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NOTA DO AUTOR Esse trabalho foi produzido com o intuito de ajudar aqueles que buscam uma aprovação no concurso militar da ESA em 2020, por isso esse material foi produzido baseado no edital lançado pela banca organizadora do concurso. Vale lembrar que o material produzido é um resumo de toda a matéria, sabendo que a história do país é enorme e não caberia compartilhar toda nessa pequena apostila. Pensando nisso, estamos disponibilizando nosso e-mail que servirá para disponibilizar mais materiais além de tirar dúvidas sobre qualquer assunto. HISTORIAPARACONCURSOMILITAR@GMAIL.COM POR: MATHEUS DA SILVA ASSUNÇÃO mailto:HISTORIAPARACONCURSOMILITAR@GMAIL.COM Material Programado 1. Expansão marítima e a descoberta do Brasil. 2. Os povos nativos americanos e o estabelecimento da colônia. 3. Conflitos da Colônia. 4. Chegada da família real até a Independência. 5. Primeiro Reinado e Período Regencial. 6. Segundo Reinado e a Crise da monarquia. 7. Brasil República. 1. EXPANSÃO MARÍTIMA E A DESCOBERTA DO BRASIL 1.1 – Navegações Portuguesas: A descoberta do Brasil, se entrelaça com a ambição da Igreja Católica em reunir mais fiéis. Assim como o papado buscava meios de conter o avanço do protestantismo, o rei Manuel I, dando continuidade aos esforços de seus antecessores, financiava projetos marítimos como fuga da crise demográfica que a Europa enfrentava desde o século XV. Os espaços e a comida não eram mais suficientes para a população, mas o maior problema era que as riquezas estavam acumuladas nas mãos de poucos homens. A pobreza tomava de conta dos espaços urbanos nas metrópoles, homens não tinha onde trabalhar e viviam perambulando pelas ruas, muitos entravam na vida do crime alegando ser a única forma de conseguir sustentar a família. Com promessas de riquezas no novo continente, esses desempregados buscaram os navegantes para partir ao mar em busca de uma nova vida. O continente americano sempre foi alvo de fascínio e desejo dos europeus, era a nova Terra Prometida descrita na bíblia. Faoro em seu livro Os Donos do Poder escreve que “este clichê inspirou o plano da colonização, com dois impulsos: o governamental, ao dar saída e ajustar um leito às camadas excêntricas ao enriquecimento das navegações; e o popular, de acolhimento às promessas de uma vida nova, honrada, de ascensão social”. Com esse desejo temos um desvio das Índias para a América. Com a rota de especiarias já bem consolidada nas Índias, os portugueses buscavam por ouro e prata, que estavam com valor de mercado altíssimos. O comércio com as Índias tinha até então um público bem específico, os navegantes eram homens experientes e renomados na alta sociedade europeia. Para a classe de baixo, aqueles pobres e desempregados, a América era o paraíso, o local de fuga dos sonhos. 1.2 – O Descobrimento: Em 1500 aproximadamente 1200 homens em 13 embarcações, liderados por Cabral, chegaram às terras da América, eram os representantes do sonho europeu em encontrar o paraíso. Os resultados não fugiram às expectativas e encontraram a “terra que emana leite e mel” assim como fora prometida a Moisés. Para os homens comuns a terra era perfeita, como eles sonhavam, mas para a coroa portuguesa foi um fracasso total. Não encontraram o ouro nem a prata que tanto procuravam, logo a terra não tinha proveito. Abandonaram o território, mantendo apenas alguns poucos homens para continuar o comércio do pau-brasil, uma árvore da qual se extraia a brasilina, usada para tingir tecidos. Apenas 30 anos depois a coroa Portuguesa, comandada agora por D. João III, retornaram sua atenção para as terras brasileiras. Com o declínio do comércio de especiarias, ameaçados pela invasão francesa na colônia e com medo de perder o território, o Rei envia Martin Afonso de Sousa para dar início ao processo de povoamento. Martin Afonso logo funda a vila de São Vicente e cria o Engenho do Governador, que dava início a nova forma econômica brasileira. Tivemos então a fundação de vilas e o povoamento do território brasileiro. 2. OS POVOS NATIVOS AMERICANOS E O ESTABELECIMENTO DA COLÔNIA 2.1 – A População Nativa: Por volta de 1500, existiam cerca de 8,5 milhões de habitantes, com aproximadamente 170 línguas faladas distribuídas em quatro grandes troncos linguísticos: tupi-guarani, jê, caribe e aruaque. De acordo com indícios recentes, esses povos chegaram aqui por volta de 30 mil anos por duas rotas, a primeira percorrendo toda a América partindo do Norte, a segunda rota pelo Oceano Pacífico. Quase todos viviam em aldeias autônomas. Sempre que atingia um número grande, a tribo se dividia e seguiam caminhos distintos. Diferente do que muitos pesam sobre as tribos primitivas, elas não possuíam apenas um sistema econômico de subsistência, ou seja, uma produção restrita aos mínimos vitais. Esse pensamento foi presente até o século XX por economistas e historiadores, quando estudos mostraram que os Tupi-Guarani eram capazes de produzir excedentes. Apesar dessa produção de bens, os Tupi-Guarani adotaram um modelo peculiar para conciliar a abundancia e a igualdade social. Todos os esforços da tribo se voltavam primeiramente para uma distribuição igualitária, onde todos os membros desfrutavam de forma igual dos bens produzidos, em vez de ampliar a produção gerando riqueza nas mãos de poucos membros. A produção era no âmbito familiar, obedecendo normas rígidas de separação de tarefas. Essa divisão de tarefas seguia o padrão sexual, onde o homem era o provedor, responsável pela derrubada das matas para criação de roças e da caça. A mulher, mesmo subjugada pelos homens da tribo, exercia o trabalho mais importante para a sobrevivência, era a responsável pelo plantio e colheita nas roças, também era a responsável pelo preparo dos alimentos, assim controlavam a distribuição da comida e definiam a quantidade de alimento consumido, o que definia se um guerreiro conseguiria êxito nas batalhas, pois um homem pouco alimentado não teria força suficiente para as inúmeras batalhas que ocorriam. Num âmbito social, a divisão sexual subjugava ainda mais a mulher. A mãe é considerada apenas um veículo de geração de vidas, uma espécie de receptáculo. O pai era considerado o único genitor, a mulher não exercia papel nesse trabalho. O convívio das famílias também era algo peculiar, as mulheres eram objetos fixos dentro da oca. Na hora do casamento o homem saia de sua oca e procurava uma mulher dentro das demais ocas, e ali permanecia enquanto o matrimonio se mantivesse. Os filhos homens permanecem em seus lares de origem apenas durante a infância, ao atingir a fase adulta são obrigados a sair e procurar mulher e uma nova casa. Nesse quesito vemos mais uma vez a importância do papel feminino na tribo. A geração de filhos homens significava o aumento das forças militares, no entanto, diferente de outras tribos pelo mundo, a geração de filhas mulheres também significava força, pois homens de outras tribos podiam vir e toma-las por esposa ficando dentro da tribo. Famílias que geravam muitas mulheres muitas vezes se tornavam mais fortes pelas alianças com homens de tribos diferentes. Haviam duas exceções para essa organização familiar: os momentos de guerra e os momentos de vivência religiosa. A guerra era uma ocasião constante nas tribos, devido à condição nômade as tribos viviam se deslocando pela mata em busca de terras férteis. O encontro com outras tribos que tinham o mesmo objetivo era inevitável, e o conflito pela terra ocorria. Além de cuidar da caça, os homens precisavam se manter em forma e treinados para as batalhas, e no período de guerra não possuíam tempo para a produção de alimentos, o que exigia umplanejamento para preservar alimentos enquanto durasse a guerra. Isso implicava mudanças na forma de governo. Sempre que viam a possibilidade de guerra, um membro do grupo subia no papel hierárquico e nomeado chefe. Durante as guerras esse chefe acumulava os poderes de comando na tribo, distribuía os papeis e era obedecido por todos. O chefe também era encarregado de controlar o armazenamento de alimentos e fazer a distribuição conforme as necessidades. Quando a guerra acabava, os membros não mais deviam obediência, e o chefe retornava para seu papel comum como membro da tribo, executando as mesmas tarefas dos demais. A vida religiosa dessa tribo, se mantinha em pleno contato com suas divindades. Alguns homens que demonstravam vocação desde a infância eram treinados tanto para viajar pelo mundo divino como para relatar essas viagens a toda a aldeia. A distribuição dessas histórias era feita através de cantos, os pajés iam percorrendo toda a aldeia cantando o que havia visto no plano divino, trazendo também as mensagens das divindades que lá habitavam. Nos dias seguintes aos rituais religiosos, os pajés trabalhavam como outro qualquer na maior parte dos dias. Eles também tinham o papel de distribuição do excedente nos períodos de paz. Os pajés organizavam grandes rituais mobilizando todo o grupo. Havia também o convite para as tribos aliadas participarem da distribuição. Nas festas de guerras o processo era semelhante. Haviam casos específicos que ambas as festas ocorriam ao mesmo tempo: o sacrifício de prisioneiros de guerra. Esses prisioneiros eram cozidos e ingeridos pelos guerreiros da tribo, o ritual conhecido por antropofagia. Os Tupi-Guarani acreditavam que ingerindo o guerreiro, suas capacidades eram adquiridas, como a força, destreza com arma e coragem. Terminado o ritual, a autoridade do pajé era dissolvida e a tribo retornava para seu cotidiano de trabalho. 