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HISTÓRIA DA EDUCAÇÃO FÍSICA (1)

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CURRÍCULO LATTES 
 
Profa. Yedda Maria da Silva Caraçato 
Mestranda em Educação Física pelo Programa de Pós Graduação Associado em 
Educação Física (UEM/UEL). Licenciada em Educação Física pela Universidade 
Estadual de Maringá (UEM) e Bacharela em Educação Física pelo Centro Universitário 
INTA - UNINTA. Acadêmica do curso de Pedagogia do Centro Universitário Internacional 
(UNINTER). Integrante do Grupo de Estudos e Pesquisas em Educação Física Escolar - 
GEEFE/UEM/CNPq. Professora da rede municipal de ensino de Paiçandu. ORCID: 
https://orcid.org/0000-0002-6602-3921 
 
INFORMAÇÕES RELEVANTES: 
• Licenciada em Educação Física pela Universidade Estadual de Maringá. 
• Bacharela em Educação Física pelo Centro Universitário Inta - UNINTA 
• Mestranda em Educação Física pelo programa de Pós-Graduação em Educação Física 
associado UEM-UEL 
• http://lattes.cnpq.br/5403362583816958 
 
#CURRÍCULO LATTES# 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
APRESENTAÇÃO DA APOSTILA 
 
Olá, aluno(a), 
Esse material de estudo é referente a nossa disciplina História da Educação 
Física. 
Penso que se você está lendo esse material está procurando entender e conhecer 
ainda mais a história do curso/do seu futuro campo de trabalho. Para entender e 
conhecer melhor o seu curso teremos quatro unidades nesse material. 
● Na Unidade I estudaremos o que é a Educação Física, o conceito, as 
especificidades de Licenciatura e Bacharel em EF e os campos de atuação 
profissional de cada especificidade. 
● Já na Unidade II você irá saber mais sobre a história da Educação Física 
tanto no contexto mundial como no Brasil, sua origem, desenvolvimento e 
características ao longo das décadas. 
● Na sequência, na Unidade III, falaremos a respeito dos aspectos legais da 
Educação Física, olhando tanto para o contexto escolar e não escolar. 
● Em nossa Unidade IV vamos finalizar o conteúdo dessa disciplina com A 
Educação Física: Ensino e carreira, trazendo metodologias de ensino da 
EF e preocupações acerca da carreira em EF no contexto formal e não 
formal na contemporaneidade. 
 
UNIDADE I 
INTRODUÇÃO A EDUCAÇÃO FÍSICA 
Professora Yedda Maria da Silva Caraçato de Sousa 
 
 
Plano de Estudo: 
• Conhecer o que é a Educação Física 
• Compreender o panorama dos conhecimentos sobre a área da Educação Física e 
atuação profissional 
 
 
Objetivos de Aprendizagem: 
• Entendimento do que é a Educação Física 
• Entendimento acerca do panorama dos conhecimentos sobre a área da Educação 
Física e atuação profissional 
 
 
 
 
INTRODUÇÃO 
 
Olá aluno(a), seja bem-vindo(a) à Unidade I da nossa apostila de estudos da 
disciplina de História da Educação Física. 
Nesta unidade iremos estudar o conceito Educação Física, os conhecimentos 
sobre nossa área no campo da Licenciatura e do Bacharelado e o campo de atuação 
profissional nessas especificidades da nossa área. Dessa forma, estamos 
oportunizando a você a construção de competências profissionais e conhecimentos 
de ordem procedimentais que o oportunizem estabelecer habilidades e 
competências significativas para entender e conceituar a Educação Física no 
campo da Licenciatura e no Bacharelado, compreendendo suas potencialidades e 
limitações existentes nos campos de atuação profissional em que cada 
especificidade oferece. 
Tendo esses constructos estabelecidos, quero lhe trazer um questionamento: 
você já conhece os campos de atuação da Educação Física? Se sua resposta for 
positiva, quero convidá-lo(a) a refletir sobre como esses campos se configuram na 
atualidade; e, em caso negativo, este é um momento ímpar para entender o campo 
no qual você está adentrando. Vamos conhecê-lo. 
 
 Bom estudo! 
 
 
 
1 O QUE É EDUCAÇÃO FÍSICA 
Imagem do Tópico: 
https://www.shutterstock.com/pt/image-illustraion/physical-education-word-cloud-
concept-232581532 
 
 
O que é a Educação Física? Conceituar essa área com um grande leque de 
atuações não é nada fácil, para tanto, é necessário entendermos que ela possui 
várias incursões que se completam e mostram caminhos para o que pode ser a 
atual Educação Física. 
Segundo Tubinho (2008), para explicar o novo conceito de Educação Física 
é necessário estabelecer uma sequência lógica de raciocínio: 
 Primeiro: o conceito de Educação, saiu de uma perspectiva terminalista para outra 
perspectiva de educação continuada, dessa forma então, deixando de constituir-se 
https://www.shutterstock.com/pt/image-illustraion/physical-education-word-cloud-concept-232581532
https://www.shutterstock.com/pt/image-illustraion/physical-education-word-cloud-concept-232581532
 
num programa voltado para uma educação apenas num período na vida das 
pessoas. 
 Segundo: a Educação Física, era concebida como componente educacional, dessa 
forma ficou por muito tempo, assim delimitada à infância e adolescência, pois era 
aplicada em processos formais na escola. Acontece então um rompimento, o qual 
leva a Educação Física a constituir-se num processo de Educação ao longo da vida 
das pessoas, deixando então de ser apenas para crianças e adolescentes e 
chegando também ao jovens, adultos e idosos, pois era desenvolvida em vários 
locais, independentemente. 
 Terceiro: a Atividade física, continua a ser um meio específico da Educação Física, 
podendo ser utilizada com fins educativos, por meio de exercícios ginásticos, jogos, 
danças, esportes, atividades de aventura, relaxamento e muitas outras. 
 Quarto: se é uma Educação Física, ela tem que educar para algo, alguma coisa, 
de forma que possa lhe dar sentido. Ou seja, nessa nova concepção de Educação 
Física, ela está relacionada, ela constitui-se um meio para um estilo de vida ativo 
durante toda a existência das pessoas. 
 Quinto: para a Educação Física poder ser um estilo de vida ativo, ela terá que ser 
concomitantemente uma Educação para a Saúde e para o Lazer. Sendo que, nesse 
processo a Educação Física desenvolverá hábitos, conhecimentos e atitudes. 
 
É evidente que essa Educação Física com mais sentido substitui/deve substituir a 
Educação Física passatempo ou Funcionalista de outrora, pois o importante, a partir 
do manifesto da Educação Física em 2000, será o processo do desenvolvimento de 
um estilo de vida, o qual que levará as pessoas a uma qualidade de vida desejável 
e as oportunidades de entretenimentos considerados saudáveis, além disso 
propiciar seres integrais e melhores convivências humanas. 
 Sendo assim, Tubino (2008) afirma que a Educação Física, nessa nova 
interpretação, passa a ser um ensino para a criação de habilidades motoras, 
atitudes e conhecimentos. Esse novo conceito renovado de Educação Física, além 
de dar sentido aos seus programas, rompe com o seu entendimento como simples 
atividade, passatempo ou moda. 
 
 
Para Bracht (1997) é comum buscar elucidar a essência da Educação Física 
como se esta existisse independentemente da Educação Física concreta e situada 
historicamente que conhecemos. 
Já para Medina (1983), existem três concepções do que é a Educação Física, 
sendo a primeira a Educação Física Convencional, a qual define EF como um 
conjunto de conhecimentos e atividades específicas que visam o aprimoramento 
físico das pessoas, dessa forma, os aspectos sociais e psicológicos têm um papel 
irrelevante. A segunda concepção é relacionada à Educação Física Modernizadora, 
que define como sendo a área do conhecimento humano que, fundamentada pela 
interseção de diversas ciências e, através de movimentos específicos, objetiva 
desenvolver o rendimento motor e a saúde dos indivíduos. Dessa forma, 
considerando o ser humano como sendo composto pelo corpo e mente/espírito. 
A terceira concepção que Medina (1983) traz é a Educação Física 
Revolucionária, a qual entende o ser humano por meio de todas as suas dimensões, 
sendo definida como a arte e a ciência do movimento humano que, através de 
atividades específicas, auxiliam no desenvolvimentointegral dos seres humanos, 
renovando-os e transformando-os no sentido de sua autorrealização e em 
conformidade com a própria realização de uma sociedade mais justa e livre. 
 
Segundo Oliveira (1983), várias denominações para a Educação Física 
foram adotadas e vemos que ainda são atualmente, como EF sendo educação do 
movimento, educação pelo movimento, educação do corpo, cultura do físico e 
esporte. Essas são algumas das nomenclaturas, mas ele ainda acredita que o 
esporte é a nomenclatura que mais compete com a expressão Educação Física. 
Entretanto seus dizeres apontam que a característica essencial da EF é o 
movimento humano e sem ele a Educação Física não existe, sendo o movimento o 
que distingue a EF das demais disciplinas. E sendo os elementos da EF a ginástica, 
o jogo, o esporte e a dança. 
 
De acordo com o Coletivo de Autores (1992, p. 33), a EF é uma disciplina 
que trata, pedagogicamente, na escola, do conhecimento de uma área denominada 
de cultura corporal. 
Para Betti (1992), a EF na escola, como componente curricular da Educação 
básica, também está ligada em introduzir e integrar o aluno na cultura corporal de 
movimento, assim formando o cidadão que vai produzi-la, reproduzi-la e transformá-
la, instrumentalizando-o para usufruir do jogo, do esporte, das atividades rítmicas e 
dança, das ginásticas e práticas de aptidão física, em benefício da qualidade da 
vida. 
Dessa forma, aluno(a), podemos entender que o conceito de Educação 
Física não é um só, mas é amplo e engloba tudo que nela está inserido, mas 
entende-se que a EF está para e pelo movimento humano. 
 
 
 
 
 
2 PANORAMA DOS CONHECIMENTOS SOBRE A ÁREA DA EDUCAÇÃO 
FÍSICA E ATUAÇÃO PROFISSIONAL 
 
Imagem do Tópico: 
https://www.shutterstock.com/pt/image-photo/small-group-pe-teachers-smiling-
portrait-298428383 
 
A formação em Educação Física deveria abranger uma formação ampla e 
consistente para que o profissional pudesse trabalhar em qualquer das áreas 
oferecidas pela EF. Mas você, aluno(a), deve estar se questionando: “qual o motivo 
de atualmente termos essas duas (Licenciatura e Bacharel) especificidades da 
Educação Física?”. 
Morschbacher (2012) expõe que, naquele momento, em 2005, a divisão do 
Curso se justificou pela crescente expansão do mercado de trabalho e pelas 
mudanças na legislação referente à formação de professores para a atuação na 
Educação Básica, em sintonia com o sistema Conselho Federal de Educação Física 
e Conselho Regional de Educação Física (CONFEF/CREF). 
 
