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ACADEMIA DE POLÍCIA MILITAR
ESCOLA DE FORMAÇÃO DE SOLDADOS
CURSO DE FORMAÇÃO DE SOLDADOS
Sd 2º Cl PM Hiuno Calixto Araujo – 177.613-7
Direito Penal Militar
Belo Horizonte
2020
Sd 2º Cl PM Hiuno Calixto Araújo – 177.613-7
Direito Penal Militar 
Trabalho apresentado ao Senhor 1º Tenente 
Rangel professor da disciplina de Direito Penal Militar do Curso de Formação de Soldados da Academia de Policia de Minas Gerais.
Turma 06 - 1º Corpo de Alunos - ALFA
Belo Horizonte 
2020
1. Em que consiste o princípio da legalidade? (Valor 0,1 pts)
 De acordo com Pedrotti e Carvalho (2019):
O princípio da legalidade é previsto pela Constituição de 1988 e está descrito no inciso II do artigo 5º.
Inciso II – ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa senão em virtude de lei.
Esse inciso trata do princípio da legalidade, que é uma das bases de um Estado de Direito – um Estado regido por leis. Segundo esse princípio, as pessoas podem fazer tudo aquilo que a lei não as impede e o Estado pode fazer apenas aquilo que a lei o permite
Antes de explicar como esse inciso funciona na prática, vamos entender o que é um princípio e o que significa legalidade:
O que é um Príncipio: Um princípio é a base ou, como o próprio nome diz, é o início de tudo. No mundo jurídico, um princípio é uma idéia que vai sustentar todas as normas. Então podemos entender que o legislador definiu a legalidade como um princípio que sustenta outras leis. Isso significa que as nossas leis serão criadas sempre levando em conta essa idéia. Outro exemplo de princípio da nossa Constituição é a isonomia, segundo o qual todos são iguais perante a lei.
O que é Legalidade: Quando se fala em legalidade, a primeira coisa que precisamos ter em mente é a existência de um conjunto de normas que devem ser respeitadas. Em uma sociedade, as leis vão reprovar ou estimular determinadas condutas e serão aplicadas por uma autoridade competente. De acordo com a legalidade, a conduta de uma pessoa pode estar de acordo com as leis e ser considerada legal, ou estar em desacordo com as leis e ser considerada ilegal.
Assim, o princípio da legalidade garante que somente as leis podem criar obrigações às pessoas, ou seja, o Estado só pode exigir que você faça ou deixe de fazer algo se essa exigência estiver escrita em uma lei.
2. Conceito formal, material e analítico de crime militar? (Valor 0,1 pts)
Conforme Santos (2017) em seu artigo, “Conceitos de crime: formal, material e analítico”:
Conceito Formal: Explora o crime partindo da lei, enquanto instrumento padronizador e norteador daquilo que podemos ou não, que devemos ou não. Daí, sob ângulo formal, crime é a conduta definida em lei como tal, isto é, só haverá crime se o fato ocorrido na realidade possuir perfeita identidade com aquilo que está definido em lei como crime[1].
Exemplo, no caso do homicídio, definido no art. 121 do Código Penal, ninguém em sã consciência vai afirmar que matar alguém está de acordo com a lei. O comando normativo que dali se extrai é que não devemos matar.
Conceito Material: Agora passamos a investigar se além de a conduta estar prevista em lei como crime, ela também, de fato (concretamente) revela ofensa ao que é protegido pela norma (bem jurídico)[3].Assim, sob esta perspectiva o crime pode ser definido como uma conduta que resulta em uma lesão ou perigo de lesão ao bem jurídico[4].
Conceito Analítico: Embora o crime sintetize em si uma verdadeira unidade, sua compreensão impõe uma decomposição didática de suas estruturas elementares.Sob este ângulo, o estudo do crime se dedica aos chamados elementos do crime.
A depender da concepção adotada o crime pode ter dois (fato típico e antijuridicidade), três (fato típico, antijuridicidade e culpabilidade); quatro (fato típico, antijuridicidade, culpabilidade e punibilidade) ou cinco (conduta, tipicidade, antijuridicidade, culpabilidade e punibilidade) elementos.
