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1 Sãmya Magalhães Imagem 1: demonstrando uma Ponte Fixa. Há 40 anos atrás, pacientes com ausência de um elemento a Ponte fixa era a opção, hoje em dia os implantes são mais utilizados, por questões biológicas e financeiras, os dentes adjacentes não são desgastados no implante, a estrutura sadia é preservada, em um implante o paciente iria gastar 4 mil: 2 na cirurgia e 2 na prótese. Em uma prótese fixa ele iria gastar 6 mil. Conceito: Imagem 2: representando as estruturas de uma Ponte Fixa. O que é retentor ou pilar de uma prótese fixa? É o elemento que irá segurar ou reter a prótese fixa. Uma prótese fixa pode ter mais de um retentor, esse elemento é desgastado. (Que é justamente uma desvantagem de uma ponte fixa: desgastar estrutura sadia do dente). O que são os Pônticos? É o elemento da ponte fixa que substitui os dentes ausentes. A prótese que a gente vai aprender é a Metalocerâmica, que tem uma estrutura metálica que é o COPING que dá reforço a ela, e a porcelana por cima que é a parte estética. O que são conectores? É a estrutura da ponte que faz união do pôntico ao retentor. O conector pode ser rígido ou semirrígido: Semirrígido: é confeccionado no sistema MACHO- FÊMEA. Ele é utilizado em próteses extensas e raramente entre dente e implante. Rígido: não tem flexibilidade COROAS METÁLICAS: Imagem 3: representando um exemplo de coroa metálica, sem porcelana. O preparo é o mesmo, não tem porção de porcelana revestida, é todo de metal. É comum o paciente optar por essa coroa em dentes posteriores por ser mais barato e não aparecer no sorriso. Como deve ser realizado o término do preparo da coroa que iremos trabalhar? Deve ser chanfrado! Imagem 4: representando o término em “Chanfrado”. Introdução a Prótese fixa 2 Sãmya Magalhães Outro tipo de preparo que existe são os preparos parciais, são chamados de: Onlay, Inlay e Overlay: Onlay: é quando o preparo usa uma das cúspides, é a situação que não tem como restaurar, porque a resina pode quebrar, por isso é uma restauração indireta. Overlay: todas as cúspides do dente estão destruídas, (não vira preparo de coroa total, porque não vai até o término, ele fica na metade do dente), é um dos procedimentos mais difíceis de fazer no laboratório. OBS: tanto o preparo Onlay, quanto overlay vai até a metade, não envolve tudo, como o preparo de coroa que vai até a cervical. Inlay: são restaurações que não envolvem cúspide, são difíceis de fazer e se resolve apenas com resina. Imagem 5: representando de forma didática os términos de preparo. Imagem 6: representando em sequência a coroa: Inlay, Onlay e Overlay. Outro assunto que será abordado em sala de aula são os núcleos metálicos: são estruturas que tem sua retenção intracanal, quando o dente tem fratura na cervical e não há condições de se fazer uma coroa fixa. Dessa forma, o dente que irá receber o núcleo tem que ser tratado canal como retenção intracanal para reconstruir a porção que foi destruída. (POSTERIORMENTE TEREMOS UMA AULA SÓ DISSO). PRÓTESE SOB IMPLANTE: Não iremos fazer agora, mas podemos aprender a fazer o planejamento em clínica para poder encaminhar. COMPONENTES: Implante aderido ao osso, intermediário: fica entre o dente e o implante e o cilindro protético: confecção do dente. Para o Zé Luiz: “Esse tipo de prótese é o melhor. Por que? Esse intermediário, a altura dele vai variar com a quantidade de mucosa que o paciente tem, então deixamos essa base de adaptação muito longe do osso, então a probabilidade de infecção diminui” Hoje em dia os ortodontistas já deixam o espaço para deixar o implante acomodado: Imagem 7: representando a união entre ortodontia e implantodontia. PRÓTESE RETIDA SOB IMPLANTE: Alguns livros chamam de Overdenture, o correto é chamar prótese retida por 3 Sãmya Magalhães implante, overdenture são próteses sob os dentes onde há desgaste. PROTOCOLO DE PRÓTESE SOB IMPLANTE/ COQUILUTE: É uma prótese fixa que reabilita todos os dentes. Imagem 8: representando um protocolo de prótese sob implante. Na mandíbula é fixada no mínimo por (quatro) implantes, com uma barra de metal em todos os dentes (14) fixada nesses 4 implantes. Na maxila é fixada com no mínimo por (cinco) implantes com uma barra para ser parafusado para dar resistência a resina, por isso o dente tem que estar unido. Caso não dê para colocar 4 implantes na mandíbula ou 5 na maxila, aí fazemos uma prótese retida no implante. Tem outros fatores que faz com que a gente selecione se a prótese vai ser fixa ou não, um deles é a quantidade de implantes. É importante alertar os pacientes que utilizam a prótese fixa também devem estar atentos quanto a higienização para evitar infecções oportunistas. Pacientes que utilizam implante igualmente, pois há o risco de infecção como a periimplantite. Imagem 9: realizando uma analogia entre dente com implante saudável e dente com periimplantite. Obs: Não pode haver o planejamento de unir implante com dente, por causa do ligamento periodontal que há no dente e no implante não, quando for ter a carga mastigatória nesse tipo de planejamento, esse implante fica com a extremidade livre, em um lado balança mais que o outro e a prótese entra em colapso, só fazemos em casos raríssimos, onde não há outra opção! 4 Sãmya Magalhães EXAME CLÍNICO: É A SESSÃO ONDE VAI ESTABELECER O CONTATO COM O PACIENTE, APÓS O EXAME, HÁ A OPÇÃO DE QUERER ATENDER OU NÃO O PACIENTE, DEVIDO O PROFISSIONAL NÃO SE SENTIR SEGURO OU CAPAZ DE ATENDER AS EXPECTATIVAS DO PACIENTE. Cabe ao profissional dizer para o paciente: Se o caso dele é uma ponte fixa, qual é a melhor indicação (ausência de 1 elemento geralmente é o implante), as vantagens e desvantagens da prótese fixa. LEMBRANDO... A maior desvantagem é a de ordem biológica, pois para realizar a prótese fixa, é necessário desgastar estrutura sadia do dente e o valor. IREMOS ANALISAR O PACIENTE COMO UM TODO, SOBRETUDO O PERFIL PSICOLÓGICO: PIOR PACIENTE: Cético, já vem com experiências negativas, fala mal de outro profissional, impõe sua opinião. MELHOR PACIENTE: Receptivo, bem instruído, nível socioeconômico e cultural bom, quer a opinião do profissional. DEVE-SE EXPLICAR PARA O PACIENTE QUE ANTES DA PRÓTESE DEVE-SE PASSAR POR OUTRAS ESPECIALIDADES: ENDO, PERIO, DENTÍSTICA... Devemos explicar todo o planejamento e caso o paciente possa ser encaminhado Paciente procura: ESTÉTICA, FUNÇÃO, SAÚDE ORAL, CONFORTO. OBS.: NÃO CONCLUIR O EXAME CLÍNICO SEM A RADIOGRAFIA E A ANÁLISE DO MODELO DE ESTUDO, POIS UM COMPLETA O OUTRO. ETAPAS DO EXAME CLÍNICO: Anamnese, Exame Clínico, Extra-Oral E Intra-Oral, Radiografia, Análise Dos Modelos De Estudo. ANAMNESE: INÍCIO DA CONVERSA COM O PACIENTE: HISTÓRIA DO PACIENTE: se ele é hipertenso, diabético... HÁBITOS PARAFUNCIONAIS: se ore unha, morde gelo, bruxismo... LEMBRANDO QUE PACIENTE DESDENTADO POSTERIORMENTE, PASSA A MASTIGAR COM OS DENTES ANTERIORES, DESSA FORMA FICA MAIS DESGASTADOS, DANDO A IMPRESSÃO QUE O PACIENTE TEM BRUXISMO. QUEIXA PRÍNCIPAL; Conforto, função e aspecto social TUDO DEVE SER AVALIADO, É NESSA CONSULTA QUE TODAS AS INFORMAÇÕES DEVEM SER EXTRAÍDAS... SABER O MOTIVO QUE O PACIENTE QUER TROCAR A PRÓTESE E QUANTO TEMPO O PACIENTE ESTÁ COM ELA. Devemos prestar atenção na O paciente é leigo, é comum ele nos dizer o que temos que fazer, por isso a importância do conhecimento do profissional no consultório, ex: o dentista pode até não ser especialista em implante, mas ele tem que saber indicar um implante. Exame ClínicoEm Prótese Fixa. 5 Sãmya Magalhães dimensão vertical do paciente na hora da conversa e na característica da face. É importante lembrar dos conceitos de oclusão mutualmente protegida: os dentes posteriores não suportam cargas horizontais, os anteriores não suportam no sentido vertical, logo quando o paciente estiver em Máxima Intercuspidação Habitual (MIH), quem suporta a carga são os posteriores. É necessário evitar tratamentos longos em pacientes com problema psicológico, idosos, com saúde comprometida. Após a anamnese, passa para o exame Extra-Oral. Não tratamos pessoas com Dtm. EXAME CLÍNICO EXTRA-ORAL: ANÁLISE DO PACIENTE: Vamos observar a abertura da boca do paciente, colocar os três dedos na boca em direção aos incisivos superiores e inferiores (seria o ideal em média); Realizar a palpação na região do masseter, geralmente pacientes com Dtm relatam sentir dor nessa região; Muitas vezes o paciente tem problemas na ATM devido à PERDA DE DIMENSÃO VERTICAL (D.V), quando reestabelecida os problemas diminuem ou até desaparecem. Quando o paciente perde Dimensão Vertical, o côndilo vem mais para frente e para baixo, causando o estiramento do ligamento, levando desconforto ao paciente. A sintomatologia para o restabelecimento da (D.V) geralmente diminui, com a estabilidade oclusal restaurada, mas se não diminuir procurar um especialista em DOF. Observar a protusão e lateralidade (movimentos excursivos) Se o paciente sente fadiga muscular, pergunta-se o paciente sente dores de cabeça na região temporal; TIPO DE SORRISO: Tentar observar durante a anamnese, analisar em que altura vai o lábio, se tem sorriso gengival ou não. Geralmente é mais difícil trabalhar com tipo de sorriso alto (gengival) justamente por expor uma área crítica onde queremos esconder o término; O SORRISO GENGIVAL EXPÕE A ÁREA MAIS CRÍTICA DA COROA