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Though it is more difficult to write about my father than about my mother, since I spent less time with him and knew him less well, it is equally as liberating. Since I share so many of my father’s characteristics, physical and otherwise, coming to terms with what he has meant to my life is crucial to a full acceptance and love of myself. I’m positive my father never understood why I wrote. What I regret most about my relationship with my father is that it did not improve until after his death. For a long time I felt so shut off from him that we were unable to talk. I hadn’t the experience, as a younger woman, to ask the questions I would ask now. I grew up to marry someone very unlike my father, as I knew him – though I feel sure he had these qualities himself as a younger man – someone warm, openly and spontaneously affectionate, who loved to talk to me about everything, including my work. I now share my life with another man who has these qualities. WALKER, A. Living by the Word (2011). Disponível em: <www.books.google.com.br>. Acesso em: 24 set. 2020. [Fragmento] Em um livro de ensaios, a escritora estadunidense Alice Walker examina o papel de seu pai em sua vida. No trecho, ela revela que era distante do pai porque a relação deles era marcada pela falta de diálogo. os dois eram parecidos demais um com o outro. o casamento dela foi reprovado pelo seu pai. a maior parte de seu tempo era dedicado à mãe. a escolha dela de tornar-se escritora o desapontava. Ao longo do texto, a autora enfatiza que sua relação com o pai era distante e acrescenta que se sentia tão desconectada dele a ponto de não se falarem (For a long time I felt so shut off from him that we were unable to talk). No último parágrafo, ela relata ter se casado com alguém cujas características eram opostas às do pai, descrevendo o marido como uma pessoa com quem se pode conversar sobre tudo. Logo, os problemas de comunicação afetavam a relação entre pai e filha, conforme aponta a alternativa A. At the CIA, the challenges of today’s fast-paced global changes present opportunities for exceptional careers. Our intelligence mission is the work of the nation – and our success depends on a network of professionals around the world. T3T8 L7Z3 From the technical expertise of scientists, engineers and IT professionals who develop the latest technical gizmo, to the adventurous individuals in the Clandestine Service who collect important national security secrets. From language instructors conducting research, examining foreign media and teaching crucial language skills, to analysts with experience in international economics, military analysis and quantitative methods, to administrative personnel who support everyone else in performing their work. Ours is a mission like no other. Candidates must successfully complete a medical examination, polygraph interview and an extensive background investigation. For additional career information, job postings and to apply, please visit: www.cia.gov. Disponível em: <https://www.cia.gov>. Acesso em: 5 out. 2020. [Fragmento] O anúncio explicita o papel desempenhado por diversos profissionais na Agência Central de Inteligência dos Estados Unidos. Com relação aos professores de línguas, o anúncio destaca sua participação no(a) criação de redes internacionais de informação e investigação ao redor do mundo. desenvolvimento de novos aparatos tecnológicos usados em ações clandestinas. avaliação das entrevistas feitas pelos candidatos com o auxílio de testes de polígrafo. condução de análises sobre temas presentes nos meios de comunicação estrangeiros. melhoria da capacidade de comunicação dos funcionários da área administrativa. Segundo o texto, os professores de línguas atuam na condução de pesquisas, examinam as mídias estrangeiras e ensinam habilidades essenciais relacionadas aos idiomas: [...] language instructors conducting research, examining foreign media and teaching crucial language skills [...]. A única alternativa que traz uma dessas atribuições é a D. As demais alternativas trazem tarefas que não dizem respeito a esses profissionais e devem, portanto, ser descartadas. On July 16th the Ecuadorian navy announced it had spotted a fleet of 260 fishing vessels, most of them Chinese, anchored in international waters near the Galapagos islands. Ecuador’s government reacted as if it were facing some sort of invasion. It increased patrols to ensure that the ships would not venture into the Galapagos Exclusive Economic Zone, where Ecuador claims a sole right to resources. President Lenín Moreno formally complained to China. Overfishing in high seas near the Galapagos is endangering the unique species that thrive there. Yet there is little Ecuador can do to stop foreign fleets from ransacking its stock of marine wildlife. No laws regulate fishing in international waters. The ships use bait to lure sharks out of Ecuadorian waters and then catch as many as they can. It is impossible to track how much the ships fish. The Chinese underreport the international catch coming in through their ports, says Alex Hearn, of MigraMar, a marine-wildlife research organization. VØGQ ENEM – VOL. 9 – 2020 But Ecuadorians got a glimpse in 2017, when one Chinese vessel was intercepted in the Galapagos Marine Reserve. The authorities found 300 tonnes of fish, most of it scalloped hammerhead shark, a critically endangered species. Two thirds of hammerhead fins found in Hong Kong markets belong to species that depend on Galapagos waters. Disponível em: <www.economist.com>. Acesso em: 5 out. 2020. [Fragmento] De acordo com o texto, uma prova irrefutável das atividades praticadas por pesqueiros estrangeiros em águas próximas a Galápagos é a presença de uma frota de 260 pesqueiros em águas territoriais equatorianas. reclamação formal feita pelo presidente equatoriano às autoridades chinesas. venda de barbatanas de tubarões de Galápagos nos mercados de Hong Kong. prática chinesa de não fiscalizar a pesca desembarcada em seus portos. ação da marinha chinesa para conter o saque à vida marinha selvagem. De acordo com o texto, dois terços das barbatanas de tubarões dos mercados de Hong Kong são de espécies encontradas somente na região de Galápagos (Two thirds of hammerhead fins found in Hong Kong markets belong to species that depend on Galapagos waters). Sendo assim, a alternativa correta é a C. As demais alternativas devem ser descartadas pelos seguintes motivos: (A) os navios pesqueiros estavam ancorados em águas internacionais, e não em águas equatorianas (a fleet of 260 fishing vessels [...] anchored in international waters near the Galapagos islands); (B) o presidente equatoriano fez uma reclamação formal à China devido à presença de um grande número de navios pesqueiros chineses em águas próximas a Galápagos. Entretanto, essa reclamação por si só não constitui uma prova inquestionável das atividades predatórias desses navios no local; (D) segundo o texto, os chineses omitem informações sobre a pesca que chega em seus portos, ou seja, eles a fiscalizam, mas não registram formalmente todas as informações (The Chinese underreport the international catch coming in through their ports); (E) o texto não menciona a marinha chinesa e ainda afirma que a ação dos navios pesqueiros chineses está ameaçando Galápagos. When Charlie Sheen went public with his diagnosis, related web searches rocketed. He wasn’t the first famous person to boost awareness but, thanks to the web, it was the first time we could measure the impact. It has been dubbed “the Sheen effect”: the ability of a celebrity to raise awareness by disclosing a condition. In Charlie Sheen’s case, it was HIV. On 17 November last year, when the actor announced he was HIV positive during an NBC interview, the number of Google-related searches containing the word “HIV” rocketed. Last week, a studypublished in the Journal of the American Medical Association’s Internal Medicine showed by how much – 417%. N5ML It’s not the first time a famous person has had a significant impact on the world by disclosing the fact they have HIV or Aids, but – thanks to the Internet – it’s the first time the effect has been measured so rigorously. Did the celebrity effect exist before the Internet? “HIV and celebrity have been closely linked from the beginning,” says Dominic Edwardes, a director at Terrence Higgins Trust. “From Rock Hudson to Charlie Sheen, the ‘story’ of HIV has been driven by celebrities who have it or high-profile supporters such as Elizabeth Taylor and Princess Diana.” When the US basketball star Magic Johnson said he was HIV positive in 1991, the world realized that, as Johnson put it, “it can happen to anybody, even me”. It drove home the message that HIV was not a death sentence – Johnson continues to manage his condition with antiretroviral drugs. Disponível em: <http://www.theguardian.com>. Acesso em: 22 mar. 2016 (Adaptação). Em novembro de 2015, o ator Charlie Sheen anunciou, em uma entrevista, que é portador do vírus HIV. O caso do ator foi chamado de Sheen effect porque teve como diferencial o fato de proporcionar o(a) debate acerca do preconceito sofrido por celebridades que se declaram soropositivos. reconhecimento de que a trajetória da Aids sempre esteve ligada às celebridades. participação maior de outros artistas em campanhas de prevenção da doença. divulgação das formas de prevenção do HIV por meio da Internet e da mídia. medição do impacto da notícia na conscientização das pessoas sobre o HIV. De acordo com o texto, quando o ator Charlie Sheen revelou que é portador do vírus HIV, o número de pesquisas na internet relacionadas ao vírus disparou. Tal fato foi chamado de Sheen effect (the ability of a celebrity to raise awareness by