[1]“Para se praticar um crime, formalmente, o agente precisa realizar a conduta descrita na lei pelo legislador, violando desse modo a correspondente norma penal. (...) O conceito formal de delito está vinculado ao princípio da legalidade (‘nullum crimen nulla poena sine lege’)”. (GOMES, Luiz Flávio; MOLINA, Antônio García-Pablos de; CUNHA, Rogério Sanches.Direito Penal: parte geral, 2 ed. – São Paulo : Editora Revista dos Tribunais, 2009, p. 126)
[2]“Sob o aspecto formal, podem-se citar os seguintes conceitos de crime: ‘Crime é o fato humano contrário à lei’ (Carmignani); ‘Crime é qualquer ação legalmente punível’; ‘Crime é toda ação ou omissão proibida pela lei sob ameaça de pena; ‘Crime é uma conduta (ação ou omissão) contrária ao Direito, a que a lei atribui uma pena’. Essas definições, entretanto, alcançam apenas um dos aspectos do fenômeno criminal, o mais aparente, que é a contradição do fato a uma norma de direito, ou seja, sua ilegalidade como fato contrário à norma penal. Não penetram, contudo, em sua essência, em seu conteúdo, em sua matéria”. (MIRABETE, Júlio Fabbrini. Manual de Direito Penal, 17 ed., São Paulo : Atlas, 2001, p. 95)
[3]“É certo que sem descrição legal nenhum fato pode ser considerado crime. Todavia, é importante estabelecer o critério que leva o legislador a definir somente alguns fatos como criminosos. É preciso dar um norte ao legislados, pois, de forma contrária, ficaria ao seu livre alvedrio a criação de normas penais incriminadoras sem esquema de orientação, o que, fatalmente, viria lesar o jus libertatis dos cidadãos” (JESUS, Damásio Evangelista de. Direito Penal: Parte geral. 24 ed. São Paulo : Saraiva, 2001, p. 151).
[4]“Conceito material de crime: o mais difundido conceito material de crime é o que o enfoca como fato ofensivo (grave) desvalioso a bens jurídicos muito relevantes. Ele realça seu aspecto danoso (sua danosidade social) e o descreve como lesão ou perigo de lesão ao bem jurídico. Crime, portanto, seria, o fato humano lesivo ou perigoso (ofensivo) a um interesse relevante” (GOMES, Luiz Flávio; MOLINA, Antônio García-Pablos de; CUNHA, Rogério Sanches. Direito Penal : parte geral, 2 ed. – São Paulo : Editora Revista dos Tribunais, 2009, p. 127)
3. O que é crime militar? (Valor 0,1 pts)
GADELHA (2006) em seu artigo, “você sabe o que é crime militar?” diz:
Um fato, para ser considerado delituoso, deve ser típico, antijurídico e culpável. Para ser considerado como um delito militar, além de tudo isso, tem que se amoldar ao artigo 9o do Código Penal Militar (tipicidade indireta). 
O artigo 124 da Constituição da República dispõe que compete à Justiça Militar processar e julgar crimes militares definidos em lei, ou seja, cabe ao legislador ordinário fixar os critérios para definir o crime militar. Essa lei é o Código Penal Militar, especificamente o seu artigo 9o, que define o que vem a ser crime militar em tempo de paz. Contudo, a lei penal militar não define o que sejam crimes propriamente militares e crimes impropriamente militares. Estas são apenas expressões doutrinárias. Esses crimes podem ser classificados como: Crimes militares próprios, imprópios e por extensão.
4. Qual o conceito de crime militar? Explique o que é crime propriamente militar, impropriamente militar e crime militar por extensão. (Valor 0,1 pts)
Crime militar são condutas descritas no Código Penal Militar e que se amoldão no artigo 9º do CPM. 
Crime militar próprio: É o delito que está tipificado exclusivamente no Código Penal Militar e somente pode ser cometido pelo militar com execessão do crime de insubmissão, cujo sujeito ativo somente pode sercivil.
Crime militar impróprio: São aqules crimes que seja qual for o sujeito ativo está previsto no código Penal Mlilitar com igual definição na legislação penal comum. 
