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A Mola Hidatiforme e um tumor benigno constituído por uma aglomeração de vesículas de 1 a 10mm de diâmetro repletas de liquido, semelhante a um bago de uvas pequenas, que vai progressivamente ocupando o interior do útero. De inicio, os sinais e sintomas do seu desenvolvimento são semelhantes as de uma gravidez normal, embora muito mais acentuados, sobretudo em relação ao aparecimento de náuseas e vômitos. A medida que a mola vai evoluindo, o útero vai aumentando de tamanho de forma exagerada em relação a gestação, notória palidez, hemorragias vaginais ,de inicio pouco abundantes, existindo igualmente vesículas correspondentes a fragmentos da mola que podem mesmo ser eliminados pela vagina, o que provoca um aborto molar, ainda que o tecido anômalo seja expulso em alguns casos raros. Caso não se proceda ao seu tratamento oportuno , a mola pode penetrar na parede uterina e perfura-la, provocando o aparecimento de hemorragias muito intensas que podem colocar a vida da mulher em perigo. Todavia o principal perigo corresponde a possível transformação maligna do tecido molar e a consequente formação de um coriocarcinoma ,o que ocorre e cerca de 10% dos casos. Coriocarcinoma: O coriocarcinoma e um tumor maligno originado pelo tecido trofoblastico.Embora costume ser proporcionado pela transformação maligna de uma mola hidatiforme , sendo neste caso procedido pelos sinais e sintomas desta alteração, também se pode se desenvolver após uma gravidez normal ou um aborto, podendo manifestar-se ao fim de alguns meses ou anos. Diagnostico: O crescimento exagerado do útero em relação a IG associado a náuseas e vômitos muito intensos, nas fases mais avançadas este pode ser acompanhado pela ausência BCF e MF ,já que o problema impede o desenvolvimento do embrião. Um outro dado muito sugestivo corresponde aa detecção de níveis muito elevados de HCG,próprio da gravidez, produzido em grandes quantidades pelo tecido placentário anômalo, o diagnostico pode ser confirmado através de uma ecografia, através da qual se pode observar a imagem do útero ocupado por uma massa formada por inúmeras vesículas ,semelhante a um favo de abelhas. Tratamento: Caso se conforme o diagnostico de uma mola hidatiforme, deve-se proceder, mesmo que se tenha produzido a sua expulsão espontânea,a evacuação completa do utero, independentemente de ser por aspiração ou através de uma curetagem quando se comprove que o tecido anômalo, após a sua expulsão espontânea da mola ou a sua evacuação, penetrou na parede uterina e, em especial, quando a mulher já não deseja ter mais filhos, deve-se proceder a uma histerectomia. Extração do órgão quando a mulher já não deseja ter mais filhos,ou pode-se recorrer a quimioterapia, através da administração de medicamentos anti cancerosos. Sintomas: Os sintomas mais comuns de serem apresentados nas mulheres com mola hidatiforme são: · Sangramento na região da vagina, com presença de secreções marrons. · Anemia, por conta das hemorragias. · Abdômen edemasiado, principalmente depois do primeiro mês de gestação. · Surgimento de cistos ovarianos devido ao excesso do hormônio HCG. · Vômitos. · Náuseas. · Hipertensão. · Cefaleia. · Edema de MMSS e MMII. · Reflexos involuntários. · Hipertireoidismo. Fatores de risco: Qualquer mulher que já tenha iniciado a vida sexual pode estar propensa a adquirir uma gravidez com mola hidatiforme.Porem, existe alguns fatores que podem aumentar as chances do acontecimento. São eles: · Viver nas regiões do Mexico, Filipinas e países localizados no sudeste da Ásia. · Ter mais de 40 anos. · Possuir histórico de doença e abortos espontâneos. · Mulheres brancas tem mais chances de adquirir a doença do que as que são negras. Possíveis complicações: As possíveis complicações futuras que podem ocorrer após a mola hidatiforme são: · O desenvolvimento de uma mola hidatiforme invasiva. · Alguma doença trofoblastica gestacional, que devera ser tratada com quimioterapia. · Coriocarcinoma. Prevenção: Não existe formas para prevenção direta da mola hidatiforme,pois qualquer mulher esta propença a desenvolve-la. Porém ,a utilização de preservativos durante o ato sexual ,fazer todos os cuidados pré-natais são algumas formas para diminuir a chance de acontecimento da doença. Cuidados de enfermagem: · Apoiar psicologicamente esta paciente; · Observar e registrar perdas vaginais; · Aferir e registrar ssvv; · Observar sinais de choque e comunicá-los imediatamente a enfermeira ou ao médico; · Administrar medicamentos prescritos; · Realizar tricotomia pubiana e perineal; · Monitorar eliminações vesicointestinais. CASO CLINICO: Paciente de 41 anos, sexo feminino, se apresenta com queixa de sangramento. História da Moléstia Atual: Paciente gestante com 12 semanas informa sangramento abundante iniciado ontem a tarde acompanhado de fortes cólicas. Relata que o sangue é vermelho acastanhado e há presença de pequenos coágulos. Refere que tem tido muito enjoo durante a gestação e que tem tido cerca de 7 episódios de vômito por dia. Nega corrimentos, alterações urinárias e outros sintomas. HP: Nega comorbidades, alergias e medicação de uso crônico HGO: G4P1A2, IG: 12 semanas ( pela DUM) Relata que confirmou a gravidez atual por teste de farmácia, não realizou ultrassonografia e não iniciou o pré-natal. Informa que fez o uso de Anticoncepcionais Orais de 14 aos 28 anos e que sempre teve dificuldade para engravidar. O primeiro aborto foi de primeiro trimestre há 10 anos. Seguido por um parto normal há 8 anos, sem complicações. Relata que há 2 anos teve outro aborto de primeiro trimestre, sendo necessária uma curetagem. HF: Pai hipertenso HS: Trabalha como professora, nega etilismo e tabagismo Exame Físico PA: 110×70 mmHg FC: 75 bpm FR: 21 irpm Tax: 36,8°C Bom estado geral, postura ativa, fácies álgica, elasticidade e turgor diminuídos, hipocorada +/4+, mucosas secas Aparelho Respiratório: Expansibilidade simétrica, som claro pulmonar à percussão, murmúrio vesicular fisiológico, sem ruídos adventícios. Aparelho Cardiovascular: Bulhas rítmicas e normofonéticas em 2 tempos, sem sopros. Abdome: Útero palpável acima da linha umbilical, com fundo de útero medindo 28cm. Leve dor à palpação. Exame ginecológico: Ao exame especular, nota-se intenso sangramento ativo vermelho acastanhado, como “suco de ameixa”, acompanhado de pequenas vesículas, sem odor associado. Ao toque, colo amolecido e dilatado com 3cm de dilatação. Não foram encontrados BCF. B-HCG: 200.000mUI/ml Ultrassonografia transvaginal: Presença de massa heterogênea e amorfa em cavidade uterina com aspecto de múltiplas vesículas. Em tuba uterina esquerda, são visibilizados cistos teca-luteínicos. Diagnóstico: Mola Hidatiforme
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