disclosing a condition), pois, a partir dele, foi possível medir o impacto que uma revelação desse tipo, vinda de uma celebridade, tem na sociedade – no caso, na conscientização das pessoas sobre o HIV. Portanto, está correta a alternativa E. Buying fair trade coffee helps thousands of families in Africa and Latin America to live with dignity out of their work. This way, they can improve the lives of their families and their community. Disponível em: <www.adsoftheworld.com>. Acesso em: 5 out. 2020. WY38 Considerando as informações do texto, a expressão fair trade sugere que o produto em questão promove práticas agrícolas ecologicamente corretas. mantém projetos assistenciais que atendem agricultores. propicia condições de vida mais justas para seus produtores. estimula o consumo responsável em países em desenvolvimento. garante oportunidades de trabalho em outros setores além da agricultura. O texto da campanha afirma que, ao adquirir o café em questão, o leitor ajudará milhares de famílias na África e na América Latina a viver com dignidade de seu trabalho. Assim, elas poderão melhorar tanto sua própria qualidade de vida quanto a vida em suas respectivas comunidades. Logo, a alternativa correta é a C. O termo fair trade refere-se a um conjunto de princípios que promovem o desenvolvimento sustentável e práticas comerciais mais justas para produtores de países em desenvolvimento. Pode ser traduzido como “comércio justo”, “mercado justo” ou “concorrência justa”, conforme o contexto. ENEM – VOL. 9 – 2020 En su grave rincón, los jugadores rigen las lentas piezas. El tablero los demora hasta el alba en su severo ámbito en que se odian dos colores. Adentro irradian mágicos rigores las formas: torre homérica, ligero caballo, armada reina, rey postrero, oblicuo alfil y peones agresores. Cuando los jugadores se hayan ido, cuando el tiempo los haya consumido, ciertamente no habrá cesado el rito. En el oriente se encendió esta guerra cuyo anfiteatro es hoy toda la tierra. Como el otro, este juego es infinito. BORGES, J. L. El hacedor. Madrid: Alianza, 2006. [Fragmento] O trecho do poema “Ajedrez”, do escritor argentino Jorge Luis Borges, usa uma partida de xadrez como metáfora para se referir à vida. Nesses versos, o autor destaca o(a) caráter eterno do jogo, que sobrevive a seus jogadores e segue sua marcha. magia das peças do xadrez para representar aquilo que engana os jogadores. soberba dos jogadores, que não veem que a morte é inevitável e chegará ao amanhecer. ganância de quem joga, que, ao fim, destrói as peças e o tabuleiro num ato de não aceitação. resistência dos jogadores, que, ao competirem por dias a fio, mostram suportar adversidades. O trecho do poema “Ajedrez”, de Jorge Luis Borges, é uma metáfora para representar a vida e a morte, ou a passagem dos seres humanos pela vida. O texto apresenta jogadores que disputam uma partida de xadrez. Essa partida, de acordo com o texto, tem caráter infinito (“[...] este juego es infinito”) e, mesmo depois de os jogadores terem ido, ou morrido, esse jogo continuará sua marcha, seu ritual (“Cuando los jugadores se hayan ido, / cuando el tiempo los haya consumido, / ciertamente no habrá cesado el rito”). Portanto, está correta a alternativa A. A alternativa B está incorreta porque não se afirma no poema que a magia das peças de xadrez engane os jogadores, apenas que suas formas irradiam um rigor, uma severidade mágica. No texto, os jogadores fazem suas manobras, o que seria o decorrer da vida, mas o fato de jogarem não significa um engano. O293 A alternativa C está incorreta porque os jogadores não demonstram soberba, tampouco o texto deixa entrever que desconheçam a inevitabilidade da morte. Os jogadores apenas seguem o curso do jogo sem questionamentos ou dúvidas. Além disso, não se afirma no texto que a morte chegará necessariamente quando o dia nascer; o tabuleiro, uma metonímia para se referir ao jogo, detém os jogadores até o amanhecer (“El tablero / los demora hasta el alba [...]”), e isso está relacionado à passagem do tempo, ao fato de sempre o jogador estar manejando peças até que o tempo o tenha consumido. A alternativa D está incorreta porque os jogadores não destroem as peças, mas, como já mencionado, são consumidos pelo tempo (“cuando el tiempo los haya consumido”). A alternativa E está incorreta porque não se destaca no texto a resistência dos jogadores, tampouco se afirma que joguem por dias a fio ou que suportem adversidades. O que se tem no texto é a finitude dos jogadores e a permanência das coisas. A veces buscamos ahorrar pero siempre surgen muchas excusas: el dinero no me alcanza, tengo muchos gastos, la vida está muy cara, las mensualidades del colegio subieron… Entre ellas también se encuentra una muy usada: “No puedo ahorrar porque gano solo el salario mínimo”. Sí, puedes hacerlo. Pero, Leticia, ¿cuándo únicamente gano el salario mínimo? Hago malabares para que este me alcance para todo, y ahora tú me hablas de ahorrar. Sí, es lo que dije. ¡Puedes ahorrar! Y es precisamente, porque no te alcanza, que deseo darte 6 herramientas para que no tengas que vivir del salario mínimo el resto de tu vida. – Pon un destino para tu dinero. – Asigna primero tu ahorro. – Usa el preahorro. – Pon metas para el ahorro. – Ahorra cuidando lo que ya tienes. – Invierte tus ahorros. Disponível em: <www.aprendizfinanciero.com>. Acesso em: 20 ago. 2018. [Fragmento] O artigo anterior dedica-se a sanar um questionamento recorrente dos leitores sobre como economizar dinheiro mesmo recebendo baixos salários. Nele, a utilização da expressão hago malabares indica que os leitores desejam ganhar mais que um salário mínimo por mês. confiam nos conselhos dos blogueiros para economizar. acreditam que gastar dinheiro é mais vantajoso do que guardar. consideram que poupar é uma tarefa praticamente impossível. apresentam desculpas para justificar sua incapacidade de poupar. H6FY A expressão hago malabares é compostapelo verbo hacer e pelo termo malabares (juegos malabares) e significa “fazer malabares” ou “fazer malabarismos”. Isso está relacionado ao fato de se lidar com situações complicadas. No texto em análise, a expressão é usada para demonstrar que pessoas que recebem o salário mínimo têm se esforçado ao máximo para que o pouco dinheiro que recebem cubra todas as despesas do mês, por isso poupar é uma tarefa muito difícil de ser realizada. Assim, está correta a alternativa D. A alternativa A está incorreta porque, como explicitado, a expressão hago malabares está relacionada a uma situação difícil, não a um desejo de algo. A alternativa B está incorreta porque, além de a expressão em estudo não se referir à confiança nos blogueiros, o texto não menciona que as pessoas confiem neles ou não. A alternativa C está incorreta porque não se menciona no texto que as pessoas acreditem ser melhor ou mais vantajoso gastar do que poupar. A alternativa E está incorreta porque a expressão não está relacionada ao que seriam as desculpas das pessoas para não pouparem. Inclusive a autora expõe seis dicas para pessoas cujo salário, por ser mínimo, não cobre todas as despesas (“Y es precisamente, porque no te alcanza, que deseo darte 6 herramientas [...]”), o que prova que o argumento de “fazer malabarismo com o salário” não se trata de uma desculpa, mas de algo verdadeiro. Si te gustan las películas de este famoso estudio, entonces te agradará enterarte de que hoy se cumple el aniversario número 35 de la fundación del Estudio Ghibli. Sin embargo, a pesar de que se fundó en 1985, el equipo liderado por Hayao Miyazaki e Isao Takahata ya había trabajado en una película, Nausicaä del Valle del Viento, la cual se estrenó en 1984. Sin embargo, una de las películas más famosas del estudio (y a la cual le debe su logotipo), es Mi vecino Totoro, la cual fue estrenada tres años luego de la fundación del estudio. Acerca de esta película hay mucho de qué hablar, incluso algunas teorías interesantes acerca de la historia. Disponível em: <www.tekcrispy.com>. Acesso em: 17 jun. 2020. [Fragmento] A notícia trata do aniversário de um famoso estúdio de filmes de animação. De acordo com o texto, o(s) Estúdio Ghibli e suas produções costumam agradar a muitos públicos. filmes de Hayao Miyazaki são famosos por gerarem muitas teorias dos fãs. integrantes do estúdio japonês lançaram um filme antes da fundação oficial do Ghibli. longa-metragem Mi vecino Totoro estreou há três anos, conquistando fãs no mundo todo. diretores Hayao Miyazaki e Isao Takahata entraram para a equipe anos após a fundação do estúdio. QØWL De acordo com o texto-base da questão, o Estúdio Ghibli, fundado oficialmente em 1985, lançou o filme Nausicaä del Valle del Viento em 1984 (“Sin embargo, a pesar de que se fundó en 1985, el equipo liderado por Hayao Miyazaki e Isao Takahata ya había trabajado en una película, Nausicaä del Valle del Viento, la cual se estrenó en 1984.”). Assim, está correta a alternativa C. A alternativa A está incorreta porque no texto não se afirma que o estúdio e seus filmes costumem agradar a muitos públicos. O que se aborda no texto é que se o leitor gosta das produções do Estúdio Ghibli, gostará de saber também que, na data em que o texto foi escrito, o estúdio estava completando 35 anos. A alternativa B está incorreta porque o texto menciona que a respeito do filme Mi vecino Totoro existem algumas teorias interessantes, não que os filmes de Hayao Miyazaki gerem teorias dos fãs. A alternativa D está incorreta porque o filme Mi vecino Totoro estreou três anos após a fundação do Estúdio Ghibli, e não há três anos considerando a data de escrita do texto: “[…] una de las películas más famosas del estudio (y a la cual le debe su logotipo), es Mi vecino Totoro, la cual fue estrenada tres años luego de la fundación del estudio”. A alternativa E está incorreta porque os diretores Hayao Miyazaki e Isao Takahata já lideravam a equipe do estúdio antes de sua fundação em 1985, prova disso é o lançamento do filme Nausicaä del Valle del Viento em 1984, no qual eles trabalharam. Disponível em: <elroto@inicia.es>. Diante de catástrofes naturais, a charge expõe o medo do(a) ausência de solidariedade da comunidade mundial frente à fúria da natureza. sensacionalismo das imagens transmitidas pela televisão durante uma tragédia. exploração da pobreza alheia como forma de se garantir a audiência dos canais de TV. falta de infraestrutura para atender as vítimas nos hospitais em caso de catástrofes naturais. desamparo dos afetados por uma tragédia após serem esquecidos pelas agências de notícias. I43G ENEM – VOL. 9 – 2020 A fala da personagem denota temor com relação à atenção que receberão as pessoas envolvidas numa catástrofe natural quando esse desastre deixar de ser veiculado pela mídia, a qual passará a focar outro evento e acabará desmobilizando a ajuda aos necessitados. O desamparo é explicitado pela expressão “¡Qué será de nosotros [...]