Crime militar por extensão ( Lei n.° 13491/17): São aqueles crimes previstos exclusivamente na legislação penal comum, ou seja, no código penal (CP) e na legislação extravagante. 
5. Explique os elementos constitutivos do fato típico. (Valor 0,1 pts)
SegundoRogério Greco em seu livro “Curso de Direito Penal”:
Conduta, resultado, nexo causal e tipicidade 
Conduta: Primeiro elemento integrante do fato típico. Conduta é sinônimo de ação e comportamento. Quer dizer ainda ação ou comportamento humano. Seja ele comissivo ou omissivo. 
Nexo Causal: É o elo necessário que une a conduta praticada pelo agente ao resultado por ela produzido. Se não houver esse vínculo que liga o resultado a conduta levada a efeito pelo agente, não se pode falar em relação de causalidade e, assim, tal resultado não poderá ser atribuido ao agente, haja visto não ter sido ele o seu causador. 
Tipicidade: Fato típico é composto pela conduta do agente, dolosa ou culposa, comissiva ou omissiva, pelo resultado, bem como pelo nexo de causalidade entre aquela e este. Mas isso não basta, é preciso que a conduta também se amolde, a um modelo abstrato previsto na lei, que denominamos “tipo”. A adequação da conduta do agente ao modelo abstrato previsto na lei penal (tipo), faz surgir a tipicidade formal ou legal. Essa adequação deve ser perfeita, pois, caso contrário, o fato será considerado formalmente atípico. Se não houver um encaixe perfeito não se pode falar em tipicidade. 
Resultado: É o final da ação onde o agente deu causa para acontecer. Interferindo nos fatos mesmo que se ele não o fizesse iria acontecer de qualquer maneira. Mas pela sua ação, teve inteferência, modificando a sequência normal dos fatos. 
6 Diferencie: culpa de dolo; culpa consciente de dolo eventual; negligência de imperícia e de imprudência. (Valor 0,1 pts)
Conforme NASCIMENTO em seus artigos “Negligência, imprudência e imperícia” e “Dolo direto, dolo eventual, culpa consciente e culpa inconsciente” diz:
Culpa: O crime culposo é associado aos casos em que o agente, por questão de imprudência, negligência ou imperícia, causa algum dano a outrem. Nesse crime, o agente não prevê o resultado danoso, ou prevê mas acredita que poderia evitá-lo.
O crime culposo é definido pelo art. 18, inciso II do Código Penal Brasileiro. Porém, apenas no art. 33 do Código Penal Militar existe a distinção entre culpa consciente e inconsciente.
Dolo: O dolo é previsto no art. 18, inciso I, do Código Penal Brasileiro, e se trata da conduta voluntária e intencional de um agente, objetivando algum resultado ilícito.
Culpa Consciente: Na culpa consciente, o agente prevê a possibilidade do resultado danoso, mas acredita sinceramente que não irá acontecer.
Ex de Culpa Consiente: Um motorista está dirigindo em alta velocidade. Ele vê um pedestre atravessando a rua correndo, em sua frente. Ele sabe que poderá atropelar a pessoa, mas acredita que o pedestre conseguirá atravessar. Porém, acaba não dando tempo e o agente atropela o pedestre. Nesse caso, apesar de prever o resultado, o agente realmente acha que ele não aconteceria.
Dolo Eventual: No dolo eventual, apesar de o sujeito não desejar o resultado danoso, prevê e aceita a possibilidade do resultado.
Negligência: Falta de cuidado e desleixo proposital em determinada situação. Ex: Médico usar utensílios não esterelizados.
Imprudência: Falta de reflexão ou precipitação em tomar atitudes diferentes daquelas aprendidas ou esperadas. Ex: Passar o sinal vermelho
Imperícia: Falta de conhecimento ou habilidade específica para o desenvolvimento de uma atividade científica ou técnica. Ex: Médico neurologista efetuar uma cirurgia plástica sem aptidão. 
