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equideocultura

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• A equinocultura é definida como a parte que trata do
estudo da criação de equinos.
• A equideocultura, por sua vez é uma atividade que
abrange:
• Criação de asininos (asnos, jumentos e jegues): mesmo
animal que recebe diferentes nomes em função da
região;
• Criação de muares (burros e bardotos): são originados do
cruzamento entre equinos e asininos. Além da criação de
equinos, a equideocultura também envolve o estudo das
criações de asininos e de muares (híbridos).
• O cavalo (macho) e a égua (fêmea) pertencem à espécie
Equus caballus, e os asininos, à Equus asininus. As duas
espécies podem ser incluídas no mesmo gênero: o grupo
dos equídeos.
Equideocultura
• Os asininos são animais conhecidos por sua resistência, servindo tanto
para tração como para carga e sela;
• Quanto aos muares, a mula é o indivíduo fêmea resultante do
cruzamento de um jumento com uma égua.
• O burro é o indivíduo macho desse cruzamento, são capazes de
transportar, docilmente, até 30% de seu peso.
• O bardoto, é resultante do cruzamento da jumenta (Equus asininus)
com o cavalo (Equus caballus), também é estéril.
• Todos esses são animais de grande importância rural, devido a sua
resistência e docilidade.
• De um modo geral, todos se parecem com os cavalos, mas têm as
orelhas mais compridas e são estéreis.
Asininos e Muares
Histórico
• Como todos os seres vivos, o cavalo também passou por uma evolução ao longo dos
tempos. Acredita-se que sua evolução se iniciou no continente americano, tendo
sido distribuído por todo o mundo e, posteriormente, extinto de seu local de origem.
O Eohippus, sendo originário da América do Norte, apresentava o tamanho de um
cão.
• O cavalo moderno, Equus, surgiu há um milhão de anos. Ele mede de
1,50 a 1,60 m de altura, pesa entre 330 e 550 kg e vive até os 30 anos de
idade. A fêmea tem um período de gestação de 336 dias.
Os sinais a serem destacados na evolução do cavalo 
são os seguintes: 
• aumento no tamanho (de 0,4 para 1,5 m); 
• alongamento dos membros e das patas; 
• redução dos dedos laterais; 
• aumento em tamanho e espessura do dedo; 
• aumento em largura dos dentes incisivos; 
• substituição dos dentes pré-molares por molares; 
• atrofia dos dentes caninos; 
• aumento do tamanho dos dentes (coroa dos 
molares).
Histórico
Idade dos Equinos
Utilização
Produção de animais para atividades esportivas: 
• Sela, polo, corridas em geral, salto, adestramento,
enduro, hipismo rural, rodeio, apartação, vaquejada,
rédeas, laço, tambor, baliza, maneabilidade e
demais modalidades específicas para cada raça;
Utilização
• A produção de soro é feita geralmente por meio da hiperimunização de cavalos.
• No caso do soro antiofídico, o veneno é extraído de um animal peçonhento e inoculado
em um cavalo, para que seu organismo produza os anticorpos específicos para aquela
toxina.
• O cavalo é o animal mais indicado para
essa atividade, devido à facilidade de
trato, por responderem bem ao
estímulo da peçonha e pelo seu grande
porte. Isso favorece a fabricação de um
grande volume de sangue rico em
anticorpos.
Nutrição
• O cavalo em vida livre passa aproximadamente 16 horas do dia se
alimentando. A dieta é baseada na ingestão de pastagem
(GOODWIN, 2007; DITTRICH et al., 2010), rica em fibras, mas pobre
em energia (ERB; HOUPT, 2010). Entretanto, o consumo ocorre
várias vezes ao dia, com interrupções dos períodos de alimentação
de no máximo duas ou três horas (BIRD, 2004; CINTRA, 2010).
• Ao consumir volumoso, o cavalo passa mais tempo mastigando
(ELIA; ERB; HOUPT, 2010), o que reduz seu tempo em ócio e
promove um desgaste mais adequado dos dentes (BONIN, 2007).
• O ideal para cavalos é uma dieta totalmente a base de pasto e feno,
ou com no mínimo 70% de volumoso, exceto para casos com
exigências especiais em que esta porcentagem pode ser menor
(CINTRA, 2010).
Nutrição
• Cavalos que recebem uma dieta com maior proporção de
volumoso apresentam menor acidez no estômago
(WILLARD, 1977), reduzindo a incidência de úlceras
gástricas.
• Cavalos secretam ácido gástrico continuamente e quando
não se alimentam de forma constante, a mucosa do
estômago fica exposta a estes ácidos. A proteção do
estômago oriunda da saliva fica diminuída com a ingestão
de uma dieta com menos fibras (PAGAN, 1998).
• Uma dieta pobre em fibras, pode desencadear o
desenvolvimento de comportamentos anormais, como a
ingestão de cama ou fezes, na busca de fontes de fibra
necessária para o bom funcionamento do sistema
digestório (VIEIRA, 2012).
Esteriotipias
Alimentação
• Em vida livre, os cavalos pastejam forragens próximas
ao nível do solo, com uma postura relaxada, cabeça e
pescoço baixos. É ideal que, durante a alimentação
fornecida em cocho, seja respeitada a angulação
natural entre pescoço e cabeça (CINTRA, 2010) para
facilitar a deglutição.
• Oferecer alimentos no chão aumenta o risco de
contaminação do alimento por pisoteio, fezes, entre
outros. Recomenda-se que os cochos estejam a uma
altura de 50 a 60 cm do solo e a uma distância
prudente da parede para que os cavalos não se
machuquem (MEYER, 1995).