!”. Portanto, a alternativa E é a correta. A alternativa A está incorreta porque não se considera que não haja ajuda ou solidariedade da comunidade mundial, mas que tal ajuda poderá faltar quando a tragédia deixar de ser veiculada pela imprensa. A alternativa B está incorreta porque não se expõe o medo do sensacionalismo, mas do que pode acontecer quando as atenções da mídia não estiverem mais voltadas à catástrofe em questão. A alternativa C está incorreta porque não se teme a exploração da pobreza alheia, mas a falta de auxílio assim que a tragédia não tiver mais destaque na mídia, o que prejudicará as pessoas atingidas pela catástrofe. A alternativa D está incorreta porque no texto não se aborda a falta de estrutura para atender as vítimas em hospitais – o que pode vir a acontecer –, mas sim as consequências vivenciadas pelas vítimas de catástrofes naturais após a mídia deixar de noticiá-las. Con las temperaturas marcando récords en Corea del Norte, sus ciudadanos tratan de enfriar el cuerpo de una forma muy particular: comiendo carne de perro. Varios restaurantes famosos por esta especialidad en Pyongyang han visto aumentar significativamente su clientela en las últimas semanas, según informa la agencia Associated Press (AP). Comer carne de can, especialmente cuando el calor acecha, es una costumbre arraigada en la tradición culinaria de varios países asiáticos y especialmente en la península coreana. Comer perro no es una tradición exclusiva de Corea del Norte. Es una tradición arraigada también en Corea del Sur y en algunas regiones de China, principalmente su noreste – fronterizo con la península coreana – y en el centro y sur. El internacionalmente conocido festival de Yulin, en la provincia china de Guangxi, se celebra también coincidiendo con el solsticio de verano. Tanto en China como en Corea del Sur su consumo disminuye año tras año y la carne es repudiada sobre todo entre los más jóvenes, más habituados a tener al animal como mascota que al plato. Es algo, de acuerdo con AP, que también estaría empezando a suceder en Corea del Norte, donde en las principales ciudades se observan cada vez más vecinos que pasean a sus perros. Disponível em: <https://elpais.com>. Acesso em: 2 ago. 2018. [Fragmento] A notícia anterior apresenta o costume de comer carne de cachorro em certas regiões asiáticas. De acordo com o texto, o consumo dessa carne B89B significa para os restaurantes da Coreia do Norte a possibilidade de apresentarem pratos requintados. popularizou-se pelo mundo com o festival de Yulin, uma vez que é uma festa de renome internacional. está relacionado à chegada ou intensificação do verão, já que, segundo se acredita, esse alimento esfria o corpo. choca-se com os valores culturais dos jovens na Coreia do Sul, pois, para eles, o cachorro é um animal sagrado.está em queda na China e na Coreia do Sul porque, nesses países, o movimento vegano tem feito pressão. De acordo com o texto em análise, com o aumento das temperaturas na Coreia do Norte durante o verão, as pessoas buscam esfriar o corpo comendo carne de cachorro. A menção ao verão está explícita já no título: “Carne de perro, ‘manjar’ estival en Corea del Norte”, já que a palavra estival significa “algo relativo ao estío” (verão, estio). Além disso, os seguintes trechos comprovam essa ideia: “Con las temperaturas marcando récords en Corea del Norte, sus ciudadanos tratan de enfriar el cuerpo de una forma muy particular: comiendo carne de perro” e “Comer carne de can, especialmente cuando el calor acecha, es una costumbre arraigada en la tradición culinaria de varios países asiáticos y especialmente en la península coreana”. Desse modo, está correta a alternativa C. A alternativa A está incorreta porque os restaurantes da Coreia do Norte, segundo o texto, veem aumentar sua clientela devido ao consumo, mas isso não está relacionado à possibilidade de fazerem pratos requintados; o texto sequer menciona esses pratos. A alternativa B está incorreta porque, apesar de o festival de Yulin ser conhecido internacionalmente, o consumo da carne de cachorro não é popular em todo o mundo, mas apenas em certas regiões da Ásia, como Coreia do Norte, Coreia do Sul e algumas regiões da China. A alternativa D está incorreta porque o texto não menciona que o consumo de carne de cachorro seja contrário aos valores culturais dos jovens da Coreia do Sul, apesar de ser essa parcela da população a que mais tem evitado consumir esse tipo de carne. Além disso, o texto tampouco afirma ser o cachorro um animal sagrado para os jovens. A alternativa E está incorreta porque, apesar de o consumo dessa carne estar diminuindo tanto na China quanto na Coreia do Sul, o texto não menciona que o motivo seja o movimento vegano nesses países. Disponível em: <http://www.hortifruti.com.br/comunicacao/campanhas/ e-de-familia/>. Acesso em: 15 fev. 2016. O efeito de sentido da publicidade anterior se ancora, mormente, em um recurso linguístico que promove o humor. Esse recurso é a antonímia, pois há uma contradição entre as palavras “água” e “bagaço”. hiperonímia, pois “bagaço” pertence ao campo semântico de “laranja”. paronímia, pois usa-se “bagaço” no lugar de palavra com escrita e pronúncia parecidas. polissemia, pois há dois sentidos no texto para a palavra “bagaço”. sinonímia, pois “bagaço”, “água” e “laranja” se equiparam semanticamente. Na construção da publicidade, a utilização de “bagaço” garante o humor por apresentar dois sentidos possíveis na situação, sendo um figurativo, que se relaciona a um estado de cansaço extremo de uma pessoa, e o outro relativo ao que sobra de uma fruta após ser retirado o sumo. Dessa forma, está correta a alternativa D. A alternativa A está incorreta, pois não há contradição existente entre “água” e “bagaço”. A alternativa B está incorreta, pois “bagaço” não pertence ao campo semântico de “laranja”, sendo utilizado em relação a variados tipos de fruta. A alternativa C está incorreta, pois a palavra não foi utilizada em lugar de outra, estando de acordo com a expressão coloquial para apontar cansaço. A alternativa E está incorreta, pois os termos apontados não são sinônimos, apresentando significados diferentes. Decisão do juiz Martin Zilber, da corte estadual da Flórida, nos Estados Unidos, deu procedência ao pedido de indenização das famílias de 40 vítimas do voo da Chapecoense. O número de beneficiados representa mais da metade dos 77 passageiros do voo 2 933 da companhia boliviana La Mia, que levava o time da Chapecoense para a final da Copa Sul-Americana de 2016. O avião caiu nas proximidades do aeroporto de Rionegro, em Medellín, na Colômbia, e matou 71 pessoas. Disponível em: <www.otempo.com.br>. Acesso em: 30 set. 2020. XQWD 6KDØ O texto exibe problema de coesão devido ao emprego de “proximidades” no plural, em discordância com “aeroporto”, que está no singular. “Sul-Americana” no lugar de “Sul-Americano”, visto que deve se referir ao continente. “caiu”, no pretérito perfeito, em vez de ser no infinitivo, “cair”, conforme o gênero notícia. “EUA” no título, sem que haja descrição da sigla, dificultando o entendimento geral. “matou” concordando com o sujeito “avião”, atribuindo à aeronave a ação de matar as pessoas. As notícias empregam linguagem direta e clara, de forma a transmitir a informação corretamente. No trecho analisado, o problema de coesão ocorre devido ao uso do verbo “matou”, o qual, na construção textual, acaba relacionando-se ao sujeito “avião”, gerando o sentido de que a aeronave exerceu a ação do verbo “matar”, quando, na verdade, deveria se referir à queda do avião enquanto sujeito. Por isso, está correta a alternativa E. O Departamento de Justiça americano enviará ao Congresso uma proposta para reduzir as proteções legais que dão imunidade a gigantes de tecnologia como Google, Facebook e Twitter, informou o Wall Street Journal. Em paralelo, as grandes plataformas da internet chegaram a um acordo para combater os conteúdos que incitam o ódio, após um movimento de boicote por sua suposta “vista grossa”. O acordo inclui o desenvolvimento de critérios para detectar o discurso de ódio, o estabelecimento de uma supervisão independente e ferramentas para evitar anúncios com conteúdo prejudicial, acrescentou a WFA. Disponível em: <www.ovale.com.br>. Acesso em: 29 set. 2020. [Fragmento] Uma das grandes brechas para os discursos de ódio na internet, a chamada “imunidade das redes sociais”, está em xeque. Na semana passada, o Departamento de Justiça dos Estados Unidos enviou ao Congresso uma proposta para reduzir as proteções legais a gigantes como Facebook, Google e Twitter em relação a conteúdos produzidos por terceiros. O lado