7. Diferencie consumação de tentativa. (Valor 0,1 pts)
Conforme MOREIRA (2009) em seu artigo “Consumação e tentativa”:
Consumação: Crime consumado (delito perfeito) é aquele que atingiu o resultado previsto no tipo penal. De acordo com o art. 14, I, do Código Penal (CP), o crime é consumado “quando nele se reúnem todos os elementos de sua definição legal”. Ex.: o homicídio é consumado com a morte da vítima; e o furto com a retirada do bem da posse da vítima. No crime consumado, existe uma congruência perfeita entre o tipo subjetivo (dolo, entendido como intenção dirigida a um fim) e o tipo objetivo (resultado obtido).
Tentado: No crime tentado (delito imperfeito), o agente quer atingir determinado resultado, mas não o consegue em decorrência de fatores que independem de sua vontade. De acordo com o art. 14, II, do CP, o crime é tentado “iniciada a execução, não se consuma por circunstâncias alheias à vontade do agente”. Ex.: o homicídio é apenas tentado se a vítima é socorrida após o ataque do agressor e sobrevive. 
8. Explique o iter iter criminis no direito penal militar. (Valor 0,1 pts)
Segundo o autor CLEBER MASSON (2015) em seu artigo “ As fases do iter criminis” diz: 
“o iter criminis ou caminho do crime, corresponde às etapas percorridas pelo agente para a prática de um fato previsto em lei como infração penal.”
9. Diferencie crime formal de material e de crime de mera conduta. (Valor 0,1 pts)
De acordo com o Art. 9° do CPM e com a apostila de Direito Penal Militar do CFSd 2020 podemos classificar os crimes formal, materia e crime de mera conduta como: 
Crime formal: Pode-se dizer que é o ato ilícito de norma penal que é apenado com prisão ou qualquer outra sansão penal prevista no ordenamento jurídico. É uma conduta ilícita, contrária á norma penal, sendo a tal conduta uma prevista em lei. 
Crime material: É a conduta que lesa ou expõe a perigo bens jurídicos considerados fundamentais para a paz e o convíveu social, ou seja, materialmente pensando, crime é um comportamento que ofende os bens jurídicos mais relevantes a sociedade. 
Crime de mera conduta: É simplesmente a mera ação do agente em praticar o crime, o simples fato da conduta criminosa já basta para que configure o crime de mera conduta. 
10. Explique o que é nexo causal. (Valor 0,1 pts)
O nexo de causalidade é a vinculação entre o efeito à causa, ou seja, tendo que ser motivado por uma ação voluntária de negligência ou imprudência de quem causou o dano.
11. Explique as excludentes de antijuridicidade e de culpabilidade existentes no CPM. (Valor 0,1 pts) 
 Segundo Rogério Greco em seu livro “Curso de Direito Penal”:
Antijuricidade: É a relação de antagonismo, de contrariedade entre a conduta do agente e o ordenamento jurídico de forma ampla, estamos querendo dizer que a ilicitude não se resume a matéria penal, mas sim que pode ter natureza civil, administrativa, tributária etc. Se a conduta típica do agente colidir com o ordenamento jurídico penal, diremos ser ela penalmente ilícita. 
Culpabilidade: É a terceira característica ou elemento ou elemento integrante do conceito analítico de crime, sendo estudada segundo o magistral ensinamento de Werzel, após análise do fato típico e da ilicitude, oiu seja, após concluir-se que o agente praticou um injusto penal. Uma vez chegada a essa conclusão, vale dizer, que a conduta do agente é típica e antijurídica, inicia-se, um novo estudo, que agoraterá seu foco dirigido á possiilidade ou não de censura sobre o fato praticado. 
12. Diferencie: estado de necessidade; legítima defesa; estrito cumprimento do dever legal; exercício regular do direito. (Valor 0,1 pts)
Estado de necessidade: 
De acordo com o Art. 43 do CPM, considera-se em estado de necessidade quem pratica o fato para preservar direito seu ou alheio, de perigo certo e atual, que não provocou, nem podia de outro modo evitar, desde que o mal causado, por sua natureza e importância, é consideralvelmente inferior ao mal evitado, e o agente não era legalmente obrigado a arrostar o perigo. 
Legítima defesa: De acordo com o Art. 44 do CPM, entende-se em legítima defesa quem, usando moderadamente dos meios necessários, repele injusta agressão, atual ou iminente, a direito seu ou de outrem. 