QUE É A REGIÃO DO TÉRMINO, NESSE CASO PROPOR O MELHOR PARA O PACIENTE. Não adianta indicar uma coroa Metalocerâmica ao paciente com sorriso gengival (seria opção mais barata), vai haver muito mais trabalho para esconder a UNIÃO METAL E CERÂMICA, que é preconizado 0,5mm dentro desse sulco, sem inflamar a gengiva. HÁ O SISTEMA CERÂMICO... seria a melhor opção nesse caso de sorriso alto ou gengival (ambos são sinônimos). "EXISTE POR EXEMPLO A COLLARLLESS-PRÓS" - Zé Luiz. ATM; MÚSCULOS DA MASTIGAÇÃO; TIPO DE SORRISO; DIMENSÃO VERTICAL; SUPORTE DE LÁBIO. Espaço Protético 6 Sãmya Magalhães O SORRISO GENGIVAL PREJUDICA SOBRETUDO A REABILITAÇÃO DOS DENTES ANTERIORES; PACIENTES COM SORRISO BAIXO (NÃO APARECE GENGIVA) é MELHOR TIPO PARA A GENTE TRABALHAR, POIS NÃO APARECE A ÁREA CRÍTICA, mas não é por isso que eu vou deixar o meu término feio. NA ANAMNESE A GENTE OBSERVA O GRAU DE EXIGÊNCIA DO PACIENTE, se ele é muito exigente ou não. OBS: Núcleo de cobre e alumínio oxidam e passa para a gengiva dependendo da qualidade da gengiva ela pigmenta (biotipo fino principalmente), então não adianta colocar o provisório, pois o azulado permanece; EM DENTES ANTERIORES (núcleo), utilizamos OURO ou FIBRA DE VIDRO, pois outras ligas oxidam; ALÉM DA ALTURA, TEM A QUESTÃO DA LARGURA DO SORRISO. HÁ PACIENTES QUE QUANDO SORRIEM, EXPÕEM ATÉ O 2o MOLAR, LOGO NÃO ADIANTA COLOCAR COROA DE METAL QUE VAI APARECER, POR ISSO O PACIENTE DEVE ESTAR CIENTE; Antes de indicar a prótese, sempre observar a largura do sorriso, pois o molar pode aparecer (mostrar no provisório); DIMENSÃO VERTICAL: TENTAR OBSERVAR NA ANAMNESE. Geralmente são tratamentos longos e caros (na faculdade fica inviável); São vários fatores que levam a essa condição: perda dentária, bruxismo... Sempre iniciar o exame clínico com a análise da oclusão observando se ele tem perda ou não de D.V COMO VOU SABER SE O PACIENTE TEM PERDA DE DIMENSÃO VERTICAL? 1.1- Peço para o paciente fechar a boca, nesse caso pode haver contatos entre os dentes que a mandíbula dele vem para o outro lado e fica em MIH- que confere a perda de dimensão; 1.2- Depois disso eu faço o que? Qual posição no plano horizontal não depende de dentes? Só músculos e ligamentos? Relação cêntrica (RC), então eu manipulo em RC e com isso os dentes que não ocluíram passam a ocluir; 1.3- Se tiver duas coroas íntegras ocluindo em RC, essa é a posição que o paciente deve ser reabilitado e quando acontecer isso, fica um espaço na região anterior que pode ser preenchido com placa. RECAPITULANDO: ANALISA PRIMEIRO A OCLUSÃO, observar se há perdas da D.V se houver perda, manipula em RC para ver se algum dente entra em contato e restabelece a D.V, como eu sei se a dimensão vertical foi restabelecida? SE HOUVER CONTATO ENTRE AS COROAS ÍNTEGRAS DO DENTE (SUPERIOR E INFERIOR). Dimensão vertical aumentada: decorrente de tratamentos incorretos. ----------------------------------------------------- --------------------------------------------------- SEMPRE ANALISAR A OCLUSÃO! O que vamos observar primeiro é se há 7 Sãmya Magalhães perda de dimensão vertical de oclusão ou não. Como eu sei disso? SE TIVER DENTES ÍNTEGROS (SEM RESTAURAÇÃO) OCLUINDO É PORQUE ESTÁ MANTENDO A D.V., MAS... SE NÃO ESTIVER MANTENDO A D.V, DEVO BUSCAR A RELAÇÃO CÊNTRICA, POIS A MIH DO PACIENTE É DESCOMPENSADA! Há 3 maneiras de colocar o paciente em RC: 1o MANIPULAÇÃO; 2o FISIOLÓGICO 3o GRÁFICO. SUPORTE DE LÁBIOS: É DIFÍCIL NO CASO (PRÓTESE FIXA) que trabalhamos com 1 coroa. O caso mais crítico que pode acontecer: 4 elementos são pônticos quando ele usava uma ppr, tem dente que tem uma porção acrílica e essa porção de acrílico deve dar suporte para o lábio e reconstrói parte do rebordo que foi perdido; Quando o paciente resolve trocar por uma Prótese Parcial Removível (PPR) por uma ponte fixa, mas essa ponte fixa não tem a parte em acrílico que a PPR tem, então o dentista deve aumentar os dentes para dar o suporte de lábios ou dentes pequenos com gengiva de porcelana de modo apresentável. Quando os pacientes reclamam que os dentes ficaram grandes, há toda essa explicação... ficaram grandes para ter o suporte. Exame Intraoral: LESÕES EXAME PERIODONTAL DENTES/ PILARES PROTÉTICOS OCLUSÃO Espaço Protético 8 Sãmya Magalhães Realizar uma inspeção da cavidade oral, caso o paciente tenha lesões presentes, vamos perguntar se ele sabe, quando, como (escovando os dentes, mordendo, trauma...) e quanto tempo a lesão está presente, caso o paciente disser que lesão desaparece e aparece é bom realizar uma biópsia. Analisar as doenças periodontais, pois geralmente os pacientes que tem algum tipo de doença periodontal, casos graves não tem como moldar o paciente deve-se primeiro adequar o meio. Tem que realizar uma sondagem periodontal, se tiver uma recessão gengival analisar se está havendo um trauma oclusal, devido ao uso de algum produto, ou contato indesejado, analisar a possibilidade de fazer enxerto. A melhor gengiva para nós é a queratinizada, sobretudo do dente que vai ser trabalhado, por isso é preciso olhar ao redor do dente se tem recessão se for só na mucosa o ideal é fazer enxerto. Mas por que? Vai facilitar o preparo no termino da coroa, moldagem e até melhorar para absorver a carga mastigatória... Devemos explicar para o paciente como se escova os dentes e conscientizar o paciente da boa higienização. Em casos que o freio fica na direção o ideal é fazer uma cirurgia pré protética chamada de frenectomia. Qual o raciocínio para pacientes que tem LESÃO DE FURCA? As lesões têm grau 1, 2 ,3. Tem situações que o tratamento é seccionar e fazer uma prótese com túnel...No caso de Lesão de furca, se a lesão for pequena realiza um tratamento de canal, mas tem graus de lesões muito acentuado. Qual a conduta? Tratar o canal Exemplo: tem um dente que tem a coroa clinica integra e tem a polpa viva e lesão pequena, trata o canal, mas vamos supor que a lesão na zona de furca seja acentuada. O que fazer? Deve-se fazer a endo e odontossecção (preservar a raiz) (separa as raízes e colocar um pino (núcleo) e uma coroa ou duas coroas) de um molar faz 2 pré-molares. O problema desse tratamento é financeiro: O paciente gasta com a endo, núcleo e coroa e vai depender de o paciente fazer uma boa higiene por que se fizer um túnel é difícil a higienização e dura no máximo 10 anos. Nesses casos devido ao prognostico muitas pessoas optam por tirar a raiz e colocar um implante e preenche com biomaterial no alvéolo, pois tem maior durabilidade (40 anos), essa opção de pino e coroa é uma opção para paciente que não querem fazer implante. Então no caso de lesão de furca há essa possibilidade: As raízes dos dentes podem ser separadas que no caso é a odontossecção de um molar e fazer dois pré-molares ou uma única coroa. Espaço Biológico: O termino do preparo é para ficar 0.5mm dentro do sulco, para esconder metal e porcelana, o dentista na ansiedade de esconder essa união invade o espaço biológico e não pode, pois o periodonto vai responder com processo de inflamação... e como consequência o meu trabalho terá que ser refeito. Quando invade o espaço biológico a terapia é retirar a coroa. 9 Sãmya Magalhães Situação: Imagina instalar no paciente uma coroa no mês de janeiro e alguns meses depois a gengiva está toda inflamada... o que deve ser feito é a retirada da prótese para diminuir o processo inflamatório devido a invasão do espaço biológico. Para gengiva está inflamada houve invasão do espaço biológico, pode ser pedido uma radiografia e se esse termino da coroa estiver próximo da crista óssea houve invasão do espaço biológico e para tratar o paciente vai ter que perde a coroa. O preparo deve ficar no nível gengival e não pode invadir o espaço biológico, pois o próprio organismo vai tentar reagir reabsorvendo a crista óssea. Mobilidade dos Dentes Nós vamos fazer ponte fixa e coroa unitária ... O que acontece em relação a mobilidade... lembrando que se o dente está com mobilidade alguma coisa aconteceu. Pode ser um trauma oclusal, contato pré-maturo, ex: molares que começam a sofrer carga no sentido horizontal... ou anteriores que sofrem no sentido vertical começam a sofrer mobilidade, pode ter mobilidade pericementite, paciente sente dor, polpa necrosada. Se o dente está com mobilidade deve-se pesquisar o motivo; doença periodontal ... caso você encontre a origem pode ser tratado e o dente volta ao estado de saúde. Ferulização É muito importante para a mobilidade. Obs.: Os molares se movimentam em um sentido, canino em outro e os anteriores em outros, então o que acontece? Se um pré-molar está com mobilidade não posso unir ele aos molares, pois eles têm o mesmo sentido de movimentação, devo seguir os princípios de polígono de ROY que diz que devo unir dentes com planos de movimentação diferentes. Isso é importante para ponte fixa, pois as vezes usamos pilar com mobilidade, mas usando esse sistema de sustentação (“prótese-perereca” causa bastante esse tipo de caso). Então por exemplo você radiográfica o dente se ele tiver 50% de inserção óssea dá para usar esse sistema, mas em alguns casos esse tratamento não é mais uma opção. Outra opção em caso de lesão de furca é fazer uma exodontia das raízes, coloca o implante no septo e preenche com biomaterial. Lembrando que o trauma oclusal causa reabsorção, não pode reabilitar paciente esquecendo dos conceitos