Sendo assim, nesse momento em que o nosso mercado de trabalho fica mais 
exigente, o momento político, histórico e social que se passava no momento, fica 
estabelecido que os ingressantes até o ano de 2005, teria sua formação em 
Licenciatura plena em Educação Física, exposto na Resolução CNE/CP n° 2/2002, 
que dizia que a partir de 15 de outubro de 2005 os cursos deveriam ter formações 
distintas. Porém não fica claro para algumas instituições e começa gerar grandes 
tumultos, incluindo o CONFEF/CREF. O MEC, dessa forma, emite a Nota Técnica 
n° 003/2010 - CGOC/DESUP/SESu/MEC, de 05 de agosto de 2010, e deixa claro 
em seu artigo IV- 19: 
 
Os cursos de Licenciatura e Bacharelado em Educação 
Física possuem legislação específica para cada qual, apresentando 
finalidade e integralidade próprias, exigindo-se, assim, projeto 
pedagógico e matriz curricular adequados a cada grau. 
 
Dessa forma, entendemos que atualmente o curso de Educação Física não 
é mais uma só formação, mas sim cursos distintos, contendo núcleo de estudos de 
formação geral, tanto para o(a) futuro(a) licenciado(a) em EF quanto para o(a) 
futuro(a) bacharel(a) em EF. 
O Conselho Nacional de Educação, no ano de 2018, traz uma nova resolução 
para os cursos de Educação Física. É de grande importância entendermos: o curso 
de Educação Física (Bacharel/Licenciatura) deve conter carga horária referencial 
de 3.200 (três mil e duzentas) horas para o desenvolvimento de atividades 
acadêmicas. 
No Art. 5º dessa mesma resolução se apresenta que, dada a necessária 
articulação entre conhecimentos, habilidades, sensibilidade e atitudes requerida do 
egresso para o futuro exercício profissional, a formação do graduado em Educação 
Física terá ingresso único, destinado tanto ao bacharelado quanto à licenciatura, e 
desdobrar-se-á em duas etapas, conforme descrição a seguir: 
 I - Etapa Comum - Núcleo de estudos da formação geral, identificador da área de 
Educação Física, a ser desenvolvido em 1.600 (mil e seiscentas) horas referenciais, 
comum a ambas as formações. 
 
II - Etapa Específica - Formação específica a ser desenvolvida em 1.600 (mil e 
seiscentas) horas referenciais, na qual os graduandos terão acesso a 
conhecimentos específicos das opções em bacharelado ou licenciatura. 
 
Muitas vezes, nas Instituições de Ensino Superior, o aluno escolhe quais das 
duas especificidades gostaria de cursar, entretanto as 1.600 horas de curso serão 
iguais, independentemente de ter escolhido uma das especificidades. Após 
cursadas essas 1.600 horas do núcleo comum, os cursos oferecem a etapa 
específica, assim, entrando nas especificidades da área da Licenciatura ou 
Bacharelado. 
Agora vamos entender um pouco sobre cada etapa específica 
(Licenciatura/Bacharel), ou seja, para que cada área está voltada, e seu campo de 
atuação profissional.
 
 
3 LICENCIATURA EM EDUCAÇÃO FÍSICA E SEU CAMPO DE ATUAÇÃO 
 
https://www.shutterstock.com/pt/image-photo/students-helping-other-exercise-
elementary 
 
Você já conhece um pouco mais do curso de Licenciatura em Educação 
Física? Se não conhece, vamos conhecer! 
O curso de Licenciatura em Educação Física no Brasil já passou por diversas 
mudanças. Atualmente o seu principal foco está voltado para formação de 
professores para atuarem na escola, sendo esse campo de atuação um local muito 
abrangente para o professor de Educação Física estar presente. 
O Conselho Nacional de Educação, em dezembro de 2018, traz uma nova 
resolução para o curso de Licenciatura em Educação Física, sendo que o curso 
deve conter carga horária referencial de 3.200 (três mil e duzentas) horas para o 
desenvolvimento de atividades acadêmicas (BRASIL, 2018a). 
 
No curso de Licenciatura em EF, o Licenciado terá formação humanista, 
técnica, crítica, reflexiva e ética qualificadora da intervenção profissional 
fundamentada no rigor científico, na reflexão filosófica e na conduta ética no 
magistério, ou seja, na docência do componente curricular Educação Física, tendo 
como referência a legislação própria do Conselho Nacional de Educação para a 
área (BRASIL, 2018b). 
A especificidade da Licenciatura em Educação Física é voltada para a área 
escolar, ou seja, o seu único campo de trabalho é o ambiente escolar, como 
professor da disciplina de Educação Física, um componente curricular obrigatório 
nos níveis de ensino Fundamental II (6º ao 9º ano) e Ensino Médio (1ª a 3ª série) e 
a Educação de Jovens e Adultos (EJA). 
É de grande importância entendermos que o documento que norteia a EF 
como uma disciplina nas escolas é a LDBEN 9394/96. Para tanto, há que se 
entender que os professores de educação física vêm conquistando cada vez mais 
espaço na área escolar, tendo adentrado não de forma obrigatória, mas vêm 
conquistando esse espaço na Educação Infantil - EI (1,2, 3, 4 e 5). De forma que 
atualmente muitos municípios estabeleceram como lei a presença do professor 
formado em Licenciatura em Educação Física para trabalhar a disciplina na EI, no 
lugar em que antes o professor formado em pedagogia tinha esse espaço, sendo 
que o professor de EF é o professor especialista na disciplina EF. 
O órgão responsável em “fiscalizar” a Educação em geral, sendo assim, a 
Licenciatura em EF, é o MEC. É importante saber de alguns documentos que 
norteiam o profissional da Educação e, paratanto, o professor de Educação Física, 
sendo eles a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDBEN 9394/96), 
define e regulariza a organização da educação brasileira com base nos princípios 
presentes na Constituição, as Diretrizes Curriculares Nacionais (DCNs), são normas 
obrigatórias para a Educação Básica que orientam o planejamento curricular das 
escolas e dos sistemas de ensino e o Plano Nacional de Educação (PNE), 
determina diretrizes, metas e estratégias para a política educacional a cada 10 anos. 
Desde 2017, a Base Nacional Comum Curricular (BNCC), documento de caráter 
normativo, define o conjunto orgânico e progressivo de aprendizagens essenciais 
 
que todos os alunos devem desenvolver ao longo das etapas e modalidades da 
Educação Básica. 
Há que se entender que o professor de Educação Física, ou seja, o 
Licenciado em Educação Física, tem uma grande gama de trabalho dentro do 
mundo escolar, podendo atuar desde a Educação Infantil até o Ensino Médio e a 
EJA, tanto em escolas públicas como em escolas privadas. Dessa forma, estando 
presente na vida escolar dos alunos durante todo o tempo em que ele está em 
formação na escola. 
 
 
 
4 BACHAREL EM EDUCAÇÃO FÍSICA E SEU CAMPO DE ATUAÇÃO 
 
https://www.shutterstock.com/pt/image-photo/group-sporty-women-men-training-
on-1039005595 
 
Se você chegou até aqui, aluno(a), penso que está querendo saber um pouco 
mais dessa formação – Bacharelado em Educação Física –, então vamos lá! 
Segundo Anversa (2017), os cursos de Bacharelado em EF tiveram um início, 
ainda tímido, a partir da Resolução CFE n. 03/1987, uma vez que a área ainda não 
tinha um consenso sobre o bacharelado. 
Para Oliveira (2006), por meio dessa Resolução, o currículo do curso se 
desvinculou do formato mínimo, garantindo às IES a oportunidade de desenvolver 
seu PPC de acordo com as necessidades regionais, possibilitando a oferta de uma 
formação específica para a licenciatura ou para o bacharelado, por meio dos 
indicativos da formação geral (humanística e técnica) e de aprofundamento. 
 
No ano de 1997, por meio da Resolução n. 218/1997, a Educação Física foi 
reconhecida como área da saúde e, no ano subsequente, por meio da Lei 
9696/1998, foi regulamentada como profissão. Com isso foram criados o Conselho 
Federal de Educação Física (CONFEF) e os Conselhos Regionais de Educação 
Física (CREFs), sendo revistos os campos de atuação do profissional, ampliando 
suas possibilidades de intervenção. 
A formação Bacharel em Educação Física atualmente é constituída em 3200 
horas referenciais e sendo dessas 1600 horas específicas, conforme Resolução 
CNE/CES n. 06/2018, como explicado no começo da nossa unidade. A formação 
do Bacharel em EF deve ser concebida, planejada, operacionalizada e avaliada, 
qualificando-o para a intervenção profissional em treinamento esportivo, orientação 
de atividades físicas, preparação física, recreação, lazer, cultura em atividades 
físicas, avaliação física, postural e funcional, gestão relacionada com a área de 
Educação Física, além de outros campos relacionados às prática de atividades 
físicas, recreativas e esportivas; visando a aquisição e desenvolvimento dos 
seguintes conhecimentos, atitudes e habilidades profissionais (BRASIL, 2018b). 
A partir dessa constituição da formação do curso de bacharel em EF, 
conseguimos ver o vasto campo de atuação que o Bacharelado nessa área pode 
atuar, sendo uma área que atualmente vêm crescendo, acompanhando o nosso 
mercado e a evolução dele. 
Há que se conhecer melhor, então, as áreas que os profissionais de 
Educação Física podem atuar, sabendo que há um grande leque de campos de 
atuação para esse profissional. Lembre-se que o bacharel é conhecido como área 
não escolar, ou seja, atua em todos os outros campos fora da escola. 
O bacharel é muitas vezes ligado ao instrutor de academia, ao personal 
trainer, mas temos campos de atuação para além da academia. Pode-se atuar com 
esporte, o treinamento esportivo nas modalidades convencionais e não 
convencionais, a recreação em hotéis, festas infantis, eventos em geral, grupos de 
corrida, treinamento funcional, na natação, no núcleo de apoio à saúde da família, 
nas secretarias de esporte e lazer de municípios, estados entre outros. 
 
Além de ser um vasto campo, também há uma grande faixa etária e 
população que esse profissional poderá trabalhar após sua formação, desde o bebê 
até idosos, grávidas, pessoas com deficiências, comorbidades, doenças, entre 
muitas outras especificidades. É importante ressaltar que o bacharel é uma área em 
constante mudança, pelo fato de a cada dia ter mais adeptos a cuidar da sua saúde, 
do seu bem estar, do seu corpo. Sendo assim, crescendo ainda mais o público e 
modalidades que os profissionais de Educação Física podem atuar. 
 