perverso dessa liberação são as mais de 800 denúncias diárias de discursos de ódio, assédio, racismo, xenofobia e ameaças em redes sociais relatadas apenas no Brasil à SaferNet, ONG de promoção dos direitos humanos na rede. MZDG A responsabilização das gigantes do setor sobre o conteúdo de terceiros é um passo crucial para acabar com a impunidade e tornar o ambiente virtual um espaço de integração, e não de ódio. Editorial. O Tempo. Disponível em: <www.otempo.com.br>. Acesso em: 29 set. 2020. [Fragmento] O texto I, uma notícia, e o texto II, um editorial, abordam o mesmo assunto, mobilizando diferentes recursos linguísticos para a progressão textual. Nesse sentido, além do tema, os textos apresentam semelhança no(a) escolha linguística ao tratar as empresas envolvidas, denominadas “gigantes”. menção de que a investigação irá acabar com a impunidade das empresas. argumentação exposta para criticar a decisão do Departamento de Justiça. apresentação de uma crítica às empresas de tecnologia contemporâneas. tratamento cuidadoso na abordagem dos detalhes sobre o fato apontado. Em ambos os textos, o assunto tratado é o mesmo, contudo com objetivos diferentes. A notícia é apenas informativa, sem expressar juízo de valor sobre os fatos. Já o editorial é um texto de natureza argumentativa, que expõe o ponto de vista do veículo de informação sobre determinado assunto. Embora tenham objetivos e tratamentos diferentes, observa-se que a linguagem dos dois textos é muito próxima, devido ao fato de ambos serem jornalísticos, usando recursos linguísticos semelhantes, como o termo “gigantes” para se referir às empresas envolvidas no caso. Está correta, assim, a alternativa A. A alternativa B está incorreta, pois nenhum dos textos menciona taxativamente que a investigação realmente irá acabar com a impunidade dessas empresas, mas apenas colocam isso como possibilidade. A alternativa C está incorreta, pois nenhum dos textos critica a decisão do Departamento de Justiça: enquantoo texto I não expõe qualquer opinião, o texto II concorda com a decisão e acredita ser um importante passo para acabar com a impunidade das empresas. A alternativa D está incorreta, pois, como dito, o texto I é uma notícia e, como tal, não expõe pontos de vista ou posicionamentos críticos. A alternativa E está incorreta, pois o texto I traz mais detalhes sobre o tema pelo fato de ser informativo, enquanto o texto II é opinativo e se preocupa em expressar um ponto de vista. Ofendi-vos, meu Deus, bem é verdade, É verdade, meu deus, que hei delinquido, Delinquido vos tenho, e ofendido, Ofendido vos tem minha maldade. Maldade que encaminha à vaidade, Vaidade, que todo me há vencido; Vencido quero ver-me, e arrependido, Arrependido a tanta enormidade. Ø3EZ Arrependido estou de coração. De coração vos busco, dai-me abraços, Abraços, que me rendem vossa luz. Luz, que claro me mostra a salvação, A salvação pretendo em tais abraços, Misericórdia, amor, Jesus, Jesus. MATOS, G. Antologia da poesia barroca brasileira. São Paulo: Valer, 2010. p. 45. A produção do poeta barroco Gregório de Matos divide-se entre as vertentes lírica, satírica e religiosa. No soneto anterior, pertencente a esta última, o eu lírico caracteriza-se como um indivíduo inferior, atormentado pelo remorso e pela culpa mesmo diante da iluminação divina. orgulhoso, divulgador das maldades e mazelas pessoais que infringem as leis de Deus. calculista, empenhado em conquistar a compaixão do próximo ao aproximar-se do sagrado. consciente dos próprios erros, disposto a se arrepender e a encontrar o caminho da salvação. ambíguo, apaziguado por Deus, apesar da manutenção das próprias falhas e dos ressentimentos. No soneto de Gregório de Matos, o eu lírico reconhece seus erros perante Deus e, arrependido, mostra sua intenção de assumir uma postura temerosa para alcançar a salvação cristã. Isso é comprovado em versos como: “Ofendi-vos, meu Deus, bem é verdade”, “Arrependido estou de coração” e “A salvação pretendo em tais abraços”. Portanto, a alternativa correta é a D. A alternativa A está incorreta porque o eu lírico busca sua redenção espiritual por meio do arrependimento, que o livrará da culpa pelos pecados. A alternativa B está incorreta porque seu sentimento é, na verdade, oposto a orgulho; ele sente-se envergonhado e se coloca de forma humilde perante Deus. A alternativa C está incorreta porque as ações do eu lírico não são calculadas e pautadas num objetivo final; ele se mostra crente e temeroso a Deus, por isso sente-se arrependido de suas atitudes e busca no perdão divino a salvação. Finalmente, a alternativa E está incorreta porque, pelo discurso do eu lírico, ele não reproduzirá seus erros, já que está arrependido e buscando o perdão divino; por esse mesmo motivo, não se pode dizer que sua postura é ambígua. Perguntaram-me uma vez qual fora o primeiro livro de minha vida. Prefiro falar do primeiro livro de cada uma das minhas vidas. Busco na memória e tenho a sensação quase física nas mãos ao segurar aquela preciosidade: um livro fininho que contava a história do patinho feio e da lâmpada de Aladim. XMF5 Eu lia e relia as duas histórias, criança não tem disso de só ler uma vez: criança quase aprende de cor e, mesmo quase sabendo de cor, relê com muito da excitação da primeira vez. A história do patinho que era feio no meio dos outros bonitos, mas quando cresceu revelou o mistério: ele não era pato e sim um belo cisne. Essa história me fez meditar muito, e identifiquei-me com o sofrimento do patinho feio – quem sabe se eu era um cisne? LISPECTOR, C. Disponível em: <https://contobrasileiro.com>. Acesso em: 29 set. 2020. [Fragmento] Quanto ao aspecto da narrativa, o conto de Clarice Lispector traz um relato intimista, configurado por meio do discurso indireto livre, que evidencia um foco narrativo na terceira pessoa. foco narrativo em primeira pessoa, caracterizando um narrador-protagonista. relato da protagonista enquanto representação fiel da própria escritora Clarice. símbolo dos livros como uma parte indissociável da vida da narradora-protagonista. relato onisciente para demonstrar que o narrador conhece intimamente a personagem. No conto de Clarice Lispector, o narrador é do tipo protagonista, e seu relato em primeira pessoa evidencia o caráter intimista do seu relato, representando aquilo que pensa e sente sobre o assunto discutido; no caso, os livros. A alternativa correta, portanto, é a B. A alternativa A está incorreta, pois, no conto, não se observa a presença de discurso indireto livre, até mesmo por ser uma narração em primeira pessoa. A alternativa C está incorreta, pois não se pode dizer que o protagonista do conto seja representação fiel da própria escritora, sendo essa uma inferência não passível de comprovação pelo pequeno trecho, que nem mesmo identifica o gênero do narrador. A alternativa D está incorreta, pois, da mesma forma, não se pode dizer que os livros sejam um símbolo indissociável da vida da narradora. Embora ela demonstre gostar muito de livros, não se pode fazer essa afirmação. A alternativa E está incorreta, pois o narrador é do tipo protagonista, não vigorando, nesse caso, a narração onisciente. Disponível em: <https://agenciamoove.com.br>. Acesso em: 1 out. 2020. 2FSF A campanha utiliza elementos verbais e não verbais para transmitir sua mensagem. O elemento para alcançar o objetivo de convencer o leitor a doar roupas para a Campanha do Agasalho de 2018 é a menção à solidariedade como um tesouro inexistente. crítica ao consumo exagerado de roupas pelas pessoas. ludicidade do texto, representada pelas roupas do garoto. expressão figurativa para abordar a importância das doações. presença de objetos infantis buscando engajamento de crianças. A alternativa correta é a D, pois a campanha constrói a metáfora das roupas como um tesouro, o que é expresso através da própria palavra “tesouro” (presente na frase em destaque) e do “chapéu de pirata” do garoto, tendo como objetivo denotar a importância das peças. A alternativa A é incorreta, pois a campanha não traz como argumento central a tese de que inexiste solidariedade nos tempos atuais. A alternativa B é incorreta, pois não há relação causal expressa entre haver peças “esquecidas” e uma ação consumista – que sequer é mencionada no texto. A alternativa C é incorreta, pois o fato de o garoto estar com o que parece ser uma fantasia de pirata não é o fator que busca convencer o leitor. A alternativa E é incorreta, pois o público-alvo da campanha não é, especificamente, crianças, mas a população em geral. Eu, filho do carbono e do amoníaco, Monstro de escuridão e rutilância, Sofro, desde a epigênese da infância, A influência má dos signos do zodíaco. Profundíssimamente hipocondríaco, Este ambiente me causa repugnância... Sobe-me à boca uma ânsia análoga à ânsia Que se escapa da boca de um cardíaco. Já o verme – este operário das ruínas – Que o sangue podre das carnificinas Come, e à vida em geral declara guerra, Anda a espreitar meus olhos para roê-los, E há de deixar-me apenas os cabelos, Na frialdade inorgânica da terra! ANJOS, A. Eu e outras poesias. 48. ed. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2010. B992 Indo na contramão dos realistas e naturalistas, os artistas do Simbolismo não mais se preocupam com a análise da sociedade. Como se pode inferir no poema, a voz poética se volta para uma melancolia diante dos fatos corriqueiros. preocupação com as questões metafísicas. referenciação aos valores gregos clássicos. sondagem do “eu” enquanto ser de reflexão. tentativa de anular o social diante do indivíduo. Uma das principais características do período simbolista foi o foco voltado para o eu, para o indivíduo, que assume sua posição única, com suas reflexões internas. Isso fica claro no poema não sópor seu conteúdo, ao apresentar um eu lírico que reflete sobre sua existência, mas até mesmo pelo título da obra em que foi publicado: Eu. Está correta, assim, a alternativa D. A alternativa A está incorreta, pois melancolia diante de fatos corriqueiros não pode ser considerada uma característica específica do Simbolismo. A alternativa B está incorreta, pois não são observadas, no poema, questões metafísicas. A alternativa C está incorreta, pois os simbolistas não fizeram uma retomada de valores gregos clássicos e não há, no poema, qualquer menção a isso. A alternativa E está incorreta, pois é, justamente, o contrário, o Simbolismo se preocupou com o indivíduo, e não mais teve foco no social. O trigo que semeou o pregador evangélico, diz Cristo que é a palavra de Deus. Os espinhos, as pedras, o caminho e a terra boa em que o trigo caiu são os diversos corações dos homens. Os espinhos são os corações embaraçados com cuidados, com riquezas, com delícias; e nestes afoga-se a palavra de Deus. As pedras são os corações duros e obstinados; e nestes seca-se a palavra de Deus, e se nasce, não cria raízes. Os caminhos são os corações inquietos e perturbados com a passagem e tropel das coisas do Mundo, umas que vão, outras que vêm, outras que atravessam, e todas passam; e nestes é pisada a palavra de Deus, porque a desatendem ou a desprezam. Finalmente, a terra boa são os corações bons ou os homens de bom coração; e nestes prende e frutifica a palavra divina, com tanta fecundidade e abundância, que se colhe cento por um: Et fructum fecit centuplum. VIEIRA, A. Sermão da Sexagésima. In: Sermões escolhidos. 2. ed. São Paulo: Edameris, 1965. p. 2-3. Padre Antônio Vieira é reconhecido como o maior expoente da prosa barroca no Brasil. Ao traçar um paralelo entre os sujeitos passíveis de conversão e os elementos da natureza, o autor facilita a compreensão dos dogmas religiosos pelos ouvintes ainda não convertidos. problematiza a relação danosa estabelecida entre os infiéis e os maus pregadores. DGØB convence os padres a acreditarem que a conversão dos infiéis é uma tarefa imprevista. aponta para a multiplicidade de fiéis, cujas características dificultam o trabalho do pregador. sugere que a existência de infiéis é responsabilidade da natureza e, também, da Igreja Católica. O fragmento traz uma alegoria do trabalho dos pregadores, que é difundir a palavra de Deus e fortalecer a fé. Como se trata de um trabalho difícil, por causa da resistência de muitas pessoas à palavra divina, Pe. Antônio Vieira traça um paralelo com a semeadura do trigo, que somente trará bons frutos quando jogado em uma terra boa. Assim, os solos em que não frutifica (espinhos, pedras e caminho) são metaforicamente pessoas que não se convertem ao cristianismo ou que não seguem todos os preceitos da religião, tornando difícil o trabalho do pregador, e a terra boa são aqueles que se tornam fiéis. Por isso, está correta a alternativa D. A alternativa A está incorreta porque, sobre o texto, pode-se dizer que facilita a compreensão de qual é o trabalho dos pregadores, mas não dos dogmas religiosos, os quais não são expostos pelo autor. A alternativa B está incorreta porque não há juízo de valor sobre maus pregadores, somente uma alegoria para expor as diferentes pessoas a quem pregam. A alternativa C está incorreta porque o texto se limita a mostrar como o pregador evangélico tem um trabalho difícil, o qual não é imprevisto, mas definido pelo bom uso da palavra de Deus e pela disposição de seus ouvintes. Finalmente, a alternativa E está incorreta porque o fragmento não indica a causa de existirem infiéis; além disso, a Igreja não poderia ser a responsável, pois seu objetivo, de acordo com o texto, é o de trazer o máximo de fiéis para si. Rubi, concha de perlas peregrina, Animado cristal, viva escarlata, Duas safiras sobre lisa prata, Ouro encrespado sobre prata fina. Este o rostinho é de Caterina; E porque docemente obriga e mata, Não livra o ser divina em ser ingrata E raio a raio os corações fulmina. Viu Fábio uma tarde transportado Bebendo admirações, e galhardias A quem já tanto amor levantou aras: Disse igualmente amante e magoado: Ah muchacha gentil, que tal serias Se sendo tão formosa não cagaras! MATOS, G. Disponível em: <www.dominiopublico.gov.br>. Acesso em: 30 set. 2020. QV2Z deselegâncias. pérolas. elegâncias; elogios. altares. mulher jovem. No poema barroco de Gregório de Matos, observa-se, por parte do eu lírico, um posicionamento idealizador da formosura feminina. crítico, questionando a doçura feminina. socialmente rebaixado diante da mulher. satírico com aparente construção amorosa. reprovador quanto aos aspectos da mulher. O poema de Gregório de Matos tem início com a exaltação da mulher, partindo-se do desejoso Fábio, para finalizar em uma reflexão satírica, desmerecendo a figura feminina ao citar seus aspectos fisiológicos no último verso, fazendo, para isso, uso de um linguajar chulo. Isso já fica claro no próprio título do poema, que antecipa se tratar de um processo de deselegância, de desconstrução da formosura feminina. Está correta, assim, a alternativa D. A alternativa A está incorreta, pois não se observa uma construção idealizada da mulher no poema, mas, ao contrário, uma visão satírica e deselegante. A alternativa B está incorreta, pois o eu lírico não questiona a doçura feminina, mas demonstra seu descontentamento diante da mulher antes desejada. A alternativa C está incorreta, pois o eu poético não se coloca em posição inferior à mulher amada no texto. A alternativa E está incorreta, pois o eu lírico não reprova o comportamento ou os aspectos da mulher, mas sim os satiriza. Disponível em: <https://sardeseantunesaprendizes.blogspot.com>. Acesso em: 29 set. 2020. Na charge em análise, a fala da mulher apresenta uma incompatibilidade com a situação comunicativa, devido ao emprego de uma variedade linguística inadequada para o contexto da entrevista de emprego. uso inadequado do advérbio de modo para caracterizar os idiomas falados por ela. fato de ela desconhecer a língua utilizada na empresa para a qual se candidatou. contraponto que é feito entre a linguagem formal usada pelo homem diante do erro dela. questionamento feito pelo homem, que busca testar a entrevistada ao constrangê-la. IZ9U Na charge, uma candidata a uma vaga de emprego passa por uma entrevista, na qual expõe suas habilidades linguísticas em diferentes idiomas, afirmando falar fluentemente seis línguas estrangeiras. Ao ser questionada sobre seu idioma de origem, o português, a mulher comete um erro gramatical, e é desse equívoco que vem o humor do texto. A forma “vareia” é usada, geralmente, por camadas menos escolarizadas da população, em contextos orais e informais, e revela uma variedade linguística de cunho social e educacional. No contexto da entrevista, no entanto, mostra-se inadequada, pois se espera que a candidata domine o idioma e utilize uma variedade formal padrão, principalmente pelo fato de ter mencionado ser poliglota. Está correta, portanto, a alternativa A. A alternativa B está incorreta, pois o advérbio de modo (fluentemente) foi empregado bem pela candidata. A alternativa C está incorreta, pois não se pode dizer que a mulher desconhece a linguagem da empresa, e sim que não domina o português culto de modo geral. A alternativa D está incorreta, pois não se pode dizer que a linguagem do homem é formal, visto que ele só tem uma fala curta. A alternativa E está incorreta, pois a pergunta feita pelo entrevistador é plausível no contexto da entrevista e não demonstra uma tentativa de constrangimento, tampouco isso seria o fator responsável pela incompatibilidade mencionada no enunciado. Pela margem do grande rio caminha Jaguarê, o jovem caçador. O arco pende-lhe ao ombro, esquecido e inútil. As flechas dormem no coldreda uiraçaba. Os veados saltam das moitas de ubaia e vêm retouçar na grama, zombando do caçador. Jaguarê não vê o tímido campeiro, seus olhos buscam um inimigo capaz de resistir-lhe ao braço robusto. O rugido do jaguar abala a floresta; mas o caçador também despreza o jaguar, que já cansou de vencer. Ele chama-se Jaguarê, o mais feroz jaguar da floresta; os outros fogem espavoridos quando de longe o pressentem. [...] Jaguarê chegou à idade em que o mancebo troca a fama do caçador pela glória do guerreiro. ALENCAR, J. Ubirajara. Disponível em: <www.dominiopublico.gov.br>. Acesso em: 1 out. 2020. [Fragmento] Camargo era pouco simpático à primeira vista. Tinha as feições duras e frias, os olhos perscrutadores e sagazes, de uma sagacidade incômoda para quem encarava com eles, o que o não fazia atraente. Falava pouco e seco. Seus sentimentos não vinham à flor do rosto. Tinha todos os visíveis sinais de um grande egoísta; contudo, posto que a morte do conselheiro não lhe arrancasse uma lágrima ou uma palavra de tristeza, é certo que a sentiu deveras. [...] Era difícil saber se Camargo professava algumas opiniões políticas ou nutria sentimentos religiosos. Das primeiras, se as tinha, nunca deu manifestação prática [...]. Quanto aos sentimentos religiosos, a aferi-los pelas ações, ninguém os possuía mais puros. Era pontual no cumprimento dos deveres de bom católico. Mas só pontual; interiormente, era incrédulo. ASSIS, M. Helena. In: ______. Obra Completa. v. I. