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Alterações fisiológicas e queixas comuns

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ALTERAÇÕES FISIOLÓGICAS DA GRAVIDEZ
· Resultantes da reação orgânica à presença do feto, da sobrecarga hormonal e da ação mecânica do útero
· Objetivam promover condições para desenvolvimento fetal adequado, em equilíbrio com o organismo materno
· Podem agravar condições preexistentes ou gerar sintomas incômodos
ALTERAÇÕES CUTÂNEAS
	Pigmentares
Hiperfunção da hipófise anterior - ↑produção hormônio melanotrófico
	Cloasma gravídico 
	Hiperpigmentação da região zigomática, malar e frontal
	
	Linha nigra 
	Hiperpigmentação da linha alba
	
	Sinal de Hunter
	Hiperpigmentação de mamilos, aréolas e em torno destas
	
	Hiperpigmentação 
	Genitais externos – Axilas – Nevos - Cicatrizes 
	Atróficas
	Estrias 
	Separação dos feixes conjuntivos e elásticos
Decorrem de distensão das fibras elásticas + diminuição da hidratação + estiramento da pele (estímulo hormonal: estrogênio, relaxina, adreno-cortical)
Abdome, glúteos, coxas e mamas
	Pilificação 
	Hipertricose 
	Aumento no nº de pelos. Geralmente caem após o parto.
Decorrente dos androgênios ovarianos.
	
	Sinal de Halban 
	Lanugem na região limítrofe entre couro cabeludo e fronte
	Vasculares
Estrogênio vasodilatação
	Eritema palmar
	Vermelhidão difusa, mais proeminente sobre eminências tênares e hipotênares. Desaparecem após gravidez
	
	Telangiectasia/aranhas vasculares
	Diminutos vasos que se ramificam
Face, pescoço, parte superior do tórax e braços. Desaparecem após gravidez.
	
	Petéquias
	
	
	Hemangiomas
	
	Hipersecreção glandular 
Progesterona
	Glângulas sudoríparas
	Hipertrofia e hiperfunção.
Aumento da transpiração
	