2.2 – Governo Português: A partir de 1500 os índios passaram a ter um contato maior com forasteiros que apareciam em grandes embarcações nas baías, onde se reabasteciam de água e mantimentos, e em troca das cargas levadas, deixavam objetos e também pessoas. Muitos terminavam mortos, mas os sobreviventes cuja história acabou sendo registrada tiveram quase sempre o mesmo destino, criaram relações com os grupos Tupi-Guarani. Até então, em todos os contatos com outras tribos só conseguiram a relação de guerra. Isso se deve à tradição dos Tupi- Guaranis, que já utilizavam do casamento como forma de aliança. Cerca de 300 europeus receberam 300 mulheres tupiniquins em casamento, foi estabelecido aqui uma aliança pelas regras matrimoniais. As relações com os demais grupos nativos foram de guerras, e muitos dos europeus acabaram se tornando cativos. Os mais corajosos e considerados fortes pelos chefes de tribos, foram mortos e tiveram seus corpos ingeridos em banquetes rituais, muitas vezes em destas que reuniam vários grupos. Os sobreviventes se salvaram pelo medo, um covarde sem honra transmitiria a covardia aos que ingerissem sua carne. A aliança gerou benefícios para os dois lados. Os europeus descobriram que a relação poderia gerar lucros altos com vários objetos, entre se destacou o pau-brasil. Logo se formou uma relação de troca. Os Tupis viram nos utensílios de ferro uma forma de avanço tecnológico até então inalcançável. Como desconheciam a metalúrgica, os Tupi apreciaram muito os machados de ferro, com os quais derrubavam árvores em um décimo de tempo do que faziam com ferramentas de pedra. Esses utensílios para os nativos valiam muito pelo que poupavam trabalho e o poder que concediam. A principal tarefa do homem era desbravar a selva derrubando árvores, criando espaço para a tribo e principalmente para a agricultura. A abertura de uma roça exigia que um grande número de homens deixasse a tribo e ficavam dias fora, o que tornava a tribo vulnerável a ataques inimigos. Os grupos que possuíam os machados de ferro levavam grandes vantagens em conflitos, permitindo a conquista de terras. Isso tornou o machado de ferro um item desejado por todos os chefes de tribos, fazendo-os buscar cada vez mais alianças com europeus. 2.3 – O estabelecimento de Vilas: Os náufragos que casaram com as filhas dos chefes de tribos Tupi-guarani, estavam vivendo na região que posteriormente ficou conhecida como Cananeia, foram convocados à Espanha e levados em 1530, juntamente com suas esposas e filhos. O rei Carlos V, estava bastante interessado no metal que havia sido encontrado por esses moradores. Carlos V pouco ligou para a poligamia praticada, o dinheiro que ganharia o fazia fechar os olhos. O rei D. João III ficou sabendo desse encontro e convocou os mesmos moradores de Cananeia para debater sobre os metais trazidos. O rei ofereceu riquezas para que os náufragos abandonassem o acordo com os espanhóis e servisse à coroa portuguesa, porém, o acordo os proibia de manter as relações poligâmicas. Gonçalo da Costa recusou o acordo e fugiu para a Espanha. Henrique Montes, mais propício ao dinheiro, aceitou o acordo e deixou mulheres e filhos na Espanha e passou a trabalhar para D. João III. Montes foi nomeado cavaleiro da Casa Real e passou a ganhar 2.4 mil-réis por ano. Durante 30 anos a monarquia portuguesa recebia notícias, bens e pessoas do Brasil, mas nada disso levou o Rei a tomar medidas que instalasse uma espécie de governo sobre a colônia. Apenas com Martim Afonso de Sousa, que recebera das mãos do próprio rei, uma carta que o nomeara capitão-mor de todo o Brasil. Os poderes de Afonso eram semelhantes aos poderes do rei, o que lhe dava a posse dos territórios brasileiros. Uma das missões de Afonso era percorrer todo o litoral brasileiro e fincar marcos de pedra, mostrando que aquele território pertencia à coroa portuguesa. A missão durou um ano. Desde a chegada de Gonçalo Coelho em 1502 à baia chamada de São Vicente, 30 anos se passaram e ninguém mais a chamava por esse nome. Os frequentadores a conheciam pelo nome da prática mais utilizada no porto: Porto dos Escravos. Como era uma região com pouco pau-brasil, uma outra “mercadoria” se tornou popular. Para criar esse comercio com os nativos, bastou uma pequena troca em seus costumes, pois já tinham a pratica de manter escravos. Ao invés de acrescentá-los à tribo, os prisioneiros de guerra passaram a ser trocados por utensílios de ferro. Martim Afonso passou mais de um ano visitando tribos Tupis e conversando com os genros portugueses dos chefes da tribo, estabelecendo alianças. Voltando à São Vicente, ofereceu aos seus homens a possibilidade de desembarcar, tomar as nativas como esposa e morar na terra. A aceitação foi grande e fez com que Afonso tomasse providências para a criação de leis escritas capazes de criar um governo. Chamou o escrivão da armada e oficializou títulos aos genros de chefe além da posse das terras onde moravam com suas famílias. Logo após os títulos, Afonso mandou chamar o capelão e batizou as esposas dos novos proprietários das terras. As índias não podiam ser batizadas por pertencer a outra religião, a saída foi considerar todos os índios candidatos ao batismo como inocentes, ou seja, como desprovidos de qualquer religião. Logo após os batismos elas passaram para a categoria de “cristãs velhas”, isto é, descendentes de cristãos, isso as tornou aptas a receber títulos. Um juiz preparou a lista dos “homens bons” da vila. Os homens bons seriam cristãos- velhos, proprietários de terras, pessoas que não viviam do comércio com dinheiro e pessoas que viviam de acordo com as leis da Igreja. Esses homens bons serviam como eleitores das autoridades que podiam governar uma Vila. Os homens bons seguiram as normas e elegeramaqueles que teriam o poder de governar. Martim Afonso partiu, e após sua partida a Ilha de São Vicente ficou mais 20 anos sem contato direto com algum representante do rei. Apesar da incerteza, esses homens mantiveram o ritual, as autoridades continuaram sendo eleitas. Passados os três anos do mandato os eleitos convocaram eleição, os eleitos tomaram posse e os antigos governantes voltaram a condição de governados. Antes de se instalar a tradição do governo dos genros, D. João alterou as ordens, criou no território outra instância de poder. Cancelou a autoridade suprema de Afonso e decidiu fatiar o território em “capitanias hereditárias”. Os novos títulos começaram a ser distribuídos em 1534 e em pouco mais de dois anos todo o território já tinham novos donos. 2.3 – Capitanias Hereditárias: Foi um sistema administrativo implementado pela Coroa Portuguesa no Brasil em 1534. O território do Brasil, pertencente a Portugal, foi dividido em faixas de terras e concedidas aos nobres de confiança do rei D. João III. O objetivo de D. João III com as capitanias, era facilitar o domínio português na região, visto que a coroa não tinha interesses em gastar com a colônia. Outro objetivo era povoar a colônia e dividir a administração colonial. As Capitanias Hereditárias, porém, tiveram vida curta e foram abolidas dezesseis anos após sua criação. Assim, ficou estabelecido a criação de 15 capitanias e seus 12 donatários, uma vez que uns receberam mais que uma porção de terra e as Capitanias do Maranhão e São Vicente foram divididas em duas porções. São essas as Capitanias e seus respectivos proprietários: • Capitania do Maranhão: João de Barros e Aires da Cunha e Fernando Álvares de Andrade • Capitania do Ceará: Antônio Cardoso de Barros • Capitania do Rio Grande: João de Barros e Aires da Cunha • Capitania de Itamaracá: Pero Lopes de Sousa • Capitania de Pernambuco: Duarte Coelho Pereira • Capitania da Baía de Todos os Santos: Francisco Pereira Coutinho • Capitania de Ilhéus: Jorge de Figueiredo Correia • Capitania de Porto Seguro: Pero do Campo Tourinho • Capitania do Espírito Santo: Vasco Fernandes Coutinho • Capitania de São Tomé: Pero de Góis da Silveira • Capitania de São Vicente: Martim Afonso de Sousa • Capitania de Santo Amaro: Pero Lopes de Sousa • Capitania de Santana: Pero Lopes de Sousa Os homens que receberam a posse das terras eram considerados autoridade máxima e em troca ficavam obrigados por povoar, administrar, proteger o território, fundar vilas e desenvolver a economia local. Por sua parte, a Coroa Portuguesa não dava nenhuma ajuda financeira aos donatários para esse empreendimento. Os donatários, recebiam alguns privilégios jurídicos e fiscais como: escravizar indígenas; cobrar tributos e doar lotes de terra não cultivados (sesmarias); explorar a região e usufruir de todos seus recursos naturais. 