de oclusão. Plano Oclusal Deve ser analisado o plano oclusal, se tem algum dente invadindo esse plano. O dente que estiver invadindo o plano oclusal e não conseguir encontrar uma solução, realizar uma exodontia está valido. Hoje a odontologia consegue intruir algumas situações através da ortodontia o que não pode é reabilitar o paciente com o dente invadindo o plano oclusal é LEI! Não pode estar além ou aquém do plano oclusal. Obs.: Quando você analisa principalmente o molar inferior o paciente deitado, você tem a impressão que o molar não está tão inclinado, quando você faz o modelo e vai observar você ver que aquela inclinação possibilita no caso de ponte fixa possibilita uma via de inserção única para a ponte fixa, por exemplo você vai conseguir um retentor como a prótese vai entrar se o dente está inclinado, tem que ir p/ orto ou procurar os meios, mas um retentor DEVER PARALELO AO OUTRO na ponte fixa. EXPLICANDO MELHOR... imagina que tem um molar que está inclinado e a ponte fixa só encaixa de apenas um jeito (vertical) logo o retentor não pode ter uma inclinação, então antes do preparo a orto precisa verticalizar o dente para 10 Sãmya Magalhães poder fazer o preparo e aí sim a prótese entra em forma de correta. A COROA TELESCÓPICA é utilizada quando os pacientes não querem ir para a ortodontia; só realizada em algumas situações e por vezes precisa fazer tratamento de canal; desgasta o dente mesmo ele estando torto (faz endo caso necessário) faz uma coroa por cima desse dente só que paralelo ao outro retentor. OBSERVAÇÃO: Paciente quando perde o dente faz aquela fóvea (depressão) as vezes o ideal é o implante, caso o paciente queira uma prótese fixa uma maneira de dá volume nessa área é o enxerto no conjuntivo, SE VOCÊ REALIZAR ENXERTO ÓSSEO A TENDENCIA É REABSORVER POIS O OSSO SÓ EXISTE POR QUE TEM A RAIZ. Presença de torus não vai interferir muito na prótese fixa, mas se caso atrapalhar pode ser indicado para cirurgia. O apoio de uma prótese não pode ser em cima de papila, crista óssea pois pode causar grandes reabsorções- geralmente prótese chamada de perereca. Exame Radiográfico Exame do Modelo de ESTUDO Faz parte do exame clinico, no modelo de estudo montado no articulador é que se planeja um caso Analisar a inclinação do molar Tamanho real do espaço protético O que realmente vai ser feito; cirurgia É nesse momento que vamos fazer o enceramento de diagnóstico é o planejamento no modelo o que vou fazer na boca do paciente, mostrar as limitações que podemos ter na boca do paciente. É no modelo de estudo que vamos analisar tudo. Modelo superior: Pode ser montado do articulador através do arco facial ou mesa de camper Modelo inferior: A primeira coisa que se deve fazer é uma análise da oclusão, se ele tem perda dimensão vertical o indicado é encaminhar o paciente, mas se ele tem uma MIH ESTAVEL (abre e fecha a boca sempre na mesma posição, tem cúspide ocluindo em fossa e crista, junta os dois modelos e é capaz de intercuspidar um com o outro) então na hora de montar no articulador é essa posição que eu quero para planejar o meu trabalho. Como eu vou montar no articulador? Monto o modelo superior através do arco facial e o inferior apenas intercuspido e fixa no lugar e começar planeja o tratamento... (se ele não tiver perda da D.V, ausência de trauma oclusal, estabilidade oclusal e ausência de poucos dentes). Prof.: se ele tiver perda da D.V eu posso fazer placa, monto o superior do mesmo jeito só que antes de montar o inferior eu vou ser obrigado a reestabelecer a D.V de Oclusão... No enceramento de diagnostico tem que analisar a guia anterior, se tiver dente invadindo o plano oclusal, se tiver corta e faz o enceramento do dente correto.... Realiza todo o planejamento Deve-se apresentar todos ostipos de opções de tratamentos para o paciente. É um exame complementa o exame intra oral e extra oral, muito importante pois vai mostrar como está a situação óssea do paciente, melhor é panorâmica para visualizar se há fraturas, qualidade do tratamento endodôntico, grau de reabsorção... 11 Sãmya Magalhães O preparo precisa ter algumas características, tendo que obedecer alguns limites para ajudar na ação do cimento, a retenção do preparo não depende exclusivamente do cimento no caso das próteses Metalocerâmica ou Metálicas. MECÂNICO: DEPENDE DA RETENÇÃO, ESTABILIDADE/RESISTÊNCIA, RIGIDEZ ESTRUTURAL E INTEGRIDADE MARGINAL: PRINCIPIOS MECÂNICOS DOS PREPAROS PROTÉTICOS: RETENÇÃO: força que impede que a prótese se desloque no sentido vertical; Porém, o aumento exagerado da retenção ficcional irá dificultar a cimentação da restauração pela resistência ao escoamento do cimento, impedindo o seu assento final e, consequentemente, causando um desajuste oclusal e cervical da restauração. A presença de sulco é ligeiramente importante em preparos extremamente cônicos. Portanto, sem a presença de um plano de inserção definido, para limitar a remoção e inserção da coroa em uma única direção e, assim, reduzir a possibilidade de deslocamento. A área do preparo e sua textura superficial são aspectos também importantes na retenção. Quanto à textura superficial tem que se considerar que a capacidade de adesão dos cimentos dentários depende basicamente do contato deste, com as microrretenções existentes na superfície do dente preparado e da prótese. Tanto a retenção, quanto a ação do cimento isoladamente não são capazes de manter a restauração em posição. A ação conjunta desses dois fatores que é responsável pela retenção mecânica da restauração, por meio da interposição da película de cimento nas irregularidades existentes entre as paredes do preparo apresentem inclinações capazes de suprir as necessidades de retenção e escoamento do cimento, para que possam variar de acordo com as dimensões da coroa. Quanto maior for a coroa clínica de um dente preparado, maior será a superfície de contato e a retenção final. Coroas curtas por sua vez devem apresentar paredes com inclinação próxima ao paralelismo e receber meios adicionais de retenção, como a confecção de sulcos nas paredes axiais para possibilitar um aumento nas superfícies de contato. Biomecânica Dos Preparos Dentários 12 Sãmya Magalhães Imagem B: tem menos retenção, porque as paredes axiais estão convergentes para a oclusal (expulsiva), a angulação está muito acentuada. Imagem A: mais axial/mais retentiva. No caso de dentes igual a figura B, podemos lançar mão de sulcos e canaletas para aumentar a retenção ficcional: Obs: quando o paciente mastiga, essa carga do pôntico passa a carga para os dentes do lado, é uma carga na lateral, o pôntico tende a deslocar um dos pilares, se eles não estiverem com o preparo bem feito, a ponte fixa desloca (no movimento horizontal); Obs: se não tiver visualizando o término do preparo, eu não vou ter um bom selamento marginal. DÚVIDA! RESISTENCIA OU ESTABILIDADE: força que impede que a prótese se desloque no sentido horizontal; existem diversos fatores diretamente relacionados com a forma de resistência do preparo. O ideal é não usar as canaletas, mas caso não tenha jeito, é um recurso (para evitar que a prótese saia) quando a coroa é curta ou preparos muito convergentes para oclusal/expulsiva/angulada. Quando não queremos sacrificar para a endodontia, um dos recursos também é a canaleta. Obs.: a convergência para a oclusal é do terço médio para oclusal. Terço médio e cervical precisam ser praticamente paralelos. Seguimos a redução para realizar o preparo, obedecendo a anatomia do dente. Obedece às inclinações das vertentes das cúspides. 3 condições de usar a canaleta: 1- Quando a coroa for curta 2- Quando eu errar no preparo e deixar muito convergentes 3- Ou os dois juntos. Obs: a posição da canaleta tem que ser na vestibular e lingual. O que é retenção friccional: quanto maior for o contato entre dente e coroa, maior a retenção, ou seja, maior retenção friccional. 13 Sãmya Magalhães Magnitude e direção da força Relação altura/largura do preparo Integridade do dente preparado RIGIDEZ ESTRUTURAL: o que dá rigidez a nossa coroa Metalocerâmica é o metal, esse metal tem que ser em média 0,5 a espessura dele, em áreas estéticas deve ser 0,3 utilizando um bom material e 1,5 de porcelana. Dessa forma, vou reduzir meu dente em 2mm no máximo. Se eu não fizer uma redução adequada do dente que eu estou preparando. Se o dentista deixar pouco espaço para trabalhar, alguns técnicos retiram a porção metálica em espessura para poder caber a coroa e dessa forma, a coroa se torna frágil, tornando o trabalho mais propenso a quebrar, porque quem dá rigidez é o metal, se for diminuída a porcelana, a porcelana quebra, ou fica frágil com a oclusal lisa, sem translucidez. O preparo deve ser executado de tal forma que a restauração apresente espessura suficiente de metal (para as coroas totais metálicas), metal e porcelana (para as coroas de porcelana pura), para resistir as forças mastigatórias e não comprometer a estética e o tecido periodontal. Para isso, o desgaste deverá ser feito seletivamente de acordo com as necessidades estética e funcional da restauração. INTEGRIDADE MARGINAL: Consiste em fazer o término em chanfrado 0,5 mm dentro do sulco gengival sem lesionar o periodonto, realizando o término do preparo de acordo com o material da coroa, por exemplo: metal só se adapta onde tiver chanfrado, ou bisel. Por que? Porque essas coroas são feitas na técnica da cera perdida –fundição- (o técnico vai esculpir o copin metálico, ele transforma a cera em metal e coloca o conjunto dentro do anel ao fogo em 400o que derrete a cera e o metal entra fundido e preenche esse espaço) Término em cerâmica é melhor em ombro Termino em metal é melhor o término em chanfrado O objetivo básico de toda restauração cimentada é estar bem adaptada e com uma linha mínima de cimento, para que a prótese possa permanecer em função o maior tempo possível, num ambiente desfavorável, que é a boca. Margens inadequadas facilitam a instalação do processo patológico do tecido gengival que, por sua vez, irá impedir a obtenção de próteses bem adaptadas. 