Estrito Cumprimento do dever legal: “Acão praticada em cumprimento a um dever imposto por lei, penal ou extrapenal, mesmo que cause lesão a bem jurídico de terceiro” (NUCCI, 2013)
“[…] caso haja o resultado morte decorrente da ação policial, haveria reconhecimento, preenchido os demais requisitos, de legítima defesa, já seria dificil aceitar a imposição legal do deverde matar alguém, exceto no exemplo já mencionado do carrasco.” (NEVES e STREIFINGER, 2012)
13. Explique o que é a culpabilidade. (Valor 0,1 pts)
De acordo com COIMBRA NEVES (2020) em seu artigo “Qual teoria da culpabilidade foi adotada pelo Código Penal Militar: 
“o vínculo ou nexo psicológico que liga o agente, ou pelo dolo ou pela culpa, ao seu fato típico e antijurídico” (GOMES, 1996, p. 33).
O art. 38 do CPM, admite que não é culpado, portanto excludente de culpabilidade, aquele que, observados certos parâmetros, age sob coação ou em obediência hierárquica, dando a conformação de que a culpabilidade no Código Penal Castrense não possui como elementos apenas o dolo e a culpa, como no causalismo clássico, mas também a exigibilidade de condutadiversa, já que essas situações (coação e obediência hierárquica), tornam inexigível conduta diversa, exculpando o agente.
14. Explique o dispositivo previsto no artigo 38, alínea “b”, §2o, do CPM. (Valor 0,1 pts)
O Art. 38, alínea “b”, §2o, do CPM diz, se a ordem do superior tem por objeto a prática de ato manifestamente criminoso, ou há execesso nos atos ou na forma de execução, é punível tambem o inferior. 
No meu intedimento como discente é que se o inferior executa ordem do superior, ordem essa, que qualquer pessoa sabe que é a conduta é criminosa, o inferior tambem sera punido. 
15. Qual é o conceito de superior hierárquico? (Valor 0,1 pts)
De acordo com o Art. 24 do CPM. O militar que, em virtude da função, exerce autoridade sobre outro de igual posto ou graduação, considera-se superior, para efeito da aplicação da lei penal militar. 
16. Diferencie: os crimes de recusa de obediência, descumprimento de missão e desobediência. (Valor 0,1 pts)
Recusa de obediência: O Art.163 do CPM diz, recusar obedecer a ordem superior sobre assunto ou matéria de serviço, ou relativamente a dever imposto por lei, regulamento ou instrução. 
Descumprimento de missão: De acordo com o Art.196 do CPM, deixar o militar de desempenhar a missão que lhe foi confiada. 
Desobediência: De acordo com o Art. 301 do CPM, desobedecer a ordem legal de autoridade militar. 
17. Explique o que deserção instantânea. (Valor 0,1 pts)
De acordo com o entendimento do Art.187 do CPM, a deserção instantânea é o exato momento em que o militar, sem licença, da unidade em que serve, ou lugar em que deve permanecer se ausenta. Pode ser por 1 hora ou por 9 dias. Consumando assim o crime de deserção. 
18. Explique o que vem a ser período de graça quando da ocorrência do crime de deserção. (Valor 0,1pts)
O período de graça são os oitos dias, após o dia da falta, que o militar se ausenta, sem licença, da unidade em que serve ou lugar em que deve permanecer.
19. Explique como é realizada a contagem do período de graça no crime de deserção. (Valor 0,1 pts)
Ex: O militar voltando de férias deveria se apresentar no BPM em que serve no dia 04/01/2019. No primeiro dia (04/01/2019), temos a falta ao serviço, nos próximos dias subsequêntes, começa a contagem ate o 8° dia (12/01/2019) temos o período de graça. No 9° dia (13/01/2019), configera-se o crime de deserção. 
20. Referente ao Crime de Abandono de Posto, diferencie posto de lugar de serviço. (Valor 0,1 pts)
Posto: É o lugar determinado onde o militar deve cumprir missão especifica, quase sempre de vigilância. 
