa consome. No 
intestino, tornam-se adultos e se reproduzem.
Diferentemente das tênias, as lombrigas apresentam 
sexos separados. Em uma mesma pessoa, podem ser en-
contradas várias lombrigas. A reprodução é sexuada e uma 
mesma fêmea é capaz de liberar milhares de ovos por dia, 
que são eliminados com as fezes da pessoa doente.
Observe, neste esquema, o ciclo da ascaridíase.
As fezes eliminadas no ambiente 
podem conter ovos de Ascaris 
lumbricoides.
As pessoas podem beber a água 
contaminada (sem tratamento) ou 
utilizá-la, por exemplo, para regar 
hortas. Assim, os ovos também 
podem ser ingeridos nos alimentos 
mal-lavados.
As lombrigas adultas se desenvolvem no 
intestino da pessoa parasitada, absorvendo 
nutrientes. As fêmeas liberam seus ovos, que 
são eliminados com as fezes do infectado.
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Ascaris lumbricoides, popularmente conhecido como lombriga; 
na imagem, uma lombriga fêmea (mede cerca de 35 cm) e outra 
macho (mede cerca de 25 cm).
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8o. ano – Volume 412
Importância ecológica dos nematódeos
Os nematódeos estão relacionados a parasitoses de diversos seres vivos. 
Além das parasitoses humanas, eles também podem parasitar invertebrados 
que são considerados pragas em lavouras. Por esse motivo, acabam sendo 
utilizados como agentes de controle biológico de pragas. Porém, podem 
também ser prejudiciais às lavouras, quando parasitam plantas de interesse 
econômico, como cana-de-açúcar, batata e beterraba. Esses parasitas de 
plantas retiram substâncias nutritivas e alguns liberam substâncias tóxicas 
no interior da célula vegetal.
Os nematódeos de vida livre são importantes para o solo, pois 
auxiliam na decomposição da matéria orgânica. Também se alimentam 
de micro-organismos, como bactérias, fungos e algas. Algumas espécies 
de nematódeos são consideradas predadoras, pois se alimentam de 
invertebrados, anelídeos e até mesmo de outras espécies de nematódeos.Controle biológico é a tentati-
va de controlar pragas agrícolas 
com o uso de seus “inimigos” 
naturais, que podem ser preda-
dores ou parasitas, como vermes, 
fungos, vírus ou bactérias. O 
controle biológico geralmen-
te é inofensivo ao ambiente e 
à saúde da população, sendo 
uma alternativa mais saudável 
do que o uso de agrotóxicos, 
que são altamente poluentes. 
Atividades
Gabarito e leitura complementar.7
 1. A ilustração a seguir não representa a realidade, mas ilustra, de forma lúdica, uma 
das fases de uma doença bastante comum no Brasil, a esquistossomose, que che-
ga a atingir 7 milhões de pessoas por ano.
a) Sobre o ciclo do esquistossomo, complete as informações.
Os vermes que estão “pegando carona” no caramujo causam a doença conhecida 
como esquistossomose ou barriga-d’água .
Os ovos presentes na água contaminada dão origem às larvas chamadas miracídios , que, 
ao encontrar o caramujo do gênero Biomphalaria, penetram em suas partes moles, multiplicam-se, 
transformam-se em larvas cercárias e retornam à água. Quando um indivíduo entra na água, 
as larvas que se desenvolveram no caramujo penetram em sua pele e, por meio 
do sangue, atingem o intestino, onde se tornam adultas, acasalam e depositam seus ovos, que são 
eliminados com as fezes, contaminando o solo e a água, assim iniciando um novo ciclo .
b) Nas regiões em que o caramujo do gênero Biomphalaria não é encontrado, pode ocorrer dissemina-
ção da esquistossomose na população? Justifique sua resposta.
Não, porque a larva do Schistosoma mansoni, que se desenvolve a partir do ovo eliminado nas fezes, termina seu desenvolvi-
mento somente no organismo do caramujo e, na ausência dele, as larvas morrem.
c) Existem alguns peixes que são predadores naturais do caramujo que faz parte do ciclo da esquis-
tossomose. A inclusão desses peixes em lagoas contaminadas pode ser considerada uma forma de 
prevenção da doença? Por quê?
Sim, porque pode impedir o desenvolvimento do verme, interrompendo o ciclo. É uma forma de controle biológico do cara-
mujo.
 2. Em um dos contos do livro Urupês, Monteiro Lobato retrata um caboclo chamado Jeca Tatu. Ele levava 
uma vida simples, era representado sempre sem calçados e sofria de cansaço e de fraqueza. A figura de 
Jeca Tatu também é associada a uma verminose. Que verminose é essa? Justifique sua resposta.
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Ancilostomíase. A fraqueza é justificada pelas hemorragias que o verme causa. Ciências 13
Moluscos e anelídeos
Você conhece algum representante do grupo dos moluscos? Já viu algum anelídeo por aí? Reflita bem antes 
de responder, pois, se disser que não, provavelmente estará enganado. Você pode até não conhecer esses ani-
mais pelo nome do grupo de invertebrados do qual fazem parte, mas os dois grupos incluem animais bastante 
familiares para a maioria das pessoas. Observe, a seguir, alguns representantes desses grupos.
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• Minhoca • Sanguessuga • Caramujo • Polvo
• Agora que você já conhece alguns representantes dos moluscos e dos anelídeos, discuta as questões 
a seguir com os seus colegas e o professor.
a) Em quais ambientes podemos encontrar esses animais? 
b) Qual é o papel desses animais no ambiente em que vivem? 
Moluscos
Os moluscos são invertebrados de corpo mole e úmido, encontrados em ambientes aquáticos e terrestres. 
Grande parte das espécies desse filo apresenta cabeça, um pé muscular para a locomoção e concha como 
proteção. Na concha, há a massa visceral, que contém os órgãos vitais. 
A maioria dos moluscos vive em hábitat marinho, e algumas espécies vivem fixas em rochas ou enterradas 
na areia. Elas respiram filtrando a água que passa por suas brânquias. 
Os moluscos mais comuns são classificados em gastrópodes, cefalópodes e bivalves.
Gastrópodes
Fazem parte desse grupo: os caramujos, as lesmas e os caracóis. Os 
gastrópodes são caracterizados por apresentar o corpo formado por pé, cabeça 
e massa visceral, que pode estar protegida por uma concha ou não, como no 
caso das lesmas. Geralmente, alimentam-se de plantas, mas algumas espécies 
podem ser carnívoras e outras se alimentam de detritos. Na boca, eles têm uma 
estrutura chamada rádula, que é utilizada para raspar os alimentos.