14 Sãmya Magalhães CONSIDERAÇÕES BIOLÓGICAS: Vamos trabalhar com a caneta de alta rotação, então se a caneta não estiver refrigerada a polpa pode ser necrosada, temos sempre que respeitar a polpa e o periodonto. Não podemos invadir o espaço biológico, temos que manter o periodonto sadio. CONSIDERAÇÕES ESTÉTICAS: Os preparos dos retentores são como de coroa total, nunca fazer o preparo parcial. Tem situações que conseguimos readequar aquele dente no arco, se ele tiver girovertido ou mesiovertido sem ajuda de aparelho ortodôntico, no caso da coroa Metalocerâmica. E conseguimos alcançar uma estética boa; Em pacientes com o sorriso gengival – sorriso alto- temos que esconder o término do preparo para fins estéticos dentro do sulco em até 0,5mm sem prejudicar a polpa, nem o periodonto. Acima temos um caso supra gengival que prejudica menos a saúde periodontal, quanto menos entrar no sulco, melhor para o periodonto. Porém, em alguns casos precisamos esconder para fins estéticos. Ou seja, término supra gengival é melhor para higienizar, mas é mais utilizado em regiões não estéticas. O termino supra gengival é usado em regiões estéticas, mas a higienização é limitada. 15 Sãmya Magalhães DES DESVANTAGENSDA COROA TOTAL: A maior desvantagem é a de ordem biológica, porque desgastamos estrutura sadia que por sua vez é irreversível. Antes de fazer o desgaste, é sempre bom mostrar ao paciente como vai ficar para evitar futuros problemas. A dificuldade de adaptação cervical que seria erro do profissional. INDICAÇÕES DA COROA TOTAL: Sempre lubrificar a caneta e visualizar se a água está saindo na direção da ponta para não aquecer o dente do paciente. O preto é a coroa, o branco é o dente e vermelho é a papila. A, D e E porcelana; B e C metal. A porcelana precisa de espessura senão ela quebra, para metal não precisa de muita espessura. A margem tem que estar 0,5mm dentro do sulco, mas na área proximal não, porque a papila interdental é fácil de sangrar. Apesar de ser um preparo total, é mais fácil de se fazer do que fazer o preparo de uma overlay; O preparo total é mais fácil conseguir os princípios biomecânicos abordados anteriormente. Por isso que quando vamos realizar uma ponte fixa, os retentores recebem preparo da coroa total; 16 Sãmya Magalhães PASSO A PASSO PARA OS PREPAROS DENTÁRIOS COM A TÉCNICA DA SILHUETA: técnica que controla a estrutura para desgaste. Ela consiste em preparar metade de um dente e deixar a outra metade integra, para parâmetro de comparação. NÃO PODE FAZER OS SULCOS EM TODA A EXTENSÃO NO ÍNICIO PARA PODER COMPARAR DEPOIS! Obs.: a vestibular deve ter 1,5mm de espessura; a área de cúspide 2mm; funcional 2mm; não funcional 1,5mm. Sabemos essas medidas fazendo a comparação da área que ainda está integra. 1. Primeiramente, com a broca esférica 1014, no ângulo de 45o, introduzir metade da broca e fazer um sulco marginal cervical (na vestibular e lingual, sem passar na parte Inter proximal) (QUAL O SEGREDO DESSE SULCO? ELE TEM QUE ACOMPANHAR O CONTORNO GENGIVAL DO DENTE) BROCAS PARA REALIZAR O PREPARO COM A TÉCNICA DA SILHUETA: Ponta diamantada 1014 2214 ou a 2215 ou a 3215 ou a 3216 (qualquer uma dessas brocas tem a mesma função) Ponta diamantada Tronco-cônica 3203 Ponta diamantada tronco-cônica 4138 Ponta diamantada tronco-cônica 4138F Nesse momento não preocupar com 0,5 mm dentro do sulco. Passo A Passo Para Os Preparos Dentários Com A Técnica Da Silhueta 17 Sãmya Magalhães Depois tira a broca esférica e coloca a broca 2214 ou 2215 ou 3215 ou 4138, para fazer os sulcos de orientação no terço médio cervical. Com a ajuda do espessimetro para saber a largura da broca, suponhamos que a largura seja 1mm. Daí fazemos os sulcos no terço médio-cervical vestibular e lingual quase paralelos entre si, devido serem responsáveis pela retenção friccional, esse sulco deve acompanhar o longo eixo do dente) (lembrando que fazemos só metade do dente por enquanto, por causa do princípio dessa técnica). Tudo que for feito por vestibular, deve ser feito por lingual também. OBS: Quantos sulcos fazer? Quantos derem. OBS: Quanto eu tenho que empurrar minha broca? A espessura dela toda que foi medida no espessimetro anteriormente. Agora buscando romper o ponto de contato, com a broca tronco-cônica 3203, é necessário proteger o dente vizinho com uma tira de aço, eu vou apoiar a broca no Agora partimos para a redução do terço médio-oclusal, com a mesma broca, com a mesma angulação, tanto por vestibular, quanto por palatina Imagem ilustrando a redução do terço médio- oclusal, a redução oclusal temos que obedecer a inclinação das vertentes das cúspides, cúspide por cúspide, tanto por vestibular, quanto por lingual, entrando toda a espessura da broca, acompanhando a anatomia sempre! 18 Sãmya Magalhães dente que eu estou fazendo e vou rompendo ponto de contato. QUAL A CARACTERÍSTICA DEVE TER? Não pode ser subgengival, porque a papila interdental é muito vascularizada e há chances muito grandes de sangrar, além disso outra função que tem esse rompimento é abrir espaço para a broca que vamos utilizar: 2214 para poder fazer o término nessa área. Se eu usei a 3203 e o espaço está pequeno, continuo usando ela até a 2214 entrar. A função da broca tronco-cônica 3203 é só abrir ponto de contato nessa técnica. Após isso, voltar para a broca 2214 para fazer a união desses sulcos por vestibular/lingual. Após fazer todas as medições/comparações com o lado integro, fazer o lado integro para finalizar o preparo. 19 Sãmya Magalhães Na vista por oclusal, eu tenho que ver o término do preparo para saber se está correto. Se eu não visualizar o término, significa que as paredes axiais estão divergentes. A salvação nesse caso é a broca tronco-cônica 4138, entrando com ela paralela ao longo eixo do dente desgastando o dente. Nesse momento também que eu entro com 0,5mm dentro do sulco. Nesse momento que o preparo está pronto que eu entro com área vestibular, dando mais espaço para o técnico trabalhar com a porcelana. CURIOSIDADE: EM DENTES ANTERIORES PODEMOS SUBSTITUIR O METAL E NÃO USAR OS 0,5MM DENTRO DO SULCO É USAR ZIRCÔNIA. ISSO É FEITO NO COMPUTADOR. 20 Sãmya Magalhães Primeiro fazemos o modelo de estudo, planejando o caso com o enceramento diagnóstico, conseguimos esculpir, nos ajudando a confecção do provisório e instalar na boca do paciente. Por que? Temos que que fazer o provisório logo após fazer o preparo (no mesmo dia). Quando você instala o provisório e o paciente gostar: ok! Você ganhou o caso! Mas se o paciente não gostar, devemos perguntar o que o paciente não gostou e tentar satisfazer as expectativas dele, até ele gostar. Não podemos ser negligentes na confecção do provisório, principalmente em região anterior. Então por isso, o provisório passa a ser um tratamento personalizado. Se o paciente gostar e você saiba que possa melhorar, não mexa! (O que é melhor para você, pode não ser melhor para ele) DICAS DO ZÉ LUIZ: ESTUDAR COMO SE ESTIVESSE TRATANDO O PACIENTE. OBS: SE MEU PACIENTE PRECISA FAZER UM AUMENTO DE COROA, PODEMOS FAZER O PROVISÓRIO COM A VISÃO QUE EU TENHO, O PACIENTE VAI PARA A CIRURGIA PERIODONTAL, DEPOIS DA CIRURGIA, EU SÓ FAÇO REEMBASAR A PARTE QUE NÃO ESTÁ ADAPTADA, O PROVISÓRIO BEM POLIDO VAI AJUDAR O TRATAMENTO PERIODONTAL... ENTÃO A HISTÓRIA Tem muitos dentistas que falam que a gente não tem que se preocupar com o provisório que o definitivo vem melhor. Essa é a pior coisa que um profissional pode falar durante o tratamento, porque o provisório além das importâncias que serão abordadas adiante, ele tem um lado psicológico muito bom, na hora que instalamos o provisório e o paciente gostar, você já ganhou o caso! Porque moldamos essa arcada com o provisório para fornecer ao laboratório o formato, tamanho, posição na arcada, tudo que agradou o paciente. E se cara a cara com o paciente não foi capaz de satisfazer as expectativas do paciente, não vai ser um protético que vai conseguir. Confecção do provisório 21 Sãmya Magalhães DE NÃO FAZER O PROVISÓRIO, PORQUE ELE VAI RECEBER TRATAMENTO PERIODONTAL É VIAJEM... O CORRETO É FAZER O PROVISÓRIO E ENCAMINHAR PARA A PERIODONTIA... OBS: O PACIENTE COM UMA ENDODONTIA PARA FAZER, ELE PASSA O SEMESTRE TODO PARA FAZER A ENDO, TERMINA E O PACIENTE VAI EMBORA SEM O PROVISÓRIO, DEPOIS DE UM TEMPO ESSE DENTE FRATURA... O IDEAL É FAZER O PROVISÓRIO JUNTAMENTE PARA O TRATAMENTO SER MAIS RÁPIDO E EVITAR ESSES PROBLEMAS. –ZÉ LUÍZ. O CORRETO É FAZER INICIALMENTE O EXAME CLÍNICO COMPLETO. QUAIS SÃO OS EXAMES COMPLEMENTARES? Radiografia, modelo de estudo e monta no articulador (vamos planejar nesse momento). Se o dente estiver com a