 
 
SAIBA MAIS 
Criado em 2008, o Núcleo de Apoio à Saúde da Família (NASF) surgiu com a 
finalidade de aumentar as ações da Estratégia de Saúde da Família (ESF) por meio 
de sua atuação integrada com as equipes de saúde e todas as redes de serviço. 
Dessa forma, o presente artigo apresenta os Profissionais de Educação Física e o 
SUS: desafio nos Núcleos de Apoio à Saúde da Família. Para complementar o 
presente vídeo traz discussões acerca da presença do profissional de EF no SUS. 
 
Acesse: 
Profissionais de Educação Física e o SUS: desafio nos Núcleos de Apoio à Saúde 
da Família. Disponível em: https://www.crefsc.org.br/principal/wp-
content/uploads/2017/02/Artigo-Profissionais-de-Educa%C3%A7%C3%A3o-
F%C3%ADsica-e-o-SUS.pdf 
 
Educação Física e SUS. Disponível em: 
https://www.youtube.com/watch?v=CvaSNaWstVg 
#SAIBA MAIS# 
 
 
 
 
 
REFLITA 
Como vimos nessa unidade, o profissional de EF bacharel está inserido no Núcleo 
de Atenção à saúde da família. Dessa forma estamos presentes no Sistema único 
de saúde. Qual a importância de estarmos presentes na Saúde pública do Brasil? 
Fonte: a autora. 
#REFLITA# 
 
 
 
https://www.crefsc.org.br/principal/wp-content/uploads/2017/02/Artigo-Profissionais-de-Educa%C3%A7%C3%A3o-F%C3%ADsica-e-o-SUS.pdf
https://www.crefsc.org.br/principal/wp-content/uploads/2017/02/Artigo-Profissionais-de-Educa%C3%A7%C3%A3o-F%C3%ADsica-e-o-SUS.pdf
https://www.crefsc.org.br/principal/wp-content/uploads/2017/02/Artigo-Profissionais-de-Educa%C3%A7%C3%A3o-F%C3%ADsica-e-o-SUS.pdf
https://www.youtube.com/watch?v=CvaSNaWstVg
 
CONSIDERAÇÕES FINAIS 
 
Entender o que é Educação Física, o seu conceito que não é único, mas um 
conjunto de informações sobre a EF, que envolvem o movimento. Assim 
conseguimos explicar e conceituar a Educação Física de forma geral. 
Entendemos também a Educação Física e suas especificidades e seu campo 
de atuação, sendo assim, faz com que você consiga compreender qual o sentido 
das disciplinas e da sua formação de modo geral, visto que você já cursou algumas 
disciplinas de núcleo comum e terá mais algumas pela frente e logo mais disciplinas 
de núcleo específico, as quais são voltadas para a especificidade da Educação 
Física que você aluno(a) escolheu, Licenciatura ou Bacharelado. Agora você 
consegue entender o porquê desses núcleos e dessas disciplinas, não é mesmo? 
Dessa forma, entendendo o conceito de Educação Física e suas áreas você 
compreende como é um campo vasto e cheio de conhecimentos. 
Se você chegou até aqui, conseguiu conhecer um pouco mais do seu futuro 
campo de atuação e até mesmo ter a certeza de qual especificidade – Licenciatura 
e/ou Bacharel – você quer atuar/trabalhar no futuro. 
Lembre-se sempre que a Licenciatura em Educação Física está ligada à área 
escolar e o Bacharel à área não escolar, o qual tem o conselho CONFEF/CREF, 
que fiscaliza a atuação. Podendo essa atuação ser em academias, clubes, 
recreação, hospitais e muitos outros. 
 
 
 
 
LEITURA COMPLEMENTAR 
 
Artigo: O profissional em educação física no Brasil: desafios e perspectivasno 
mundo do trabalho. 
Neste trabalho articulamos os desafios na formação do profissional bacharel em 
educação física, nos documentos oficiais e a sua intervenção no mundo do trabalho. 
Ampliamos as percepções e avaliamos a proposta de formação nos saberes e 
conhecimentos para esse campo de atuação; por fim levantamos desafios e 
perspectivas para formar o bacharel em educação física no Brasil. A análise de 
conteúdo dos documentos oficiais sobre a formação do bacharel oferece suporte 
para nossas proposições concernentes à formação desse profissional, tendo como 
referencial teórico estudos do campo da educação e artigos específicos da área. 
Com base nos resultados dessa análise, construímos uma matriz dos saberes 
estabelecidos nos documentos oficiais. Elaboramos um conjunto de propostas 
desafiadoras para a formação desse profissional, recontextualizada e articulada 
com os interesses das comunidades a que esse profissional se propõe servir. 
 
Acesse: NUNES, Marcello Pereira; VOTRE, Sebastião Josué; SANTOS, Wagner 
dos. O profissional em Educação Física no Brasil: desafios e perspectivas no mundo 
do trabalho. Motriz: Revista de Educação Física, v. 18, n. 2, p. 280-290, 2012. 
Disponível em: https://www.scielo.br/scielo.php?pid=S1980-
65742012000200008&script=sci_arttext&tlng=pt. Acesso em: 21 ago. 2020. 
 
 
 
https://www.scielo.br/scielo.php?pid=S1980-65742012000200008&script=sci_arttext&tlng=pt
https://www.scielo.br/scielo.php?pid=S1980-65742012000200008&script=sci_arttext&tlng=pt
https://www.scielo.br/scielo.php?pid=S1980-65742012000200008&script=sci_arttext&tlng=pt
 
LIVRO 
 
• Título: O que é Educação Física 
• Autor: Vitor Marinho de Oliveira 
• Editora: Brasiliense 
• Sinopse: "Ginástica para o corpo e música para a alma", "Mens sana in corpore 
sano". Gregos e latinos antes de Cristo já se uniam no elogio do corpo. Atualmente 
as pessoas redescobrem os valores dos exercícios físicos e praticam jogging nas 
calçadas e praias. As academias de ginástica e escolas de dança estão repletas. 
Os astros de Hollywood, Arnold Schwarzenegger e Sylvester Stallone, incentivam a 
prática do halterofilismo. Mas se as alternativas são muitas, as dúvidas também. 
Seria tudo isso Educação Física? Esse cuidado com o corpo é realmente 
importante? Participação ou alienação?
 
 
FILME/VÍDEO 
 
• Título: A graduação em Educação Física 
• Ano: 2014 
• Sinopse: O vídeo apresenta sobre a graduação em Educação Física e suas 
especificidades: bacharel e licenciatura. 
• https://www.youtube.com/watch?v=c1O7GFpKlxQ 
OBS: (até 4 min e 28s está falando relacionado à Educação Física, a partir disso o 
vídeo traz sobre outras graduações.) 
 
 
 
 
https://www.youtube.com/watch?v=c1O7GFpKlxQ
 
 
REFERÊNCIAS 
 
ANVERSA, A. L. B. Estágio curricular e a constituição da identidade profissional 
do bacharel em educação física. 2017. 168 f. Tese (Doutorado em Educação 
Física) - Universidade Estadual de Maringá, Maringá, 2017. 
. 
 
BETTI, M. Ensino de primeiro e segundo graus: Educação Física para quê. 
Revista Brasileira de Ciências do Esporte, v. 13, n. 2, p. 282-287, 1992. 
Disponível em: 
https://scholar.google.com/scholar?cluster=15143412088606073204&hl=en&oi=sc
holarr. Acesso em: 20 ago. 2020. 
 
BRACHT, V. Sociologia crítica do esporte: uma introdução. Vitória: Centro de 
Educação Física e Desportos da Ufes, 1997. 
 
BRASIL. RESOLUÇÃO Nº 218, DE 06 DE MARÇO DE 1997. CNS. Brasília, 1997. 
Disponível em: 
https://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/cns/1997/res0218_06_03_1997.html. 
Acesso em 19 de ago.2020. 
 
BRASIL. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, LDB. 9394/1996. 
Disponível em:https://www2.camara.leg.br/legin/fed/lei/1996/lei-9394-20-
dezembro-1996-362578-publicacaooriginal-1-pl.html. Acesso em 18 de ago. 2020. 
 
 
BRASIL. Nota Técnica n° 003/2010 - CGOC/DESUP/SESu/MEC. Brasília: 
Ministério da Educação, 2010. Disponível em: 
http://www.eeffto.ufmg.br/eeffto/DATA/UserFiles/files/legislacao-do-mec-acerca-
das-modalidades-bacharelado-e-licenciatura-do-curso-de-educacao-fisica.pdf. 
Acesso em: 20 ago. 2020. 
 
BRASIL. Resolução CNE/CES 6, de 18 de dezembro de 2018. Institui as 
Diretrizes Curriculares Nacionais (DCNs) do curso de graduação em Educação 
Física, assim denominado, a serem observadas na organização, desenvolvimento 
e avaliação dos cursos, estabelecendo as suas finalidades, os princípios, os 
fundamentos e a dinâmica formativa. Brasília, 2018a. Disponível em: 
https://abmes.org.br/legislacoes/detalhe/2664. Acesso em: 19 ago. 2020. 
 
BRASIL. Resolução CNE/CP 2, de 19 de fevereiro de 2002. Institui a duração e 
a carga horária dos cursos de licenciatura, de graduação plena, de formação de 
professores da Educação Básica em nível superior. Brasília, 2002. Disponível em : 
http://portal.mec.gov.br/cne/arquivos/pdf/CP022002.pdf. Acesso em: 20 ago. 2020. 
 
https://scholar.google.com/scholar?cluster=15143412088606073204&hl=en&oi=scholarr
https://scholar.google.com/scholar?cluster=15143412088606073204&hl=en&oi=scholarr
https://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/cns/1997/res0218_06_03_1997.html
https://www2.camara.leg.br/legin/fed/lei/1996/lei-9394-20-dezembro-1996-362578-publicacaooriginal-1-pl.html
https://www2.camara.leg.br/legin/fed/lei/1996/lei-9394-20-dezembro-1996-362578-publicacaooriginal-1-pl.html
http://www.eeffto.ufmg.br/eeffto/DATA/UserFiles/files/legislacao-do-mec-acerca-das-modalidades-bacharelado-e-licenciatura-do-curso-de-educacao-fisica.pdf
http://www.eeffto.ufmg.br/eeffto/DATA/UserFiles/files/legislacao-do-mec-acerca-das-modalidades-bacharelado-e-licenciatura-do-curso-de-educacao-fisica.pdf
https://abmes.org.br/legislacoes/detalhe/2664
http://portal.mec.gov.br/cne/arquivos/pdf/CP022002.pdf
 
 
 
BRASIL. Resolução nº 6, de 18 de dezembro de 2018. Diretrizes Curriculares 
Nacionais dos Cursos de Graduação em Educação Física e dá outras 
providências. Brasília, 2018b. Disponível 
em:http://portal.mec.gov.br/docman/dezembro-2018-pdf/104241-rces006-18/file. 
Acesso em: 21 ago. 2020. 
 