2.4 – Governo Geral: Após uma instabilidade nas Capitanias Hereditárias, onde tivemos capitanias prósperas e outras que foram grandes fracassos, D. João III decidiu tomar a frente da liderança e missão de povoamento de governo, no entanto os governantes portugueses ainda viam como gasto desnecessário a colônia, então o rei decidiu enviar um novo representante e nomeá- lo Governador-Geral do Brasil. Após a decisão de criar uma nova forma de governo, a primeira decisão do monarca foi a compra da capitania da Bahia, recuperando seus plenos poderes, em troca de uma quantia financeira para a família de Francisco Coutinho, antigo proprietário. Não demarcou a capitania como propriedades da coroa, https://www.todamateria.com.br/sesmarias/ diferente das suas metrópoles, muito menos pensou em retomar as outras capitanias, decidiu tornar o governo geral como uma esfera adicional no âmbito da capitania. Transformou a administração de todo Brasil como governo sobre terras, nas quais não existiriam nobres nem clérigos com poderes especiais. Assim o governador-geral era responsável também por uma capitania real. As terras cedidas eram diferentes das capitanias, eram todas negociáveis, de modo que sobre elas não se estabeleciam qualquer direito de transmissão para um herdeiro. Uma vez que todas as demais instituições do governo seguiam esse modelo, não se transferiu sobre o Brasil nenhum dos privilégios maiores da nobreza. O novo governo sobrepôs o esquema das capitanias e ia ao contrário à tradição feudal, e a intenção do monarca era justamente isso. Como primeiro governador-geral foi nomeado Tomé de Sousa, que recebeu poderes temporários. A conduta do novo governador era controlada por um Regimento entregue pelas mãos do próprio rei, ou seja, a verdadeira função do governador-geral era seguir ordens. Os objetivos continuavam iguais aos das capitanias, no sentido econômico era reunir gente e meios capazes de permitir a instalação de atividades produtivas geradoras de lucro. A construção do governo tinha uma missão dupla, a favor dos gentios da terra e os vassalos da terra. O grande problema com proprietários das capitanias foi resolvido na nova proposta de governo-geral. O rei aceitava e entendia os poderes dos chefes nativos e os genros. Ao invés de entregar cartas com propriedades, o rei preferiu tratar diretamente com os chefes. Um dos maiores exemplos foi a relação com Diogo Álvares Correia, o Caramuru. Mesmo sem possuir um cargo formal, ele foi responsável pela relação cordial entre a coroa e os nativos. Assim que chegou, os filhos de Tomé de Sousa se cassaram com as filhas de Caramuru, criando de imediato uma aliança. Com essa aliança constituiu rapidamente uma ocupação econômica. A consequência dessa boa relação refletiu na divisão de terras para agricultura sem conflitos com as aldeias que dominavam a terra. O governo geral se mostrou bem mais efetivo que as capitânias, e em pouco tempo de estabelecida gerou grandes resultados econômicos para a coroa, fazendo com que o rei mudasse sua visão para a colônia. 3 – CONFLITOS DA COLÔNIA 3.1 – Conflito com os franceses: Um dos primeiros conflitos do “povo brasileiro” foi contra os Franceses que ocupavam a região sudeste do Brasil. Ao mesmo tempo que os portugueses vieram ao Brasil, várias embarcações francesas chegaram e estabeleceram alianças com os nativos através de casamentos. Essas alianças foram mais fortes com os franceses, facilitando o estabelecimento de um governo francês, que se concretizou em 1555 com Villegagnon liderando uma esquadra com 600 homens. Estabeleceram na Baía de Guanabara e imediatamente realizaram casamentos com as filhas dos chefes das tribos locais. A aliança era tão forte que os portugueses nada puderam fazer. Até que em 1557 o trono português passa para o jovem D. Sebastião, O Desejado. Com apenas três anos de idade, quem assume a responsabilidade é sua vó D. Catarina, que nomeia Mem de Sá como Governador Geral do Brasil. O Governador logo ao chegar colocou em prática um plano até então inédito: uniu várias tribos Tupi em um gigantesco exército com destino à Baía de Guanabara. Rapidamente tomaram a Baía expulsando os franceses, no entanto, a verdadeira batalha era contra os Tamoio (indígenas que se aliaram aos franceses) que realmente controlavam a região. Os Tamoio venciam as batalhas por todo o litoral, até que tentaram entrar nas terras de São Paulo e foram derrotados por João Ramalho, com forte apoio dos Jesuítas. A vitória foi concluída com a chegada de uma nova tropa vinda de Salvador, liderada por Estácio de Sá. O conflito finalizou em 1575 com os Tamoio completamente expulsos. Sob decreto do Governador-geral as terras então dominadas pelos Tamoio foram entregues a Estácio de Sá e decretada com Capitania do Rio de Janeiro. 3.3 – Conflito contraos holandeses: O conflito contra os holandeses se deu por questões religiosas. Em uma tentativa de se livrar da supremacia espanhola (que nesse momento obtinha a coroa portuguesa) os holandeses, que tinham o Calvinismo como religião oficial, buscavam uma autonomia financeira. A empreitada financeira holandesa também foi através da expansão marítima (como espanhola e portuguesa), no entanto a forma de agir era através da pirataria. Os maiores investimentos vieram através da criação de uma empresa chamada Companhia das Ìndias Ocidentais, fundada em 1621. Com a notícia do sucesso da colônia portuguesa no Brasil, os holandeses logo partiram para o ataque. Em 1624 uma esquadra da Companhia atacou Salvador, que foi tomada e saqueada. Não ficaram muito tempo, pois em 1625 um exército luso-espanhol os expulsou da cidade. Voltaram para Holanda onde prepararam um novo ataque, e agora com 67 navios e 3 mil homens invadiram as cidades de Olinda e Recife, saquearam e em 1636 se estabeleceram na capitania de Pernambuco sob a liderança de Maurício de Nassau. Insurreição Pernambucana: A presença dos holandeses que se colocava como oportunidade no desenvolvimento da economia açucareira na região pernambucana, agora não mais agradava aos senhores de engenhos que se mostravam claramente insatisfeitos com a exigência holandesa em pagar os empréstimos contraídos e ampliar a produção das lavouras imediatamente. Assim, os próprios senhores de engenho entraram em conflito com a Holanda a partir do momento que os holandeses passaram a cobrar os empréstimos oferecidos. Nesse clima de forte tensão, eclode em 1645, a chamada Insurreição Pernambucana. Tal conflito marcou a mobilização dos grandes proprietários de terra em favor da expulsão dos holandeses do Nordeste brasileiro. Nos anos de 1648 e 1649, a vitória nas batalhas ocorridas no Monte dos Guararapes determinou um grande avanço da população local contra os holandeses. Tempos mais tarde, a chegada de reforços militares portugueses acelerou ainda mais o processo de expulsão. A verdade é que a dominação dos holandeses no Brasil começou no ano de 1630 e só terminou no ano de 1654. O fim da presença dos holandeses passou a ser negociado quando, em 1640, os portugueses recuperaram o domínio do espaço colonial brasileiro. No mesmo tempo em que as armas eram utilizadas, devemos também salientar que Portugal negociava diplomaticamente a saída definitiva dos holandeses do Brasil. Segundo o trabalho recente de especialistas no assunto, Portugal teria pagado à Holanda uma pesada indenização de quatro milhões de cruzados (algo em torno de 63 toneladas de ouro). 4 – CHEGADA DA FAMÍLIA REAL ATÉ A INDEPENDÊNCIA 4.1 – Chegada da coroa portuguesa: A vinda da família real ao Brasil foi uma manobra dos monarcas para manter a independência de Portugal fugindo das invasões napoleônicas. Os problemas com a França se tornaram irremediáveis quando em 1806 Napoleão Bonaparte ordenou que todos os países europeus fechassem suas fronteiras e rompessem o comércio com a Inglaterra, que travava uma intensa guerra com a França de Napoleão. No entanto, Portugal se recusou a seguir tais ordens, intensificando ainda mais o conflito com a França. Como reposta, Napoleão assinou um acordo com a Espanha, que lhe daria passagem livre até Portugal, Espanha receberia uma enorme porção de terras em troca. Vendo que era apenas questão de tempo até ter suas terras tomadas, o príncipe regente D. João III assinou um decreto que transferia a sede monárquica de Portugal para o Brasil. Portugal mantinha uma aliança com a Inglaterra, um dos motivos do não cumprimento das ordens de Napoleão. Essa aliança foi fundamental para a fuga da família. Os ingleses fizeram a escolta dos navios portugueses até o porto brasileiro e garantiriam, em troca ficariam com a Ilha da Madeira como base militar contra os franceses. A viagem foi difícil e turbulenta, uma tempestade separou os navios portugueses fazendo com que em 1808 uma parte desembarcasse em Salvador e outros no Rio de Janeiro, o destino inicial. D. João e a família real estava na embarcação que atracou em Salvador, e ali mesmo em 28 de janeiro através de uma carta régia foi decretado a abertura dos portos brasileiros para os países aliados, marcando assim o rompimento do Pacto Colonial. A abertura foi mais uma ação para favorecer a Inglaterra, que defendia o livre mercado e buscava o mercado na América. Em março, já no Rio de janeiro, D. João estabeleceu a cidade como sede da coroa portuguesa. 