Pastagens
• As fibras longas encontradas nas forragens são essenciais ao bom
funcionamento do sistema digestório do cavalo, facilitando o trânsito do
alimento.
• Pastagens muito tenras provocam diarreia leve devido ao baixo teor de fibra
em sua composição, enquanto pastagens muito fibrosas podem causar
desconforto digestivo devido à aceleração do peristaltismo ou cólicas por
compactações (CINTRA, 2010).
• O fornecimento de plantas com folhagem inteira (não picada) é indicado para
cavalos, principalmente para aqueles mantidos em baias ou piquetes. O
fornecimento de folhagens inteiras permite a seleção das melhores partes da
planta antes da ingestão, estimula a mastigação e maior produção de saliva.
• No caso de fornecimento de folhagens picadas, as partículas devem ser
maiores que 4 cm (ANJOS, 2012). Em áreas pequenas, uma indicação é realizar
rotação programada de pastagens, pois maximiza o seu uso, além de preservar
melhor a área e diminuir a contaminação por parasitas gastrintestinais
(WEICKERT, 2012).
A escolha do pasto para cavalo deve se 
basear nas seguintes características:
• Apresentar bom crescimento foliar, boa cobertura do solo.
• Permitir o rápido rebrote.
• Apresentar boa aceitação pelo animal.
• Apresentar alto teor de proteínas e fibras.
• O ponto de corte ideal, tanto para o pastejo e fenação,
• Baseado nessas características, entre os tipos de capim mais
indicados para equinos, temos: Tamani, Quênia, entre outros,
como os Cynodons (tifton, coastcross).
Cálculo de dieta para cavalos em trabalho 
leve a moderado
• O fornecimento de sal mineral à vontade é
essencial na complementação da alimentação
(HARRIS, 1999).
• O sal mineral repõe os sais perdidos pelo suor,
visto que o cavalo tem uma grande quantidade
de glândulas sudoríparas.
• Assim como os sais, muita água é perdida pelo
suor e urina. É importante a disponibilização de
fonte de água limpa e fresca à vontade (CINTRA,
2010), principalmente nos intervalos entre os
exercícios físicos.
Instalações
• As baias ou cocheiras individuais devem dispor de um
espaço mínimo de 4m x 3m, sendo o mais recomendado 4m
x 4m (16m2 ). É necessário que o cavalo disponha de espaço
onde seja possível realizar um rolamento completo.
• Pode-se dizer o manejo sanitário basicamente pode ser dividido em quatro
partes: Controle de Endoparasitas; Controle de Ectoparasitas; Controle de
Anemia Infecciosa Equina e Controle de Doenças através da Vacinação.
Principais vacinas: Influenza equina, Tétano, Leptospirose equina, Raiva equina, Encefalomielite e
Rinopneumonite.
Sanidade
Sanidade
• Cólicas, redução de apetite, má condição corporal, diarreia crônica e problemas dentários
(BURN; DENNISON; WHAY, 2010; MCGOWAN, 2010; MURRAY et al., 1989) podem ocorrer
devido ao manejo nutricional inadequado, causado normalmente pela maior proporção de
concentrado, que não corresponde ao tipo de dieta para a qual o sistema digestóriodo cavalo
foi adaptado (CASEY, 2002).
• Problemas respiratórios são bastante
comuns em cavalos confinados em locais
fechados (CURTIS; RAYMOND; CLARKE,
1996). Ocorrem devido à concentração de
poeira nas instalações, principalmente
oriunda do feno e do material utilizado para
cama (HOTCHKISS; REID; CHRISTLEY, 2007),
adicionada a uma má ventilação do
ambiente.
Reprodução
Fisiologia reprodutiva
• As éguas são animais classificados como poliéstricos estacionais, pois possuem sua estação
reprodutiva na primavera e no verão. Três são os fatores básicos, que explicam o caráter
estacional dos ciclos estrais nas éguas: nutrição, temperatura e fotoperíodo (ARRUDA, 1990).
Biotecnologias
• Inseminação artificial (IA)
• A inseminação artificial é um procedimento realizado a partir da colheita de sêmen
do garanhão com uso de vagina artificial. É feita uma análise da qualidade e da
quantidade do sêmen recolhido, para posterior processamento do material, que será
depositado no trato reprodutor da égua.
• Transferência de Embrião (TE)
• O procedimento da transferência de embrião ocorre quando os óvulos são fecundados no
trato genital da égua doadora e nos dias 7 ou 8 pós-ovulação, os embriões são transferidos
para o útero da receptora.
• Fertilização “in vitro” (FIV)
• A fertilização “in vitro” se trata de um procedimento em que óvulo e espermatozoide são
maturados e fecundados em laboratório. Contudo, os resultados da fertilização in vitro em
equinos ainda são pouco conclusivos e esse tipo de reprodução apresenta alto custo e
resultado ruim.
Biotecnologias
Considerações finais
No Brasil, o plantel de equinos tem cerca de 8
milhões de cabeças. O mercado equestre cresceu
muito nos últimos anos, tanto em quantidade
quanto em qualidade. Devido a esse
desenvolvimento, e como pouco se conhece sobre a
importância que a equideocultura exerce sobre a
dimensão econômica e social no país, estudos
atualizados sobre a dinâmica dessa cadeia são
necessários, estando entre eles a insuficiência de
mão de obra qualificada em determinadas atividades
equestres.

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