As respostas são pessoais. Esperamos que os 
alunos citem ambientes terrestres e aquáticos, 
além de variadas relações desses animais em 
seus ambientes.
A palavra gastrópode deri-
va da combinação dos ter-
mos “ventre” (gastro) e “pés” 
(pode) e inclui os moluscos 
que rastejam.
 3. Você já viu um cachorro na praia? Pois saiba que em muitas 
praias é proibida a presença desses animais. Pesquise um problema 
de saúde conhecido popularmente como “bicho-geográfico”, mas 
que a medicina chama de “larva migrans cutânea”, e responda às 
questões a seguir.
a) Qual é a causa desse problema? 
b) Como ele ocorre?
c) Qual é a relação entre a presença de cães na praia e esse problema de saúde?
d) Do seu ponto de vista, esse motivo justifica a proibição de cães na praia? Explique.
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Cefalópodes
A característica que dá nome ao grupo dos cefalópodes é a presença dos pés (ou braços) ligados à cabeça. 
Nesse grupo, estão os polvos, as lulas, as sépias e os náutilos. 
Os polvos não têm concha; nas lulas, a concha é interna e, nos náutilos, é externa.
Polvos, lulas e sépias têm na pele um grande número de células especializadas, 
denominadas cromatóforos, que alteram a coloração do animal de acordo com o 
ambiente e com a luminosidade. Pela ação dos cromatóforos, as lulas mudam ra-
pidamente as cores de seus corpos durante os rituais de acasalamento, e os polvos 
se camuflam.
• Partes do corpo de um molusco gastrópo-
de; no detalhe, rádula com cores artificiais 
ampliada 2 500× em microscopia eletrônica 
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• Polvo gigante do Pacífico expelindo jato de tinta durante fuga
• Casal de lulas mudando suas 
cores durante o acasalamento
O desenvolvimento dos cefalópodes é 
direto, ou seja, não há estágio de larva.
As lulas são muito rápidas. Pelo sifão, lançam para fora do corpo fortes jatos de água, que as impulsionam, 
deslocando-as velozmente pela água e possibilitando-lhes fugir em situações de perigo. Tanto as lulas quanto 
os polvos são capazes de lançar uma substância escura na água (semelhante à tinta nanquim) com o objetivo 
de confundir os predadores. Também apresentam tentáculos com ventosas que auxiliam a capturar as presas 
das quais vão se alimentar.
A reprodução dos cefalópodes 
é sexuada. Na união dos gametas 
produzidos por machos e fêmeas, 
surgem embriões que ficam abri-
gados no interior de ovos. Os 
ovos são deixados no ambiente 
e o desenvolvimento do embrião 
origina pequenos cefalópodes 
parecidos com os adultos.
Os cromatóforos po-
dem ser encontrados em 
espécies de outros grupos 
de animais, como nos 
camaleões e nos lagartos. 
Outras espécies marinhas 
também utilizam a ca-
muflagem no ambiente 
como estratégia de defesa 
contra seus predadores 
naturais, como o lingua-
do, uma espécie de peixe 
que se confunde com a 
areia no fundo do mar.
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a massa visceral 
Tentáculos
A maioria das espécies é hermafrodita e faz fecundação cruzada. Há algumas espécies marinhas com sexos 
separados (macho e fêmea).
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 Ciências 15
O acúmulo de substâncias 
tóxicas nos bivalves faz com 
que eles provoquem intoxica-ções alimentares nos animais 
que se alimentam deles, inclu-
sive os seres humanos.
Leitura complementar sobre 
Achatina fulica.
8
Bivalves
O grupo dos bivalves tem esse nome porque os animais que o compõem 
apresentam concha formada por duas valvas (partes) unidas por fortes mús- 
culos e ligamentos. Ostras, vieiras, mariscos e mexilhões fazem parte desse grupo.
O pé dos bivalves é adaptado para 
cavar e rastejar. Muitas espécies vivem 
enterradas na areia, enquanto outras 
se fixam em rochas ou em outras es-
truturas encontradas no mar, como 
cascos de barcos e carapaças de ou-
tros animais.
Os bivalves apresentam sexos separados. A fecundação ocorre na 
água, onde são lançados os gametas masculinos e femininos. 
Ao longo de seu desenvolvimento, apresentam vários estágios larvais 
até chegar à forma adulta.
Importância ecológica dos moluscos
Os bivalves, assim como os poríferos, são animais filtradores e, por isso, 
retêm substâncias dissolvidas na água, incluindo as substâncias tóxicas. 
Essa característica faz com que eles sejam usados como bioindicadores.
Há uma grande variedade de moluscos que servem como alimento para 
muitos animais. Na nossa culinária, ostras, mexilhões, polvos e lulas são 
ingredientes de muitos pratos.
Alguns moluscos são hospedeiros intermediários de vermes, como ocorre com o caramujo Biomphalaria, 
que hospeda uma fase do Schistosoma mansoni, causador da esquistossomose. Já as lesmas e caracóis podem 
atacar lavouras causando prejuízos aos produtores.
Algumas espécies, como o caramujo gigante Achatina fulica, foram introduzidas, pelos seres humanos, em 
regiões diferentes do seu hábitat de origem e se tornaram um problema ao competir com espécies locais.
Anelídeos
Leia a tirinha a seguir.
GONSALES, Fernando. Níquel Náusea. Disponível em: <www2.uol.com.br/niquel>. Acesso em: 30 jan. 2017.
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• Essa tirinha traz uma característica interessante das minhocas. Qual é essa característica?
• Além de participar das teias alimentares, você conhece outra função importante das minhocas para o 
ambiente?
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Algumas ostras são conhecidas por 
estarem associadas à formação de 
pérolas. A pérola se forma quando 
partículas estranhas, como um grão 
de areia ou um verme, entram no 
manto de uma ostra perlífera. Ocorre, 
então, a produção de várias camadas 
de uma substância chamada madre-
pérola (ou nácar), isolando a partícu-
la estranha e formando a pérola.
Ter vários corações. Na verdade, as minhocas têm vasos sanguíneos dilatados (arcos aórticos) que atuam de forma semelhante a corações. 
Produzem o húmus e arejam o solo.
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8o. ano – Volume 416
Poliquetas
Os poliquetas são anelídeos que têm um grande número de 
cerdas distribuídas ao longo da superfície do corpo. A maior parte 
dos representantes dessa classe vive em ambiente marinho, como o 
Nereis sp.