4.2 – Principais transformações com a corte portuguesa: Com a família real e sua corte as mudanças eram necessárias, pois a colônia não tinha estrutura suficiente para abrigar tantas pessoas com hábitos nobres. As transformações foram várias, das mais simples de infraestrutura, como a pavimentação das ruas bancada pela elite da cidade do Rio de Janeiro que se deslumbraram com de serem vizinhos da família real. Os prédios da cidade também foram reformados, por questão estética. Com essa mudança a cidade do Rio de Janeiro deu um salto. As transformações econômicas já começaram em Salvador com a liberação dos portos, que por consequência aumentaram o fluxo de mercadorias, principalmente vindas da Inglaterra. Outra ação importante foi a revogação da lei que proibia a criação de industrias no território brasileiro. Criaram industrias de tecido e minério nas cidades do Rio de Janeiro e em São Paulo. A produção de tecido não gerou muitos lucros, pois competia diretamente com os produtos ingleses, já a produção de minérios, principalmente o ferro, atraiu os olhares de países por todo o mundo, levando à reforma dos portos para exportar a mercadoria. Com isso o país atraiu vários trabalhadores europeus em busca de riquezas na mineração. A outra grande transformação foi na imprensa, e em março de 1808 D. João criou a imprensa Régia e em setembro do mesmo ano foi criado o primeiro jornal impresso do Brasil. O jornal foi chamado de A Gazeta do Rio de Janeiro e publicava decretos, notícias sobre o governo e da Família Real. 4.3 – O retorno da Família Real para Portugal: Em 1814, os membros do Congresso de Viena estavam redefinindo as fronteiras que haviam sido muito modificadas pela expansão de Napoleão e pela Revolução Francesa. Recomendaram então o retorno da Família Real a Portugal para que o governo fosse legítimo. No entanto, Talleyrand, membro do Congresso, sugeriu a elevação do Brasil a Reino Unido para que a Corte permanecesse em território brasileiro e seu governo fosse legítimo. Em 16 de dezembro de 1815, D. João criou, por meio de uma Carta Régia, o Reino Unido de Portugal, Brasil e Algarves. Alguns anos depois, em 1820, explodiu em Portugal uma revolução que exigiu o retorno da família Real, pois o país passava por uma enorme crise econômica desde a invasão francesa. Após a revolta foi convocada uma assembleia constituinte que ameaçava os poderes de D. João VI e sua soberania, pois a revolução era liderada por liberais. D. João VI anuncia que enviaria o príncipe D. Pedro para negociar com os revoltosos e fazer valer a palavra da realeza na criação da nova constituição. A notícia não foi aceita pelos líderes e comerciantes, que exigiram a volta do Rei e do Príncipe além dos seus juramentos à constituição. Vendo que não conseguiria contornar a situação, D. João VI decide retornar à Portugal. Em 28 de abril de 1821 D. João juntamente com mais de 3 mil pessoas partem para Portugal, deixando D. Pedro como regente. Permanência do príncipe foi o meio para agradar os brasileiros que exigiam a permanência da corte real. 4.4 – Conflitos pró Independência: A independência do Brasil explodiu logo após a partida da família realque eclodiu a crise do sistema colonial, no entanto o processo começa bem antes com algumas revoluções regionais que dificultaram a permanência desse sistema. Inconfidência Mineira - 1789: também conhecida como Conjuração Mineira, foi um dos eventos mais importantes na história do Brasil, pois foi o primeiro grande movimento popular que lutava por liberdade e lutavam contra a repressão do governo português. A revolta explodiu no ápice da extração de ouro na capitania de Minas Gerais, quando a taxas em cima dos mineradores era excessiva. Cada trabalhador era obrigado a pagar 20% de todo o ouro encontrado, caso se recusasse sofria duras penas, como prisão e até mesmo o exílio. Quando o ouro começou a sumir das minas, o governo não diminuiu as taxas, e cada cidade era obrigada a pagar 1500kg de ouro por ano e se não fosse paga os soldados portugueses invadia as casas e recolhiam os objetos pessoais até o valor ser atingido. Essas atitudes fez os moradores se organizarem para enfrentar o governo. Os inconfidentes era um grupo formado pela elite mineira e liderados por alferes Joaquim José da Silva Xavier que ficou conhecido como Tiradentes, os outros membros eram Tomás Antônio Gonzaga e Cláudio Manuel da Costa, Inácio de Alvarenga, o padre Rolim, entre outros representantes da elite mineira. A ideia do grupo era conquistar a liberdade definitiva e implantar o sistema de governo republicano em nosso país aos moldes dos Estado Unidos da América. Sobre a questão da escravidão, o grupo não possuía uma posição definida. Estes inconfidentes chegaram a definir até mesmo uma nova bandeira para o Brasil. Ela seria composta por um triangulo vermelho num fundo branco, com a inscrição: Libertas Quae Sera Tamen (Liberdade ainda que tardia). A revolta, no entanto, não teve tempo de surtir efeitos mais drásticos no país, pois não saiu das reuniões escondidas. Os governantes portugueses receberam denúncias secretas e acabaram descobrindo a conspiração dos mineiros e respondeu com severidade. Todos os envolvidos foram presos e torturados e condenados as mais diversas penas, alguns foram exilados, outros receberam a prisão perpétua e alguns condenados à forca. Todos acabaram sendo perdoados por D. Maria, rainha de Portugal, com exceção de Tiradentes que foi preso em 1789 na cidade do Rio de Janeiro e condenado. Foi enforcado no dia 21 de abril de 1792, logo depois esquartejado e seus membros espalhados pela estrada que ligava Rio de janeiro à Minas Gerais. Sua morte serviu como exemplo para todos aqueles que pensavam em lutar contra o governo. A revolta abriu as portas para várias manifestações de liberdade pelo país e seus ideais foram adotados pelos grupos contrários ao governo português. A bandeira dos inconfidentes foi adotada como bandeira do estado de Minas Gerais anos depois. Conjuração Baiana – 1798: assim como a revolta ocorrida em Minas Gerais, a revolta baiana lutava pela liberdade da população através da separação do Brasil com Portugal. A revolta teve início com a insatisfação da elite baiana com as autoridades metropolitanas que tomavam atitudes econômicas que prejudicavam a classe. Como resposta os fazendeiros diminuíram a produção o que gerou uma crise, principalmente na cidade de Salvador que faltou alimentos para a população. Em pouco tempo faltou alimento por toda a capitania da Bahia explodindo várias revoltas locais que pediam a retirada das tropas portuguesas do território brasileiro. Os eruditos baianos aproveitaram o caos para arquitetar um plano para derrubar o governo tornando a capitania da Bahia um território independente. Faziam reuniões públicas onde distribuíam panfletos que incitavam a popular a se rebelar e atacar os oficiais do governo metropolitano. Logo o movimento reuniu muitos seguidores, o que chamou a atenção dos líderes nacionais que imediatamente enviaram tropas para repreender o movimento. 47 envolvidos foram presos dos quais 4 foram decapitados e esquartejados. Assim como a Mineira, a revolta baiana não conseguiu alcançar proporções nacionais pela forte repreensão do governo português. 4.5 – Independência: Os ideais de liberdade ocorridos nos dois grandes conflitos regionais citados acima, ficaram guardados na mente dos brasileiros até 1821 quando a corte portuguesa deixa o país. Nesse momento os grupos que queriam a independência do país começaram a conspirar novamente, pois achavam que o país vivia um momento de fragilidade sem uma liderança forte. A elite brasileira percebeu que a coroa portuguesa buscava uma reconciliação entre Portugal e Brasil, retornando ao estado de metrópole e colônia. As tensões ganharam impacto popular quando veio de Portugal a ordem de retorno do príncipe D. Pedro, o que não foi aceito pelo parlamento brasileiro que imediatamente convocou um movimento de resistência, com o apoio das camadas populares da sociedade. O senado brasileiro criou então o Clube da Resistência, que discutia ações para a permanência do príncipe. O clube recebeu milhares de assinaturas da população exigindo a permanência do príncipe, e logo a manifestação ganhou as ruas do país, e o dia ficou conhecido como o “Dia do Fico”, pois o próprio Príncipe em 9 de janeiro 1822 saiu as ruas e declarou ao povo que ficaria no país. A partir da decisão do príncipe, a relação com Portugal ficou caótica e em maio do mesmo ano foi decretado o “Cumpra-se”, onde todas as decisões de Portugal só valeriam no Brasil com a aprovação de D. Pedro. Nesse momento a ideia de separação e independência já era assunto falado em todas as classes sociais, a população aguardava apenas a confirmação. E D. Pedro colocou pra frente o objetivo de separação convocando uma assembleia constituinte. Seus maiores apoiadores foram José Bonifácio e sua esposa Maria Leopoldina. O processo de independência se tornou fato em 2 de setembro, quando chegaram ordens diretas do parlamento português que atacavam toda a população brasileira, acusava Bonifácio de traição e exigia o retorno imediato do príncipe. D. Maria Leopoldina não pensou duas vezes e imediatamente convocou uma reunião, liderada por Bonifácio, para discutir as ordens que haviam chegado. Na reunião ficou decidido que a independência era algo inevitável para manter a soberania brasileira. D. Pedro não havia participado da reunião pois estava a caminho de São Paulo, onde foi abordado pelos mensageiros de Leopoldina com a carta de independência redigida. E no dia 07 de setembro de 1922 D. Pedro decreta a independência do Brasil. 