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Falsificação de papéis públicos

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Referência 
Manual de Direito Penal: parte especial. Rogério Sanches. 10 ed.Salvador. Editora JusPODIVM. 2018 
Da Falsidade De Títulos e Outros Papéis Públicos 
 
Falsificação de papéis públicos 
 
-Tutela a fé pública. 
-Crime comum; mas se feito pelo funcionário público a pena é 
majorada. 
-Suj. Passivo: Estado e subsidiariamente aquele que foi lesado. 
 
Crime de falsificar, seja fabricando ou alterando. 
Ele deve ter capacidade de iludir. 
 
Documentos como os presentes no art. 293: 
 
- Selo destinado a controle tributário; papel de crédito público que não seja 
a moeda em curso; cautela de penhor; talão, recibo, guia, alvará ou 
qualquer outro documento de arrecadação de rendas públicas, depósito 
ou caução que o poder público se responsabilize; bilhete, passe (...). 
 
- Dolo; é a vontade de fabricar ou alterar o documento, falsificando-
o. 
 
-Consumação: Com a falsificação, independe de dano – delito 
formal. 
-Tentativa: Em regra, é possível. 
 
Referência 
Manual de Direito Penal: parte especial. Rogério Sanches. 10 ed.Salvador. Editora JusPODIVM. 2018 
Forma Equiparada 
 
- Apenas aqueles que não concorreram para a falsificação pode 
incorrer na forma equiparada; se concorreu, o post factum é 
impunível. 
 
Modalidade de crime permanente: nas formas usar, guardar, 
possuir e deter esses papéis falsificados; 
 
Como também no II tem os verbos: importar, exportar, adquirir, 
vender, trocar, ceder, emprestar, guardar, fornecer ou restituir à 
circulação do selo falsificado. – Também aqueles que não 
concorreram na fabricação. 
 
 
No inciso III, A, trata-se daquele que é praticado por comerciante ou 
industrial, equiparando o comércio como algo clandestino. 
 
- Crime próprio; 
- O comerciante usa seu espaço com habitualidade e utiliza produto 
com selo de controle tributário, falsificado. 
III – importa, exporta, adquire, vende, expõe à venda, mantém em depósito, 
guarda, troca, cede, empresta, fornece, porta ou, de qualquer forma, utiliza em 
proveito próprio ou alheio, no exercício de atividade comercial ou industrial, 
produto ou mercadoria: 
a) em que tenha sido aplicado selo que se destine a controle tributário, 
falsificado; 
Referência 
Manual de Direito Penal: parte especial. Rogério Sanches. 10 ed.Salvador. Editora JusPODIVM. 2018 
- Dolo; além disso, exige-se que o sujeito ativo tenha a intenção de 
ter proveito próprio ou alheio (elemento subjetivo do injusto). 
 
Consumação: ao fazer qualquer das condutas descritas; 
Crime plurissubsistente: possível fracionamento, portanto, 
possível a tentativa. 
 
No caso da alinha b: o comerciante dolosamente para benefício 
próprio ou alheio, comete algum dos verbos descritos no III acima. 
Qualquer forma de proveito, que em mercadoria que não tenha selo. 
b) sem selo oficial, nos casos em que a legislação tributária determina a 
obrigatoriedade de sua aplicação. 
- É um norma penal em branco; é feita sua complementação por 
outra legislação, que seja de competência tributária para o caso. 
 
Complementares 
 
Se alguma das formas do §2 ao §4 serem sobre selo ou vale postal, o crime 
pelo princípio da especialidade passa a ser enquadrado pelo decreto-lei 
6.538/76. 
 
O parágrafo 2 fala do sujeito que retira sinal que indica a identificação, o 
recolhimento dos papéis legítimos, para que possa reutiliza-los. 
 
Referência 
Manual de Direito Penal: parte especial. Rogério Sanches. 10 ed.Salvador. Editora JusPODIVM. 2018 
- Finalidade especial: de torna-lo utilizável de novo; é possível tentativa, 
por isso que não é necessário que tenha a reutilização para que se consuma. 
 
§ 2º - Suprimir, em qualquer desses papéis, quando legítimos, com o fim de torná-los 
novamente utilizáveis, carimbo ou sinal indicativo de sua inutilização. Pena - reclusão, 
de um a quatro anos, e multa. 
 
O parágrafo 3 fala sobre quem usar os papéis, após sua falsificação, é equiparada na 
mesma pena vista anteriormente: 
 
§ 3º - Incorre na mesma pena quem usa, depois de alterado, qualquer dos papéis a que 
se refere o parágrafo anterior. 
 
O parágrafo 4 é sobre quem recebeu de boa-fé, mas depois soube de sua falsidade; 
usou ou restituiu o papel em circulação. 
 
§ 4º - Quem usa ou restitui à circulação, embora recibo de boa-fé, qualquer dos papéis 
falsificados ou alterados, a que se referem este artigo e o seu § 2º, depois de conhecer 
a falsidade ou alteração, incorre na pena de detenção, de seis meses a dois anos, ou 
multa. 
 
Ação Penal Pública Incondicionada.

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