As minhocas fazem parte do grupo dos anelídeos, cuja principal característica é o corpo formado por 
diversos anéis. Os anelídeos podem ter entre dois e quinze pares de arcos aórticos (a minhoca tem cinco pares), 
vasos sanguíneos dilatados que impulsionam o sangue para todo o corpo do animal (semelhantes a corações). 
Os animais do filo dos anelídeos podem ser encontrados em diversos ambientes aquáticos, como no mar e 
na água doce, além de ambientes terrestres.
Muitas espécies têm cerdas (semelhantes a pelos curtos, mas muito mais resistentes), que são utilizadas como 
estruturas auxiliares na locomoção. A presença ou ausência dessas estruturas e a sua quantidade são os critérios 
utilizados para a classificação dos anelídeos em três classes distintas: hirudíneos ou aquetas, oligoquetas e 
poliquetas.
Hirudíneos ou aquetas
São anelídeos que não têm cerdas em seu corpo, tais como as sanguessugas. 
Os aquetas alimentam-se de pequenos animais ou da matéria orgânica em 
decomposição. As sanguessugas podem 
sugar o sangue de vertebrados, como peixes, 
aves e, até mesmo, seres humanos. 
Têm o corpo achatado, alongado e 
bastante flexível, o que lhes possibilita uma 
movimentação característica, com a fixação 
alternada das ventosas (anterior e posterior).
Oligoquetas
Os oligoquetas são anelídeos com poucas cerdas.
As minhocas fazem parte desse grupo. São encontradas em ambientes 
terrestres úmidos, seu corpo é cilíndrico e dividido em anéis. No primeiro 
anel do corpo, está localizada a boca e, no último, o ânus. Na região mais 
próxima à boca, ocorre uma dilatação, o clitelo, estrutura que participa 
da formação do casulo com os ovos no processo de reprodução. 
A respiração nas minhocas é cutânea, isto é, feita através da pele. O 
oxigênio é levado a todo o corpo pelo sangue.
Os arcos aórticos, também chamados de corações dos anelídeos, não têm a mesma estrutura do coração de animais 
vertebrados.
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Na saliva das sanguessugas, 
existe uma substância cha-
mada hirudina, que é anti-
coagulante, ou seja, não deixa 
o sangue coagular enquanto 
ela o suga.
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• Nereis sp.
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Arcos aórticos
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• Anatomia de uma minhoca
 Leitura complementar sobre minhocas.9
• Troca de espermatozoides 
entre duas minhocas
A minhoca é um animal hermafrodita, mas realiza fecunda-
ção cruzada, com troca de espermatozoides entre dois indiví-
duos, com uma minhoca fecundando os óvulos da outra.
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A reprodução ocorre na água, local em que são 
lançados os gametas masculinos e femininos. Do 
ovo, eclode uma larva que depois se transforma na 
forma adulta.
 Ciências 17
Fazendo Ciência
Composteira
Em grupo, construa uma composteira e observe a 
ação das minhocas na produção de húmus.
Materiais: fita adesiva larga; pedaço de meia-calça 
de náilon; elástico ou barbante; luvas; pequena 
quantidade de areia e terra; pequena quantidade de 
serragem; minhocas; sobras de alimentos (cascas de 
frutas e legumes, cascas de ovos, pó de café e folhas – 
não use carne de nenhum tipo, materiais gordurosos, 
ossos, derivados de leite ou alimentos com muito sal 
ou açúcar); duas garrafas de plástico (uma delas com 
a tampa), que deverão ser cortadas (por um adulto); a 
tampa da parte B deverá ser perfurada (também por 
um adulto), como mostram as ilustrações.
Como fazer
1. Coloque as luvas e dê início à montagem da com-
posteira. Utilize somente as partes das garrafas 
indicadas pelas letras A e B. As outras partes (des-
tacadas com X) devem ir para o lixo reciclável.
2. Coloque areia no fundo da parte da garrafa indi-
cada pela letra A. Essa areia vai absorver o líquido 
formado na decomposição dos alimentos e evitar 
o mau cheiro.
3. Feche a garrafa indicada pela letra B com a tampa 
perfurada e encaixe-a, com a tampa voltada para 
baixo, dentro da garrafa A (imagem C). Prenda as 
duas partes com a fita adesiva.
4. Coloque uma camada de areia na garrafa B. Em se-
guida, despeje uma camada de terra. Afofe a terra 
e coloque as minhocas sobre ela.
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Importância ecológica dos anelídeos
As minhocas são muito importantes para o ambiente. Elas cavam galerias que 
afofam e arejam o solo. Alimentam-se de animais, folhas ou outros organismos em 
decomposição e produzem, como resíduo da digestão, um material conhecido 
como húmus de minhoca, que torna o solo fértil e favorece o desenvolvimento 
das plantas.
Atualmente, é raro que as sanguessugas sejam utilizadas para tratar 
hemorragias, mas, no passado, o uso desses animais já foi comum.
Os poliquetas marinhos apresentam grande importância nas teias alimentares 
aquáticas, nas quais são utilizados como alimentos por diversas espécies de peixes.
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5. Em cima da terra, coloque os restos de alimentos. 
Se as sobras de alimentos utilizados forem picadas 
em pedaços bempequenos, o processo aconte-
ce mais rapidamente. Intercale camadas de terra 
com camadas de sobras de alimentos. Cubra tudo 
com serragem.
6. Tampe a abertura da garrafa com um pedaço de 
meia-calça e prenda-a com um elástico ou com 
um barbante.
7. Deixe a composteira em local protegido da 
chuva e ventilado. O processo de produção de 
adubo orgânico pode demorar cerca de dois 
meses.
8. Quando perceber que o conteúdo da composteira 
se parece com uma terra escura, abra-a e utilize 
essa terra para adubar vasos ou canteiros. Recolha 
as minhocas e reinicie o processo.
Conclusão
1. Qual é o papel das minhocas no processo de 
compostagem?
2. Como você poderia explicar a importância ecoló-
gica do processo de compostagem?
Orientações sobre o experimento.10
A tampa pode ser furada com um prego quente 
ou uma furadeira com broca fina. Isso deve ser 
feito por um adulto.