4.6 – Guerra da Independência: Logo após a declaração de independência o país entrou em vários conflitos regionais contra grupos que ainda apoiavam Portugal. As províncias da Cisplatina, Maranhão, Bahia, Piauí e Grão-Pará não apoiaram a separação e começaram uma guerra civil contra as tropas de D. Pedro. As tropas brasileiras saíram em desvantagem, pois a maioria dos militares eram de origem portuguesa e lutaram contra. A saída encontrada pelo ministro Bonifácio foi a contratação de mercenários estrangeiros e a compra de navios e armas. Outra medida foi o confisco de bens e exílio daqueles contrários ao novo governo. Os conflitos então começaram com várias frentes de operação. A campanha da Cisplatina: a colônia de Sacramento foi fundada por Portugal em 1680, mas caiu nas mãos dos espanhóis em 1777 que foi colonizada aos moldes espanhóis, adotando os costumes e língua. Em 1816 D. João enviou tropas a Montevidéu que tomaram a região e anexarão o território ao Brasil, a partir daí começou a ser chamada de Cisplatina. Logo após a declaração da Independência a população da Cisplatina se negou a fazer parte do Império do Brasil, devido seus costumes e língua serem completamentediferentes, liderados por João Antônio Lavalleja começam uma guerra de independência pela região. A Argentina decide apoiar a luta por independência e envia tropas para ajudar no combate contra o Brasil, o interesse verdadeiro era anexar as terras ao território argentino logo após a batalha. D. Pedro declara guerra contra os colonos e Argentina. Esse conflito foi uma tremenda derrota para o recém criado governo de D. Pedro, os gastos para manter os exércitos foi além do que o governo podia pagar, o que gerou um aumento na cobrança dos impostos. O fim do conflito veio em 1828 com a intervenção do Reino Unido que propôs um acordo entre argentina e Brasil, ambas desistiram das terras e a província da Cisplatina se tornou independente nascendo a República Oriental do Uruguai. A derrota gerou uma insatisfação da população com o Imperador, iniciando conflitos para sua renúncia. A campanha da Bahia: a província desde a conjuração baiana era adepta ao movimento separatista, no entanto Salvador estava sob domínio dos militares, que apoiaram a causa portuguesa. Com a chegada da notícia de independência, as vilas do Recôncavo Baiano, liderados pela vila de Cachoeira montaram um governo interino e reuniram homens para expulsar os portugueses. Para reforçar as tropas brasileiras, o governo envia navios sob a liderança de Rodrigo de Lamare. Desembarcaram em Maceió e marcharam até a Bahia, no caminho foram reforçados por tropas de Pernambuco, do Rio de Janeiro e dos voluntários do recôncavo. A batalha foi rápida, assim que entraram em Salvador derrotaram as tropas portuguesas que se rendera. A batalha ocorreu em 1823. A campanha do Piauí: na província do Piauí, uma das produtoras de gado, a elite e os fazendeiros estavam fechados com Portugal, que rejeitaram a declaração de Independência na vila do Parnaíba. A capital estava tomada pelas tropas portuguesas, sobre o comando do governador das armas do Piauí, major João José da Cunha Fidié. As tropas brasileiras chegaram do Ceará e se juntaram aos moradores para expulsar os portugueses, no entanto foram derrotados na cidade de Campo Maior em 18 março de 1823, na luta que ficou conhecida como Batalha do Jenipapo. Apesar da derrota, as cidades do interior aderiram a independência, e quando Fidié se deslocou com a tropa para ajudar no conflito em Caxias, as tropas populares tomaram a província declarando independência. A campanha do Maranhão: província do maranhão era uma grande produtora de gado e também uma das províncias mais rica do país, e assim como sua vizinha não aderiu ao movimento de independência. A província do Maranhão era muito importante para o reino, pois o fluxo marítimo com a Europa era maior devido sua proximidade. Assim que iniciou a Batalha do Jenipapo, a capital São Luiz decretou o envio de tropas para ajudar Fidié no conflito, no entanto, quando as tropas brasileiras começaram a invasão do Maranhão, foi ordenado o recuo das tropas juntamente com Fidié que abandou sua província. A ação não foi efetiva, já que a armada brasileira avançou por água bloqueando o contato da província com Portugal. São Luiz foi bombardeada e obrigada a aderir à independência no dia 28 de julho de 1823. A campanha do Pará: na então Província do Grão-Pará, a burguesia comercial e os proprietários de terra também se encontravam profundamente ligados à Metrópole. Aqui, John Pascoe Grenfell, subordinado a Cochrane, impôs a aceitação da Independência também recorrendo ao bloqueio naval, sob ameaça de bombardear a capital, Belém (15 de agosto). Tendo sido eleita uma Junta Governativa (17 de agosto), explodiu uma violenta reação popular, que obrigou Grenfell a desembarcar tropas e efetuar prisões em massa, visando restabelecer a ordem pública. A 19 de Agosto, sem que houvesse cárceres suficientes em terra, a pedido da Junta, Grenfell autorizou encerrar nos porões do brigue “São José Diligente” (depois “Palhaço”), duzentos e cinquenta e sete detidos, onde todos, menos um (duzentos e cinquenta e seis, menos quatro, em outras fontes) morreram asfixiados. 05 – PRIMEIRO REINADO E PERÍODO REGENCIAL. 5.1 – Brasil Império: Escolheu-se a denominação Império do Brasil para o novo país que nascia pelo fato de que o monarca reinava sob uma gama variada de súditos, considerando-se as grandes diferenças que caracterizavam e ainda caracterizam o país. Assim, o imperador tinha súditos brancos de origem europeia, índios nativos estabelecidos nos confins da selva amazônica, africanos e descendentes de africanos livres ou escravos, imigrantes alemães, recém-chegados ao país, e assim por diante. Com o controle das guerras regionais o Brasil podia finalmente se declarar independente, faltava apenas o reconhecimento de Portugal para oficializar, e foi em 1824 que Portugal, através de decreto e pagamento de indenização por parte do governo brasileiro. O reconhecimento externo veio imediatamente, primeiro os Estados Unidos da América seguido da Inglaterra. Para legitimar seu poder e calar os grupos contrários, o Imperador D. Pedro convoca em 1823 uma assembleia constituinte para criar uma constituição do novo império. A assembleia foi um fracasso por falta de cordo entre os senadores e o próprio Imperador. Uma nova assembleia foi convocada em 1824 que oficializou a primeira constituição do Império do Brasil. A constituição dava plenos poderes políticos à D. Pedro, como dissolver a Câmara e os governos provinciais, criar e extinguir cargos públicos, também nomear senadores para cargos vitalícios e governadores de províncias. Essas medidas começaram a gerar insatisfação nas elites, pois um governo que prometia ser liberal criava características autoritárias dando poderes de decisão ao imperador. Não demorou muito para que revoltas surgissem. A Confederação do Equador foi uma revolta iniciada em 1824 pernambucana que ia contra o Imperador e pedia a separação da província de Pernambuco. O governador Manuel de Carvalho Pais de não aceita a constituição adotada por D. Pedro e proclama juntamente com Ceará e Rio Grande do Norte a Confederação do Equador, e decidem adotar a Constituição colombiana. A revolta dura pouco, no mesmo ano o governo central envia tropas para deter os rebeldes. http://www.advivo.com.br/wiki/John_Pascoe_Grenfell http://www.advivo.com.br/wiki/Bel%C3%A9m http://www.advivo.com.br/wiki/15_de_agosto http://www.advivo.com.br/wiki/15_de_agosto http://www.advivo.com.br/wiki/19_de_Agosto http://www.advivo.com.br/wiki/19_de_Agosto http://www.advivo.com.br/wiki/Brigue http://www.advivo.com.br/wiki/Asfixia https://www.infoescola.com/historia/imigracao-alema-no-brasil/ https://www.infoescola.com/historia/imigracao-alema-no-brasil/ Tomam Olinda e Recife, os dois centros da manifestação. Os presos são condenados à morte por traição. O descontentamento com D. Pedro aumentava com o passar dos anos. Logo após da Confederação do Equador o Brasil perde a Cisplatina o que gera uma crise financeira no país, as exportações diminuem e a arrecadação de impostos aumenta, gerando revolta da população. Em 1826 morre D. João VI em Portugal, e inicia uma guerra pelo trono português. D. Pedro decide enviar tropas para conter o caos no país enquanto era resolvido a secessão, esse fato gerou irritação da população brasileira que acusava o imperador de tentar uma reconciliação com Portugal. Com medo de retornar ao posto de colônia, a elite brasileira pede a renuncia de D. Pedro. O imperador perde o apoio da nobreza que vivia no Brasil e dos militares. Sem apoio das classes que obtinham o poder e o dinheiro, a permanência de D. Pedro fica insustentável. Então em 7 de abril de 1831 o Imperador renuncia seu cargo em favor do filho, Pedro de Alcantara com apenas 5 anos.5.2 – Período Regencial: Com a abdicação do trono a coroa deveria ir para seu filho, no entanto, Pedro de Alcantara não possuía idade suficiente para governar segundo a constituição. Formou-se assim a Regência, um grupo escolhido para administrar o país até que D. Pedro II alcançasse a maioridade. Esse período foi dividido em dois momentos, a Regência Trina e a Regência Una. Regência Trina – 1831 a 1834: a Regência Trina também foi dividida em dois momentos, a regência trina provisória e a permanente. A provisória foi formada assim que D. Pedro I abdicou o trono e foi escolhida pelo senado, com um representante dos Militares, um dos grupos liberais e um representante dos grupos conservadores, os membros eram José Joaquim Carneiro Campos, representante da ala dos restauradores, Nicolau de Campos Vergueiro, representando os liberais moderados e o brigadeiro Francisco de Lima e Silva que representava os setores mais conservadores dos militares. Esse primeiro grupo eleito foi responsável por conter rebeliões que explodiam em todo território nacional após a renúncia. Dois meses depois, depois de grande confusão e troca de cadeiras no senado, foi convocada uma reunião para eleger uma Trina Permanente. Os principais feitos da Regência Permanente foi a criação da Guarda Nacional para controlar novas revoltas, e criou também um poder controlador para limitar as ações da própria Regência Trina. Regência Una – 1834 a 1840: sem muito efeito no controle das revoltas, a regência trina foi desfeita através do Ato Adicional, que fazia alterações na constituição autorizando a escolha de um regente único. Desta forma em 1835 ocorreu a primeira eleição para regente do Brasil. Temos uma disputa entre o pernambucano representante dos exaltados Antônio Francisco de Paula Holanda Cavalcanti de Albuquerque, e o paulista moderado Padre Diogo Antônio Feijó, sendo Feijó o vencedor, que comanda o país até 1837. O mandato de Feijó foi bastante conturbado, pois não tinha apoio da maioria da câmara. Enfrentou ainda em seu mandado duas rebeliões locais, a Farroupilha e a Cabanagem, na qual combateu de forma severa. As tensões e o número de opositores o fizeram renunciar, deixando Pedro de Araújo Lima, seu adversário político e Ministro do Império, na regência interina até que ocorressem novas eleições. Concorreu com Antônio Francisco de Paula Holanda Cavalcanti de Albuquerque, e saiu vitorioso sendo eleito o regente único que comandou a nação até a coroação e consagração de D. Pedro II. https://www.infoescola.com/historia-do-brasil/regencia-trina-provisoria/ https://www.infoescola.com/historia-do-brasil/regencia-trina-permanente/ 06 - SEGUNDO REINADO E A CRISE DA MONARQUIA. 