anatomia toda destruída, posso fazer o enceramento, esse enceramento evolui para a confecção do provisório. Na segunda consulta, você instala o provisório, se ele precisar de endo oucirurgia (tira a coroa provisória, trata o canal, faz a cirurgia e cimenta o dente provisório e reembaso com resina foto, dá o polimento, dessa forma a gengiva marginal livre vai ter uma área para poder cicatrizar). POR ISSO O PLANEJAMENTO TODO MUNDO DEVE FAZER UM BOM PLANEJAMENTO... FONÉTICA E ESTÉTICA: com relação a estética (importante ter os dentes de prótese total, também chamados de dentes de estoque) utilizamos muito em dentes anteriores, pela técnica direta usando facetas como dentes de estoque. Em um 2 pré- molar, no caso de pacientes com sorriso largo quando ele sorrir vai expor aquela parte e essa técnica é um pouco mais difícil, não dá para fazer com dentes de estoque, vai ter que ser feito pela técnica direta que é pura habilidade e conhecimento de anatomia, então na faculdade, a instalação do provisório tem que ser na segunda consulta, partindo do princípio que vai ser moldado, feito o enceramento, a matriz e instalar na segunda consulta. No consultório temos que fazer o provisório na mesma hora! O enceramento é o início para fazer o provisório (no caso quem faz o enceramento é o laboratório- protético). No caso de fonética, são casos mais extensos com perda da dimensão vertical, perda dos incisivos, precisamos saber a posição do incisivo... DETERMINAÇÃO DA OCLUSÃO: qual vai ser o caso que o provisório vai determinar a oclusão? Pacientes que tiveram perda da dimensão vertical de oclusão; SELEÇÃO FINAL DOS DENTES PILARES: em caso de próteses extensas, observamos que o funcionamento da ponte fixa provisória está deslocando para um lado, aí define usar outro retentor PLANEJAMENTO DOS DENTES DEFINITIVOS: No caso de reabilitação (quando há perda de dimensão vertical, já não é o simples caso de ponte fixa), são casos muito caros. Quando você faz o provisório e estabelece o preço até essa etapa do provisório. Por que? Tem pacientes que vamos precisar usar uma placa (p/ restabelecer dimensão vertical) durante uns 30 dias, indo toda semana no consultório... depois que você vai planejar o que vai ser instalado, muitas vezes precisa de endo, perio, cirurgia... depois que ele faz tudo isso que você pode instalar o preço da prótese provisória e do tratamento. ENTÃO UM PROVISÓRIO NÃO PODE SER FEITO DE QUALQUER MANEIRA, TEM QUE SER BEM FEITO! CASOS DE REABILITAÇÃO NÃO É PARA ALUNO DE GRADUAÇÃO, POIS É MUITO COMPLEXO E CARO, MUITAS VEZES O PACIENTE NÃO TEM CONDIÇÕES! Há situações que o provisório ajuda no tratamento periodontal, podemos instalar o provisório antes da cirurgia, depois só reembasa para não deixar o dente sem nada. 22 Sãmya Magalhães Alguns pacientes não se preocupam tanto com a estética, por que o dente do lado ficou maior? Provavelmente o preparo não foi feita de forma correta, foi desgastado muito pouco, alguns laboratórios nem aceitam quando o preparo é mal feito. Em caso de pacientes com bruxismo/perda de dimensão vertical, com ausência dos dentes posteriores para planejar corretamente o caso é necessário montar no articulador com arco facial ou mesa de camper (se não tiver estabilidade eu posso fazer um plano de cera), o superior não depende de dimensão vertical de repouso, de nada) a arcada superior. O inferior fazemos o Jig de Lúcia, a primeira posição que eu tenho que achar a dimensão vertical de repouso (usando o jig ou a chapa de prova) para montar em ROC. Aí eu tiro a dimensão vertical de repouso, tiro 3mm, caio na dimensão vertical de oclusão, eu não posso manipular em RC porque ele está protuindo e ele vai usar a plaquinha com as superfícies lisas para perder a memória muscular. Depois fazemos uma segunda montagem, procurar a RC porque a dimensão vertical dele eu já consigo encontrar. Ao lado, a foto da placa que ele vai utilizar: apesar de ter dentes, as oclusais é toda plana (lisa), é só faceta, ele usa por 30 dias usando a placa para que haja a perda da memória de como ele ocluía antes. Imagem representando a placa falada no parágrafo anterior. PLACA UTILIZADA PARA AJUSTAR A PERDA DA DIMENSÃO VERTICAL. É O LABORATÓRIO QUE FAZ ESSA PLACA E NÃO NÓS! DEPOIS DISSO QUE O PACIENTE SE ADAPTAR QUE VOCÊ VAI MONTAR OS DENTES DO TAMANHO... . A TÉCNICA MISTA: ESTÁ INDICADA PARA RECONSTRUÇÃO OU REPOSIÇÃO DE ATÉ TRÊS ELEMENTOS DENTÁRIOS NA ARCADA. (VAMOS UTILIZAR ESSA TÉCNICA NO LABORATÓRIO). É CONFECCIONADA COM RESINA QUIMICAMENTE ATIVADA E SUA CONFECÇÃO É CONCLUÍDA NA CLÍNICA COM AUXÍLIO DE UMA MATRIZ QUE PODE SER DE SILICONA OU IGUAL A PLACA DE CLAREAMENTO NO PLASTVAC. A TÉCNICA INDIRETA ESTÁ INDICADA PARA REPOSIÇÃO DE UM OU TODOS OS ELEMENTOS DA ARCADA, TAMBÉM PARA PACIENTES QUE PERDERAM DIMENSÃO VERTICAL. É CONFECCIONADA NO LABORATÓRIO E REEMBASADA NA CLÍNICA. É CONFECCIONADA COM RESINA TERMICAMENTE ATIVADA. ESSA TÉCNICA É FEITA COMO AS PLACAS OCLUSAIS, PROVISÓRIOS MUITO EXTENSOS, O LABORATÓRIO MANDA PRONTA, NÓS SÓ REEMBASAMOS. A TÉCNICA DIRETA É INDICADA PARA RECONSTRUÇÃO OU REPOSIÇÃO DE UM ELEMENTO NA ARCADA, ELA É CONFECCIONADA COM RESINA QUIMICAMENTE ATIVADA (AUTOPOLIMERIZÁVEL), DIRETAMENTE NA BOCA DO PACIENTE. É AQUELA TÉCNICA VOCÊ E O PACIENTE, VOCÊ COLOCA A RESINA NA BOCA DO PACIENTE, TEM QUE TER MUITA HABILIDADE PARA FAZER ISSO, MAS NÃO É IMPOSSÍVEL. 23 Sãmya Magalhães PASSO A PASSO DA TÉCNICA DIRETA: Reposição ou reconstrução de um elemento dentário. 1. Com a resina acrílica cor 62, manipula e usamos a fase plástica, vai passar vaselina no remanescente, vai posicionar o bloco de resina que você manipulou e pedir para o paciente ocluir. 2. Quando ele abrir a boca, não pode tomar presa a resina nas ameias (muito difícil de sair), coloca e tira da boca do paciente. 3. Agora com a broca, fazer a oclusal com a broca de ângulo vivo. (Maxicut), fazendo uma boa anatomia e escultura. 4. Desgastamos por dentro e fazemos o reembasamento. O QUE É O REEMBASAMENTO? Com dois potte dappen, molha o liquido, captura o pó e vai preencher essa cavidade. Quando perder o brilho, (quando perder o brilho, é o momento ideal para levar na boca). 5. É uma técnica difícil. Outra forma de fazer a técnica direta: EM DENTES ANTERIORES. 1. Posso fazer um pino pré-fabricado (pino de metal para provisório) ou improvisar com o fio de orto. 2. Eu moldo o conduto com resina e deixo o núcleo como está. 3. Pego o dente de estoque, adapta na vestibular e completa atrás com resina atrás com resina 4. Depois só reembasar e dar acabamento e polimento. MATERIAIS A SEREM UTILIZADOS PARA CONFECÇÃO DO PROVISÓRIO: Resina acrílica (liquido); Resina acrílica (pó) cor: 62; Pincel no 9; (é importante o pincel estar unido) Dois potte dappen de vidro, pois de plástico junto com a resina líquida corrói; Vaselina; Broca maxicut; Broca 1513 com ângulo vivo para fazer a oclusal dos dentes posteriores; Mandril para lixa. Ponta reta. OBS: “Ah Zé Luiz, tem uma lesão aqui no ápice, posso fazer o provisório? ” DEVE! Eu mando para o endodontista, ele tira o provisório, trata o canal e põe de novo o provisório (ao invés de colocar cotozol), até porque a cimentação também é provisória, não vai interferir em nada, depois só reembaso com resina pó e líquido. Obs: um lado do provisório que a gente não encontra nos livros, o paciente pergunta na instalação do provisório por que um dente ficou maior que o outro: as vezes fica por conta do espaço, mas dá para desgastar, alinhar com ortodontia e regulariza os espaços. Então possíveis problemas que possam acontecer o provisório já dá um direcionamento para não errar no definitivo. O ÚNICO ERRO QUE PODE OCORRER NO PROVISÓRIO É A COR, O RESTO O PACIENTE TEM QUE ESTAR DE ACORDO. DDD 24 Sãmya Magalhães Outra forma de usar a técnica direta: 1. Faz inicialmente o preparo; 2. Depois vem com a faceta do dente de estoque, adapta em cima dopreparo e completa atrás com resina acrílica; 3. Acabamento e polimento. Outra forma de usar a técnica direta: vem sendo muito utilizado hoje em um elemento dental com implante. (REGIÃO ANTERIOR) 1. Pega um dente de estoque, ataque ácido, adesivo, resina foto polimerizada. Imagem representando dentes de estoque. 2. Acabamento e polimento Obs.: só se usa essa técnica com estabilidade oclusal, ele não pode ficar comendo nada duro, só sorrir mesmo. Kkk TÉCNICA MISTA: A que vamos usar no laboratório! 1. O paciente vai chegar sem o dente, fazemos o exame clínico, exame radiográfico, moldo (modelo de estudo), monto no articulador o superior com o arco facial ou mesa de camper, o inferior se for estável eu intercuspido os dentes e monto, se não for estável eu monto em ROC. ZÉ LUIZ: Se você não moldar e planejar, você vai fazer besteira! POR QUE EU VOU MONTAR ESSE MODELO NO ARTICULADOR? É PROTOCOLO PARA PLANEJAR O CASO DO PACIENTE E FAZER O ENCERAMENTO DIAGNÓSTICO! (O ENCERAMENTO DIAGNÓSTICO É O QUE VOCÊ VAI FAZER NA BOCA DO PACIENTE, EX: SE EU QUERO PLANEJAR NO ARTICULADOR O QUE EU VOU FAZER NA BOCA DO PACIENTE, REPRODUZINDO NO ARTICULADOR A OCLUSÃO DO PACIENTE, ENTÃO DEPENDE DE CADA CASO. CASOS SIMPLES, SEM PERDA DA DIMENSÃO VERTICAL, AUSENCIA DE UM DENTE (MIH ESTÁVEL), BASTA INTERCUSPIDAR COM O MODELO SUPERIOR. CASOS MAIS EXTENSOS, AUSENCIA DE MUITOS DENTES, PERDA DA DIMENSÃO VERTICAL: JIG E MONTAR EM ROC! 25 Sãmya Magalhães 2. Eu mando para o laboratório fazer o enceramento do dente que vou preparar o provisório; Imagem ilustrando um enceramento de diagnóstico computadorizado. 