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• Húmus de minhoca
8o. ano – Volume 418
 4. As sanguessugas são consideradas parasitas, mas, em alguns locais do 
mundo, são utilizadas no tratamento de feridas. Isso acontece porque 
as sanguessugas conseguem liberar uma substância, a hirudina, que im-
pede a coagulação do sangue. Sobre esses animais, responda às ques-
tões propostas.
a) Em qual grupo de animais as sanguessugas são classificadas?
b) Cite duas características das sanguessugas.
 5. Explique como é o processo de reprodução das minhocas. Para isso, monte um esquema.
 6. Pode ser que você tenha estranhado o nome de alguns grupos de animais. Você sabia que a maior parte 
dos nomes científicos tem origem grega ou latina e indicam características importantes desses seres? 
Preencha a tabela a seguir, identificando essas características.
Nome do grupo Característica que deu origem ao nome Exemplos
Moluscos Corpo mole. polvo, ostra, caracol
Gastrópodes Pés no ventre – rastejantes. caracol, lesma
Cefalópodes Pés na cabeça – tentáculos. polvo, lula
Bivalves Concha em duas valvas. ostras, mexilhões
Anelídeos Corpo dividido em anéis. minhocas, sanguessugas
Aquetas Sem cerdas no corpo. sanguessugas
Oligoquetas Poucas cerdas no corpo. minhocas
Poliquetas Muitas cerdas no corpo. Nereis 
Atividades
Gabaritos.11
 1. Complete o quadro conforme as características principais encontradas em cada um dos grupos de moluscos.
Características Gastrópodes Cefalópodes Bivalves
Em qual ambiente vivem? Terrestre e aquático. Marinho. Aquático.
De que se alimentam? 
Como se alimentam?
Utilizam a rádula para se ali-
mentarem de plantas e matéria 
orgânica.
Têm braços com ventosas para 
agarrar peixes e outros vertebra-
dos e invertebrados.
Filtram a matéria orgânica 
da água.
Como se locomovem? Rastejam ou nadam (como as lesmas aquáticas). Por meio de jatos de água.
A maioria vive fixa. Alguns 
podem se impulsionar 
movimentando as valvas.
 2. A concha presente em alguns moluscos é importante, porque
a) ajuda na locomoção.
b) permite ao animal que seja mais bem visuali-
zado.
c) facilita a reprodução.
d) aumenta o peso do animal.
X e) protege e sustenta o corpo do animal. 
 3. Analisando as imagens a seguir, cite duas semelhanças e duas diferenças entre lulas e polvos. 
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• Utilização de sanguessugas 
em tratamento medicinal
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 Ciências 19
Artrópodes e equinodermos
Artrópodes
O filo dos artrópodes é o grupo com maior diversidade de animais, com cerca de um milhão de espécies 
conhecidas.
Os principais grupos que fazem parte do filo dos artrópodes são: crustáceos, aracnídeos, insetos, quiló-
podes e diplópodes.
Os artrópodes apresentam o corpo formado por segmentos e prote-
gido por um esqueleto externo, chamado exoesqueleto. As pernas são 
articuladas (daí o nome arthro = articulação; podos = pés, patas) e os 
órgãos sensoriais, bem desenvolvidos.
A presença do exoesqueleto fornece pro-
teção contra os predadores e dificulta a desi-
dratação. Ele é formado por uma substância 
denominada quitina, que é muito resistente, 
mas que limita o crescimento do animal. ©
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• Libélula saindo do 
esqueleto antigo (exúvia)
As antenas apresentam 
diversas funções, como 
captar odores, sentir os 
ambientes e perceber vi-
brações do ar. Por exem-
plo, alguns mosquitos 
machos captam sons 
produzidos pelas fêmeas.
Asas 
Cabeça Abdômen
Pernas articuladas
Tórax 
Antenas
• Representação ilustrativa da anatomia externa de um gafanhoto
Observação do ciclo 
de vida das borboletas.
12
Ovo Larva Pupa Adulto
• Representação ilustrativa da meta-
morfose completa de uma mosca
O corpo da maioria dos artrópodes 
é formado por cabeça, tórax e abdô-
men, mas, em alguns grupos, a cabe-
ça e o tórax são fundidos, formando 
o cefalotórax, como nos aracnídeos 
e nos crustáceos. Outros podem 
apresentar o corpo com segmentos 
sem diferenciação visual entre o tó-
rax e o abdômen.
Os insetos realizam reprodução sexuada com 
produção de ovos, que são depositados no solo, na água, 
em plantas ou no corpo de outros animais. Depois de 
saírem dos ovos, os insetos podem se desenvolver de 
forma direta (sem metamorfose) ou indireta (metamorfose 
completa ou incompleta).
Quando o inseto passa pelas fases de ovo, larva, pupa e adul-
to, seu desenvolvimento é com metamorfose completa. A larva 
(ou lagarta) é sempre muito diferente do adulto. A pupa é um 
estágio da transformação que acontece no interior de um casulo. 
Moscas, besouros, joaninhas, formigas, abelhas, vespas, mariposas 
e borboletas apresentam metamorfose completa.
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Para crescerem, os artrópodes abandonam 
o exoesqueleto antigo e formam um novo. 
Esse processo, chamado de muda ou ecdise, 
ocorre diversas vezes até que o artrópode se 
torne adulto.
Insetos
Os insetos formam o grupo de seres vivos com maior variedade de espécies. Eles 
são encontrados em quase todos os ambientes, exceto nos oceanos e nos mares.
Os insetos têm seis pernas e a maioria é capaz de voar – são os únicos inverte-
brados capazes disso. Para tanto, apresentam dois pares de asas, mas alguns, como as 
moscas, têm somente um par. Outros, como as pulgas, não têm asas. 
O corpo dos insetos é dividido em cabeça, tórax e abdômen. Na cabeça, há 
um par de olhos compostos, os quais são capazes de formar imagens, e um par de 
olhos simples, que percebem o claro e o escuro. Há também um par de antenas.
8o. ano – Volume 420
O corpo dos crustáceos é dividido em cefalotórax e abdômen. O exoesqueleto, além de quitina, tem 
carbonato de cálcio, o que o torna mais duro do que o corpo dos insetos.
Esses animais têm um par de olhos compostos 
pedunculados, dois pares de antenas sensoriais e vá-
rios pares de pernas. No siri e no caranguejo, o primei-
ro par de pernas é transformado em pinças ou garras, 
utilizadas para defesa e captura dos alimentos. No siri, 
o último par de pernas, o télson, está adaptado à nata-
ção, funcionando como remo. 
Há dimorfismo sexual e a fecundação é interna. 
Em algumas espécies, a massa de ovos, uma vez fe-
cundada, fica aderida ao corpo das fêmeas.
