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Análise Fílmica Didática Sobre o Longa "Tenet"

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Talvez o filme mais mind blowing que eu já vi:
Nolan, Nolan, Nolan, seu homem incrível, é impressionante a capacidade desse cara de inovar e surpreender.
Possivelmente um dos melhores filmes do diretor (atrás de Cavaleiro das Trevas e empatado com Inception, ao meu ver), Tenet é um filme de ação e ficção científica sobre viagem no tempo, abordada de uma maneira bem diferente, peculiar e única (tecnicamente {como no próprio filme diz}, não é viagem no tempo, na vdd é um processo de entropia reversa, mas eu vou chamar de viagem no tempo pra facilitar).
Tinham 3 filmes que eu queria ver esse ano, (obrigado Coronga, você me ferrou e eu só vi um deles), Um Lugar Silencioso Parte 2, Soul e Tenet, dentre eles, Tenet era o que eu tinha mais hype. O mínimo que eu esperava era: 1- Que esse fosse no mínimo top 3 melhores filmes do Nolan, 2 - que eu fizesse cara de impressionado quando o visse e 3- Que eu saísse do filme sem entender nada de tão incrível que ele seria. Todas as 3 opções foram cumpridas.
Cara, o jeito que esse filme mistura duas linhas do tempo (não são duas linhas do tempo diferentes, eu sei, o próprio filme diz isso, mas mais uma vez eu vou usar um termo errado para facilitar o entendimento) é de um jeito que eu nunca na minha vida tinha visto, duas coisas distintas acontecendo ao mesmo tempo onde uma influencia na outra (como a cena q eles explodem aquele prédio de dois jeitos diferentes), onde pessoas revertidas e normais coexistem e interagem ao mesmo tempo em combate (entre outras coisas muito incríveis), foi algo que eu AMEI DE PAIXÃO. Amei que esse filme, ao mesmo tempo que tem um conceito complexo e complicado, o trabalha de uma forma que deixa o espectador ciente e entendendo tudo o que acontece na tela (para isso, Nolan usa do artifício dos personagens guias {assim como ele fez em Inception, com a personagem da Ellen Page}, onde ele usa a brecha da falta de conhecimento do personagem {em relação ao universo e as leis nas quais lá existem} para guiar o público e ajudar na compreensão das viagens que ele vai fazer {nesse caso, o personagem do John David Washington tem esse papel, vulgo The Protagonist}).
Mas infelizmente nem tudo são flores, Nolan escreveu e dirigiu esse longa sozinho, se não me engano pela primeira vez sem a ajuda de seu irmão. Apesar de em alguns momentos e conceitos Nolan mostrar extrema maestria e habilidade em escrever cenas e acontecimentos, ele falha em escrever alguns diálogos, os enchendo de falas prontas e clichês que dão uma quebra no clima e na imersão que o filme proporciona (frases essas como "SE EU NÃO POSSO TER, NINGUÉM MAIS PODE" e "SIM, EU ME PRECIPITEI, MAS VOCÊ VAI DAR UM JEITO DE RESOLVER.... AH NÃO, PERA, AGNT TA VIVO, VOCÊ JÁ RESOLVEU NÉ" {essa última deu uma vergonha alheia hein, mds Nolan}, por exemplo), essas frases são bem brochantes e estão presentes, principalmente, no vilão russo (cuja interpretação do ator eu achei meio forçada e exagerada em alguns momentos). Em compensação, Nolan acerta em cheio no Protagonista, John David Washington (ele é filho do Denzel Washington, btw), inicialmente o personagem apresenta um jeito mais debochado e brincalhão, mas com o avançar do filme e dos perigos apresentados, ele deixa essa personalidade de lado e foca mais no combate e nas missões (alguns podem dizer que isso é uma inconsistência no personagem, uma falha na sua fidelidade,  discordo, na verdade vejo isso como um resultado de um medidor de perigo interno que o personagem tem, quando ele tem a situação sob controle ele se dá a liberdade de ser mais zoeiro, mas quando da merda ele age sério).
Cara, duas coisas que eu amei no filme (mas que podem ser influenciadas pelo fato de eu não ir no cinema desde janeiro e ter ido de novo poucas horas atrás {em relação a quando estou escrevendo a critica}), a direção de arte e o som do filme. O filme tem cenas realmente belíssimas, usando muito de tons de azul, e também tem uma mixagem e edição de som maravilhosas, juntamente com a trilha (que incrivelmente não é do Hanz Zimmer, apesar de lembrar muito as trilhas feitas por ele {mas é muito boa, mesmo assim}), em alguns momentos a trilha brinca e coloca sons de tick tock de relógio, só que invertidos e em um ritmo acelerado (genial cara, nmrl), fora que nas cenas de combate (principalmente na cena da guerra final) a edição de som se superou cara, proporcionando uma imersão incrível em meio a um caos desenfreado.
Cara, meu Deus, que filme mind blowing, o cara luta contra ele mesmo, os soldados vem eles indo em bora todos feridos e ferrados no mesmo instante em que chegam, e QUE CENAS DE LUTA INCRÍVEIS FORAM ESSAS MEU DEUS????????? INCRIVELMENTE BEM COREOGRAFADAS E BEM FEITAS, FORA QUE FORAM EXTREMAMENTE FIEIS E CONDIZENTES EM AMBAS AS "LINHAS TEMPORAIS", que trabalho que isso deve ter dado cara, pelo amor de Deus.
Filme bom, filme lindo, filme maravilhoso. Tudo mundo tem que ver essa maravilha. Acho impressionante como o Nolan me faz sentir mais amor por ele a cada filme novo.
(Perdeu uns pontinhos por causa desses dialogos, né Nolan. Tá aí a importância do irmão dele, o Jonathan, pra revisar o roteiro e evitar esse tipo de coisa)
F for Edward (MDS, NA HORA QUE ELE MORRE É A HORA QUE AMIZADE DELES COMEÇA MSM, MDSSSSSSSSSSSSSSSS)
-Por Ruan Souza

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