COLETIVO DE AUTORES. Metodologia do Ensino da Educação Física. São 
Paulo: Cortez, 1992. Coleção Magistério 2° grau – série formação do professor. 
 
MEDINA, J. P. S. A Educação Física cuida do corpo… E “mente”. Campinas: 
Papirus, 1983. 
 
MORSCHBACHER, M. Reformas curriculares e a formação do (novo) 
trabalhador em Educação Física: a subsunção da formação à lógica 
privada/mercantil. 2012. Dissertação (Mestrado em Educação Física) - 
Universidade Federal de Pelotas, Pelotas, 2012. 
 
OLIVEIRA, V. M. de. O que é Educação Física. São Paulo: Brasiliense, 1983. 
 
OLIVEIRA, Amauri Aparecido de. A formação profissional no campo da 
Educação Física: legislação, limites e possibilidades. IN: SOUZA NETO, 
Samuel de; HUNGER, Dagmar. Formação profissional em Educação Física: 
estudos e pesquisas. Rio Claro: Biblioética Editora, 2006. 
 
TUBINO, M. J. G. Por um novo conceito de educação física. Revista Brasileira de 
Ciência e Movimento, v. 8, n. 1, p. 63-66, 2008. Disponível em: 
http://www.fiepbulletin.net/index.php/fiepbulletin/article/view/2578/5047. Acesso em 
24 ago. 2020. 
 
 
http://portal.mec.gov.br/docman/dezembro-2018-pdf/104241-rces006-18/file
http://www.fiepbulletin.net/index.php/fiepbulletin/article/view/2578/5047
 
UNIDADE II 
HISTÓRIA DA EDUCAÇÃO FÍSICA 
Professora Yedda Maria da Silva Caraçato de Sousa 
 
 
Plano de Estudo: 
• Breve histórico da Educação Física no contexto mundial - origem, desenvolvimento e 
características 
• Breve histórico da Educação Física no Brasil - origem, desenvolvimento e 
características 
• Conhecer a Educação Física, esporte e seus desdobramentos: do início à 
contemporaneidade 
 
 
Objetivos de Aprendizagem: 
• Compreender a origem, desenvolvimento e as principais características da Educação 
Física no mundo 
• Compreender a origem, desenvolvimento e as principais características da Educação 
Física no Brasil 
• Compreender a EF, esporte e seus desdobramentos: do inícioà contemporaneidade 
 
 
 
INTRODUÇÃO 
 
Olá aluno(a)! 
Na Unidade II, iremos estudar sobre a Educação Física, sua origem, 
desenvolvimento e características no mundo. Como também estudaremos a Educação 
Física, sua origem, desenvolvimento e características no Brasil. Como também 
estudaremos a relação da Educação Física, o esporte e seus desdobramentos desde 
seus primeiros indícios até atualmente. Lembre-se que entender sobre o surgimento da 
então Educação Física é muito importante. 
Se você chegou até aqui, espero que esteja disposto(a) a entender um pouco 
mais sobre nossa área! A Educação Física, como visto na Unidade I, é uma área muito 
rica, com grandes oportunidades, para tanto, vamos conhecer como se constituiu a 
história da Educação Física? 
 
Bons estudos! 
 
 
 
 
 
 
1 HISTÓRIA DA EDUCAÇÃO FÍSICA NO CONTEXTO MUNDIAL
 
Imagem do Tópico: https://www.shutterstock.com/pt/image-vector/physical-education-web-
icon-1029139786 
 
Para entender a história da Educação Física no contexto mundial, é necessário 
verificar os primeiros traços identificados como ginástica a então atual Educação Física 
(EF) em vários locais do mundo, pois cada país vivia e vive um contexto social. Visto que 
até hoje a maioria dos países vivem de forma socializada, dentro do Brasil encontramos 
povos que vivem em tribos, em meio a floresta, influenciando, assim, nos primeiros 
movimentos da humanidade que podem ser interpretados como EF. 
È imprescindível entender que primeiro, a hoje conhecida como Educação Física, 
antigamente, nos seus primeiro indícios era conhecida como ginástica, no decorrer do 
texto adotamos o nome Educação Física para melhor entendimento e compreensão. 
Pensando nisso e na forma em que a sociedade vivia na pré-história, pode-se entender 
que a EF nem sempre foi relacionada como estética, mais precisamente como a 
Educação Física é atualmente. Para tanto, vamos buscar, na história mundial, momentos 
https://www.shutterstock.com/pt/image-vector/physical-education-web-icon-1029139786
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em que são marcados pela presença da EF, assim, construindo a história da EF no 
contexto mundial. 
Segundo Bagnara, Lara e Calonego (2010), a Educação Física vem evoluindo 
gradativamente, seguindo a evolução cultural dos povos, estando interligada aos 
sistemas políticos, sociais, econômicos e científicos das sociedades. Os exercícios 
físicos sempre foram evoluindo, dependendo sempre de sua época e de suas culturas, 
de forma que as atividades foram passando por mudanças. Na pré-história, os homens 
apresentavam as atividades físicas de cinco maneiras diferentes: natural, utilitário, 
guerreiro, ritual e recreativo. 
Os primeiros relatos que temos vêm desde a pré-história, em que se tinha uma 
preocupação com o físico mais forte, mas voltado para a proteção, pois as atividades 
físicas dessa época eram voltadas para se defender e atacar, sendo que 
 
Todos os exercícios físicos, qualquer que seja sua forma de realização, 
possuem suas raízes, de forma hipotética ou verdadeira nas mais 
primitivas civilizações. Pode -se afirmar que todos os tipos de exercícios 
físicos são provenientes de quatro grandes causas humanas: luta pela 
existência, ritos e cultos, preparação guerreira e jogos e práticas atléticas 
(BAGNARA; LARA; CALONEGO, 2010, p. 1). 
 
Pensando nesse contexto e no homem que ali vivia, ele realizava ações de caça, 
marcha, subida em árvores, nado, salto e lançamento de suas armas de arremesso, entre 
outras ações. Atualmente entende-se que esses são os primeiros traços que apontavam 
para um início da EF. Porém, era algo cultural e vivido cotidianamente. Registros 
propriamente ditos da Educação Física surgem um pouco mais tarde. Esses registros 
são trazidos, então, por cada povo, cada país com focos diferentes. 
Na China, segundo Bagnara, Lara e Calonego (2010), Educação Física era 
praticada em caráter de guerra, além da finalidade terapêutica e higiênica. Já no Japão, 
a hoje EF possuía fundamentos médicos, higiênicos, filosóficos, religiosos e guerreiros. 
O grande destaque para a construção da EF encontramos na Grécia antiga. Foi na 
Grécia que surgiram os atuais jogos olímpicos, naquele contexto surgem os jogos para 
momentos fúnebres, depois os jogos têm um caráter religioso para saudar os Deuses do 
Olimpo. Nessa época tinha-se lutas, tiro com arco, jogo de bola e outros. Os primeiros 
Jogos olímpicos ocorreram em 1479 a.C. e o último, em 393 d.C., esses jogos eram um 
 
intercâmbio cultural entre as cidades-estado Gregas, porém o nome desse jogo era Pan-
Helênicos, o termo olimpíadas era o período de 4 em 4 anos que levava para os jogos 
ocorrerem. 
Ainda na Grécia foi onde surgiram os grandes pensadores Platão, Aristóteles, 
Sócrates e outros, os quais contribuíram com conceitos, utilizados até hoje, como: o de 
equilíbrio entre corpo e espírito ou mente (Platão). Na Grécia surgem vários conceitos 
utilizados na Educação Física atualmente, principalmente na especificidade do 
bacharelado, como: halteres (“peso livre utilizado na academia”), Atleta, a ginástica e 
muitos outros. 
Em Roma, quando é tomada de forma militar pela Grécia, é vista a preparação 
dos soldados e população para guerra, sendo assim visto como a EF. Segundo Bagnara, 
Lara e Calonego (2010, p. 1), 
 
A Idade Média foi marcada pelo impacto do Cristianismo, repleta de 
ascetismo. Mesmo com isso, os estudantes continuavam a seguir as 
teorias de Aristóteles, enriquecendo o patrimônio dos conhecimentos. 
Nesta época floresceu a arte gótica, surgiram as primeiras universidades, 
e com elas personalidades geniais como Santo Tomás de Aquino. 
Considerada como “a Idade das Trevas”, o culto ao corpo era 
considerado pecado e com isso, houve uma grande decadência da 
Educação Física. Os exercícios físicos ficaram retidos em torneios muito 
sangrentos. 
 
Após essa grande decadência da EF, na época do Renascimento, começa buscar 
seu próprio conhecimento. Assim, nesse período, segundo Pereira e Moulin (2006), a EF 
volta a explodir, mas conhecida como cultura física. Grandes artistas, nesse momento, 
em suas pinturas retornam a enaltecer a admiração, beleza do corpo – um grande 
exemplo e artista é Leonardo da Vinci (1432-1519). Nessa época surge também a 
anatomia, pois começa a se ter escultura de estátuas e dissecação de cadáveres, sendo 
um passo para a Educação Física e a Medicina. Vittorino da Feltre (1378-1466), ainda 
nesse período, introduz a EF na escola, juntamente com as disciplinas tidas como 
intelectuais, em 1423, Feltre fundava a escola “La Casa Giocosa” e incluía os exercícios 
físicos em seu conteúdo. 
No período do Iluminismo na Inglaterra, têm-se novas ideias, principalmente com 
Rousseau e Pestalozzi. Rousseau propõe que a EF é necessária na Educação Infantil, 
 
devendo ser introduzida nas escolas. Já Pestalozzi é quem chama a atenção para a 
realização do exercício de forma correta na sua execução e a posição para realização 
de cada exercício. 
Na Idade Contemporânea temos o grande marco da Ginástica Localizada, 
surgindo, então, as quatro grandes escolas de ginástica, como a alemã, a sueca, a 
francesa e a inglesa. A Escola de ginástica Alemã tem como objetivo preparar os corpos 
para a defesa da pátria. A Escola Alemã se baseou nas ciências biológicas para 
transformar a ginástica em um meio de educação em massa, capaz de atender às 
necessidades do Estado. 
A Escola de ginástica Sueca é considerada a grande “mãe da ginástica”, sendo 
ela a grande influência para tudo que conhecemos de ginástica na atualidade. Era 
dividida em quatro partes. Segundo Pereira e Moulin (2006), a pedagogia, que era 
voltada para a saúde, evitando vícios posturais e doenças; a militar, que incluía o tiro e 
a esgrima; a médica, baseada na pedagogia, evitando também as doenças; e a que 
visava a estética,preocupada com a graça do corpo. 
Já a escola Francesa de ginástica foi dividida em cinco, sendo a civil e a industrial, 
militar, médica e cênica. Para um dos pais dessa ginástica Georges Herbert defendia 
que deveria preconizar os movimentos naturais do ser humano, como o correr, trepar, 
nadar, saltar, empurrar, puxar, dentre outros. 
A Escola Inglesa era baseada nos jogos e esportes a qual era influenciada no 
treinamento militar. Um dos pais dessa escola era Thomas Arnold, um dos recriadores 
dos jogos olímpicos. 
Pode-se dizer que essas grandes escolas de ginástica foram um grande marco 
para a então hoje Educação Física, pois, a partir da propagação pelo mundo dessas 
escolas, a EF passa a ser mais reconhecida, consequentemente, organizada e estudada. 
 