Outros insetos, como baratas, gafanhotos, grilos, 
barbeiros, cupins e piolhos, têm metamorfose 
incompleta. Nesse caso, do ovo sai uma ninfa, uma 
miniatura do adulto, mas sem asas ou com asas 
reduzidas. A ninfa passa por diversas mudas até 
atingir a fase adulta.
Finalmente, há alguns insetos que já saem dos 
ovos com a aparência muito semelhante à adulta. 
Esse tipo de desenvolvimento é chamado de 
desenvolvimento direto ou sem metamorfose. 
Entre os animais que realizam desenvolvimento 
direto, estão as traças-do-livro.
Ovo Ninfas Adulto
• Representação ilustrativa da meta-
morfose incompleta do barbeiro
Ovo Adulto
• Representação ilustrativa do desenvol-
vimento direto das traças-do-livro
 zooplâncton: conjunto de organismos que flutuam na superfície da água; não realiza 
fotossíntesee sua locomoção depende das correntezas. 
dimorfismo sexual: diferença externa entre machos e fêmeas.
Crustáceos
Existem mais de 30 mil espécies de crustáceos conhecidas. São animais predominantemente aquáticos, 
que vivem em água doce ou salgada. Os tatuzinhos-de-jardim são um dos poucos exemplos de crustáceos 
terrestres.
Grande parte das espécies de crustáceos apresenta indivíduos machos e fêmeas, mas a craca é um exemplo 
de crustáceo hermafrodita. Com a fecundação, formam-se ovos que passam por um ou mais estágios larvais, 
dependendo da espécie. Geralmente, essas larvas passam a fazer parte do zooplâncton. 
Observe as imagens de algumas espécies de crustáceos.
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Pernas locomotoras
Antenas 
Carapaça Cefalotó
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Pinça 
• Representação esquemática da estrutura corporal de uma lagosta
Os olhos são chamados de peduncula-
dos porque se localizam na extremidade 
de uma haste (pedúnculo), permitindo ao 
animal ampla exploração do ambiente.
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• Tatuzinho-de-jardim • Caranguejo
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 Ciências 21
Diplópodes
Atualmente, são conhecidas cerca de 10 mil espécies de diplópo-
des. As mais comuns são os piolhos-de-cobra, também chamados de 
embuás ou gongolos.
Esses animais têm dois pares de pernas em cada um dos muitos 
segmentos do corpo. Os piolhos-de-cobra podem variar de 2 mm a 
30 cm de comprimento. São animais terrestres de ambientes úmidos 
e sombrios e vivem embaixo de pedras e de troncos de árvores. Os 
diplópodes alimentam-se, principalmente, de vegetação em decom-
posição e poucas espécies são carnívoras.
Quilópodes 
O grupo dos quilópodes tem, aproximadamente, 2 500 espé-
cies e inclui as centopeias, também conhecidas como lacraias.
A maioria das espécies de quilópodes é predadora e pode 
ser encontrada embaixo de pedras e troncos úmidos, assim 
como os diplópodes.
O corpo dos quilópodes é achatado e pode ter até 170 pa-
res de pernas, um par em cada segmento do corpo. Na cabeça 
desse animal, são encontradas forcípulas, que são estruturas 
usadas para injetar peçonha.
Aracnídeos
Essa classe inclui as aranhas, os escorpiões, os carrapatos e os ácaros. A 
maioria dos aracnídeos vive em ambiente terrestre, mas há representan-
tes marinhos e de água doce.
O corpo desses animais divide-se em cefalotórax e abdômen. A maio-
ria das espécies é carnívora. Sarnas e carrapatos são exemplos de aracní-
deos parasitas. Muitas espécies de aranhas e escorpiões são peçonhentas e 
algumas podem causar a morte, principalmente de crianças e idosos.
Os aracnídeos têm quatro pares de pernas, um par de quelíceras e um par de 
pedipalpos. As quelíceras são estruturas adaptadas para a captura do alimento e 
para a inoculação de peçonha (substância tóxica). Os pedipalpos, além de serem 
utilizados como apêndices sensoriais, em algumas espécies, também são utiliza-
dos na alimentação e no acasalamento. 
O fio da teia das aranhas é produzido por glândulas fiandeiras que ficam no 
fim do abdômen. Essas glândulas produzem um fio de seda, com o qual o animal 
tece a teia e envolve as presas. Os aracnídeos são animais dioicos (sexos separados), 
realizam fecundação interna e produzem ovos dos quais eclodem filhotes imaturos 
semelhantes aos pais (desenvolvimento direto).
Informações adicionais sobre os ácaros.13
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• Anatomia externa de um 
escorpião e de uma aranha
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• Lacraia
• Piolho-de-cobra
Os representantes dos quilópodes e dos diplópodes têm o corpo dividido em cabeça e tronco. O tronco 
é a união do tórax e do abdômen, que formam uma peça única, segmentada. O número de pernas por 
segmento é a maneira mais fácil de diferenciar esses dois grupos de artrópodes.
Principais aranhas brasileiras.14
 
Pedipalpo
Aguilhão 
Abdômen 
Cefalotórax 
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Abdômen 
Cefalotórax 
Fiandeira
Perna 
Quelícera 
7 cm
5 cm
15 cm
10 cm
8o. ano – Volume 422
Muitas espécies têm importância econômica, pois servem de ali-
mento para os seres humanos, como o caso de camarões, caranguejos, 
lagostas e, até mesmo, escorpiões, aranhas e insetos diversos, os quais 
são apreciados em algumas culturas. Outros produtos feitos por artrópo-
des são consumidos pelos seres humanos, como o mel. Além disso, as 
abelhas produzem geleia real, própolis e cera.
Do casulo das lagartas de uma mariposa conhecida como “bicho-da-
-seda”, é extraído o fio com o qual é produzido o tecido chamado de seda.
Importância ecológica dos artrópodes
Entre os artrópodes, os insetos têm importante 
papel para o ambiente, ajudando nos processos de 
decomposição dos resíduos orgânicos. Por exemplo, os 
besouros se alimentam de animais e plantas mortas. 
Os insetos também participam ativamente das teias 
alimentares, servindo como alimento para grande número 
de animais, como sapos, lagartixas, tamanduás, tatus e 
aves. Também são polinizadores de muitas plantas. Sem a 
atividade polinizadora de abelhas, vespas e besouros, por 
exemplo, a produtividade das lavouras seria muito menor.