	Glândulas sebáceas
	Hipertrofia e hiperfunção 
Aumento da oleosidade da pele, que predispõe à queda capilar e acne
ALTERAÇÕES MAMÁRIAS
	Aumento de volume
Mastalgia
Estrias
	Devido ao aumento de lóbulos (progesterona) e ductos (estrogênio) dolorimento e turgidez + estiramento da pele. A partir de 5 semanas
	Rede venosa de Haller 
	Aumento da vascularização do tecido subcutâneo; a partir de 16 sem
	Tubérculos de Montgomery 
	Hipertrofia dos tubérculos de Morgany (gls sebáceas areolares)
	Sinal de Hunter
	Hiperpigmentação de mamilos, aréolas e em torno destas; a partir de 20 semanas 
	Colostro
	A partir de 16 sem
ALTERAÇÕES DO ÚTERO
	Aumento de volume
Estrogênio
	Aumento de tecido conjuntivo, dos ligamentos de sustentação (redonodos, uterossacros e largos), dos vasos sanguíneos e linfáticos.
Crescimento assimétrico; dextrorrotação
- 12ªsem: palpável logo acima da sínfise púbica
- 16ª sem: entre sínfise púbica e cicatriz umbilical
- 20ªsem: na altura da cicatriz umbilical
- 40ª sem: na altura do apêndice xifoide
	Sinal de Landin 
	Peq região amolecida no meio da face ant do istmo ente 5-6 sem 
	Sinal de Piskacek 
	Assimetria, abaulamento e amolecimento localizados no fundo uterino, no sítio de implantação
	Sinal de Holzapfel 
	Preensibilidade do útero pelos dedos das mãos, devido às características do útero grávido - menos móvel, maior e amolecido e rugosidade do peritônio
	Sinal de Nobile-Budin
	Preenchimento dos fundos de saco vaginais laterais, anterior e posterior pelo útero grávido
	Sinal de Hegar
	Diferença de consistência entre corpo, istmo e colo (início gestação) e amolecimento uterino possibilitam a flexão do corpo sobre o colo no toque bimanual; 6-8sem
	Regra de Goodel
	Amolecimento do colo, que adquire consistência semelhante á labial
	Sinal de Puzos
	Sensação de rechaço quando se empurra o útero bruscamente para cima (no fundo de saco anterior). O feto empurrado se eleva, deslocando-se no líq amniótico e ao retornar é percebido pelo toque
Entre 16-25 sem
	Sinal de Rasch
	Com os dois dedos no fundo de saco anterior percebe-se a onda de líquido amniótico provocada pelo piparote com os dedos da outra mão no fundo uterino
	Contrações de Braxton-Hicks
	A partir do 1º trimestre
Contrações espontâneas, indolores, de baixo tônus.
ALTERAÇÕES DO COLO
	Alteração de consistência
	Amolecimento, encurtamento e afinamento
Devido à edema, hipertrofia e hiperplasia das gls cervicais
	Alteração de localização
	Devido ao crescimento uterino, o colo se desloca anteriormente em direção à cavidade abdominal
	Alteração de cor
	Violácea; devido ao aumento de vascularização/congestão
	Alteração do muco cervical
	Viscoso, espesso, não cristaliza; formação do tampão mucoso
	Alteração epitelial
	Eversão do epitélio colunar; Ectocérvice torna-se friável e sangrante
ALTERAÇÕES DE TROMPAS E OVÁRIOS
	Trompas
	Aumento de volume
Deslocamento em direção à cavidade abdominal
Diminuição da motilidade
	Ovários
	Corpo lúteo não degenera e mantém produção de progesterona até 6-7 semanas
ALTERAÇÕES GENITAIS
	Sinal de Osiander
	Percepção de pulso arterial no fundo de saco lateral/post da vagina 
	Alteração de tamanho
	Há aumento de comprimento e largura da vagina, devido à separação de fibras de colágeno e afrouxamento de tecido conjuntivo
Há hipertrofia de grandes e pequenos lábios e meato utretral
	Alteração de consistência
	Sinal de Goodel ou Bonnaire: Consistência amolecida de figo maduro ou lábio
	Alteração de pH e secreção
	Há aumento de secreção espessa, leitosa, com aumento de celularidade.
Há diminuição do pH (lactobacilos agem sobre glicogênio acumulado
	Alteração de cor
	Sinal de Jacquemier/Chedwick: Coloração violácea ou arroxeada da mucosa vulvar, vestíbulo ou meato urinário. Devido ao aumento de vascularização local
Sinal de Kluge: Coloração violácea ou arroxeada da mucosa vulvar, vestíbulo ou meato urinário. Devido ao aumento de vascularização local
ALTERAÇÕES OSTEOARTICULARES
	Lordose lombar e marcha anserina 
	Alterações posturais decorrentes do peso adicional, deslocamento de centro de gravidade para trás. Para corrigir o eixo, há ampliação da base de sustentação, lordose voluntária, andar oscilante com passos curtos e lentos e afastamento dos pés
	Compressões radiculares e lombalgia
	Espasmos dos mm intervertebrais e diminuição do espaço entre as vértbreas
	Desconforto e dormência dos MMSS
	Flexão mantida do pescoço e nn ulnar e mediano podem sofrer trações pelo deslocamento posterior da cintura escapular
	Maior mobilidade das articulações pélvicas
	O estrogênio aumenta a vascularização e hidratação do tecido conectivo dos ligamentos articulares e a progesterona/relaxina diminuem o tônus muscular, responsável pela estabilização dessas articulações. Há relaxamento dos ligamentos, maior mobilidade das articulações sacroilíacas, sacrococcígeas e do pube.
ALTERAÇÕES RESPIRATÓRIAS
Mais intensas na 37ª semana.
	Alterações estruturais
Crescimento uterino e afrouxamento dos ligamentos intercostais.
	Elevação do diafragma (4cm)
Aumento da circunferência da caixa torácica (5-7cm)
Aumento do ângulo subcostal