6.1 – Segundo Reinado: O segundo Reinado é o período da história brasileira que compreende o período de comando de D. Pedro II. Logo após a renuncia de D. Pedro o país passou por um período de regência até que Pedro de Alcantara tivesse idade para governar, mas o modelo governamental não foi bem visto pela população, então os governantes fazem uma manobra que ficou conhecida como Golpe da Maioridade, que em 1840 tornou D. Pedro II com 14 anos apto à governar o país. O governo de D. Pedro II vai de 23 de julho de 1840 à 15 de novembro com a proclamação da república. O segundo reinado foi caracterizado pela tentativa e estabilidade da política e economia, que no momento estava em uma forte crise. D. Pedro teve que agir contra pequenas revoltas locais que ainda lutavam a favor de Portugal e grupos republicanos que queriam o fim da monarquia. Nas suas ações econômicas, o governo ficou marcado pela recuperação do comercio internacional, principalmente com a produção do café em Minas Gerais, Rio de Janeiro e São Paulo. A economia baseada no café trouxe grandes transformações para o país, as cidades cresceram para abrigar o aumento da mão-de- obra que vinha de várias partes do mundo, principalmente da África, nesse período o mercado negreiro se intensificou. Os latifúndios para produção de café foram aumentando, juntamente com a influência de seus donos, que chegavam a controlar cidades inteiras e ficaram conhecidos como Coronéis. Temos também uma expansão nas ferrovias e portos para escoar a enorme produção de café. No contexto político o país ficou dividido no dualismo entre o partido liberal e o partido conservador. As frentes de operações dos dois partidos eram muito intensas, e as disputas acabam prejudicando a tomada de decisões, pois os partidos não entravam em acordo. A solução encontrada por D. Pedro II foi uma política de revezamento, onde os dois partidos revezavam na liderança do gabinete ministerial, essa atitude diminuiu as tensões. Ao mesmo tempo das tensões o imperador acumulava poderes na sua mão, sendo o Poder Moderador que tinha autoridade para nomear e retirar cargos públicos. Assim o país ficou conhecido como um Parlamentarismo as avezas, o Brasil funcionava como uma monarquia parlamentarista na qual o imperador interferia na política sempre que fosse necessário para garantir seus interesses. Assim, se fosse eleito um primeiro-ministro que não lhe agradasse, ele o destituía, e se a Câmara tomasse medidas que não lhe agradassem, ela era dissolvida. Durante o segundo reinado, ao ponto que a escravidão aumentava os debates sobre os malefícios dessa prática cresciam, sendo questionado a permanência do costume, já que todos os países da América já haviam abandonado a prática. As conversas para a abolição eram sempre lideradas por D. Pedro II que se mostrava antiescravagista. O primeiro passo para o fim ocorreu em 1850 com a lei Eusébio de Queiroz, que proibia o tráfego negreiros. A escravidão era só questão de tempo, pois sem o tráfego o sistema não se sustentava. Outras leis foram criadas para agilizar o processo, como a lei do Ventre Livre e a lei dos Sexagenários. Após várias revoltas dos negros e da população, em 13 de maio de 1888 foi assinada a Lei Aurea, que acabava com a escravidão em terras brasileiras. O fator militar foi um dos pontos fortes do Segundo reinado principalmente na campanha da Guerra do Paraguai, que até hoje é o maior conflito da América do Sul. A guerra teve início em um conflito que levou o Brasil a enviar tropas ao Uruguai para ajudar os colorados na guerra civil do país. Paraguai um dos aliados do Uruguai capturou uma embarcação brasileira que velejava o rio Paraguai, ao mesmo tempo em 1864 enviou tropas que invadiram o estado do Mato Grosso. A invasão Paraguaia contou com mais de sete mil soldados que facilmente derrotaram as tropas brasileiras. Em seguida as tropas lideradas por Solano Lopez marcharam em direção ao Rio Grande do Sul para expulsar as tropas brasileiras do Uruguai. Para chegar até seu destino as tropas precisavam atravessar o território argentino, que negou passagem pois mantinham relação de amizade com o Brasil desde a revolta da Cisplatina. Então Lopez também declarou guerra contra a Argentina. Para combater o exército paraguaio foi formado em 1865 a Tríplice Aliança que reunia exércitos do Brasil, Argentina e colorados no Uruguai. No mesmo ano ocorreu a Batalha do Riachuelo, o confronto foi decisivo para mudar os rumos da guerra. Nessa batalha a armada brasileira teve uma grande vitória sobre as forças paraguaias, derrotando mais da metade das suas tropas. A derrota deixou o Paraguai isolado sem conseguir abastecer seus exércitos. O Paraguai adotou então uma posição defensiva, fazendo os ataques da Tríplice Aliança se intensificar nos territórios paraguaios. Em 1869 a cidade de Assunção foi invadida, a partir daí a guerra se tornou uma caça à Solano Lopez que foi completamente derrotado em 1870 na Batalha de Cerro Corá, morto pelos soldados brasileiros.6.2 – A queda da Monarquia Brasileira: O ano de 1870 foi muito importante para o fim do período monárquico no Brasil. O fim da guerra do Paraguai gerou uma crise financeira que colocou os maiores produtores de café do estado de São Paulo contra a coroa, nesse momento o império perdia seus maiores apoiadores. Outro fator importante no ano de 1870 foi a criação do Partido Republicano no Rio de Janeiro. O partido foi o responsável pelos principais movimentos contra a monarquia brasileira, criando vários conflitos dentro da câmara abalando o setor político. Nos anos seguintes foram criados outros partidos de pensamento republicano que queriam o fim do modelo monárquico. Mas os dois maiores marcos do fim da monarquia foi o desentendimento com os grandes latifundiários logo após a abolição da escravidão e com os militares, os verdadeiros responsáveis pela república. 6.2.1 – Abolição da escravidão: O Brasil sofria forte pressão para a aprovação da abolição da escravidão, principalmente da Inglaterra sua maior parceira econômica. As pressões inglesas se deram logo após a revolução industrial pois o governo inglês buscava novos compradores para seus produtos, e o Brasil era um país que crescia muito rápido. O fim da escravidão geraria um grande crescimento de compradores. A Inglaterra também não via com bons olhos o comércio negreiro entre África e Brasil, pois o lucro era enorme e não iam para os cofres africanos. A partir daí foi criada em 1850 a Lei Eusébio de Queiroz, que proibia o comércio de escravos. Dentro do cenário político brasileiro, a discussão sobre a abolição tomou três frentes: os escravistas que eram contrários, os emancipacionistas que buscavam apenas a libertação jurídica e os abolicionistas que queriam a libertação e a concessão de direitos aos ex-escravos, com sua inserção na sociedade. Com o fim da Guerra do Paraguai, onde tiveram vários negros na linha de frente com a promessa de alforria, a discussão abolicionista começou a ganhar seus últimos dias. Uma série de leis começaram a entrar em vigor: a lei do ventre livre em setembro de 1871 previa que todos os filhos de escravas estariam livres a partir dessa data; em 1885 foi aprovada a lei do sexagenário previa a alforria dos escravos com mais de sessenta anos; por fim em 1888 foi aprovada a Lei Áurea que libertava todos os escravos no território brasileiro. A abolição representou a vitória dos abolicionistas. Com a derrota os escravistas, que eram compostos pelos grandes produtores do Brasil, decidiram romper com o império. Os republicanos aproveitaram esse abalo político para mostrar a fragilidade do modelo monárquico, reunindo apoiadores para uma reforma completa. Com os grandes produtores do seu lado, precisavam apenas do apoio popular. Foram buscar apoio com os militares, que eram amados pela população. 6.2.2 – Crise militar: Os militares brasileiros logo após o fim da Guerra do Paraguai retornaram ao brasil e foram aclamados como heróis pela população, no entanto eles alegaram total abandono por parte do governo. Pouco reconhecimento, o abandono de suas famílias durante o conflito, os salários não eram suficientes para a reconstrução de suas vidas e a falta de promoções, esses foram os motivos que deram início ao conflito entre as duas forças, colocando os militares a favor da república. Em 1888 D. Pedro tentou uma conciliação entre republicanos e parlamento nomeando o visconde de Ouro Preto, que lançou diversas propostas de reforma política inspirada nos ideais republicanos. Visando a manutenção de seus privilégios, o parlamento foi totalmente contrário, e esse foi o estopim para os grupos republicanos levantarem bandeiras para a proclamação da república. Sem o apoio popular e das classes que detinha o poder no reino, os republicanos começaram a espalhar boatos que o governo estava planejando agir contra o exército, prendendo seus líderes. No dia 14 de novembro de 1888 os militares começaram a reunir seus homens, planejando o ataque ao parlamento. No dia seguinte, liderados por Marechal Deodoro da Fonseca, marcharam para o centro da cidade com o intuito de depor D, Pedro II. Com o apoio dos republicanos, Marechal Deodoro demitiu o conselho dos ministros e com um decreto proclamou a república. D. Pedro II não reagiu ao ataque apesar do apoio popular e da armada marítima, pois não queria ver uma guerra civil que mataria milhares de brasileiros. No dia 18 de novembro o Imperador partiu com sua família para a Europa. Caia assim a última monarquia na América. 