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• Casulo do bicho-da-seda
• Aranha se alimentando de uma formiga
Muitas espécies de animais produzem feromônios, substâncias químicas que po-
dem ser percebidas por indivíduos da mesma espécie e que têm por objetivo esti-
mular um determinado comportamento, como acasalamento, alarme, agregação, 
coleta de alimentos, defesa, ataque, etc. As abelhas o utilizam para indicar a rota 
para o néctar das flores e a volta para a colmeia, bem como a localização de água. 
Os insetos são os animais que mais liberam feromônios na natureza. 
• Mosquito Aedes • Lagarta da mariposa Lonomia obliqua 
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• Favo de mel com abelhas
Os microcrustáceos, como o krill, são importantes componentes do zooplâncton. O krill é o principal alimento 
de muitos animais aquáticos, inclusive das baleias-azuis.
Alguns insetos, no entanto, como os mosquitos, transmitem doenças como a dengue, a malária, a febre 
amarela, a zika e a chikungunya. 
Algumas lagartas, também chamadas de taturanas, como no caso da Lonomia obliqua, causam acidentes 
graves, pois o contato com elas pode provocar danos que levam à morte.
Assim como essas lagartas, algumas espécies de aranhas e os escorpiões podem provocar acidentes aos 
seres humanos. Piolhos, pulgas e carrapatos também podem causar danos aos humanos e a outros animais.
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 Ciências 23
Equinodermos
O nome equinodermo significa “espinhos no corpo”, referindo-se a animais que apresentam, como princi-
pais características, a pele recoberta por espinhos e a presença de um esqueleto interno de calcário (resistente).
São exclusivamente marinhos e incluem as estrelas-do-mar, as bolachas-da-praia, os ouriços-do-mar, os 
lírios-do-mar e os pepinos-do-mar.
Os equinodermos têm um sistema de canais internos chamado de 
sistema ambulacrário, por onde circula a água do mar. A presença desse 
sistema é importante para as funções de locomoção, alimentação, respiração 
e reprodução, além de funcionar como estrutura sensorial.
Os ouriços-do-mar apresentam uma estrutura composta de “dentes”, 
chamada de lanterna de Aristóteles; é por meio dela que esses animais 
raspam algas presas nas rochas para se alimentarem.
Os equinodermos apresentam sexos separados e reprodução sexuada, 
com gametas masculinos e femininos lançados na água, local onde ocorre a 
fecundaçãoe a formação dos ovos. Ao eclodirem, os ovos liberam pequenas 
larvas que nadam livremente no ambiente, facilitando a dispersão dos novos 
equinodermos no ambiente marinho.
Na ilustração a seguir, estão representadas as principais classes de equinodermos.
As estrelas-do-mar são organis-
mos conhecidos pela sua gran-
de capacidade de regeneração. 
Algumas espécies são capazes 
de formar outros indivíduos 
apenas com pequenas partes do 
seu corpo, ou seja, apresentam 
reprodução assexuada, em um 
processo conhecido como fis-
são, em que o disco central da 
estrela se divide ao meio, origi-
nando duas novas estrelas.
Importância ecológica dos equinodermos
Exclusivamente marinhos e lentos, os equinodermos geralmente atuam no fundo dos mares. Ao se arrastar 
sobre o fundo, ajudam a revolver os sedimentos e, com isso, disponibilizam alimento para outros organismos. 
Como têm esqueleto de calcário, eles ajudam a fixar o carbono presente na atmosfera na forma de carbona-
to de cálcio. Isso faz deles importantes participantes do ciclo do carbono na natureza.
Asteroides
Estrelas-do-mar: têm o corpo semelhante 
a uma estrela. Geralmente têm cinco 
braços, mas há espécies com mais de 
vinte. Rastejam sobre o fundo dos mares.
Crinoides
Lírios-do-mar: vivem fixos no fundo 
dos mares, geralmente sobre recifes 
de corais. Apresentam longos braços, 
com várias ramificações, utilizados 
para a captura de alimento.
Holoturoides
Pepinos-do-mar: têm o corpo alongado. 
Quando se sentem ameaçados, podem 
lançar parte do sistema digestório para 
fora do corpo.
Equinoides
Ouriços-do-mar e bolachas-da-praia: 
têm corpo arredondado e sem braços. 
Os ouriços-do-mar apresentam 
espinhos longos e pontiagudos.
Ofiuroides
Serpentes-do-mar: têm longos 
braços presos a um corpo com 
forma de pentágono.
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8o. ano – Volume 424
Os equinodermos fazem parte da dieta de muitos organismos, tais como 
alguns peixes, gaivotas e caranguejos. Embora não sejam usualmente utiliza-
dos na culinária humana, em alguns países do oriente, os pepinos-do-mar e 
ouriços-do-mar são considerados iguarias.
Os ovos e as larvas de muitas espécies de equinodermos fazem parte 
do zooplâncton e acabam servindo como alimento para outras espécies de 
animais. Já as estrelas-do-mar adultas são predadoras de diversos animais.
Os ouriços-do-mar fizeram parte das primeiras pesquisas com gametas, 
realizadas em 1875. Desde então, esses animais são utilizados em estudos sobre 
fecundação e desenvolvimento de embriões. Em 2006, a análise do material 
genético dos ouriços-do-mar indicou que eles têm mais de 7 000 genes em 
comum com os seres humanos. 
Estudos em ecologia apontam que os ouriços-do-mar podem ser indicadores da qualidade da água.
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Os equinodermos apresentam grande 
importância nas teias alimentares marinhas.
Atividades
I. Considerando as características desse animal, é possível concluir que ele pertence ao mesmo filo das
a) planárias e dos esquistossomos. 
X b) aranhas e dos carrapatos.
II. Como você chegou a essa conclusão? Considerando a presença de exoesqueleto e a de quatro pares de pernas. 
É, portanto, um artrópode do grupo dos aracnídeos. 
 2. Durante um trabalho de campo, um biólogo identificou e registrou vários invertebrados, representados a seguir.
Separe esses artrópodes em três grupos e cite duas características típicas de cada grupo.
Camarão, caranguejo e lagosta: crustáceos, apresentam dois pares de antenas e cinco ou mais pares de patas. 
Abelha, besouro, formiga, gafanhoto e mosca: insetos, esses animais apresentam um par de antenas e três pares de patas. 
Aranha e escorpião: aracnídeos, apresentam quatro pares de patas e não apresentam antenas.
e) lesmas e das lulas.c) hidras e dos corais.
d) minhocas e das sanguessugas.
