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A criação da Nação Brasileira

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A criação da Nação Brasileira
Pesar a história é uma característica do século XIX, e é dentro desse período que nasce vários parâmetros para o tratamento do tema. Em um ganho de espaço dentro das universidades europeias pela disciplina de história, o discurso historiográfico ganha um sentido científico e o historiador perde o papel de homem das letras e ganha destaque como pesquisador. Nesse processo é perceptível como a história se atrela ao nacionalismo, assim a historiografia como meio de legitimar um povo como nação vira o centro das discussões. O Brasil não fica de fora desse processo de nacionalização, mesmo que por aqui o campo historiográfico siga rumos completamente diferentes da Europa. A academia brasileira não era um ambiente de competição entre autores como o modelo europeu, temos aqui uma academia para poucos, os letrados escolhidos. Surge no Brasil uma historiografia elitizada, e essa oligarquia das letras desempenha um papel crucial na criação da identidade brasileira, criando uma visão e conclusão bem seletiva da história. A formalização desse grupo e da ideia de uma nação brasileira é formalizado em 1838 com a criação do Instituto Histórico e Geográfico do Brasil (IHGB). Uma vez criado, o órgão tinha o dever de traçar um perfil do que seria a nação brasileira, criando aqui uma identidade própria. Queriam se assemelhar à uma Europa do século XIX mas ao mesmo tempo uma identidade que mostrasse que não possuíamos relação com a mesma. Assim fica entregue aos letrados do IGHB a função de pensar um Brasil segundo os fatos, criando uma origem da Nação brasileira. No entanto, uma história contada pelas elites se torna uma arma devastadora, a historiografia produzida por essa oligarquia seletiva produz uma visão bem distorcida da realidade, exaltando um e excluindo outro. Como se cria a ideia de Nação unificada quando existem grupos que gozam de mais privilégios que outros? Essa historiografia acaba por excluir aqueles que não fazem parte dessa elite produtiva: os índios e negros. O conceito de nação é inteiramente associado ao branco, proporcionando um caráter excludente, carregada de imagens depreciativas do “outro”, o que não se insere na elite. É sobre esse pano que o IGHB encaminhará suas reflexões acerca da construção de uma Nação forte e unificada.

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