 
 
2 HISTÓRIA DA EDUCAÇÃO FÍSICA NO BRASIL - EDUCAÇÃO FÍSICA, ESPORTE 
E SEUS DESDOBRAMENTOS: DO INÍCIO À CONTEMPORANEIDADE 
 
Imagem do Tópico: https://www.shutterstock.com/pt/image-photo/cute-pupils-smiling-camera-
pe-teacher-210167743 
 
A origem da Educação Física (EF) no Brasil está totalmente ligada aos momentos 
históricos que vivemos no nosso país, sendo que a EF na antiguidade era vista como 
ficar forte, formação dos militares, movimento gímnicos, entre outros. Para tanto, vamos 
conhecer um pouco mais da origem, o desenvolvimento da EF e suas características 
com o passar dos anos no Brasil, dividindo em Brasil Colônia (1500 a 1822), Brasil 
império (1822 a 1889), Brasil república (1890 a 1946) e, por fim, a atualidade, a partir de 
1980. 
Estudos, como de Bagnara, Lara e Calonego (2010), apontam que os relatos 
sobre atividade física vêm desde a época pré-histórica, na qual a preocupação era pelo 
físico, pelo forte, mas com o intuito de proteção, na formação de militares. Há que se 
entender que desde então a atual Educação Física vem se adaptando e se alterando 
https://www.shutterstock.com/pt/image-photo/cute-pupils-smiling-camera-pe-teacher-210167743
https://www.shutterstock.com/pt/image-photo/cute-pupils-smiling-camera-pe-teacher-210167743
 
conforme a sociedade se muda, sendo assim, evoluindo ao passar de cada século até 
chegar na Educação Física que conhecemos atualmente e que vemos na prática do dia 
a dia, que temos muitos caminhos a percorrer ainda. 
 
2.1 Brasil Colônia, de 1500 a 1822 
 O primeiro relato que temos sobre a EF no Brasil, é no ano de 1500, quando Pero 
Vaz de Caminha relata, em uma de suas cartas, que os indígenas aqui encontrados 
dançavam, giravam, ao som de uma gaitada. A partir disso entende-se, segundo Ramos 
(1982), que esse foi certamente o primeiro momento em que se vê o manifesto da 
ginástica e recreação relatada no Brasil. 
De modo geral, entende-se que as atividades físicas realizadas pelos indígenas 
era relacionada às características da cultura primitiva desse povo (GUTIERREZ, 1980). 
 Posteriormente, segundo Ramos (1982), criada pelos negros, nas senzalas 
surge a capoeira, atividade ríspida, criativa e rítmica que era praticada pelos escravos. 
 Sendo assim, podemos entender que no Brasil colônia já começa a se ter traços 
de atividades físicas, da cultura dos indígenas e escravos, que representaram os 
primeiros traços da atual Educação Física no Brasil, conhecida como ginástica 
anteriormente. 
 
2.2 Brasil Império, de 1822 a 1889 
 O início do desenvolvimento da Educação Física no Brasil ocorreu no período do 
Brasil império. Pois é nessa época que surgiram os primeiros tratados sobre a Educação 
Física. Segundo Gutierrez (1980), em 1823, é elaborado o “Tratado de Educação Física 
e Moral dos Meninos”, por Joaquim Antônio Serpa, o qual trazia que a educação 
englobava a saúde do corpo e a cultura do espírito e, assim, dividia os exercícios físico 
em duas categorias, os que exercitavam o corpo; e o que exercitavam a memória. Sendo 
assim, esse tratado trazia a educação moral como coadjuvante da EF e a EF coadjuvante 
da educação moral. 
 A ginástica é o início da Educação Física Escolar no Brasil, que ocorreu 
oficialmente com a reforma Couto Ferraz, em 1851. Contudo, somente em 1882, que Rui 
Barbosa lança o parecer sobre a “Reforma do Ensino Primário, Secundário e Superior”, 
 
trazendo, assim, importância à Ginástica na formação do brasileiro, pois ele trouxe 
influências da Europa e Japão, o qual, segundo Beltrami (2006), era primordial que a 
prática da EF desenvolvesse a virilidade do homem e a harmonia das formas femininas, 
para exigência da maternidade futura nas mulheres. Nesse parecer, Rui Barbosa 
defende a Ginástica (atual EF), e assim buscava instituir uma sessão de Ginástica em 
todas as escolas de ensino normal para ambos os gêneros, a ginástica seria uma matéria 
de estudo e em horas distintas ao recreio e após a aula, outro fato importante desse 
parecer era que Rui Barbosa buscava que os professores de Ginástica tivessem a 
mesma autoridade e direito dos professores de outras disciplinas (BELTRAMI, 2006; 
DARIDO; RANGEL, 2005; RAMOS, 1982). 
 Segundo Darido e Rangel (2005), essa implementação da ginástica inicialmente 
não ocorreram em todas as escolas, mas apenas em parte do Rio de Janeiro, capital da 
República na época, e nas escolas militares. 
 
2.3 Brasil República, de 1890 a 1946 
 A Educação Física no Brasil nesse período pode ser subdividida em duas fases: 
a primeira remete ao período de 1890 até a Revolução de 1930 (presidente Getúlio 
Vargas); e a segunda fase configura o período após a Revolução de 1930 até 1946. 
 Sendo feita essa subdivisão, na primeira fase do Brasil república, a partir de 1920, 
segundo Betti (1991), outros estados da Federação, além do Rio de Janeiro, começam 
a realizar suas reformas educacionais e a inclusão da Ginástica na escola. Além disso, 
começa a criação de diversas escolas de Educação Física, que tinham como principal 
objetivo a formação militar (RAMOS, 1982). De acordo com o autor, a partir da segunda 
fase do Brasil república, ocorre a criação do Ministério da Educação e Saúde, e a partir 
de 1937, é criada a divisão de Educação Física, sendo responsável em administrar a EF 
em todo país. Essa divisão ficou sob responsabilidade do Major João Barbosa Leite. 
Dessa forma, a EF ganha destaque no governo, e assim é inserida na constituição 
brasileira, surgindo leis que a tornam obrigatória no ensino secundário, para formar um 
homem corajoso, um herói. 
Segundo Darido e Rangel (2005), com a intenção de a ginástica ser sistematizada 
dentro da escola brasileira, surgem os métodos ginásticos. Esses métodos não surgem 
 
no Brasil, mas vêm das escolas sueca, alemã e francesa, assim dando à Educação Física 
uma perspectiva eugênica/higienista e militarista, pois o exercício físico deveria ser 
utilizado para aquisição e manutenção da higiene física e moral, preparando os 
indivíduos fisicamente para o combate militar. 
A Educação Física Eugênica/Higienista é produto do pensamento liberal, 
principalmente no âmbito da escola, como “redentora da humanidade”. 
 A Educação Física Militarista é a obtenção de uma juventude capaz de suportar o 
combate, a luta, a guerra, portanto ela deveria ser suficientemente rígida. 
 O higienismo e o militarismo estavam orientados em princípios anátomo-
fisiológicos, buscando a criação de um homem obediente, submisso e acrítico à realidade 
brasileira. 
 
2.4 Brasil Contemporâneo, de 1846 a 1980 
Segundo Beltrami (2006), em 1946 é elaborado o Projeto de Lei de Diretrizes e 
Bases da Educação Nacional, o qual permaneceu no Parlamento por quase 13 anos e, 
quando aprovado, em 1961, não contemplava a Educação Física. Após várias tentativas 
o diretor da divisão de Educação Física, o Major Leite, convenceu o relator do projeto na 
câmara dos deputados e assim conseguiu introduzir a EF, a partir de uma emenda, que 
posteriormente foi transformada no artigo 22 da LDB (BRASIL, 1996). 
 Segundo Darido e Rangel (2005), com a tomada do Poder Executivo brasileiro 
pelos militares,ocorreu um grande crescimento do sistema educacional, quando o 
governo planejou, então, usar as escolas públicas e privadas como fonte de programa 
do regime militar. 
 Sendo que naquela época o havia um grande investimento no esporte, buscando, 
então, fazer da Educação Física uma ideologia, a partir do êxito em competições 
esportivas de alto nível. Sendo assim, não havia críticas internas, transparecendo 
desenvolvimento. Dessa forma, acaba se fortalecendo a ideia do esportivismo, o 
rendimento, a vitória e a busca pelo mais hábil e forte estavam cada vez mais presentes 
na Educação Física. 
Segundo Soares (2012, p. 3), 
 
 
Dentre uma das importantes medidas que impactaram a Educação Física 
no período contemporâneo, está a obrigatoriedade da Educação 
Física/Esportes no ensino do 3º Grau, por meio do decreto lei nº 705/69 
(Brasil., 1969). Segundo Castellani Filho (1998), o decreto lei nº 705/69 
(Brasil., 1969), tinha como propósito político favorecer o regime militar, 
desmantelando as mobilizações e o movimento estudantil que era 
contrário ao regime militar, uma vez que as universidades representavam 
um dos principais polos de resistência a esse regime. 
 
Com isso, o esporte foi um aliado nesse momento para distrair a população quanto 
à realidade política da época. Ademais, segundo Darido e Rangel (2005), a Educação 
Física/Esportes no 3º Grau era considerada uma atividade destituída de conhecimentos 
e estava relacionada ao fazer pelo fazer, voltada à formação de mão de obra apta para 
a produção. 
 