3. Depois disso, moldagem a partir do enceramento de diagnóstico (2a moldagem), esse modelo temos duas saídas: matriz de silicona ou matriz no plastvac. NA FACULDADE VAMOS FAZER COM SILICONA, PORQUE O PLASTVAC PIFOU! Imagem ilustrando a silicona como matriz. Imagem ilustrando a matriz no plastvac. Nesse segundo modelo, é nesse momento que eu vou mostrar para o paciente e mostra como vai ficar na boca do paciente e dá o valor total do tratamento, esse enceramento fica no articulador! 4. Depois de fazer a matriz, faço o preparo do dente, coloco resina na silicona e levo a boca do paciente (DEPOIS QUE SECA FICA TIRANDO E COLOCANDO) A desvantagem de fazer com a silicona densa, é que não dá para visualizar, na matriz com plastvac é transparente e a gente consegue olhar; Essa matriz de plastvac, é igual a placa de clareamento; 5. Faço o preparo, depois que eu faço o preparo, eu coloco a resina na matriz e levo em posição no dente; 6. Depois faço acabamento e polimento. RECAPITULANDO TÉCNICA MISTA 1. EXAME CLÍNICO, MOLDAGEM, RADIOGRAFIA... 2. ENCERAMENTO DIAGNÓSTICO (LABORATÓRIO QUE FAZ) 3. SEGUNDA MOLDAGEM DO ENCERAMENTO DIAGNÓSTICO 26 Sãmya Magalhães 4. DEPOIS FAÇO A MATRIZ QUE PODE SER DE SILICONA DENSA OU NO PLASTVAC 5. FAÇO O PREPARO (TÉCNICA DA SILHUETA) 6. COLOCO A RESINA DENTRO DA MATRIZ E LEVO A BOCA DO PACIENTE, CONTROLANDO EXCESSO E NÃO DEIXAR PEGAR PRESA NO DENTE DO PACIENTE. 7. ACABAMENTO E POLIMENTO. SE POR ACASO MEU PACIENTE CHEGA COM DENTE ESCURECIDO DE TETRACICLINA, MAS ANATOMIA DELE É BOA E ELE QUISER UMA COROA. 1. Exame clínico, radiografia, moldagem 2. Como a anatomia está boa, não vou fazer o enceramento de diagnóstico, porque o dente está integro (é o que vamos fazer no laboratório) 3. E o resto dos passos, matriz, preparo, colocar resina na matriz, acabamento e polimento. Agora meu dente está destruído até o terço médio, eu logicamente vou fazer o enceramento diagnóstico, até para prever como vai ficar. Aí faço o passo a passo todo. 1. Exame clínico moldei, radiografei; 2. Faço o enceramento; 3. Faço a matriz (ou a silicona densa ou a silicona do plastvac) 4. Na outra consulta, a matriz já vem pronta, faço o preparo coloco a resina dentro da matriz e levo a boca do paciente; 5. Acabamento e polimento. OBS: O PROVISÓRIO TEM QUE ESTAR BEM ADAPTADO, PARA EVITAR DE FICAR RESTOS ALIMENTARES E PROVOCAR UMA INFLAMAÇÃO! OBS: O PROVISÓRIO TEM QUE ESTAR ADAPTADO BEM NO TÉRMINO DO PREPARO, NÃO PODE COMPRIMIR PAPILA, NÃO PODE IMPEDIR A PASSAGEM DO FIO DENTAL, TEM QUE FICAR DA ALTURA DO DENTE VIZINHO OBS: A CIMENTAÇÃO DO PROVISÓRIO TAMBÉM É PROVISÓRIA, MAS A GENTE VAI DAR ESSE ASSUNTO SÓ NA ÚLTIMA AULA... OBS: ACABOU O PREPARO, O PROVISÓRIO É NO MESMO DIA!!!! NÃO IMPORTA SE É DENTE POSTERIOR. Se eu só preparar meu dente e não colocar logo o provisório o que pode acontecer? O dente vai extruir, tentando buscar contato, paciente vai ficar com hipersensibilidade, com o psicológico abalado principalmente se for na região anterior. TEM QUE TER PROVISÓRIO SEMPRE!!! Toda vez que eu for fazer enceramento em dente anterior, tem que usar dente de estoque por causa do acabamento que fica muito mais bonito, peguei a área que eu ia mexer, adaptei faceta do dente de estoque e atrás só fiz completar com cera. Agora, moldo de novo (2a moldagem), depois matriz, as facetas aparecem do início do enceramento no modelo de estudo, chegou na clínica, só fiz colocar a resina por trás das facetas. –Zé Luiz. CURIOSIDADE: O GUIA DE IMPLANTE: É O MESMO PROCESSO, MESMA SEQUÊNCIA, A DIFERENÇA É O MATERIAL, USAMOS UMA PLACA DE ACETATO (MAIS DURO), PEGAMOS UM DENTE DE ESTOQUE PARA GUIAR ONDE É O LOCAL QUE VAI RECEBER O IMPLANTE, FURAMOS BEM NO CENTRO DO DENTE DE ESTOQUE ENCHER DE GUTA PERCHA PARA FICAR RADIOPACO, LIGA O PLASTVAC, RECORTA OS EXCESSOS, FAZ ACABAMENTO E POLIMENTO, ENCAMINHA O PACIENTE PARA FAZER TOMOGRAFIA. 27 Sãmya Magalhães MACETE DO ZÉ: Olhar o dente do lado para comparar! A TÉCNICA INDIRETA, A GENTE SÓ REEMBASA, O LABORATÓRIO QUE CONFECCIONA! 28 Sãmya Magalhães Dentro da moldagem em Protese fixa temos duas técnicas que mais utilizamos: TÉCNICA DO CASQUETE e TÉCNICA DO FIO RETRATOR. Nessa aula iremos falar sobre a técnica do casquete. Mas antes de falar sobre a técnica em si, vamos falar de alguns materiais de moldagem. Características da Silicona de Condensação: • Estabilidade Dimensional: Regular • Deformação após a Presa: Alta • Tempo de Vazamento: Imediato • Reprodução de detalhes: Boa • Resistência ao Rasgamento: Baixa • Facilidade de Uso: Boa • Tempo de trabalho: Médio/longo • Facilidade de Remoção: Regular • Odor: Excelente • Esterilização: Excelente • Custo: Regular. Características da Silicona de Adição: • Estabilidade Dimensional: Excelente • Deformação após a Presa: Baixa • Tempo de Vazamento: Após 1h, 7 dias • Reprodução de detalhes: Excelente • Resistencia ao Rasgamento: Médio/Longo • Facilidade de Uso: Boa • Facilidade de Remoção: Regular • Odor: Excelente • Esterilização: Excelente • Custo: Muito alto. Características do Polieter: • Estabilidade Dimensional: Muito Boa • Deformação Após a Presa: Baixa • Tempo de Vazamento: 7 dias, diferente da silicona de adição que deve esperar 1h esse já pode vazar imediatamente, mas tem até 7 dias • Reprodução de Detalhes: Excelente Técnica de moldagem do casquete O grupo das siliconas de condensação se apresentam como uma massa densa, uma massa fluida e um catalizador. Você mistura o catalizador com a massa densa e toma presa, mistura o catalizador com a massa fluida toma presa. A massa densa serve para individualizar a moldeira de estoque e a massa fluida para fazer a moldagem com riqueza de detalhes. Você tem que vazar imediatamente, isso dá uma correria muito grande no dia a dia da clínica. 29 Sãmya Magalhães • Resistencia ao Rasgamento: Média • Facilidade de uso: Boa • Tempo de trabalho: Pequeno/baixo • Odor: Regular •Esterilização: Regular • Custo: Muito alto • Facilidade de remoção: Moderada ou difícil, porque o único grupo que vem com uma silicona densa para individualizar a moldeira de estoque é o grupo da SILICONA, o Polieter é necessário fazer uma moldeira individual. Características do Polissulfeto: • Estabilidade: Regular • Deformação após a presa: Regular à Alta • Tempo Vazamento: 1H, Apesar de ter uma deformação após a presa alta e a estabilidade ser boa, mas ele só começa a deformar depois de 1h, bem melhor que uma silicona de condensação • Reprodução de detalhes: Boa • Resistencia ao rasgamento: Alta • Tempo de trabalho: Grande • Facilidade de uso: Regular • Facilidade de remoção: Fácil • Odor: Podre • Esterilização: Regular • Custo: Baixo Técnica do casquete: Utilizamos no laboratório e na clínica mais a técnica do casquete por ser mais precisa e previsível, mas não tem uma técnica melhor do que a outra, a melhor é a que você dominar É só lembrar de prótese total, é só imaginar que está fazendo uma moldeira individual apenas para o elemento. Paciente retorna, removemos o provisório e faz uma limpeza, logo em seguida molda o dente em questão (o qual estamos pretendo fazer a moldagem) pode ser uma moldagem parcial é com alginato ... vaza o molde para obter esse modelo. Nesse modelo vamos confeccionar o alívio de cera, com auxílio do gotejador do Peter Thomas e cera 7. 30 Sãmya Magalhães O dente que queremos moldar é preciso fazer o alivio. O QUE VOCÊ TEM QUE TER CUIDADO? O alivio de cera não vai no termino do preparo, tem que delimitar o término do preparo e nele não pode haver cera e depois com 2 pote dappen utilizando um pincel esculpir o casquete em resina acrílica. O casquete esculpido, você remove o excesso a maxicut e deixa só a área do casquete adaptada no termino do preparo. O casquete fica adaptado no termino do preparo, o casquete fica adaptado no termino do preparo, casquete pronto, pode ir para clínica. A cera não pode ocupar o término do preparo. Na clínica remove-se o provisório: 1. Faz limpeza do dente e provisório 2. Faz a 1ª etapa da moldagem do casquete que é a moldagem do SULCO Essa moldagem é feita com uma resina duralay fluida, na qual vamos posicionar no sulco gengival e colocar o casquete em posição. Resina no sulco e coloca o casquete em posição depois remover o excesso e deixa esse reembasamento bem adaptado no término. Seleciona um material ou silicona ou Polissulfeto, molda o interior do casquete e faz a Moldagem do elemento. Você faz a moldagem do elemento que vai receber uma coroa com o material com boa estabilidade e agora tem que moldar a arcada inteira para poder ocluir no articulador. Então você pode fazer uma moldeira de estoque e fazer a captura desse casquete utilizando até mesmo o alginato. 