Lugar de serviço: É um lugar mais, ou menos, amplo que o posto, onde o militar deve permanecer no exercício de qualquer função militar. 
21. Como se consuma o crime de abandono de posto? (Valor 0,1 pts)
De acordo com o Art.195 do CPM, o crime de abandono de posto, se consuma quando o militar abandona, sem ordem de superior, o posto ou lugar de serviço que lhe tem sido designado, ou serviço que lhe cumpria, antes de terminá-lo. 
22. Quais são os requisitos para a ocorrência do crime de embriaguez em serviço. (Valor 0,1 pts)
O Art. 202 do CPM diz: Embriagar-se o militar, quando em serviço, ou apresentar-se embriagado para presta-lo. 
23. O crime de dormir em serviço admite a modalidade culposa? Explique. (Valor 0,1 pts)
O Crime de dormir em serviço não admite modalidade culposa.
O Art. 203 do CPM diz: Dormir o militar, quando em serviço, como oficial de quarto ou de ronda, ou em situação equivalente, ou não sendo oficial, em serviço de sentinela, vigia, plantão às máquinas, ao leme, de ronda ou em qualquer serviço de natureza semelhante.
Segundo LOBÃO, (1999, P.295):
“O militar tem o dever legal de valer-se de todos os meios possíveis para evitar que adormeça nos serviços especificados. Se esses meios se apresentam ineficazes, cumpre comunicar ao superior hierárquico, para que providencie sua substituição. Realmente, se em vez de movimentar-se, o militar senta-se ou recosta-se, cria condições favoráveis ao sono. No entanto, se apesar da movimentação, o sono se apresenta como iminente e inevitável, dificultando os passos, afetando a concentração, só resta comunicar ao superior para as providências cabíveis[…]
24. Disserte sobre o Crime de violação de domicílio:
O Art. 226 do CPM diz: Entrar ou permanecer, clandestina ou astuciosamente, ou contra a vontade expressa ou tácita de quem de direito, em casa alheia ou em suas dependências.
§ 2º. Aumenta-se a pena de um terço, se o fato é cometido por militar em serviço ou por funcionário público civil, fora dos casos legais, ou com inobservância das formalidades prescritas em lei, ou com abuso de poder.
De acordo com o art. 22 da nova Lei de Abuso de Autoridade é específico para agentes públicos (crime próprio), ao passo que o artigo 150 do CP é crime comum, passível de ser cometido por qualquer pessoa que viole domicílio alheio (um vizinho que invada o domicílio do outro, por exemplo).
25. Qual é a atual tipificação penal do referido delito? (Valor 0,1 pts)
Art. 150 CP – Entrar ou permanecer, clandestina ou astuciosamente, ou contra a vontade expressa ou tácita de quem de direito, em casa alheia ou em suas dependências.
26. Qual horário é considerado dia? (Valor 0,1 pts)
Das 05:00h as 21:00h
27. Qual o conceito de casa? (Valor 0,1 pts)
CPM - Decreto Lei nº 1.001 de 21 de Outubro de 1969
O Art. 226 do CPM § 4º diz: 
O termo "casa" compreende:
qualquer compartimento habitado;
aposento ocupado de habitação coletiva;
compartimento não aberto ao público, onde alguém exerce profissão ou atividade.
28. Qual (ais) a (s) hipótese (s) durante o dia o policial militar pode entrar em domicílio alheio semincorrer na prática delituosa? (Valor 0,1 pts)
Durante o dia, com observância das formalidades legais, para efetuar prisão ou outra diligência em cumprimento de lei ou regulamento militar. 
29. Qual (ais) a (s) hipótese (s) o policial militar pode entrar em domicílio alheio sem incorrer na prática delituosa? (Valor 0,1 pts)
“Art. 5°, INCISO XI – A casa é asilo inviolavél do índivuo, ninguém nela podendo penetrar sem consentimento do morador, salvo em caso de flagrante delito ou desastre, ou para prestar socorro, ou durante o dia, por determinação judicial.” (BRASIL, 1998). 