2.5 Educação Física na Atualidade, a partir de 1980 
O modelo esportivista, mecanicista, tradicional e tecnicista começou a ser 
criticado, principalmente a partir da década de 1980 e até os dias de hoje, pois ainda 
temos a presença desse modelo sendo aplicado em algumas escolas. 
É imprescindível entender que o ao longo da história da atual Educação Física, 
que é o movimento e não o fazer por fazer, priorizou-se conteúdos gímnicos e esportivos, 
de forma quase que somente procedimental, sendo o saber fazer e não o saber sobre a 
cultura corporal ou como se deve ser. 
 Durante a década de 1980, a resistência à concepção biológica da Educação 
Física foi criticada em relação ao predomínio dos conteúdos esportivos (DARIDO; 
RANGEL, 2005). 
Atualmente, existem na Educação física diversas concepções, modelos, 
tendências ou abordagens, que tentam romper com modelos mecanicista, esportivista e 
tradicional que foram embutidos aos esportes. Entre essas diferentes concepções 
pedagógicas, pode-se citar: a psicomotricidade; desenvolvimentista; saúde renovada; 
críticas; e mais recentemente os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCNs) (BRASIL, 
1997). 
 
Em 1996, Um dos “ganhos” mais recentes talvez não tão recentes para 
a área no contexto educacional está contido no texto da nova Lei de 
 
Diretrizes e Bases da Educação Nacional nº 9.394/96: a Educação 
Física passou a ser componente curricular integrado ao processo 
educacional, e não mais uma atividade paralela dentro da escola” 
(BRASIL, 1996). 
 
Para tanto, entende-se que a Educação Física vem cada dia mais se 
desenvolvendo no Brasil, mas que sempre está ligada ao contexto político, social e 
econômico do país. 
Mas o mais importante é que cada vez mais a Educação Física vem ganhando 
espaço na sociedade brasileira e abrangendo campos de atuação para o 
Professor/Profissional de Educação Física. 
 
 3 EDUCAÇÃO FÍSICA, ESPORTE E SEUS DESDOBRAMENTOS: DO INÍCIO Á 
CONTEMPORANEIDADE 
O esporte é um dos fenômenos socioculturais mais importantes no final do século XX, 
sendo assim tratar da Educação Física e esporte é relacionar ambos a partir da 
segunda guerra mundial. O esporte praticado, generalizadamente, para muitos 
estudiosos desse fenômeno, como Tubino por exemplo, é uma das manifestações da 
cultura física e que também compreende a dança e a recreação e se fundamenta na 
educação física, dessa forma sempre está ligado a nossa área. Segundo Tubino 
(2005), a Educação Física tinha anteriormente muitas influências da linha alemã, sueca 
e francesa, como já visto, porém após a segunda guerra foram substituídas por 
grandes movimentos, como Iniciação Esportiva (dos franceses), a Psicomotricidade e 
Educação Psicomotora (Wallon, Le Boulch, Legido, Vitor da Fonseca e outros), o 
Behaviorismo Pedagógico Americano (Objetivos, Taxionomias, Competências Básicas, 
Análise de Ensino etc), o Movimento Esporte para Todos (da Noruega, Alemanha), do 
Método Aeróbico (Kenneth Cooper, EUA), a Educação Física de Adultos (ACMs), a 
ênfase em Testes e Medidas, e outros menos influenciadores. A verdade é que cada 
um destes deixou registros importantes que aos poucos foram compondo as Formas de 
Trabalho da Educação Física contemporânea, ou seja permanecem até os dias de 
hoje. 
 No Esporte, as grandes alterações se deu na segunda metade do século XX, a qual o 
número de praticantes e modalidades surgidas crescem e muito. É importante ressaltar 
que ainda segundo Tubino (2005),o esporte era visto apenas na perspectiva do 
rendimento e após a Carta Internacional de Educação Física e Esporte da UNESCO 
em 1978, a prática esportiva com a Educação Física, passaram a ser entendidos como 
“direitos de todas as pessoas”. Nesse momento o Esporte rompeu com seu elitismo, 
democratizando então a sua prática para aqueles sem talento e biotipos adequados, ou 
seja, não somente esporte de alto rendimento, mas esporte para todos, sendo assim a 
abrangência social do Esporte passou a ser preponderante. As formas de exercício do 
direito ao Esporte passaram a ser o Esporte-Educação: pelos princípios sócio-
educativos da participação, cooperação, co-educação, co-responsabilidade, da 
inclusão, do desenvolvimento esportivo e do desenvolvimento do espírito esportivo, o 
 
Esporte-Lazer: pelo princípio do prazer e o Esporte de Desempenho: pelos princípios 
da superação. É evidente que a Ética do Esporte, apoiada na convivência humana, 
deverá estar presente em qualquer dimensão esportiva (TUBINO, 2005). 
Sendo que atualmente o esporte está inserido dentro e fora da escola, esporte de alto 
rendimento (profissional) e esporte para o lazer, prazer, sendo que o profissional de 
Educação Física atua e é necessária sua presença dentro do esporte, sendo ele muitas 
vezes o técnico, o professor, o preparador físico das equipes tanto de alto rendimento 
 
 
SAIBA MAIS 
Podemos dizer que a Educação Física é uma disciplina acadêmica que estuda as 
diferentes formas e expressões corporais. Dessa forma, entender e buscar 
conhecimentos sobre a EF nunca será em excesso e entender a importância da 
Educação Física para a sociedade é muito importante. 
Acesse: A importância da Educação Física na sociedade. Disponível em: 
https://blogeducacaofisica.com.br/importancia-da-educacao-fisica/ 
#SAIBA MAIS# 
 
REFLITA 
Qual a importância da Educação Física na sociedade? 
Fonte: a autora. 
#REFLITA# 
 
 
 
 
 
https://blogeducacaofisica.com.br/importancia-da-educacao-fisica/
 
CONSIDERAÇÕES FINAIS 
 
De forma geral, podemos concluir que a história da Educação Física no mundo 
está interligada desde os primeiros aparecimentos da atual Educação Física no Brasil. 
Lembre-se que Educação Física é atual, pois ao decorrer do tempo ela se intitulou assim, 
mas anteriormente era conhecida como ginástica, a qual era principalmente ligada para 
se construir um corpo forte, um herói para guerra, sendo essa a grande função da 
Educação Física antigamente. 
Atualmente, no Brasil, vemos que esse conceito de homem forte é presente para 
a especialidade bacharelado que trabalha com academia, treinamentos entre outros, pois 
é ligado à estética e principalmente a saúde do indivíduo, porém é importante ressaltar 
que não é somente o homem forte, mas o movimento do homem, do corpo humano. 
Já para a especificidade daLicenciatura, podemos notar que na história da 
Educação Física o grande marco é a LDBEN 9394/96, a qual torna uma disciplina 
obrigatória na escola. Ao decorrer dos anos, conseguimos entender as grandes 
mudanças e influências que recebemos para se tornar a Educação Física de hoje, para 
tanto temos que entender que a Educação Física está em constante mudança e 
crescimento tanto no sistema educacional como fora dele. 
 
 
 
 
LEITURA COMPLEMENTAR 
 
A história da Educação Física Escola no Brasil 
 O texto apresenta a história da Educação Física escolar no Brasil; analisa o ideário da 
época, as principais influências, as características dos seus conteúdos, a docência, as 
questões de gênero, as instituições de atendimento infantil, o tratamento diferenciado até 
a sua inclusão no Projeto Escolar. O estudo contempla também tópicos inerentes a 
legislação, as abordagens ou linhas pedagógicas favorecendo a compreensão sobre o 
estado da arte em que se encontra. Pode ser considerada como uma pesquisa qualitativa 
na qual o autor utilizou-se dos livros, artigos, as propostas curriculares em língua 
portuguesa. O que se depreende a partir da análise dos fatos é que a construção e 
inserção da Educação Física na sociedade e na escola foi (e continua) sendo uma 
história de marchas e contra marchas; de convencimento permanente para que o seu 
valor intrínseco seja conhecido e a implementação das aulas seja uma realidade 
indiscutível. 
 
Acesse: ARANTES, Ana Cristina et al. A história da educação física escolar no Brasil. 
Revista Digital, p. 1-18, 2008. Disponível em: https://www.efdeportes.com/efd124/a-
historia-da-educacao-fisica-escolar-no-brasil.htm. 
 
 
 
LIVRO 
 
• Título: História Geral da Educação Física 
• Autora: Inezil Penna Marinho 
• Fonte: Cia Brasil 
• Sinopse: Esporte, educação física, história geral 
 
 
FILME/VÍDEO 
História da Educação Física Escolar no Brasil #01 - (Século XIX) 
 
Disponível em: 
 
https://www.youtube.com/watch?v=4CFK4hFUozI 
 
História da Educação Física Escolar no Brasil #2 
 
Disponível em: 
https://www.youtube.com/watch?v=oBM7LG51GI0 
 
História da Educação Física Escolar no Brasil #03 
 
Disponível em: 
https://www.youtube.com/watch?v=f0nX_2vbxPE 
 
 
 
 
 
 
 
https://www.youtube.com/watch?v=4CFK4hFUozI
https://www.youtube.com/watch?v=oBM7LG51GI0
https://www.youtube.com/watch?v=f0nX_2vbxPE
 
 
REFERÊNCIAS 
 
BAGNARA, I. C.; LARA, A. de A.; CALONEGO, C. Processo histórico, social e político 
da evolução da Educação Física. Revista Digital, Buenos Aires, v. 15, 2010. 
Disponível em: https://www.efdeportes.com/ef/o-processo-historico-da-educacao-
fisica.htm. Acesso em: 15 ago. 2020. 
 
BELTRAMI, D. M. A educação física na política educacional do Brasil pós-64. 
Maringá: EdUEM, 2006. 
 
BETTI, M. Educação física e sociedade: a educação física na escola brasileira de 1º e 
2º graus. Movimento, São Paulo, v. 1, 1991. 
 
BRASIL. Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996. Lei de Diretrizes e Bases da 
Educação Nacional. Brasília, 1996. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil 
_03/Leis/L9394.htm. Acesso em: 29 ago. 2020. 
 
BRASIL. Parâmetros curriculares nacionais: Educação Física / Secretaria de 
Educação Fundamental 7. Brasília: MEC / SEF, 1997. Disponível em: 
http://portal.mec.gov.br/seb/arquivos/pdf/livro07.pdf. Acesso em: 28 ago. 2020. 
 
 
DARIDO, S. C.; RANGEL, I. C. A. Educação Física Na Escola: Implicações Para a 
Prática Pedagógica. São Paulo: Grupo Gen, 2005. 
 
GUTIERREZ, W. História da educação física. Porto alegre: Inst Porto Alegre, 1980. 
 