31 Sãmya Magalhães Repare: A porção mais adequada que entrou no sulco. Outro exemplo: Fazendo ainda o reembasamento com a duralay, checando a adaptação do casquete Fazendo a moldagem e capturando depois com uma moldeira de estoque e alginato. Ex: moldagem de um Pré-molar e a captura e veja uma vez que a duralay entrou no sulco que você inserir no interior do casquete vai também entrar no sulco e promover o afastamento gengival, dando uma moldagem bem precisa. Modelo que é obtido No modelo não pode haver dúvida onde está sulco, o termino do preparo e a gengiva marginal = tudo com muita precisão Então se você for capaz de fazer um modelo com a riqueza de detalhes não interessa qual é a técnica. Observar 32 Sãmya Magalhães Outro exemplo, realizou-se uma moldagem no dente que se pretende moldar. Alivio de cera para fazer o casquete, essa cera não pode chegar no termino do preparo Casquete confeccionado, verificar adaptação já na clínica, os espaços que ficarem pode ser preenchido com duralay na hora do reembasamento ... Depois do reembasamento Moldagem que no caso da imagem foi feito com uma silicona fluida de adição. E realizar a captura com uma moldeira de estoque e alginato. Repare como o material entrou no interior do sulco te dando uma moldagem do sulco precisa, ou seja, houve o afastamento do sulco gengival. 33 Sãmya Magalhães Atualmente é muito usada a técnica do duplo fio: Você posiciona dois fios no interior do sulco gengival e antes de inserir o material fluido, você retira o fio mais calibroso e deixa o mais delgado. POR QUE FAZEMOS ISSO? Para evitar o efeito rebote da gengiva (gengiva marginal voltar para sua posição inicial) antes que isso aconteça, inserir o material de moldagem. DESCRIÇÃO DA IMAGEM: O aspecto do fio depois que é inserido no dente (Imagem 1) e a moldagem depois que é realizado (Imagem 2) Vamos a técnica.... Essa técnica consiste em você posicionar o fio no sulco gengival para prover o afastamento lateral da gengiva e no momento oportuno remover esse fio e inserir o material moldador que deve copiar esse sulco. Existe no mercado vários tipos de fio, com diferentes diâmetros, justamente para você selecionar de acordo com o caso clinico. Moldagem: Técnica do Fio Retrator 34 Sãmya Magalhães 1- O paciente chega, você remove o provisório; 2- Com uma moldeira de estoque você vai usar a massa densa da silicona (esse tipo de Moldagem com fio retrator, o material de moldagem que nós escolhemos é quase sempre uma silicona de adição), então você pega a massa densa (essa massa é misturada a massa com o catalisador), coloca na moldeira de estoque e faz uma moldagem no paciente; 3- Feito essa moldagem, você individualizou a moldeira de estoque, 4- Ai no paciente, você vai inserir o fio retrator no interior do sulco; 5- Quando o preparo é parcial como no da imagem, é fácil, porque o término de preparo parcial, sempre fica supra gengival ou no nível gengival. 6- Aí você vem com o material fluido, põe em cima da moldeira auxiliar e você está removendo o fio, com o auxílio da pistola inserindo material fluido no dente que você vai moldar. Recapitulando: você já removeu o fio e já jogou material fluido e já rezou para que ele tenha entrado no sulco Essa é a pistola que geralmente acompanha os kits da silicona de adição: tem o material fluido condicionado aí, tem a pasta base e catalizador, tem ponta a misturadora e a pistola que quando se aperta no embolo, a mistura sai pronta para você posicionar na moldeira. 7- Leva a moldeira em posição, espera a tomada de presa e faz uma leitura do molde. 35 Sãmya Magalhães 8- Então você visualiza a porção mais delgada ao redor do molde que entrou no fluido. Outra sequência, aqui no caso temos uma silicona de condensação, a pasta pesada ou massa densa, massa fluida e o catalisador. Ela acompanha uma concha, no caso duas medidas da concha seria o ideal para colocar na moldeira. Descrevendo a imagem: em baixo em azul é a massa e em laranja é o catalizador Manipulação incorporando o catalizador na massa. OBS: QUANDO VOCE UTILIZA A SILICONA DE CONDENSAÇÃO VOCÊ ATÉ PODE UTILIZAR A LUVA, NO CASO DA SILICONA DE ADIÇÃO NÃO, SENÃO ELA NÃO TOMA PRESA. Posiciona a massa na moldeira e leva na boca do paciente. Esse caso foi feito por uma aluna do 7 semestre. 1a etapa ela moldou o paciente com moldeira de estoque e silicona densa 36 Sãmya Magalhães Depois posicionou o fio retrator no interior do sulco; nessa parte é mais crítica que ela tem que puxar o fio e inserir com a pistola o material fluido no interior dosulco, antes que a gengiva volte para o local em posição. Foi isso que foi feito, está aí a imagem geral da moldagem, mas quando você vai no dente em questão (zoom) que vai receber a coroa a porção mais delgada não é visualizada, então a moldagem não prestou, por isso o Zé Luiz prefere moldagem em casquete. Por achar mais previsível. Técnica com fio, com casquete não pode ter sangramento, se tiver sangramento é porque tem alguma coisa errada, pode ter sido porque foi moldado epitélio, alguma coisa saiu errado. Outro caso realizado por um aluno com fio retrator, ele inseriu o fio Removendo o fio (nessa hora que ele está removendo o material, já era para ele está inserindo material fluido), ele refez de novo essa etapa só para fotografar mesmo. 37 Sãmya Magalhães Aqui a imagem do modelo, perfeito porque dá para ver o término, gengiva marginal. IDEPENDENTE DE QUAL TÉCNICA, VOCÊ ESCOLHE A QUE VOCE MAIS DOMINAR! 38 Sãmya Magalhães Essa aula não é indicada utilizar a técnica do Pergoralo (que é nosso livro texto), por ser mais difícil. Após fazer o preparo do dente (no caso da imagem a cima uma ponte fixa), depois da moldagem você faz a confecção do modelo, esse modelo tem que ser uma cópia fiel do preparo que está na boca porque vai ser o elemento que vai representar o paciente no laboratório Esse modelo também é conhecido como: Modelo de trabalho ou modelo funcional, como nas outras próteses. Mas na prótese fixa ele tem uma particularidade, ele precisa ser TROQUELADO. O QUE É TROQUELADO? É UM PREPARO QUE VOCÊ FAZ NA HORA DE VAZAR O GESSO PARA PERMITIR A REMOÇÃO DO ELEMENTO QUE É O RETENTOR DA PONTE FIXA OU COROA UNITÁRIA E RETORNAR COM ELE NA MESMA POSIÇÃO Aqui temos uma foto do modelo já cortado, então esse dispositivo que chamamos de troquel. Ele é feito no dente que vai receber a coroa, esse dispositvo permite a remoção desse dente do modelo e o retorno na mesma posição. A NOSSA AULA DE HOJE VAI SER COMO CONFECCIONAR UM MODELO TROQUELADO. Um material que vai atingir todas essas características é nosso velho e conhecido GESSO. Então o modelo de trabalho ou modelo funcional, notem que na área dos dentes tem um gesso da cor diferente do gesso da base, não é para o gesso ficar mais bonito não. É que esse gesso que você está observando na área dos dentes, é um gesso pedra ESPECIAL e o gesso da base é um gesso pedra NÃO ESPECIAL. NO MODELO EM QUESTÃO (IMAGEM COM ZOOM) esse elemento vai receber uma overlay e também foi troquelado. Por que? Porque o técnico precisa remover da arcada o dente para fazer o selamento no término do preparo. Um outro exemplo em que: Você moldou 5 elementos: do lateral até o canino. (Nós já falamos da moldagem do sulco, da importância de ter o término bem definido). O modelo tem que ser troquelado para permitir a remoção dos elementos unitários para o técnico ter condições de fazer o selamento no termino de preparo. Então veja que é uma sequência: se sua moldagem não for precisa, o técnico não tem condições de fazer um modelo com essas características. Se na hora de vazar um molde, você não preparar esse modelo e forma que ele possa ser troquelado, o técnico não vai ter acesso a MARGEM QUE É O PONTO FRACO DA COROA METALOCERÂMICA. Confecção do modelo em prótese fixa 39 Sãmya Magalhães QUAL A VANTAGEM DISSO TUDO? Facilidade para o técnico fazer o enceramento e o selamento do coping no termino do preparo e clinicamente você vai ter coroas bem adaptadas, sem causar injuria para o periodonto (gengiva saudável, sem área de isquemia, sem compressão e selamento marginal que vai impedir a infiltração na área de infiltração). No caso dessa imagem, do lateral ao canino do outro lado. Algumas considerações do gesso que vamos utilizar: O gesso tipo III é um gesso tipo pedra, mas não é indicado para fazer modelos com precisão, utilizamos em modelo de estudo. Quando formos utilizar ele, vamos utilizar 100g do pó para 33ml de água. O gesso tipo IV é um gesso diferenciado, ele é chamado também de gesso especial. Por que? Porque tem um coeficiente de expansão menor, altera muito menos que o gesso tipo III. Alguns fabricantes que dizem que ele até contrai, outros dizem que ele não tem expansão dependendo da marca. É um gesso mais caro, eles são usados em modelo funcional, não tem cabimento usar ele em modelo de estudo um gesso especial. Esse gesso é tão bom que a quantidade de água que você vai precisar para fazer um molde completo é bem menor do que utilizando gesso tipo III. A manipulação do gesso: primeiro você coloca a água, vai adicionando o pó, quando você aperta o gral para ver em que consistência está mistura: a consistência, a consistência que está, é a consistência que vai ficar depois de espatular. Para a Professora Adriana: o ponto ideal é quando você vira o gral de cabeça para baixo e ele não cai. Vamos a técnica: você vai precisar de um pino para troquel, o tamanho médio é melhor, com o molde na bancada o que você vai fazer? Vai manipular o gesso tipo IV e vazar esse molde só na área dos dentes do molde, não pode invadir a área do palato, ele tem que ser estreito mesmo e no máximo com 2 cm de altura. Com o modelo tomado presa, você remove (se quiser recortar porque ficou alto ou deixar liso pode, aí vem a segunda etapa que é colocar o pino de troquel em direção do dente que você pretende troquelar (o dente que vai receber a coroa Metalocerâmica ou a ponte fixa