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 1994. [Fragmento] ZZ4M Os fragmentos das obras, pertencentes a diferentes movimentos literários, trazem narradores oniscientes. Considerando as diferenças na apresentação das personagens, o narrador do texto II se afasta do movimento literário anterior pela descrição centrada na postura cética e insensível. na temática nacional e política. em elementos visíveis e sociais. em aspectos culturais e religiosos. na representação heroica idealizada. A alternativa correta é a C, pois o narrador do texto II acessa a subjetividade da personagem e opta por descrevê-la dando centralidade aos aspectos sociais e visíveis. Essa característica estilística diverge da Primeira Geração do Romantismo, como visto no texto I, em que o narrador se centra na construção das personagens em prol dos ideais nacionais. A alternativa A é incorreta, pois a narração não é insensível, nem ignora os sentimentos da personagem, além disso, não é isso que se apresenta como central na caracterização. A alternativa B é incorreta, pois os trechos analisados não abordam explicitamente uma temática política, apontando apenas descrições das personagens envolvidas. A alternativa D é incorreta, pois trazer aspectos culturais e religiosos é algo possível nos dois períodos literários, mudando apenas a forma de representar. A alternativa E é incorreta, pois a representação heroica e idealizada é uma característica do Indianismo, referente ao texto I, não ao texto II, que pertence ao Realismo. Somos mais de 400 empresas de diversos setores econômicos que representam 90% do capital transacionado em bolsa no país. Sabemos que a mudança do clima é um dos maiores desafios a serem enfrentados pela humanidade neste século e que o Acordo de Paris foi fundamental para estabelecer o compromisso internacional para assegurar que o aumento da temperatura global não ultrapasse 2 °C, buscando esforços para 1,5 °C. Diante desse compromisso, setores público e privado e sociedade civil têm, conjuntamente, a responsabilidade de liderar os esforços de redução de emissões de gases de efeito estufa (GEE) e evoluir na construção de uma economia de baixo carbono. Nós, l ideranças empresariais, defendemos o estabelecimento de um mecanismo de precificação de carbono adequado às características da economia e ao perfil de emissões de GEE do nosso país, que incentive investimentos, garanta a competitividade das empresas e estimule a inovação tecnológica de baixa emissão no Brasil. Nesse sentido, mesmo na ausência de um mecanismo público obrigatório de redução de emissões, e entendendo a escala e urgência do desafio acima mencionado, temos realizado importantes esforços para reduzir nossas emissões de GEE. O custo de uma ação tardia é desproporcionalmente superior ao custo de se tratar esse desafio preventivamente. Precisamos agir hoje para alcançar resultados de baixo carbono no longo prazo. Os cenários para o Brasil já demonstram que diversas tecnologias de baixo carbono se viabilizam, apenas, com o estabelecimento de um preço para a emissão de GEE. Disponível em: <https://cebds.org>. Acesso em: 13 abr. 2019. 9SL9 Considerando as características do gênero carta aberta, a principal intenção da carta analisada é informar a população sobre o aumento da temperatura global por meio de dados concretos. divulgar as ações sustentáveis adotadas pelas empresas na redução da emissão de poluentes. convencer a população a reivindicar a redução da emissão de gases poluentes pelas empresas. instigar os governos a implantarem uma precificação sobre a emissão de gases de efeito estufa. convocar as empresas que ainda não aderiram à causa para o enfrentamento da mudança do clima. A alternativa D está correta, pois a intenção do texto é apontar aos governos a necessidade de se estabelecer um preço para a emissão de gases de efeito estufa, pois seria essa precificação que, de acordo com o texto, possibilitaria uma maior efetividade na redução da emissão desses poluentes, além de trazer benefícios econômicos ao país. A alternativa A está incorreta, pois informar a população do aumento da temperatura global por meio de dados concretos é parte da argumentação utilizada para defender a reivindicação. A divulgação das ações sustentáveis adotadas pelas empresas na redução da emissão de poluentes é mencionada na argumentação como uma estratégia para solicitar um mecanismo público obrigatório de redução de emissões, o que torna incorreta a alternativa B. A alternativa C propõe que a intenção seja convencer a população a reivindicar a redução na emissão de gases poluentes pelas empresas, o que não pode ser inferido, pois a menção à sociedade civil ocorre para mostrar que é necessário ajuda de todos, mas o foco é em relação às empresas e governos. No mesmo sentido, convocar as empresas que ainda não aderiram à causa para o enfrentamento da mudança do clima, sugerido na alternativa E, não pode ser inferido do texto por não haver qualquer argumentação nesse sentido. I Não chores, meu filho; Não chores, que a vida É luta renhida: Viver é lutar. A vida é combate, Que os fracos abate, Que os fortes, os bravos Só pode exaltar. [...] V E pois que és meu filho, 1WS4 Meus brios reveste; Tamoio nasceste, Valente serás. Sê duro guerreiro, Robusto, fragueiro, Brasão dos tamoios Na guerra e na paz DIAS, G. Canção do Tamoio. Disponível em: <www.dominiopublico.gov.br>. Acesso em: 30 set. 2020. [Fragmento] O poema lido anteriormente pertence à Primeira Geração Romântica, e as propostas desse período ficam claras, no fragmento, pela figura do índio como símbolo nacional, retratado por meio da idealização do guerreiro. voz poética customizada, que se dirige diretamente ao herói da narrativa e o caracteriza. menção ao índio tamoio como estranho no cenário nacional e, por isso, menos valorizado. nacionalidade exacerbada, apontando os guerreiros lusitanos como representantes do país. natureza exorbitante, que é reverenciada na figura do homem branco e suas características. Gonçalves Dias foi um dos principais representantes da Primeira Geração Romântica, cujos propósitos eram voltados para a valorização do índio, o nacionalismo exacerbado e a exaltação da natureza. Nos moldes do herói europeu, o índio assumiu a figura de símbolo nacional, com um comportamento idealizado, heroico e guerreiro, que o colocava sempre no meiode conflitos dos quais saía vitorioso. Está correta, assim, a alternativa A. A alternativa B está incorreta, pois, ainda que a voz poética mencione diretamente o herói e o caracterize, apenas esses elementos não caracterizam o movimento literário. A alternativa C está incorreta, pois, ao contrário do afirmado, o índio tamoio, no poema, assume o papel de herói nacional, sendo parte da natureza e do país. A alternativa D está incorreta, pois, embora nesse período tenha predominado uma nacionalidade exacerbada, foi o índio, e não o colonizador português, o escolhido para representar o herói nacional. A alternativa E está igualmente incorreta, pois, ainda que a natureza tenha sido um dos principais materiais dos primeiros românticos, era o índio, e não o homem branco, a figura relacionada ao ambiente natural. Um burro estava comendo quando viu um lobo escondido espiando tudo que ele fazia. Percebendo que estava em perigo, o burro imaginou um plano para salvar a sua pele. Fingiu que era aleijado e saiu mancando com a maior dificuldade. Quando o lobo apareceu, o burro todo choroso contou que tinha pisado num espinho pontudo. – Ai, ai, ai! Por favor, tire o espinho de minha pata! Se TØYZ você não tirar, ele vai espetar sua garganta quando você me engolir. O lobo não queria se engasgar na hora de comer seu almoço, por isso, quando o burro levantou a pata, ele começou a procurar o espinho com todo cuidado. Nesse momento o burro deu o maior coice de sua vida e acabou com a alegria do lobo. Enquanto o lobo se levantava todo dolorido, o burro galopava satisfeito para longe dali. Cuidado com os favores inesperados. Disponível em: <www.dominiopublico.gov.br>. Acesso em: 2 out. 2020. Considerando o caráter moral do gênero textual fábula, com a finalidade de atrair a atenção do leitor e estabelecer um fio condutor para a transmissão da mensagem, o texto utiliza-se de anedotas com animais humanizados. conhecimentos culturais e recursos orais. construção narrativa e sentença injuntiva. personificação de seres do folclore popular. metáforas com elementos temáticos infantis. A alternativa C é a correta, pois a fábula utiliza-se de duas tipologias textuais, com a finalidade de estabelecer e desenvolver um fio condutor de sentido: a narrativa e a injunção. A primeira tipologia ocupa-se de um enredo ficcional que tem um desfecho moralizante. A segunda, por sua vez, apresenta-se em uma sentença que tem como objetivo instruir moralmente o leitor – no caso da fábula analisada, “cuidado com os favores inesperados”. A alternativa A é incorreta, pois o texto não apresenta uma anedota, mas a construção é característica do gênero fábula. A alternativa B é incorreta, pois esses elementos não têm objetivo de atrair o leitor. A alternativa D é incorreta, pois os animais não são pertencentes ao folclore, mas são animais comuns. A alternativa E é incorreta, pois a temática não é restrita ao público infantil. Dona de Casa está com medo e fala para a plateia. DONA DE CASA: Historinhas eu tenho mil. Poderia contar várias aqui para vocês. Tem a da senhora que brotou uma alface no meio do corpo dela. E ela se abriu para a vida. Essa é ótima. Uma das melhores que já ouvi por aqui. Tem a daquela mulher que estava triste andando na rua e caiu no bueiro: só que lá dentro ela encontrou um homem na mesma situação. E então eles ficaram alegres. Olha que loucura. Tem a da família japonesa que a mãe colocou botox nos olhos. E ficou cega. É claro! Mas, sabe, esses orientais são imprevisíveis! Dizem que eles inventaram samambaias azuis! Você liga na tomada e elas ficam verdes. E há outras histórias sobre moradores daqui… como dizia o Valico: “histórias vitalícias!” Oh! Valico. Ela se lembra de Valico. GJL1 DONA DE CASA: Ele teve um enfarte no coração e durante o enfarte começou a dizer, me dizer uma porção de palavras bonitas e espontâneas. A vida dele se enfartou e ele teve um ataque de lirismo. Eu