PEREIRA, M. de M.; MOULIN, A. F. V. Educação Física para o Profissional 
Provisionado. Brasília: CREF7, 2006. Disponível em: 
https://scholar.google.com.br/scholar?hl=pt-
BR&as_sdt=0,5&cluster=7418746315949831960. Acesso: 12 ago. 2020. 
 
RAMOS, J. J. Os exercícios físicos na história e na arte: do homem primitivo aos 
nossos dias. ed. orientada pelos professores M. José Gomes Tubino e Cláudio de 
Macedo Reis. São Paulo: IBRASA, 1982. 
 
SOARES, E. R. Educação Física no Brasil: da origem até os dias atuais. Lecturas: 
Educación física y deportes, n. 169, p. 3-5, 2012. Disponível em: 
https://www.efdeportes.com/efd169/educacao-fisica-no-brasil-da-origem.htm. Acesso 
em: 28 ago. 2020. 
 
TUBINO, M.J.G. A Educação Física e o esporte do Ocidente no séc XX. Arquivos 
em Movimento, Rio de Janeiro, v.1, n.2, p. 99-100, julho/dezembro, 2005. Disponível 
http://www.efdeportes.com/ef/o-processo-historico-da-educacao-fisica.htm
http://www.efdeportes.com/ef/o-processo-historico-da-educacao-fisica.htm
http://portal.mec.gov.br/seb/arquivos/pdf/livro07.pdf
https://www.efdeportes.com/efd169/educacao-fisica-no-brasil-da-origem.htm
 
em: https://revistas.ufrj.br/index.php/am/article/view/9064/7194. Acesso em: 28 de ago. 
2020. 
 
https://revistas.ufrj.br/index.php/am/article/view/9064/7194
 
UNIDADE III 
ASPECTOS LEGAIS DA EDUCAÇÃO FÍSICA 
Professora Yedda Maria da Silva Caraçato de Sousa 
 
 
Plano de Estudo: 
• Breve histórico da Educação Física e aspectos legais: olhares para dentro e fora da 
escola 
• Relações das Práticas corporais e seus desdobramentos legais e sociais 
 
 
Objetivos de Aprendizagem: 
• Conceituar e contextualizar a Educação Física e aspectos legais: olhares para dentro 
e fora da escola 
• Estabelecer relações das práticas corporais e seus desdobramentos legais e sociais 
 
 
 
INTRODUÇÃO 
 
Olá aluno(a), 
Se você chegou até a Unidade III, vamos juntos entender os elementos 
basilares que norteiam e legalizam a formação inicial dos cursos de Educação 
Física - Licenciatura e Bacharel, cuja centralidade de atuação ocorram 
respectivamente no espaço escolar e em contextos não escolares. 
 Para tanto, vamos conhecer os documentos que desenham e orientam 
cada área de formação para sua atuação nesses espaços, de forma a refletirmos 
acerca da relevância entre os aspectos legais tratados nestes espaços formativos, 
possibilitando-nos entender a importância de se conhecer pressupostos legais que 
normatizam a área de atuação, podendo compreender os constructos que 
compõem historicamente a atual mudança que estamos vivendo nos cursos de EF 
a partir da nova Resolução CNE/CES 06/2018 e a Resolução CNE/CP 02/2019. 
Bons Estudos! 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
1 A EDUCAÇÃO FÍSICA E ASPECTOS LEGAIS:OLHARES PARA DENTRO E FORA 
DA ESCOLA E PRÁTICAS CORPORAIS E SEUS DESDOBRAMENTOS LEGAIS E 
SOCIAIS 
 
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Imagem do Tópico: Informar o ID ou link da imagem que será capa deste tópico! 
 Lembre-se de dar preferência ao banco www.shutterstock.com/ 
LICENCIATURA 
A Educação Física como estudamos na unidade I, deste material encontra-se com 
foco na formação inicial de acordo com os campos distintos de atuação, quais sejam, 
Licenciatura e Bacharel e para tanto, neste tópico entenderemos quais os aspectos legais 
que legitimam o campo da formação com foco na Licenciatura, ou seja os aspectos legais 
relativos à formação dos futuros professores que irão atuar na Educação Básica. 
 Para tanto, há que se trazer a cena as discussões apresentadas na LDBEN 
9394/96 (BRASIL, 1996), na qual tem-se legalmente a efetivação de grandes mudanças 
no cenário da educação brasileira. Em se tratando da especificidade da Educação Básica, 
destaca-se a integração da Educação Infantil e Ensino Médio a esse nível de ensino. 
Introdução de um paradigma curricular novo no qual os conteúdos constituem meios para 
que os alunos da Educação Básica possam desenvolver capacidades e constituir 
competências; flexibilidade, descentralização e autonomia da escola associadas à 
avaliação de resultados (BRASIL, 1996). 
 Em relação a Educação Física, nesse mesmo documento, um grande marco, a 
qual no Artigo 26, no parágrafo 3º, traz que 
A educação física, integrada à proposta pedagógicada escola, é 
componente curricular da Educação Básica, ajustando-se às faixas 
etárias e às condições da população escolar, sendo facultativa nos 
cursos noturnos (BRASIL, 1996). 
Esse parágrafo da Lei n. 9394/96 (BRASIL, 1996), sofre várias alterações durante 
o passar dos anos e atualmente lendo a LDBEN encontramos que 
§ 3º A educação física, integrada à 
proposta pedagógica da escola, é 
http://www.shutterstock.com/
 
componente curricular obrigatório da 
educação básica, sendo sua prática 
facultativa ao aluno: 
I – que cumpra jornada de trabalho 
igual ou superior a seis horas; II – maior de 
trinta anos de idade; III – que estiver 
prestando serviço militar inicial ou que, em 
situação similar, estiver obrigado à prática 
da educação física; IV – amparado pelo 
Decreto-Lei no 1.044, de 21 de outubro de 
1969;(V – (VETADO) VI – que tenha 
prole. 
Esse cenário, torna-se propício, possibilitando a EF adentrar e conquistar mais 
espaço dentro da escola, pois torna-se componente curricular obrigatório, podendo ser 
exercida desde a Educação Infantil, Ensino Fundamental até o Ensino Médio. 
 Segundo Ferreira (2000) a partir da LDBEN 9394/96 a Educação Física está 
integrada à proposta pedagógica da escola, podendo ser oferecida no mesmo horário 
das demais disciplinas ou separadamente. 
 Para tanto é necessário se ter professores para atuarem com a disciplina 
Educação Física, dessa forma ainda na LDBEN 9394/96 no Art. 62 - A formação de 
docentes para atuar na educação básica far-se-á em nível superior, em curso de 
licenciatura plena. (BRASIL,1996). Sendo assim entende-se que para se estar dentro da 
escola é obrigatório ser formado em Licenciatura, para tanto para estar atuando dentro 
da Escola com a Educação Física, é necessário ser graduado em Licenciatura em 
Educação Física. 
 Há que se entender, que desde então há vários outros documentos como BNC-
Formação, pareceres do CNE, que legalizam a Licenciatura para estar atuando dentro 
da escola e somente em ambientes ligados a escola, como secretarias, núcleos e órgãos 
similares. 
 Segundo Dourado (2015), no âmbito do Conselho Nacional de Educação (CNE), 
aconteceu grande movimentação em direção à busca de maior organicidade para a 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Decreto-Lei/Del1044.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Decreto-Lei/Del1044.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Decreto-Lei/Del1044.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Decreto-Lei/Del1044.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Decreto-Lei/Del1044.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Decreto-Lei/Del1044.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/2003/L10.793.htm#art26%C2%A73
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/Mensagem_Veto/2003/Mv07-03.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/Mensagem_Veto/2003/Mv07-03.htm
 
formação de profissionais do magistério da educação básica, incluindo a rediscussão das 
Diretrizes e outros instrumentos normativos acerca da formação inicial (Licenciaturas) e 
continuada. 
 Para tanto é importante entendermos o que cada parecer relacionado à formação 
de professores, a Educação Básica apontam sobre a Licenciatura de forma geral, o que 
atende a Licenciatura em Educação Física. 
 O Parecer 09/2001 (BRASIL, 2001), explicita e direciona a elaboração de diretrizes 
curriculares para a graduação em três categorias de carreiras: bacharelado acadêmico, 
bacharelado profissionalizante e licenciatura. Com isso a licenciatura ganhou 
terminalidade e integralidade própria, em relação ao bacharelado segundo a Lei de 
Diretrizes e Base atual, ou seja exige-se currículos próprios para Licenciatura. 
Assim como o Parecer 28/01 (BRASIL,CNE, 28/ 2001), também trata da Licenciatura 
e a define como: uma licença, autorização dada por uma autoridade pública, por meio de 
um diploma que atesta a concessão de uma licença para o exercício de determinada 
atividade profissional, a pessoa autorizada age em conformidade com a lei. “No caso em 
questão, trata-se de um título acadêmico obtido em curso superior que faculta ao seu 
portador o exercício do magistério na educação básica dos sistemas de ensino [...]” 
(BRASIL,CNE, 28/ 2001). 
 A partir dos pareceres do CNE 09/2001 e 28/2001, é especificado o que é e o que 
se trata o curso de graduação de Licenciatura, sendo assim ganhando espaço, 
terminalidade e integralidade própria e ficando claro o local de atuação do Licenciado 
dentro da escola. 
 Para auxiliar a presença do licenciado nas escolas, em 1997, é consolidado os 
PCNs - Parâmetros Curriculares Nacionais, para o Ensino Fundamental (1º ao 5º ano), 
logo depois em 1998, para o Ensino Fundamental (6º ao 9º ano) e somente nos anos 
2000, são lançados os PCNs para o Ensino Mèdio. Ao consolidar os PCNs é apontar 
que são metas de qualidade que ajudem a formação de um aluno participativo, reflexivo, 
autônomo e conhecedor de seus direitos e deveres. É importante ressaltar que esses 
documentos são abertos e flexíveis, podendo ser adaptado à realidade de cada região 
(BRASIL, 2001). Nos PCNs existem metas específicas para a Educação Física. 
 A proposta dos PCNs (BRASIL, 2001) entende a Educação Física como uma 
 