7 – REPÚBLICA 7.1 – República Federalista: Logo após a proclamação da república foi instaurado um governo provisório sob o comando de Marechal Deodoro da Fonseca. De imediato o novo governo tomou atitudes para desvincular a imagem do país com a monarquia portuguesa, as principais foram a mudança da bandeira nacional e a elaboração de uma nova constituição, que foi promulgada em 1891. Com a nova constituição o Brasil se tornou um país federalista, ou seja, as províncias se tornaram estados com mais independência e autonomia para tomar suas próprias decisões sob a supervisão de um presidente. O período republicano foi e ainda é o mais conturbado da história brasileira, e por medidas metodológicas o período republicano no Brasil foi dividido em seis momento: República Velha, Era Vargas, Estado Novo, Quarta República, Período Militar e Nova República. 7.2 – República Velha: A República velha foi o primeiro momento desse novo modelo governamental do Brasil e teve início logo após a proclamação da república em 1889. Se primeiro líder foi Deodoro da Fonseca. Escolhido para governar como presidente por quatro anos, mas renunciou dando lugar ao seu vice Floriano Peixoto. Esse primeiro mandato de 1889 a 1894 foi conhecido com República da Espada, por ser comandado por dois militares. A duração desse período foi de 1889 a 1930 e tiveram ao todo treze presidentes: 1. Deodoro da Fonseca (1889-1891); 2. Floriano Peixoto (1891-1894); 3. Prudente de Morais (1894-1898); 4. Campos Sales (1898-1902); 5. Rodrigues Alves (1902-1906); 6. Afonso Pena (1906-1909); 7. Nilo Peçanha (1909-1910) 8. Hermes da Fonseca (1910-1914); 9. Venceslau Brás (1914-1918); 10. Delfim Moreira (1918-1919); 11. Epitácio Pessoa (1919-1922); 12. Artur Bernardes (1922-1926); 13. Washington Luís (1926-1930). Tiveram ainda dois presidentes eleitos que não assumiram seus cargos, o primeiro foi Rodrigues Alves que havia sido reeleito, mas acabou morto por decorrência da Gripe Espanhola. O segundo foi Júlio Prestes que não chegou ao poder devido a Revolução de Vargas. 7.3 – Era Vargas: A Era Vargas foi o período que iniciou em 1930 logo após uma revolução armada que levou Getúlio Vargas ao poder, onde ficou até 1945. Getúlio foi um dos líderes mais amados e ao mesmo tempo odiado da história brasileira. A presidência do país até 1930 ficou conhecida como República do Café com Leite, pois as escolhas eram feitas por meio de revezamento entre os estados de São Paulo e Minas Gerais, os maiores produtores de café e leite que sustentavam a economia brasileira. O então presidente paulista Washington Luís decidiu romper o acordo e nomeou Júlio Prestes, outro paulista para a presidência. O governo mineiro imediatamente iniciou uma represaria se aliando aos governos do Rio Grande do Sul e Paraíba, formando a Aliança Libertadora. O grupo então anulou a nomeação paulista e proclamou Getúlio Vargas como presidente provisório até que fossem feitas novas eleições. Getúlio usou a desculpa de evitar o retorno ao modelo de revezamento da presidência e adotou políticas de centralização do poder, fechou o congresso e aboliu a constituição vigente. Adotou também medidaspara remodelar o modelo de cargos públicos, retirando os membros da elite do poder e nomeando seus aliados da revolução para cargos de governadores. Essa atitude tinha o intuito de controlar de forma completa todo o território, evitando revoltas locais. No entanto essas medidas não foram totalmente eficazes. Vendo que o governo não seria apenas provisório, as elites paulistas se organizaram e convocaram a população para um levante pedindo as eleições e uma Constituinte. A Revolução Constituinte de 1832, como ficou conhecido o levante, foi rapidamente combatido, mas suas reinvindicações foram atendidas por Vagas que convocou a Constituinte em 1934. A constituição foi muito bem aceita pela população, que através dela teve seus direitos ampliados. A reputação de Vargas foi tão alta que apesar de suas medidas totalitaristas, conseguiu se eleger em 1934. Esse segundo mandato ficou conhecido como Governo Constitucional. 7.4 – Estado Novo: Paralelo ao governo de Vargas ocorria no mundo a II Guerra Mundial, e apesar do Brasil não está inteiramente engajado com o conflito, houveram reflexos das ideologias Fascistas e Comunistas no Brasil. Em São Paulo formou-se a Ação Integralista Brasileira, um grupo de extrema direita que possuía inspiração no fascismo italiano e defendia o nacionalismo e pregava ações antissemitas, seu líder era Plínio Salgado. Em combate surgiu também a Aliança Libertadora Nacional, no entanto, seu real objetivo era um golpe de estado para tomar o poder do país. Sob a liderança de Luís Prestes, o grupo fez uma tentativa frustrada em 1935. Com a ameaça de golpe pelos comunistas, Vargas fez um alto golpe cancelando as eleições de 1938 e instaurou um governo ditatorial. O golpe teve justificava através de https://brasilescola.uol.com.br/historiab/governo-deodoro-fonseca.htm https://brasilescola.uol.com.br/historiab/governo-prudente-morais.htm https://brasilescola.uol.com.br/historiab/campos-sales.htm https://brasilescola.uol.com.br/historiab/rodrigues-alves.htm https://brasilescola.uol.com.br/historiab/afonso-pena.htm https://brasilescola.uol.com.br/historiab/nilo-pecanha.htm https://brasilescola.uol.com.br/historiab/hermes-fonseca.htm https://brasilescola.uol.com.br/historiab/venceslau-bras.htm https://brasilescola.uol.com.br/historiab/epitacio-pessoa.htm https://brasilescola.uol.com.br/historiab/arthur-bernardes.htm https://brasilescola.uol.com.br/historiab/washington-luis.htm um documento conhecido como Plano Cohen, que falava sobre uma conspiração dos comunistas para tomar o poder. Após o golpe teve início a fase conhecida como Estado novo, e ficou marcado pelas decisões ditatoriais de Vargas no comando do país. Ele governava por meio de decretos-leis, ou seja, não precisava da aprovação do legislativo. O congresso juntamente com as assembleias estaduais e câmaras municipais foram fechados, e todos os partidos foram proibidos por lei. Outra decisão que reforçou o autoritarismo foi a criação do Departamento de Imprensa e Propaganda, o maior marco da ditadura varguista que censurava as artes e a imprensa. Uma das poucas decisões favoráveis ao povo nesse período foi a criação da Justiça do Trabalho em 1939 e a Consolidação das Leis de Trabalho em 1943. Nesse momento houve a unificação das leis trabalhistas existentes, estabelecendo novos direitos trabalhistas: salário mínimo, descanso semanal remunerado, e condições de segurança no trabalho. Com essas atitudes populistas Vargas ficou conhecido como o Pai dos Pobres. No ano de 1944 Vargas decide apoiar os EUA na Segunda Guerra Mundial com envio de tropas para a linha de frente. Essa atitude era uma enorme contradição, pois Vargas que mantinha um governo autoritário enviava tropas para combater o autoritarismo italiano. Essa atitude mostrou a fragilidade do governo e Vargas perdeu o apoio dos militares, que em 1945 se organizaram pelo fim do autoritarismo no Brasil e convocaram novas eleições. 7.5 – Quarta República: A Quarta República foi um corto período da história brasileira que também ficou conhecida como República Populista. Esse período começou a ser construído com a insatisfação do regime autoritário de Vargas e principalmente com suas ações de massa que incomodava uma pequena elite do país. Na virada de 1944 para 1945 a elite brasileira conseguiu o apoio dos militares que forçaram o fim do regime varguista para o retorno da democracia. Sob pressão, Vargas baixou uma emenda que previa eleições no prazo de 90 dias. Com a promessa de eleições democráticas os grupos políticos começaram a se organizar e montar novos partidos para a disputa. O surgimento de vários partidos políticos foi a principal característica da quarta república. Dentre esses partidos destacam-se: União Democrática Nacional, partido liberal e conservador que prometia lutar contra a corrupção, seu principal nome foi Carlos Lacerda; Partido Social Democrático sob a liderança de Juscelino Kubitschek, o partido era formado pelos burocratas que ganharam poder sob o regime de Vargas; Partido dos Trabalhadores Brasileiros criado pelo próprio Vargas para continuar sua política. Nesse curto período tivemos os seguintes presidentes: • Eurico Gaspar Dutra (1946-1951) • Getúlio Vargas (1951-1954) • Café Filho (1954-1955) • Carlos Luz (1955) • Nereu Ramos (1955-1956) • Juscelino Kubitschek (1956-1961) • Jânio Quadro (1961) • Ranieri Mazzilli (1961) • João Goulart (1961-1964) Eurico Gaspar Dutra (1946-1951): Dutra foi eleito pela chapa PSD/PTB através do apoio de Getúlio Vargas. No seu governo destacou-se a política econômica liberal, mas depois de alguns deslizes e crise econômica decidiu mudar a postura e seguir um método intervencionista, que resultou em grande avanço tecnológico, principalmente com a boa relação com os EUA. Getúlio Vargas (1951-1954): nas eleições seguintes, o PTB rompeu com o PSD e lançou