Existem mais de mil espécies de opiliões no Brasil, mas uma delas 
ganhou as manchetes de jornais do mundo, pois recebeu o nome de 
Iandumoema smeagol, em homenagem ao personagem Sméagol, do 
livro O Senhor dos Anéis. O animal, que vive em cavernas, não tem 
olhos nem pigmentação e apresenta exoesqueleto e quatro pares de 
pernas, sendo o segundo par cinco vezes maior do que os demais.
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• Iandumoema smeagol
 1. Leia a informação a seguir e responda às questões propostas.
Opiliões são aracnídeos, mas não são aranhas. 
Estudos indicam que os equinodermos capturam 0,1 gigatoneladas de carbono por ano. Para efeitos de comparação, os seres humanos 
produzem 5,5 gigatoneladas por ano. Assim, esses pequenos animais têm importante papel na diminuição da concentração do carbono 
atmosférico. 
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Gabaritos.15
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 Ciências 25
ANIMAIS MARINHOS: PREVENÇÃO DE ACIDENTES E PRIMEIROS CUIDADOS
Verão, sol, mar, praia... quase sempre trazem boas recor-
dações e sensações de prazer. Mas o litoral tem surpresas nem 
sempre agradáveis. 
[...] Além de se prevenir contra queimaduras solares, de-
sidratação, infecções e picadas de mosquitos, aquele que se 
aventura num mergulho ou numa caminhada ao longo da 
praia ou do costão rochoso tem que se preocupar também com 
os animais marinhos que ali vivem. [...]
Lembre-se de que um animal pode tornar-se “perigoso” para 
nós apenas quando invadimos inadvertidamente seu território, 
 3. Observe o gráfico. Ele demonstra o crescimento de dois seres vivos.
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Tempo
I
II
• Qual linha representa o crescimento de um artrópode? Justifique 
sua resposta.
A linha II. Os artrópodes, para crescer, precisam trocar o exoesqueleto rígido 
por um maior. Por isso, há períodos em que o animal permanece com o mesmo 
tamanho e períodos de crescimento com a troca do exoesqueleto (ecdise).
 4. Pensando no modo de reprodução dos equinodermos, como pode ser explicada a grande ocupação do am-
biente marinho por esse grupo que tem representantes sésseis, isto é, que vivem presos ao fundo do mar?
Após a fecundação, os equinodermos formam larvas que têm a capacidade de nadar e que são levadas pelas correntes marítimas. 
Portanto, podem se deslocar por grandes distâncias.
 5. As estrelas-do-mar da espécie Pycnopodia helianthoides podem atingir até um metro de diâmetro. São 
os maiores equinodermos asteroides conhecidos. Sobre esse animal, representado na foto, assinale as 
afirmativas corretas.
a) ( ) Têm cinco braços e movimentam-se rapidamente sobre o 
substrato.
b) ( X ) Podem ser predadores de outros animais.
c) ( X ) São caracterizados pela sua grande capacidade de regene-
ração.
d) ( X ) São seres que vivem junto ao substrato, geralmente em ro-
chas, costões, corais e areia ou lodo no fundo do mar.
 6. Os lírios-do-mar se alimentam filtrando pequenas partículas orgânicas da água. São espécies de equino-
dermos indicadores do bom estado dos fundos marinhos. Quais fatores podem afetar, de forma negativa, 
as populações desses animais?
 7. A imagem mostra o esqueleto da espécie Mellita quinquiesperforata, conhe-
cida, popularmente, como bolacha-da-praia. 
a) Qual é a principal diferença entre o esqueleto dos artrópodes e o esque-
leto dos equinodermos?
b) Com qual equinodermo a bolacha-da-praia apresenta maior parentesco?
• Pycnopodia helianthoides
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• Ouriço-do-mar
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5-14 cm
7-15 cm
8o. ano – Volume 426
chegamos muito perto dele ou o manuseamos sem os devidos cuidados. 
Se alguns organismos apresentam estruturas ou comportamentos que 
potencialmente nos ameaçam, é porque precisam deles na captura de 
alimento ou como defesa.
Vários animais oferecem riscos pelo contato com a pele (“queimaduras”), 
por meio de mordidas, ferroadas ouarranhões, e ainda pela ingestão [...]. A 
primeira regra é não tocar em nenhum organismo, lembrando que mesmo 
aqueles que se encontram aparentemente inertes na praia podem manter 
venenos ativos depois de mortos, como é o caso das águas-vivas [...].
Em locais rochosos ou com pedras soltas, caminhe sempre 
com os pés protegidos por um calçado firme de solado antider-
rapante (tênis ou sapatilha). Rochas são, geralmente, cobertas 
por cracas e ostras, que têm bordos muito cortantes. Por causa 
da presença de bactérias e fungos na superfície desses animais, 
é comum a ocorrência de infecções secundárias nos ferimentos. 
Cuidado adicional deve ser tomado em locais poluídos, pois 
cortes e ferimentos são portas abertas para infecções por bacté-
rias que podem ser graves. Portanto, todo o cuidado é pouco.
Caranguejos e siris possuem pinças ou garras que 
podem causar beliscadas fortes e cortes. Tome cuidado 
ao manuseá-los sem conhecer a técnica correta. Evite 
colocar as mãos desprotegidas em tocas ou sob rochas.
Os ouriços-do-mar são responsáveis pela maioria 
dos acidentes envolvendo organismos marinhos no lito-
ral. Se você não estiver familiarizado com a região, evite 
caminhar sobre rochas, especialmente durante marés 
baixas. Use um calçado com sola antiderrapante e fique 
longe das áreas com grandes populações de ouriços.
[...]
Esponjas-do-mar: [...] Possuem espículas – minúsculas estruturas semelhantes a agulhas –, 
que facilmente penetram na pele quando manuseadas. Há também a presença de substâncias 
irritantes na superfície de muitas esponjas. [...] Não manuseie diretamente o animal.
Caravelas ou Bexiguinhas [e] Águas-vivas: [...] Não nade quando caravelas e águas-vivas 
estiverem por perto. Se souber que houve acidentes nas proximidades, fique alerta e não entre 
na água. Os cuidados devem ser redobrados com relação às crianças, que são, particularmente, 
mais sensíveis do que os adultos.
Polvos: [...] Não coloque a mão em tocas. Não se aproxime de exemplares grandes. Se ficar 
preso por um polvo, mantenha a calma e aperte a cabeça do animal, o que fará com que ele 
solte os tentáculos.