cultura corporal, ou seja, como conhecimentos, representações e formas de expressão 
que se transformam ao longo do tempo. Dentre as produções dessa cultura corporal, 
algumas foram incorporadas pela Educação Física em seus conteúdos: o jogo, o esporte, 
a dança, a ginástica e a luta. Os conteúdos apresentados nos PCNs (BRASIL, 2001) 
estão organizados em três blocos: 1-) Esportes, Jogos, Lutas e Ginástica; 2-) Atividades 
Rítmicas e Expressivas; 3-) Conhecimento sobre o corpo. 
 Em 2010, no CONAE - Conferência Nacional de Educação, já surgem 
apontamentos que seria necessário se ter uma Base Nacional Comum Curricular, como 
parte de um plano nacional de Educação, de forma que norteasse as disciplinas dentro 
da Escola, incluindo a Educação Física. Ainda nesse ano, várias resoluções são 
promulgadas pelo presidente da república, sendo assim uma delas a Resolução n. 4, de 
13 de julho de 2010, a qual define as Diretrizes Curriculares Nacionais Gerais para a 
Educação Básica (DCNs) com o objetivo de orientar o planejamento curricular das 
escolas e dos sistemas de ensino. E ainda a Resolução nº 5, de 17 de dezembro de 2009, 
fixa as Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Infantil. O documento foi 
lançado em 2010. 
 Em 2011, a Resolução n.7, de 14 de dezembro de 2010, fixa a Diretrizes 
Curriculares Nacionais para o Ensino Fundamental de 9 (nove) anos. 
 Somente em 2012, a partir da Resolução n. 2, de 30 de janeiro de 2012, definido 
as Diretrizes Curriculares Nacionais para o Ensino Médio. 
 No ano de 2014 é formulado o Plano Nacional de Educação (PNE), o qual tem 
uma vigência de 10 anos para atingir as metas estabelecidas relacionadas a Educação 
no Brasil, ou seja, até 2024. O PNE tem 20 metas para a melhoria da qualidade da 
Educação básica e 4 delas falam sobre a Base Nacional Comum Curricular, mas mais 
precisamente na meta 15 aponta que devem assegurar que todos os professores da 
educação básica possuam formação de nível superior obtida em curso de licenciatura na 
área de conhecimento em que atuam, dessa maneira entende-se mais uma vez que o 
profissional que está atuando dentro da escola deve ser licenciado na área de atuação. 
 Em novembro de 2014 foi realizada a 2ª Conae, que resultou em um documento 
sobre as propostas e reflexões para a Educação brasileira e é um importante referencial 
para o processo de mobilização para a Base Nacional Comum Curricular. 
 
 Em 2015, aconteceu I Seminário Interinstitucional para elaboração da BNC. Este 
Seminário foi um marco importante no processo de elaboração da BNC, pois reuniu todos 
os assessores e especialistas envolvidos na elaboração da Base. Já em setembro de 
2015 a 1ª versão da BNCC foi disponibilizada. E houve uma mobilizaçãodas escolas de 
todo o Brasil para a discussão do documento preliminar da BNC. 
 No ano de 2015, a partir do CNE/CP 02/2015, mais uma vez traz sobre as 
Diretrizes Curriculares Nacionais para a Formação Inicial e Continuada dos Profissionais 
do Magistério da Educação Básica, dessa forma intensificando ainda mais o local de 
atuação do Licenciado, sendo a escola. 
 Em maio de 2016 a 2ª versão da BNCC é disponibilizada. Em agosto, começa a 
ser redigida a terceira versão, em um processo colaborativo com base na versão 2. 
 Já abril de 2017, o MEC entregou a versão final da Base Nacional Comum 
Curricular (BNCC) ao Conselho Nacional de Educação (CNE). A partir da homologação 
da BNCC começa o processo de formação e capacitação dos professores e o apoio aos 
sistemas de Educação estaduais e municipais para a elaboração e adequação dos 
currículos escolares. Em dezembro de 2017 a Base Nacional Comum Curricular (BNCC) 
foi homologada pelo ministro da Educação, Mendonça Filho. Ainda dezembro de 2017 o 
CNE apresenta a RESOLUÇÃO CNE/CP Nº 2, DE 22 DE DEZEMBRO DE 2017 que 
institui e orienta a implantação da Base Nacional Comum Curricular. 
 No ano de 2018 o Ministério da Educação entregou ao Conselho Nacional de 
Educação (CNE) a 3ª versão da Base Nacional Comum Curricular (BNCC) do Ensino 
Médio. Em dezembro de 2018, o ministro da Educação, Rossieli Soares, homologou o 
documento da Base Nacional Comum Curricular para a etapa do Ensino Médio. Desde 
dezembro de 2018 o Brasil possui uma Base Nacional Comum Curricular com 
aprendizagens previstas para todas as etapas de ensino da educação básica, tradas 
como habilidades e competências. Sendo que neste documento existem competências e 
habilidades para a Educação Física, sendo assim norteia de forma legal a atuação do 
professor de Educação Física na Educação básica. 
 É importante entendermos que em 2018, a partir da resolução CNE/CES 06/2018, 
traz alterações ao curso de Educação Física de forma geral, sendo que os cursos tanto 
de Licenciatura quanto Bacharel terão sua constituição em duas etapas, sendo o 1º a 
 
etapa comum e a 2ª etapa específica. Como consta no Art. 5º da Resolução CNE/CES 
6/2018 
Dada a necessária articulação entre conhecimentos, habilidades, 
sensibilidade e atitudes requerida do egresso para o futuro exercício 
profissional, a formação do graduado em Educação Física terá ingresso 
único, destinado tanto ao bacharelado quanto à licenciatura, e desdobrar-
se-á em duas etapas, conforme descrição a seguir: I - Etapa Comum - 
Núcleo de estudos da formação geral, identificador da área de Educação 
Física, a ser desenvolvido em 1.600 (mil e seiscentas) horas referenciais, 
comum a ambas as formações. 
II - Etapa Específica - Formação específica a ser desenvolvida em 1.600 
(mil e seiscentas) horas referenciais, na qual os graduandos terão acesso 
a conhecimentos específicos das opções em bacharelado ou licenciatura. 
Porém no ano de 2019, após a publicação da BNCC, e da Resolução CNE/CES 
06/2018, foi promulgado e publicado o último documento que temos atualmente que 
norteiam os cursos de Licenciatura, trazendo aspectos legais, a partir da Resolução 
CNE/CP nº 2/2019, a qual define as Diretrizes Curriculares Nacionais para Formação 
Inicial em Nível Superior de Professores para Educação Básica e institui a Base Nacional 
Comum para a Formação Inicial de Professores da Educação Básica (BNC-Formação), 
trazendo a organização dos cursos de licenciatura, a carga horária e as competências 
profissionais a partir da BNC- formação, sendo 
 I-
Grupo I: 800 (oitocentas) horas, para a base comum que 
compreende os conhecimentos científicos, educacionais e 
pedagógicos e fundamentam a educação e suas 
articulações com os sistemas, as escolas e as práticas 
educacionais. II - Grupo II: 1.600 (mil e seiscentas) horas, 
para a aprendizagem dos conteúdos específicos das áreas, 
componentes, unidades temáticas e objetos de 
conhecimento da BNCC, e para o domínio pedagógico 
desses conteúdos. III - Grupo III: 800 (oitocentas) horas, 
prática pedagógica, assim distribuídas: a) 400 
(quatrocentas) horas para o estágio supervisionado, em 
situação real de trabalho em escola, segundo o Projeto 
Pedagógico do Curso (PPC) da instituição formadora; e b) 
400 (quatrocentas) horas para a prática dos componentes 
curriculares dos Grupos I e II, distribuídas ao longo do curso, 
desde o seu início, segundo o PPC da instituição formadora. 
 
Dessa forma, consegue entender a utilização da BNCC dentro do curso de formação 
Inicial em Licenciatura, tornando obrigatório o estudo da BNCC de forma geral. Sendo 
assim, a BNC- formação, traz as competências gerais para o docente, assim como 
competências específicas relacionadas ao conhecimento profissional, a prática 
profissional e engajamento profissional. Além de trazer dimensões dessas mesmas 
competências específicas. 
 Para tanto, é necessário entender que a reorganização para o curso de 
Licenciatura em Educação Física deverá ser realizada e em muitas instituições já estão 
sendo, a partir da Resolução CNE/CP nº 2/2019, pois é a última resolução em vigor e 
todos os cursos de Licenciatura devem atendê-la, assim estando cumprindo os aspectos 
legais para o Licenciado. Sendo assim, 
Art. 27 Fica fixado o prazo limite de até 2 (dois) anos, a partir da 
publicação desta Resolução, para a implantação, por parte das 
Instituições de Ensino Superior (IES), das Diretrizes Curriculares 
Nacionais para a Formação Inicial de Professores para a Educação 
Básica e da BNC-Formação, definidas e instituídas pela presente 
Resolução. Parágrafo único. As IES que já implementaram o previsto na 
Resolução CNE/CP nº 2, de 1º de julho de 2015, terão o prazo limite de 3 
(três) anos, a partir da publicação desta Resolução, para adequação das 
competências profissionais docentes previstas nesta Resolução. 
Entende-se que os cursos de Educação Física - Licenciatura estão em constante 
reorganização para atender os aspectos legais para os futuros Licenciados em EF, 
estejam dentro das escolas. Há que se entender que a partir desses documentos trazidos 
de forma sucinta compreendemos os aspectos que legalizam a Licenciatura no campo 
escolar e norteiam a atuação do professor de Educação Física na escola. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
BACHAREL 
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Imagem do Tópico: Informar o ID ou link da imagem que será capa deste tópico! 
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Para falarmos de aspectos legais do Bacharel em Educação Física é 
necessário entendermos as Leis e Resoluções que tratam dessa especificidade da 
Educação Física e o conselho que regulamenta a profissão (CONFEF/CREF), que 
deve orientar, disciplinar e fiscalizar o exercício das atividades próprias dos 
profissionais de Educação Física (EF). 
Segundo Anversa (2017), os cursos de Bacharelado em EF tiveram um início, 
ainda tímido, a partir da Resolução CFE n. 03/1987, uma vez que a área ainda não 
tinha um consenso sobre o bacharelado. Segundo Souza Neto (2004), assim 
mantinha-se “basicamente a mesma estrutura anterior à Resolução n. 3/87 (isto é, 
uma espécie de licenciatura ampliada), porém, conferindo os dois títulos em 
formação concomitante” dentro das 2.880 horas, assim sendo formação 3+1, ou 
seja, se realizava 3 anos e mais 1 ano de matérias pedagógicas. 
 Em 1996, com a promulgação da LDBEN 9394/96, ocorre um maior 
direcionamento para os cursos de formação de professores, dessa forma no ano de 
1997, por meio da Resolução n. 218/1997, a EF foi reconhecida como área da saúde 
e no ano subsequente, por meio da Lei 9696/1998, foi regulamentada como 
profissão e ampliou as possibilidades de atuação para além do treinamento 
esportivo e a escola, com isso foram criados o Conselho Federal de Educação 
Física (CONFEF) e os

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