Diminuição da complacência da parede torácica
- Podem ocasionar dor e desconforto na região das últimas costelas
- Não compensam a redução do volume residual pulmonar pela elevação do diafragma
	Alterações funcionais
Consequências das alterações estruturais. 
Progesterona torna o centro respiratório mais sensível ao CO2.
	Aumento do volume corrente
Diminuição da capacidade residual funcional
Aumento da pO2 
Diminui pCO2
Dispneia fisiológica: aumento do volume corrente e diminuição da pCO2 + alterações de mucosa
Congestão nasal: vasodilatação, edema e aumento da secreção
Alcalose respiratória compensada: hiperventilação aumento do pH queda do bicarbonato e elevação do 2,3-DPG (facilita a liberação do O2)
Aumento leve da FR
Dificuldade de intubação: ângulo laríngeo + edema laríngeo
Início do trabalho de parto: aumento do pH e redução da pCO2
Período expulsivo: episódios temporários de apneia + intensa atividade muscular liberação de lactado acidose metabólica
ALTERAÇÕES HEMODINÂMICAS
	Coração
Não altera significativamente o ECG
	Síndrome hipercinética, hiperdinâmica, hipervolêmica
FC: aumento de 10-15 bpm para manter DC
Deslocamento do coração para a esquerda e para cima, com possibilidade de aumento da silhueta e derrame pericárdico
Ausculta:
- Sopros panssistólicos, audíveis em foco aórtico/aórticoacessório, grau II, desaparecem após o parto
- Hiperfonese e desdobramento de bulhas
- B3
	DC
	Aumento de 30-40% após 10-12 semanas, com pico em 20-24 semanas
Mantem constante após 20-24 semanas
Situações que aumentam DC: decúbito lateral e trabalho de parto e puerpério
	RVP
	Redução de 34%, principalmente no início (circulação placentária, progesterona, PGs, estrogênios)
Nível mínimo na 20ª semana
Fluxo sanguíneo permanece inalterado em cérebro, fígado e mm; aumenta em pele, rins, útero; diminui nos MMII
	PA
	PA = DC x RVP
Redução mais marcante no 2º trimestre (desenvolvimento placentário mais expressivo)
Queda da PAD (10-15) > PAS (3-4)
Hipotensão supina: decúbito dorsal compressão da v cava inferior redução do DC reflexo vasovagal bradicardia, hipotensão e lipotimia. Melhora com o decúbito lateral. No período pós prandial, devido ao aumento do retorno venoso via porta-hepático, a hipotensão supina pode ser menos acentuada.
	PV
	O útero comprime as vv pélvicas e a cava inferior dificulta o retorno venosa e aumenta 3x a PV de MMII
Aparecimento e agravamento de varizes em MMII, vulva e hemorroidas, além de edema
Melhora com o decúbito lateral e elevação de MM
	Pressão capilar pulmonar
	Diminuição de 25% 
Pode ocasionar edema pulmonar
	SRAA
	Aumento de estrógeno + vasodilatação + queda de PA ativação do SRAA 
Maior grau de ativação no 2º/3º trimestres
Menor reposta à angiotensina II
Importante para manutenção da PA
	ANP
	Aumento da liberação durante a gravidez e no pós parto
Gera natriurese, diurese, redução do volume intravascular e da PA
ALTERAÇÕES HEMATOLÓGICAS
	Volume plasmático
	Hipervolemia + diminuição da viscosidade sanguínea hemodiluição
Aumento em 40-50% a partir da 6ª semana, com pico em 30-34 semanas
Decorrente da ação do SRAA
Permite perdas sanguíneas no parto
	Eritrócitos
	Aumento de 20-30% do volume eritrocitário (nº de eritrócitos)
Devido ao aumento de eritropoietina e hiperplasia eritroide moderada na medula
Anemia fisiológica da gestação (hemodiluição)
- Ht reduz (30%) 
- CHCM reduz
	Leucócitos
	Leucocitose relativa
- 5.000-12.000 até 25.000 no parto, sem desvio à esquerda
- Aumento às custas de PMN
- Pp no 2-3 trimestres
Diminuição da função:
- Redução da quimiotaxia e aderência
- Aumenta a suscetibilidade à infecções
- Melhora doenças autoimunes, ITU e PNM
	Plaquetas
	Relativamente inalterada
Trombocitopenia em 5-7% 
- Decorrente do aumento do consumo plaquetário durante a gestação
- Deve ser diferenciado de causas autoimunes e pré-eclâmpsia
Há redução do tamanho das plaquetas
	Fatores de coagulação
	Alterações a partir do 3º mês
Estado de hipercoagulabilidade (aumento dos agentes pró-coagulantes fibrinogênio, fatores VII, VIII,IX, von Willebrand; diminuição do sistema fibrinolítico e fator XI, XIII)
Objetivam combater riscos de hemorragia, mas aumentam em 5x a chance de fenômenos tromboembólicos
	PCR
	Aumento, mais expressivo no trabalho de parto
	Complemento
	Iguais ou discreta elevação
ALTERAÇÕES ENDOCRINO-METABÓLICAS
	Ganho ponderal
	Média de 12,5kg
Devido ao útero e seu conteúdo, mamas, volume sanguíneo, líquido extravascular, deposição de proteínas e gorduras, aumento da água celular
	Metabolismo hídrico
	Retenção de água, devido à diminuição da pressão capilar coloidosmótica
Gera edema de MMII, pode ocorrer edema generalizado
	Metabolismo dos carboidratos
	1ª metade: ↑estrogênio/progesterona hiperplasia de céls beta ↑ secreção insulina ↑ captação periférica de glicose maior risco de hipoglicemia e cetonúria no jejum
 2ª metade: ↑hormônios contrainsulínicos (hormônio lactogênico placentário e cortisol) ↑ lipólise e AGs livres glicose é poupada e há aumento da resistência periférica à insulina ↑ compensatório da produção de insulina estado diabetogênico que sustenta o aporte constante de glicose ao feto
 