Ouriços-do-mar: [...] cuidado ao caminhar no costão rochoso, principalmente sobre pedras 
úmidas, que são muito escorregadias. Utilize um calçado firme e forte. Ao mergulhar no mar 
agitado, evite locais com ouriços-do-mar.
MIGOTTO, Alvaro E.; HADDAD JUNIOR, Vidal; SOUZA, Shirley P. de. Animais marinhos: prevenção de acidentes e primeiros cuidados. Disponível em: 
<http://cebimar.usp.br/images/cebimar/servicos-e-produtos/edicoes/folheto_animais_marinhos.pdf>. Acesso em: 20 nov. 2018.
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• Esponjas-do-mar
• Polvo
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• Água-viva
Gabaritos.16
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Agora, responda às questões propostas.
 1. Por que é aconselhável caminhar nos costões rochosos usando calçados firmes e 
antiderrapantes?
 2. Quais invertebrados são citados no texto? A qual grupo cada um pertence? 
 Ciências 27
Hora de estudo
 4. (OBC) O ciclo biológico do Schistosoma mansoni, que causa 
no homem a esquistossomose e tem como hospedeiro inter-
mediário um molusco, está representado na figura a seguir. 
As figuras 1, 2, 3 e 4 ilustram medidas profiláticas para doen-
ças causadas por parasitos.
Assinale a opção que apresenta medidas profiláticas corretas 
para a esquistossomose e as formas do parasito que conta-
minam, respectivamente, o molusco e o homem: 
a) 1 e 2; miracídio e ovo. 
b) 2 e 4; cercária e miracídio. 
c) 1 e 3; cercária e ovo. 
d) 2 e 3; ovo e cercária. 
X e) 1 e 4; miracídio e cercária. 
Faça uma pesquisa sobre as doenças destacadas no texto e responda às questões propostas.
a) Em qual grupo de vermes são incluídos os causadores da oncocercose e da filariose?
b) De que modo esses vermes são transmitidos aos seres humanos?
c) Quais são as consequências das infestações causadas por esses vermes? 
d) Por que a filariose linfática também é conhecida como elefantíase?
Gabaritos.17
Subsídio para a pesquisa sugerida.18
OBC: Olimpíada Brasileira de Ciências.
Em outubro de 2015, vários jornais publicaram notícias sobre os ganhadores do Prêmio Nobel de 
Medicina daquele ano. Eles desenvolveram terapias inovadoras no tratamento de algumas doenças 
parasitárias utilizando a avermectina, um medicamento cujos derivados diminuíram a incidência da 
oncocercose (também conhecida como “cegueira dos rios”) e da filariose linfática (elefantíase). 
 1. Alguns estudos apontam que os ouriços-do-mar são responsáveis por cerca da metade dos acidentes aquá-
ticos no Brasil. Na outra metade das causas dos acidentes, estão alguns peixes (como bagres e tubarões) e as 
águas-vivas.
a) Em que grupo são classificados os ouriços-do-mar? E as águas-vivas?
b) De que modo as águas-vivas podem causar acidentes com os banhistas?
c) Como agir em caso de acidente com água-viva?
 2. Deve-se tomar bastante cuidado com a origem dos alimentos e da água que consumimos. O consumo 
de carne contaminada com as larvas da tênia causa a teníase, mas essa não é a única doença que a Taenia 
solium (do porco) pode causar.
Ao se alimentar de vegetais e até mesmo ingerir a água contaminada pelos ovos da Taenia solium, pode-
-se adquirir a cisticercose. Nessa doença, a larva (cisticerco) se aloja principalmente no cérebro, podendo 
provocar diversos sintomas, como dor de cabeça, convulsões, confusão mental, vômitos e até morte.
A cisticercose tem a mesma forma de prevenção da teníase? Como a cisticercose pode ser evitada?
 3. Leia atentamente o texto a seguir.
28
MOON, Peter. Verme ameaça a produção de ostras, vieiras e mexilhões. Disponível em: <http://exame.abril.com.br/tecnologia/verme-ameaca-a-
producao-de-ostras-vieiras-e-mexilhoes/>. Acesso em: 20 nov. 2018.
a) Em qual grupo de moluscos as ostras, as vieiras e os mexilhões são classificados?
b) Quais as principais características desse grupo?
c) Quais as características dos poliquetas? Em que categoria de ambiente eles vivem?
d) Faça uma pesquisa sobre as espécies invasoras e escreva um texto explicando o que são elas.
e) Quais os riscos representados pelas espécies invasoras?
 6. Em uma excursão à praia, alunos de uma escola, sob a supervisão de seus professores, coletaram orga-
nismos que foram colocados em baldes e identificados como esponjas, cracas, gastrópodes, mexilhões, 
ouriços-do-mar, caranguejos e estrelas-do-mar.
a) Organize os animais coletados por filos.
b) Agora, organize os animais coletados de acordo com a mobilidade (fixos ou os que se deslocam).
 7. Relacione as colunas identificando os anelídeos.
( 1 ) Poliquetas
( 2 ) Oligoquetas
( 3 ) Hirudíneos
( 1 ) Anelídeos marinhos.
( 3 ) Sanguessugas.
( 2 ) Minhocas.
( 2 ) Têm poucas cerdas.
( 3 ) Não têm cerdas.
( 1 ) Têm muitas cerdas.
 8. Uma empresa dedetizadora publicou o seguinte anúncio:
Analisando a propaganda da empre-
sa, notam-se alguns erros relevantes 
quanto aos grupos de animais rela-
cionados. Cite quais são esses erros e 
justifique sua resposta.
 9. Agora você já sabe mais sobre a diversidade e a importância de cada grupo de invertebrados. Também já 
aprendeu que muitas vezes o nome científico está relacionado a uma característica importante do ser vivo. 
Relembre os grupos que estudou até aqui completando o quadro com a característica principal de cada um. 
Animais invertebrados Característica principal
Poríferos Poros no corpo.
Cnidários Células urticantes.
Platelmintos Vermes de corpo achatado.
Nematódeos Vermes de corpo cilíndrico.
Anelídeos Corpo dividido em anéis. 
Moluscos Corpo mole, muitas vezes protegido por concha.
Artrópodes Articulações no esqueleto externo.
Equinodermos Espinhos no corpo e presença de esqueleto interno. 
 5. Leia a notícia a seguir e depois responda ao que se pede.
A produção nacional em cativeiro de ostras, vieiras e mexilhões corre riscos devido à infestação 
de um verme anelídeo da classe Polychaeta,

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