30. Explique e diferencie todas as formas de peculato, previstas no art. 303 do CPM. (Valor 0,1 pts)
Peculato:
De acordo com Art. 303, do CPM. Apropriar-se de dinheiro, valor ou qualquer outro bem móvel, público ou particular, de que tem a posse ou detenção, em razão do cargo ou comissão, ou desvia-lo em proveito próprio ou alheio. 
§ 1° A pena aumenta-se de um terço, se o objeto de apropriaço ou desvio é de valor superior a vinte vezes o salário minimo. 
Perculato – furto :
§ 2° aplica-se a mesma pena quem, embora não tendo posse ou detenção do dinheiro, valor ou bem, o subtrai, ou contribui para que seja subtraído, em proveito próprio ou alheio, valendo-se da facilidade que lhe proprorciona a qualidade de militar ou de funcionário.
Perculato – Culposo :
§ 3° Se o funcionário ou militar contribui culposamente para para que outrem subtraia ou desvie o dinheiro,valor ou bem, ou dele se aproprie.
Extinção ou minoração da pena:
§ 4° No caso do paragrafo anterior, a reparação do dano, seprocede a sentença irrecorrível, extingue a punibilidade; se lhe é posterior, reduz de metade a pena imposta.
Peculato mediante aproveitamento do erro de outrem:
De acordo com o Art. 304 do CPM, apropriar-se de dinheiro ou qualquer utilidade que, no exercício do cargo ou comissão, recebeu por erro de outrem. 
31. Explique as formas omissivas e comissivas no crime de prevaricação, art. 319 do CPM. (Valor 0,1pts)
Prevaricação: O Art 319 do CPM diz: Deixar de praticar, indevidamente, ato de ofício, ou praticá-lo contra expressa disposição de lei, para satisfazer interesse ou sentimento pessoal.
Nos caso de ação omissivas, o agente deixa de fazer aquilo de que é seu dever e obrigação. Já nos casos de comissivas, o resultado resulta principalmente de uma acão que não decorre do acaso. 
Referências:
Apostila de DPM do CFSd 2020.
CF88 – Art. 5º, II (Princípio da Legalidade)
Disponível em: <https://www.politize.com.br/artigo-5/principio-da-legalidade/?gclid=Cj0KCQjwxNT8BRD9ARIsAJ8S5xaIPcm64DYoR35jtFFan_VT6OrvNUdo7tTE5xYOgkq-G_dqXQEvNWgaAlM4EALw_wcB>. Acessado em 08/11/2020.
SANTOS, Eduardo José Fernandes dos. Conceito de crime: formal, material e analítico. Disponível em:<https://jus.com.br/artigos/58994/conceitos-de-crime-formal-material-e-analitico> . Acessado em 08/11/2020. 
GADELHA, Patricia Silva. Você sabe o que é um crime militar?. Revista Jus Navigandi, ISSN 1518-4862, Teresina, ano 11, n. 977, 5mar.2006. Disponível em: <https://jus.com.br/artigos/8063/voce-sabe-o-que-e-um-crime-militar> Acessado em 09/11/2020.
Livro de Rogério Greco. “ Curso de Direito Penal”, Volume 1, 16° edição. 
NASCIMENTO, Raphael. Negligência, Imprudência e Imperícia e Culpa, dolo, culpa consciente e dolo eventual. Disponível em: <https://www.diferenca.com/negligencia-imprudencia-e-impericia/> Acessado em 13/11/2020.
NASCIMENTO, Raphael. Negligência, Imprudência e Imperícia e Culpa, dolo, culpa consciente e dolo eventual. Disponível em: <https://www.diferenca.com/dolo-direto-dolo-eventual-culpa-consciente-e-culpa-inconsciente/> Acessado em 13/11/2020.
MOREIRA, Alexandre Magno Fernandes. Consumação e tentativa. Conteudo Juridico, Brasilia-DF: 07 dez 2020. Disponivel em: <http://www.conteudojuridico.com.br/consulta/artigos/17180/consumacao-e-tentativa> Acessado em 15/11/2020.
CAROLINO, Anderson Zeferino dos Santos. As fases do Iter Criminis. Ambito Jurídico. Disponível em: <https://ambitojuridico.com.br/cadernos/direito-penal/as-fases-do-iter-criminis/> Acessado em 15/11/2020.
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