juro. Muitas das coisas que eu falo são dele, que gravei daquele momento. PASSÔ, G. Por Elise. Rio de Janeiro: Cobogó, 2012. Os gêneros teatrais contemporâneos são marcados por hibridismo em sua composição, valendo-se de recursos estéticos diversos. O trecho do texto dramático de Grace Passô caracteriza-se dessa forma, pois apresenta personagens que mantêm interlocução com a plateia. surpreende o leitor ao mesclar narração poética a um monólogo. constrói o conflito por meio do discurso direto em primeira pessoa. privilegia uma linguagem conotativa junto a situações inesperadas. utiliza da ficção como recurso estilístico em uma peça dramática. A alternativa B está correta, pois o trecho utiliza uma narrativa com linguagem poética (e talvez metafórica) na construção de um monólogo com a plateia. A alternativa A está incorreta, pois o dialogismo (interlocução) com a plateia não configura uma marca híbrida dos gêneros textuais contemporâneos, uma vez que já se nota a presença desse recurso em peças do século XX. A alternativa C está incorreta, pois a presença de um discurso direto também não é uma marca do teatro atual. A alternativa D está incorreta, pois a linguagem conotativa e situações inesperadas não são elementos incomuns ao gênero dramático, não caracterizando o trecho analisado como híbrido. A alternativa E está incorreta, pois a ficção pode aparecer em peças teatrais, porém isso não configura um elemento híbrido nessa dramaturgia. DAHMER, A. Disponível em: <https://catracalivre.com.br>. Acesso em: 2 out. 2020. Na tirinha, como forma de completar o sentido pretendido, o autor utiliza os elementos visuais para caricaturar o casal da narrativa. representar o cenário da história. ilustrar as tecnologias abordadas. estabelecer a sequência de eventos. expressar as reações das personagens. 95XQ A alternativa E é a correta, pois, através dos elementos visuais (da linguagem não verbal), é possível perceber as reações das personagens, em relação à conversa (linguagem verbal). No primeiro e no terceiro quadro, o olhar do homem para a tela demonstra sua indiferença e a atenção dada ao computador, enquanto, no segundo quadro, a cabeça voltada da mulher e sua expressão séria indicam sua indignação. A alternativa A é incorreta, pois o estilo de ilustração do autor não faz com que os personagens sejam representados de forma caricatural. A alternativa B é incorreta, pois o cenário, em si, não tem destaque na construção do sentido do texto. A alternativa C é incorreta, pois a linguagem não verbal não tem função apenas de apontar a tecnologia que está sendo comentada no diálogo. A alternativa D é incorreta, pois a sequência de eventos é construída pela divisão do enredo em quadros subsequentes. O sistema normativo e judicial de proteção das liberdades constitucionais no Brasil está enferrujado, e há um desequilíbrio do sistema penal brasileiro. A pena de quem rouba uma correntinha de ouro pode ser de cinco anos e quatro meses de prisão em regime fechado. Já o policial que surrupia indevidamente a liberdade da pessoa está simbolicamente submetido a juízo de “pequenas causas”. Abordagens policiais arbitrárias e buscas indiscriminadas, sobretudo em bairros periféricos das cidades, embaraços ilegais e agressões ao trabalho da imprensa e à liberdade de expressão: as violações são cotidianas, e a tolerância com a truculência, infinita. CARVALHO FILHO, L. F. Disponível em: <http://www1.folha.uol.com.br> Acesso em: 20 mar. 2016 (Adaptação). Com o objetivo de alcançar maior grau de persuasão, o autor do texto lançou mão de contra-argumentação, haja vista que antecipa um ponto de vista contrário e refuta-o demonstrando suas falhas. ironia, uma vez que satiriza alguns indivíduos que praticam pequenos delitos e caracteriza-os como amadores. raciocínio de causa e efeito, pois apresenta motivos que justificam e explicam a ocorrência de abusode poder. comparação, já que traça um paralelo entre a ocorrência de abuso de poder em periferias e em bairros nobres. modalizadores, porque utiliza termos que demarcam e intensificam a opinião sobre o abuso de poder policial. No texto, o autor emprega termos para caracterizar a conduta da polícia, exprimindo, assim, seu ponto de vista. São advérbios e adjetivos, considerados modalizadores porque apontam para comentários sobre aquilo que está sendo dito (“indevidamente”, “arbitrárias” e “indiscriminadas”, etc.). Portanto, a alternativa correta é a E. 3YOA A alternativa A está incorreta porque o texto não expõe um ponto de vista para, em seguida, contra-argumentá-lo. A alternativa B está incorreta porque o autor diz, de fato, o que pretende dizer, não havendo, portanto, uso de ironia. A alternativa C está incorreta porque não há a exposição dos motivos que causaram o abuso de poder policial. Finalmente, a alternativa D também está incorreta porque, embora o autor afirme que o abuso de poder ocorre “sobretudo em bairros periféricos”, havendo aí a comparação implícita de que os casos em bairros nobres seriam menos frequentes, não é esse o recurso empregado para persuadir os leitores, mas sim a parcialidade do texto, identificada no uso de modalizadores. CUSTÓDIO. Disponível em: <http://www.custodio.net>. Acesso em: 1 out. 2020. Na tirinha, ao citar Machado de Assis, busca-se destacar a relevância do autor realista. apresentar as temáticas da prosa machadiana. abordar as dificuldades na compreensão textual. expressar uma metáfora sobre o cânone literário. construir um posicionamento sobre as obras clássicas. A alternativa E é a correta, pois a menção à obra de Machado de Assis serve para exemplificar os livros clássicos que não são do agrado da personagem, e, assim, definir a que se direciona o seu posicionamento. A alternativa A é incorreta, pois ainda que possamos inferir a relevância do autor, esse não é o objetivo da menção. A alternativa B é incorreta, pois não há uma apresentação das temáticas da prosa machadiana em si, mas uma lista de elementos que podem ser encontrados nos livros clássicos além das obras de Machado. A alternativa C é incorreta, pois a personagem não reclama dos livros clássicos por serem de difícil compreensão, mas sim por serem “chatos”. A alternativa D é incorreta, pois não há uma metáfora, visto que realmente o Gato não gosta dos livros machadianos. Pode-se dizer que ocorre uma metonímia, pois emprega-se o nome do autor para se referir à sua produção literária. Ah! quem há de exprimir, alma impotente e escrava, O que a boca não diz, o que a mão não escreve? – Ardes, sangras, pregada à tua cruz, e, em breve, Olhas, desfeito em lodo, o que te deslumbrava... O Pensamento ferve, e é um turbilhão de lava: A Forma, fria e espessa, é um sepulcro de neve... E a Palavra pesada abafa a Ideia leve, Que, perfume e clarão, refulgia e voava. TD9F 36Q3 Quem o molde achará para a expressão de tudo? Ai! quem há de dizer as ânsias infinitas Do sonho? e o céu que foge à mão que se levanta? E a ira muda? e o asco mudo? e o desespero mudo? E as palavras de fé que nunca foram ditas? E as confissões de amor que morrem na garganta?! BILAC, O. In: Alma inquieta. Disponível em: <www.dominiopublico.gov.br>. Acesso em: 2 out. 2020. A obra de Olavo Bilac é um dos exemplos mais conhecidos do Parnasianismo, movimento estético do século XIX. No poema em análise, a característica do movimento literário é explicitada devido ao(à) desprezo pelos recursos poéticos clássicos. valorização de sentimentos inexplicáveis. busca por maneiras de se expressar. recusa da reflexão metalinguística. exagero da subjetividade lírica. A alternativa C é a correta, pois, no poema, a voz poética questiona como alcançar uma forma (molde ou palavra) para expressar sensações humanas diversas e “inexplicáveis”, como asco e o que sente quando se confessa um amor. Essa busca pela forma se coaduna com o período do Parnasianismo, uma vez que se vivia um momento de industrialização e grande investimento nas técnicas. A alternativa A é incorreta, pois não há desprezo pelos recursos poéticos, pelo contrário, questiona-se como eles podem dar conta do dilema apresentado. A alternativa B é incorreta, pois o que se valoriza é a forma expressiva, procurada pelo eu lírico, e não os sentimentos em si. A alternativa D é incorreta, pois o poema apresenta uma construção baseada na metalinguística. A alternativa E é incorreta, pois a subjetividade lírica não é exagerada, e serve para explicitar a procura do eu poético por uma forma que dê conta de tal subjetividade. Carta de amor dobrada em duas busca um endereço de flor. RENARD, J. Histórias naturais: o dia a dia dos animais. São Paulo: Landy, 2006. p. 12. Própria da obra literária, a função poética da linguagem relaciona-se à elaboração não usual da forma pela qual se apresenta dado conteúdo. Em “A borboleta”, ao trabalhar esteticamente a dimensão poética do texto, o autor instaurou uma leitura que transforma em beleza uma imagem considerada desprezível. subverteu a materialidade do inseto em um elemento próprio da subjetividade humana. reproduziu a imagem do amor como elemento inesgotável de desejo no interior dos seres. revelou a capacidade humana de apropriar-se da beleza animal para conquistar o ser amado. relacionou a presença da borboleta na natureza ao momento de entrega amorosa entre dois seres. IGA7 Jules Renard apresenta um texto conciso em que há ostensivo emprego de metáforas. Pelo texto, infere-se que um remetente pretende enviar uma carta de amor, numa dobradura que lembra uma borboleta, a um destinatário ainda desconhecido. Isso simboliza sua vontade de se apaixonar por alguém. Refere-se a esse destinatário metaforicamente como uma flor, parte da planta que as borboletas sempre buscam. Assim, a alternativa correta é a B, pois a ação banal de um inseto é aludida para se referenciar um