	Metabolismo proteico
	Aumento das necessidades proteicas (25%)
Há redução de aa e aumento das proteínas totais
Há redução da concentração de albumina, mas gamaglobulinas reduzem em menor proporção
Há aumento de alfa e betaglobulinas 
	Metabolismo lipídico
	Lipoproteínas, apoliproteínas e lipídios totais aumentam
Colesterol aumenta 50%, TG podem triplicar.
LDL aumenta (pico com 36 semanas)
HDL aumenta (pico com 25 semanas)
Ácidos graxos e glicerol reduzem na primeira metade acúmulo de gordura corporal para ser usada no último trimestre. 
	Metabolismo eletrolítico
	Em geral, há redução de eletrólitos, devido ao aumento de consumo (ex. cálcio, magnésio, ferro, iodo)
O balanço de sódio é um dos principais mecanismos para regular o volume sanguíneo e extracelular
	Prolactina
	Há aumento 2-3x da hipófise anterior, com hiperplasia das céls produtoras de prolactina
Aumenta continuamente – pico no início de trabalho de parto (10x)
	Hormônios tireoidianos
	Aumento do tamanho da tireoide
Aumento de T3/T4 – platô com 20 semanas
- estrogênio diminui metabolização hepática de TBG aumento da concentração de TBG (2x) 
- betahCG é semelhante ao TSH estímulo à tireoide leve queda do TSH, T3/T4 normal (hiper subclínico)
	PTH
	Há aumento das paratireoides aumento de PTH aumento da reabsorção óssea e intestinal de cálcio
Pode desencadear osteoporose
ALTERAÇÕES URINÁRIAS
	Rins e ureteres
	Aumento de peso e tamanho
↑vascularização ↓resistência ↑fluxo plasmático renal ↑ TFG ↑ clearance de creatinina ↓ureia/creatinina (creatinina > 0,9 suspeitar de doença renal)
Glicosúria (diminui a capacidade de reabsorção tubular de glicose)
Dilatação do sistema coletor e ureteral, mais à D (progesterona relaxa a musculatura lisa e reduz a peristalse + compressão/obstrução pelo crescimento e dextrorrotação uterina)
	Bexiga
	Elevação do trígono vesical
Diminuição do tônus vesical polaciúria e incontinência
ALTERAÇÕES DIGESTIVAS
	Boca
	Gengivas: hiperemia e amolecimento favorecem sangramentos
Aumento da salivação favorecem náuseas
Redução do pH favorece cáries
	Redução do tônus do EEI
	Geram RGE e pirose
	Aumento da PIA
	Geram RGE e pirose
	Intestinos
	Placenta Aumento de produção de gastrina queda do pH gástrico aumento do muco e do volume gástrico lentificação do esvaziamento gástrico pirose, eructação, RGE
	Redução da motilidade
	Redução do peristaltismo intestinal constipação intestinal, flatulência, hemorroidas
	Fígado e vesícula biliar
	Hipotonia da musculatura lisa da vesícula biliar + aumento da saturação e colesterol estase predisposição a cálculos
Aumento de bilirrubinas
Aumento de FA (2x)
QUEIXAS COMUNS NA GESTAÇÃO
CEFALEIA
· Mecanismo: progesterona vasodilatação e edema cerebral
· Conduta: paracetamol; antienxaquecosos estão contraindicados
TONTEIRAS E VERTIGENS
· Mecanismo: instabilidade vosomotora, hipoglicemia ou hipotensão supina
· Conduta: diminuir período de jejum; evitar ambientes quentes, ortostatismo prolongado e decúbito dorsal; sentar com a cabeça abaixada ou deitar em decúbito lateral melhora as crises
FADIGA
· Mecanismo: alterações posturais, aumento de peso; possibilidade de anemia
· Conduta: repouso
LOMBALGIA
· Mecanismo: alterações posturais. Afetam principalmente gestantes sedentárias e com sobrepeso, no 3 trimestre. 
· Conduta: orientações posturais e ergonômicas; alongamento e fortalecimento muscular; uso de sapatos adequados, com salto médio; hidroginástica, fisioterapia e massagens; repouso; compressas quentes ou frias; cintas próprias para gestantes; paracetamol 