ou a overlay...) então no caso dessa imagem são três coroas, foram fixados três pinos em direção ao dente que vai receber a coroa. Como é que eu vou colocar esses furos? Você vai fazer um furo com uma broca esférica diamantada número 5 na ponta reta. Qual a espessura dessa broca? Tem que ter a espessura da ponta serrilhada desse pino, depois cola com superbonder. Após isso acaba a segunda fase Vamos passar vaselina em cima dos dentes que vamos troquelar como na primeira imagem; e vou fazer retenções nas áreas que eu não quero que separe do modelo. Então note que na área do centro não tem nada, o modelo só é vazado na área onde tem dentes; 40 Sãmya Magalhães RECAPITULANDO.... A última etapa é manipular a base do modelo com gesso tipo III (GESSO PEDRA), Essa cera é opcional porque quando você fizer a base, ficar uma janela para depois você empurrar o pino e o dente sair. Na hora que o técnico decidir que precisa remover o dente para depois fazer o selamento marginal, ele vai cortar até o limite do gesso especial com o gesso tipo III, uma pressão que ele fizer vai soltar o dente. O que vai facilitar para o laboratório? Ele vai ter acesso a essa área que é crucial que é o ponto fraco, então ele vai encerar sem sobrecontorno, favorecendo uma adaptação marginal precisa e clinicamente diminuir a possibilidade de infiltração marginal. O que está em cera vai virar metal por um processo chamado de FUNDIÇÃO. 1- MOLDE COM GESSO ESPECIAL SÓ NA ÁREA DOS DENTES (NUNCA INVADIR ÁREA DO PALATO, SENÃO IVIABILIZA A CONFECÇÃO DO TROQUEL; 2- TOMOU PRESA VOCÊ REMOVE, NA REGIÃO DO DENTE QUE VAI SER TROQUELADO VOCÊ FAZ UM FURO; 3- FIXA O PINO COM SUPERBONDER E PASSA VASELINA; 4- DEPOIS MANIPULA O GESSO TIPO III E FAZ A BASE; (ESSE GESSO DA BASE O IDEAL É QUE ELE NÃO INVADA A ÁREA VESTIBULAR DO GESSO ESPECIAL, SENÃO DIFICULTA A REMOÇÃO DO TROQUEL. Aqui um exemplo da importância de se ser troquelado (imagem 1), (imagem 2) é feito o enceramento delimitando a área do términocom precisão sem nenhum dente para atrapalhar, (imagem 3) fazendo a fundição e verifica-se adaptação do coping da estrutura metálica no termino do troquel. 41 Sãmya Magalhães Aqui um exemplo de outro pino para troquel, só que bem mais preciso. Repare que o furo que vai ser feito no modelo ele tem que ser compatível com essa área serrilhada, mas a técnica de confecção é a mesma tanto para um quanto para outro. 42 Sãmya Magalhães A finalidade desse modelo funcional ou também chamado de modelo de trabalho (realizado anteriormente) é a confecção do coping (estrutura metálica da coroa Metalocerâmica) e para que o técnico possa confeccionar o coping esse modelo de trabalho tem que estar montado no articulador. ENTÃO APÓS A CONFECÇÃO DO MODELO, O PASSO SEGUINTE É CONFECCIONAR O CASQUETE DE REGISTRO PARA A MONTAGEM DO MODELO NO ARTICULADOR. VAMOS A TÉCNICA DE CONFECÇÃO DO CASQUETE DE REGISTRO: Esse é um modelo de trabalho já montado no articulador (na imagem representando uma ponte fixa com dois retentores), então veja que não tem contato do dente preparado com o dente antagonista. No caso da imagem exposta, tem o terceiro molar que permite a oclusão do dente antagônico, mas se não houvesse esse dente, não teria estabilidade, então é aí que entra o casquete de registro: PARA VOCÊ MONTAR O MODELO DE TRABALHO NO ARTICULADOR E MANDAR PARA O LABORATÓRIO. Confecção do casquete de registro: No modelo de trabalho você coloca vaselina, faz o alívio de cera na região do término do preparo e vai confeccionar com duralay diretamente no dente que foi preparado (esse casquete fica bem adaptado, ele tem que entrar e sair de forma estável) a sua confecção é totalmente diferente em função e em confecção do casquete de moldagem No termino não pode ter duralay no término, porque se a duralay entrar no término do preparo na hora da remoção do casquete ele pode fraturar o término do preparo. A região do término é uma área nobre. Após realizar a etapa anterior, depois na clínica fazer o registro e montar o modelo no articulador. Nessa foto o técnico já até troquelou para encerar. Na clínica você vai adaptar o casquete de registro no dente preparado, vaselinar o antagônico, colocar uma gota de duralay sob o casquete e pedir para o paciente ocluir. Aí sim, após o paciente ter ocluído, você pega esse casquete adapta no modelo funcional e monta no articulador, após isso o modelo está pronto para ir para o laboratório Aí no laboratório o que técnico vai fazer é esculpir aquele dente que você fez troquelado e fazer o coping (que é feito primeiro em cera para poder fundir e transformar em metal), adaptando ao término (daí a importância de o modelo ser troquelado) para poder retirar o modelo em posição retirando e colocando no mesmo lugar para permitir esse selamento. Registros interoclusais e montagem no asa. 43 Sãmya Magalhães Aqui na foto verificando o espaço entre o dente que vai receber a coroa e o antagônico, daí a importância de o modelo funcional ir para o laboratório montado no articulador. É a função do dentista fazer isso. Por um processo de fundição pela da técnica da cera perdida, aquele padrão de cera se transforma em metal. (ISSO NO LABORATÓRIO) Imagem do padrão de cera que se transforma em metal, aí de volta no troquel ele vai verificar essa adaptação. Então isso é fundamental para o sucesso da coroa porque se você tiver um coping bem adaptado no término com essa visão você vai ter uma coroa com uma possibilidade mínima de infiltração bacteriana e é isso que vai dar longevidade ao trabalho. Então o técnico vai te devolver esse coping e o que você vai fazer na clínica? Provar o coping na boca do paciente, fazer o registro outra vez com duralay e a moldagem de transferência. QUAL A FINALIDADE DA MOLDAGEM DE TRANSFERÊNCIA? É PARA A APLICAÇÃO DA PORCELANA. Então na clínica você vai fazer a prova do coping, essa infraestrutura deve estar bem adaptada no término, se não tiver bem adaptada como no troquel, volta a moldagem de novo, essa infraestrutura deve imitar o dente que você quer fazer em miniatura por exemplo: se vou fazer um incisivo lateral deve ser feito um incisivo lateral em miniatura Essa imagem é para exemplificar que quando você vai fazer uma ponte fixa, os retentores ao lado nem sempre precisa de tratamento endodôntico se for obedecido todos esses requisitos expostos durante as aulas: boa moldagem, confecção do troquel para o técnico fazer um coping bem selado (que é o ponto fraco e impedir a infiltração), se você fizer a coroa e tiver uma estrutura metálica com selamento marginal perfeito com auxílio da colaboração do paciente de uma boa higiene a longevidade desse trabalho vai ser excelente, sem precisar de tratamento endodôntico por uns 10 anos. A imagem ao lado tem 19 anos de tempo. Imagem de 19 anos de ponte fixa na boca obedecendo todos os critérios, sem ter realizado tratamento endodôntico. O tempo que a gente dá em média é 10 anos para refazer. Paciente apresenta pequena recessão gengival, mínimos problemas. 44 Sãmya Magalhães Voltando ao nosso coping para você ter trabalhos com longevidade, o coping tem que estar bem adaptado ao troquel, se o coping não estiver adaptado ao troquel nem vai para a clínica, volta e molda de novo. Note que esse coping está com sobrecontorno, não pode haver sobrecontorno, o técnico pode ajustar ou você. Na prova do coping não pode ter essa isquemia na gengiva do paciente, por mais que tenha selamento, esse sobrecontorno tem que ser removido, você tem que passar o explorador nessa região e não travar. Se travar você faz o desgaste no sobrecontorno e adapta na boca, para quando for posicionar não ter mais área isquêmica (está isquêmico devido o sobrecontorno), como nessa foto abaixo: Após o coping ser aprovado, você faz o registro com duralay: você coloca uma gota de duralay na oclusal ou incisal do coping e pedir para o paciente ocluir. E depois faz a moldagem de transferência (essa moldagem de transferência é com alginato) e é vazada com gesso tipo III, você não precisa de um modelo de precisão porque esse trabalho não vai ser feito em cima do modelo. Essa moldagem de TRANSFERÊNCIA é para a aplicação da PORCELANA. OUTRO CASO: Imagem 1: 6 coroas, provou o coping; Imagem 2: Fez o registro e molda tudo com moldeira de estoque e alginato Imagem 3: Como é que você vai vazar? SÓ PODE SER VAZADO DESSA MANEIRA: Vaselina na parte inferior do coping, preenche os espaços (que vão receber coroas) com duralay e colocar um parafuso para servir de retenção em cima do duralay. 45 Sãmya Magalhães ESSA MOLDAGEM É PARA OBTER O MODELO DE TRANSFERENCIA E POR CONSEGUINTE A APLICAÇÃO DA PORCELANA. OUTRO CASO: Imagem 1: moldou o elemento Imagem 2: passou vaselina, colocou duralay Imagem 3: esse parafuso é ideal para isso, ele é bem pequeno e na hora que o duralay estiver na fase borrachoide você posiciona ele e com pincel você ajeita esse duralay (esse duralay tem que estar confinado a área do coping) Imagem 4: se quiser fazer gengiva artificial, pode fazer, tem algumas siliconas apropriadas para isso, ou então vaza tudo com gesso tipo III. OUTRO CASO: Imagem 1: foi feito prova do coping, registro e moldagem de transferência com alginato, passado vaselina Imagem 2: preencheu com duralay Imagem 3: quando começa a perder o brilho, é o momento de vim com o parafuso
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