sentimento humano, portanto algo subjetivo. A alternativa A está incorreta porque o texto não permite entender que a imagem da borboleta ou da carta é desprezível anteriormente à interpretação imposta pelo autor. A alternativa C está incorreta porque a função poética do texto está voltada para uma nova interpretação dos eventos cotidianos da natureza, sem que o amor seja considerado o desejo maior dos seres; além disso, no texto, o amor é um sentimento desejado pela personagem que escreveu e dobrou a carta, não por todos os seres. A alternativa D está incorreta porque não há apropriação da beleza animal, mas uma proposição de nova interpretação de uma ação das borboletas, associando-a à entrega da carta à pessoa amada; além disso, no texto, não há indícios de que o ser amado foi conquistado, afinal ele ainda não existe. Finalmente, a alternativa E está incorreta porque a presença da borboleta relaciona-se à entrega de uma carta de amor de um ser para outro, ou seja, a declaração amorosa de somente um deles; a simbologia da borboleta não representa um amor recíproco, portanto. O TEMPO. Disponível em: <www.otempo.com.br>. Acesso em: 29 set. 2020. A construção do sentido crítico na charge é formulada, no campo linguístico, pela classificação igual dos substantivos utilizados. construção das orações na ordem indireta. utilização de termos adjetivos sinônimos. repetição da mesma estrutura sintática. afirmação duvidosa das personagens. S4IO Na charge, colabora para a construção do sentido crítico a repetição da mesma estrutura sintática com termos essenciais: sujeito e predicado. Observa-se, assim, que as duas personagens expressam afirmações parecidas em forma, mas não em sentido. Enquanto uma diz que a Terra é plana, a outra diz que a burrice é plena, usando da aproximação gráfica e sonora entre os dois adjetivos. Está correta, assim, a alternativa D. A alternativa A está incorreta, pois os substantivos não são classificados da mesmaforma, sendo “Terra” um substantivo concreto, e “burrice”, abstrato. A alternativa B está incorreta, pois as orações não estão na ordem indireta, mas sim na ordem direta: sujeito e predicado. A alternativa C está incorreta, pois os adjetivos não são sinônimos, uma vez que “plana” e “plena” não guardam relação de sentido entre si. A alternativa E está incorreta, pois as afirmações das duas personagens não se apresentam como duvidosas, estando os dois homens apontando certeza do que falam, apesar de a segunda ser uma reflexão sobre a primeira. João Gostoso era carregador de feira livre e morava no [morro da Babilônia num barracão sem número. Uma noite ele chegou no bar Vinte de Novembro Bebeu Cantou Dançou Depois se atirou na Lagoa Rodrigo de Freitas e morreu [afogado. BANDEIRA, M. Estrela da vida inteira. Rio de Janeiro: Nova Fronteira. O poema de Manuel Bandeira é construído por meio de uma intertextualidade com o gênero textual notícia. Essa intertextualidade é evidenciada pelo teor sensacionalista adotado na abordagem da fatalidade ocorrida. pela apresentação detalhada e objetiva de fatos reais coletados no cotidiano. pelo caráter temporal do texto, que relata um acontecimento muito específico. pela presença dos elementos estruturais constituintes de uma notícia real. pelo predomínio de tipologia narrativa e linguagem referencial na abordagem do assunto. “Poema tirado de uma notícia de jornal” apresenta um grau de intertextualidade evidente com o gênero jornalístico notícia. Em conformidade com os propósitos do Modernismo, o texto rompe com a forma e o conteúdo de textos poéticos de movimentos literários poéticos anteriores, conferindo a Manuel Bandeira liberdade para tratar temáticas cotidianas, como aquelas vistas em notícias de jornal, não sem lhes dar a sensibilidade natural de um poema. 932H Assim, no texto, são identificadas características formais do gênero notícia, como o predomínio do tipo textual narrativo e da função referencial da linguagem. Está correta, assim, a alternativa E. As demais alternativas estão incorretas porque, mesmo expondo uma fatalidade, não há tentativa de causar escândalo ou chocar a opinião pública no texto; porque os fatos não são esmiuçados no texto nem se sabe se eles são reais; e porque apenas o caráter temporal não delimita uma notícia. Foi mistério e segredo E muito mais Foi divino brinquedo E muito mais Se amar como Dois animais Meu olhar vagabundo De cachorro vadio Olhava a pintada E ela estava no cio E era um cão vagabundo E uma onça pintada Se amando na praça Como os animais VALENÇA, A. Como dois animais. In: ______. Cavalo de pau. Rio de Janeiro: Gravadora Eriola, 1982. [Fragmento] A música “Como dois animais”, de Alceu Valença, se relaciona com a estética do período naturalista, na medida em que alude ao aspecto primário dos seres, que recorrem a instintos primitivos quando em sociedade. aproxima os seres humanos de animais, evidenciando um forte elemento social condicionante. aborda a temática do desejo sexual e as condições sociais que impedem a sua concretização. argumenta sobre a necessidade do ser humano de ser colocado em evidência na sociedade. atesta a natureza animalesca dos homens quando dominados por seus desejos antinaturais. Uma das características mais marcantes do Naturalismo foi a aproximação dos seres humanos a comportamentos animalescos. O compositor Alceu Valença canta sobre o encontro entre um homem e uma mulher que, em seu desejo carnal, aproxima-se de animais, assemelhando-se a eles; tanto que o título da canção é “Como dois animais”. Essa caracterização animalesca evidencia um forte elemento social condicionante, na medida em que os personagens são frutos de sua natureza e do meio em que vivem. Está correta, portanto, a alternativa B. T256 A alternativa A está incorreta, pois não se pode dizer que todos os seres humanos, quando em sociedade, recorram a aspectos primários e instintivos. A alternativa C está incorreta, pois o texto não aborda os elementos que impeçam a realização do desejo da voz poética. A alternativa D está incorreta, pois o texto não apresenta argumentação, além de não aludir à necessidade de o homem ser colocado em evidência. A alternativa E está incorreta, pois não se pode dizer que os desejos dos homens sejam antinaturais; ao contrário, o Naturalismo é justamente caracterizado por comportamentos e instintos relacionados à natureza dos seres humanos. Em 31 de outubro, cerca de 15 000 mulheres brasileiras saíram às ruas em São Paulo e outros milhares em outras grandes cidades do país. Não é comum que as mulheres brasileiras saiam à rua para dizer “basta” ao machismo. Por isso, é algo que surpreendeu os cidadãos. Até o ponto de haver revistas, como Época, que batizaram a questão como “a primavera das mulheres brasileiras”. Em outras nações as mulheres lutam por salários iguais, por paridade nos conselhos de administração, por leis que permitam conciliar o trabalho com a vida familiar. No Brasil, também. Mas, além disso, brigam hoje, nesta primavera brasileira, para não retrocederem em suas conquistas e, sobretudo, pelo direito de poder ir à rua (num ônibus ou no metrô) sem que ninguém as assedie ou insulte ou lhes falte com o respeito: para que as meninas de hoje não sofram os mesmos maus-tratos que sofreram e sofrem suas avós, suas mães e irmãs mais velhas. Disponível em: <https://brasil.elpais.com>. Acesso em: 12 out. 2018. A estratégia utilizada no texto para argumentar sobre a necessidade de as mulheres brasileiras lutarem para reivindicar direitos básicos se baseia principalmente na citação de provas concretas, que evocam o grande número de mulheres participantes da manifestação. autoridade argumentativa da revista de circulação nacional, mencionada para conferir credibilidade aos atos. comparação entre os pontos reivindicados pelas mulheres brasileiras e a pauta de movimentos de outras nações. exemplificação dos direitos conquistados pelas manifestações, de forma a não retroceder nas conquistas femininas. gradação, que estende a outras gerações os maus- -tratos infligidos às mulheres na sociedade, desde as mães e avós. O texto apresenta a ideia de que as mulheres brasileiras precisam lutar para reivindicar direitos básicos, já conquistados por mulheres de outros países, e para a manutenção dos direitos já conquistados. M6C1 Para isso, é utilizado principalmente o argumento da comparação entre as mulheres de outras nações, que lutam por “salários iguais, por paridade nos conselhos de administração, por leis que permitam conciliar o trabalho com a vida familiar”, e as mulheres brasileiras, que além de tudo isso, também precisam reivindicar o direito humano básico de “poder ir à rua (num ônibus ou no metrô) sem que ninguém as assedie ou insulte”. A alternativa correta é, portanto, a C. A alternativa A está incorreta, pois o número de mulheres que se manifestaram contra o machismo é um dado introdutório ao tema. A alternativa B está incorreta, pois a menção a uma revista de circulação nacional é feita para reforçar a importância da manifestação e apontar sua repercussão, não sendo apontada como meio de validar o movimento. A alternativa D está incorreta, pois não ocorre exemplificação dos direitos já conquistados, mas são apontados aqueles pelos quais se deve lutar. A alternativa E está incorreta, pois a gradação sugerida não pode ser inferida do texto, que apenas dispõe sequencialmente as gerações de mulheres afetadas pela violência. Não há dúvida de que há uma crise no jornalismo e, embora eu esteja certa da sobrevivência de um dos produtos mais nobres do mundo, a notícia, acredito também que há caminhos a percorrer para que ela mantenha intacta sua dignidade. Não, não sou uma purista. Sei que a versão do fato pode ser incrivelmente mais
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