https://brasilescola.uol.com.br/historiab/governo-dutra.htm https://brasilescola.uol.com.br/historiab/getulio-vargas.htm https://brasilescola.uol.com.br/historiab/cafe-filho.htm https://brasilescola.uol.com.br/historiab/juscelino-kubitschek.htm https://brasilescola.uol.com.br/historiab/governo-janio-quadros.htm https://brasilescola.uol.com.br/historiab/joao-goulart.htm https://brasilescola.uol.com.br/historiab/governo-dutra.htm https://brasilescola.uol.com.br/historiab/getulio-vargas.htm Vargas, que venceu em 1950 assumindo novamente o poder do país. O governo de Vargas tomou características nacionalistas, tentando um rompimento com os EUA e fortalecendo a expansão dos produtos internos. O maior marco foi a criação de estatais como a Petrobrás em 1953, sob uma intensa campanha popular com o lema “o petróleo é nosso”. No entanto, essa característica intervencionista não agradou os concorrentes, que começaram a levantar várias denuncias de corrupção. A relação com a população também não era boa, pois o país acabou entrando em uma alta inflação que acabava com o poder de compra. Para resolver o problema, Vargas anuncia João Goulart para o ministério do trabalho e a proposta de aumenta em 100% do salário mínimo. Vargas ainda carregava a insatisfação de seus opositores devido seu último governo. Um de seus principais adversários era Carlos Lacerda, jornalista e dono da Tribuna da Imprensa. Em 5 de agosto de 1954 Lacerda foi atacado e morto na porta de sua casa, o que gerou investigações que tentava ligar o assassinato ao governo. Poucas semanas depois descobriram que o mandante do crime foi Gregório Fortunado, chefe de segurança do palácio presidencial. As acusações caíram em cima de Vargas que passou a ser perseguido por todo o país com pedidos de renúncia. No dia 24 de agosto de 1954 Vargas cometeu suicídio. Juscelino Kubitschek (1956-1961): logo apósa morte de Vargas vários grupos se organizaram para dar um golpe de Estado impedindo as eleições e chegar à presidência. Graças a Henrique Teixeira Lott, ministro da Guerra, foi possível a eleição de Juscelino da chapa PTB/PSD. Seu mandato foi marcado pelo desenvolvimento econômico graças as suas medidas para o avanço das industrias no país. O resultado foi o crescimento de 7% do PIB e 80% da indústria. JK também ficou conhecido pela construção de Brasília, nova capital do país. Jânio Quadro (1961): o único político do UDN a chegar na presidência. Seu mandato foi muito curto, apenas 7 meses, mas cheio de polêmicas. Com medidas conservadoras na economia aumentou o preço das mercadorias como o pão e combustível, que gerou desagrado da população. A decadência de seu mandado foi quando decidiu condecorar Che Guevara, o que ia contra os princípios de seu partido conservador, o resultado foi o isolamento político. Jânio começou a comandar o país sem aliados. Em uma tentativa de alto golpe, decidiu renunciar à presidência acreditando que teria o apoio popular para seu retorno. O apoio não veio e o cargo de presidente ficou vago. João Goulart (1961-1964): integrante do PTB e vice de Jânio, sua pose foi em meio a grandes conflitos que quase gerou uma guerra civil. A sua pose não foi como presidente, pois por meio de um golpe foi instaurado o modelo parlamentarista no país, Jango então foi nomeado Primeiro Ministro do Brasil. O país então voltou ao modo presidencialista por meio de plebiscito popular em 7 de setembro de 1963. Um de seus primeiros atos como presidente foi a tentativa de implementação da chamada Reforma de Bases, que visava a transformação do modelo tributário, agrário e político. O debate agrário acabou com a perca de apoio por meio do PSD. Jango não sabia, mas durante seu governo era organizado um golpe contra ele. Entre 31 de março e 4 de abril de 1964 houve um intenso movimento militar que começou a ocupar os principais pontos do país. No dia 2 de abril o presidente do senado Auro Moura declarou a vacância no cargo de presidente, assim os militares assumem o cargo e instauram um regime temporário militar. Em 9 de abril foi decretado o AI-1 e Humberto Castelo Branco é declarado o novo presidente do país, iniciando um nove regime no país. https://brasilescola.uol.com.br/historiab/juscelino-kubitschek.htm https://brasilescola.uol.com.br/historiab/governo-janio-quadros.htm https://brasilescola.uol.com.br/historiab/joao-goulart.htm 7.6 – Regime Militar Como já mencionado, o país passava for forte tensão política desde a morte de Vargas e a renúncia de Jânio. Jango que assumiu era de partido diferente de Jânio (partido conservador) e suas medidas criaram revolta com os grandes latifundiários contrários à reforma agrária. Suas atitudes e proximidade com os sindicalistas lhe renderam a fama de comunista, que gerou conflitos com as camadas populares que eram de maioria conservadoras. Nesse mesmo período o mundo vivia a dupla polarização devido à Guerra Fria, e os EUA que era forte aliado do Brasil não via com bons olhos a liderança com ideais comunistas de João Goulart, começando a financiar grupos contrários e principalmente os militares. O primeiro presidente do regime foi Castelo Branco, que assumiu em 15 de abril de 1964. O governo era regido através de Atos Institucionais (AI) que decidiam o que seria feito sem precisar de aprovação dos parlamentares. O AI-1 de Castelo Branco decretava o fim das eleições diretas, ou seja, a população não participaria da votação, que seria feita pelo congresso. As eleições estaduais também foram suspensas. Em 1965 foi apresentado o AI-2 que tornava ilegal a organização de partidos políticos, existindo apenas 2: Aliança Renovadora Nacional (ARENA) e Movimento Democrático Brasileiro (MDB). O primeiro era o representante dos militares e o segundo a oposição, que tinham várias limitações para atuação. A manutenção do partido de oposição era um ato para passar a legalidade das eleições, e também com a existência de apenas um partido de oposição era mais fácil a repreensão. Artur da Costa e Silva (1967 – 1969): foi o segundo presidente do regime militar. Logo após o governo de Castelo Branco cresceu a insatisfação popular e grupos opositores começaram a ir para as ruas fazendo protestos. Costa e Silva foi marcado por ser um dos presidentes mais duro, com medidas violentas para repreender os opositores. No seu governo foi promulgado o AI-5 que fechava completamente o parlamento, cassou o mandato de diversos prefeitos e proibiu as reuniões políticas. O AI-5 também permitia a repreensão violenta contra qualquer opositor nas ruas, esse período ficou conhecido como anos de chumbo. A ação violenta do governo fez surgir vários grupos armados. Emílio Garrastazu Médici (1969 – 1974): esse governo foi marcado pelo aumento da repreensão dos opositores e do crescimento econômico. Em 1971 as medidas de repreensão criaram o Departamento de Operações Internas (DOI) e o Centro de Operação da Defesa Interna (CODI), esses órgãos eram centros de aprisionamento e estavam espalhados por todo o país. Conhecido como “milagre econômico” as medidas econômicas de Médici resultaram em um aumento de 10% do PIB e queda da inflação. Nesse governo também foram construídas mais de 1 milhão de casas através do Banco Nacional de Habitação. Esses resultados econômicos junto com a euforia do tricampeonato mundial de futebol, fizeram diminuir a insatisfação popular, e o governo começou a investir em propagandas como “Brasil ame-o ou deixe” na tentativa de criar laços com as classes mais baixas. Na contramão do milagre, as consequências foram desastrosas. O milagre surgiu graças aos enormes empréstimos financeiros que deixaram uma dívida externa maior que 1 trilhão de reais. O país também sofreu com a desigualdade de renda, pois o dinheiro se acumulou nas mãos de uma pequena elite e a população pobre ficava cada vez mais pobre. Dados do Índice de Gini, que mede o nível de concentração de renda, mostram que o país alcançou o pior nível da história em 1977. Ernesto Geisel (1974 – 1979): a partir de Geisel tivemos uma abertura política que levaria ao final do período militar. A decisão de abertura política se deu pelo desgaste do militarismo com a população, pois as ações violentas começaram aa gerar revolta. Um fato que marca esse rompimento dos militares com a população foi o assassinato do jornalista Vladimir Herzog que participava do Partido Comunista do Brasil. A morte do jornalista gerou grande comoção nacional. As sequelas do regime de Médici geraram uma enorme crise econômica em 1978, que gerou o levante de movimentos trabalhadores por todo o país, o mais conhecido foi a greve dos metalúrgicos no ABC paulista. Essa série de levantes trabalhista resultou no fortalecimento dos movimentos sindicalistas que culminou na criação da Central Única dos Trabalhadores (CUT) e o Partido dos Trabalhadores (PT). Em 1980 aconteceu em São Bernardo do Campo uma das maiores greves da história do país, que durou 41 e contou com o apoio de mais de 300 mil metalúrgicos. Seu líder foi Luís Inácio da Silva, que se tornaria um dos fundadores e maior líder do PT. João Figueiredo (1979 – 1985): o governo de Figueiredo durou 6 anos e chegou ao fim juntamente com o fim do regime militar. Já no início do seu mandado foi aprovada a lei de anistia, que permitia o retorno dos opositores exilados e a soltura dos presos políticos. Foi derrubado o decreto que proibia as reuniões políticas e também a criação de novos partidos políticos, muitos deles ativos até hoje. As atitudes do governo não eram unanimidade entre os militares, muitos deles eram contra o “afrouxamento” do
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