CÃIMBRAS
· Mecanismo: estiramento súbito da musculatura, baixa de cálcio e elevação de fósforo
· Conduta: aumento da ingestão de cálcio, prescrição de citrato/lactato de magnésio; evitar alongamentos excessivos ao acordar e posição sentada ou ortostática por longos períodos. Durante as crises, usar calor local, massagens, movimentos de flexão/extensão
NÁUSEAS E VÔMITOS
· Mecanismo: níveis aumentados de hCG. Piores no 1º trimestre, gemelar e doença trofoblástica; pela manhã ou longos períodos em jejum. Tendem a melhorar entre 16-20 semanas.
· Conduta: como aumentar a ingestão de alimentos leves, secos, gelados eácidos, reduzir o consumo de carboidratos, diminuir o intervalo entre as refeições e a quantidade em cada uma delas, evitar a ingestão de líquidos em grande quantidade e com o estômago vazio e deitar apenas 40 minutos após refeições.O tratamento medicamentoso deve ser reservado para situações graves e/ou debilitantes. Piridoxina 10-25 mg 3x ao dia ou gengibre 250mg 4x ao dia são eficazes. Não há evidência de teratogenicidade nos tratamentos com dimenidrinato e metoclopramida.
· Em casos de vômitos intensos, perda de peso e desidratação, recorre-se à hospitalização, jejum, hidratação venosa, antieméticos e apoio psicológico.
HIPEREMESE GRAVÍDICA
· Conceito: síndrome caracterizada pela persistência de náuseas e vômitos incoercíveis, que aparece antes da 20ª semana, associada a: perda de peso > 5%, desidratação, DHE, cetose, cetonúria. Acomete mais primigestas jovens, obesas, gestação gemelar, doença trofoblástica e em HP+. 
· Grave: desidratação grave, pulsos finos/rápidos, oligúria, hiponatremia, letargia, convulsão, PCR, carências vitamínicas (polineurite, fraqueza muscular acentuada, síndrome de Korsakoff)
· Complicações: encefalopatia de Wernicke (rara), síndrome de Mallory-Weiss (laceração da JEG), rotura de esôfago com pneumomediastino.
· Mecanismo: pico de secreção de hCG, ação de estrogênio e progesterona; fatores psicossomáticos
· Conduta: controle de peso e diurese, jejum de 24-48h para estabilizar, dieta progressiva, hidratação parenteral; reposição de vitamina B6, K, C, tiamina; antieméticos (metoclopramida, ondansentrona), anti-histamínicos (dimenidrato, piridoxina, prometazina); sedativos (diazepam, clorpromazina), corticoides (em casos refratários, usar associado ao antiemético (metilprednisona).
PIROSE
· Mecanismo: lentificação do esvaziamento gástrico, redução do tônus do EEI, aumento da PIA.
· Conduta: refeições fracionadas e pouco volumosas, evitar decúbito após refeição, evitar café/chá preto/mate/doce/alimentos gordurosos/condimentos/irritantes da mucosa, evitar álcool e fumo; dormir com cabeceira elevada. Em situações extremas, usar antiácidos, IBP ou antagonistas H2.
CONSTIPAÇÃO INTESTINAL
· Mecanismo: atonia intestinal por ação da progesterona
· Conduta: aumento da ingestão de fibras e água. Em casos extremos, usar dimeticona, supositório de glicerina, estimulantes, formadores de volume.
HEMORROIDAS
· Mecanismo: constipação intestinal e aumento da pressão venosa.
· Conduta: higiene local com água e sabão, aumento da ingestão de fibras e água, evitar alimentos condimentados, evitar esforços excessivos, pomadas a base de anestésicos e corticoides.
EDEMA 
· Mecanismo: aumento da pressão hidrostática no leito venoso, por compressão da veia cava inferior; diminuição da pressão coloidosmótica.
· Conduta: decúbito lateral e elevação de MM. Se edema generalizado + toxemia gravídica: investigar proteinúria e hipertensão.
VARICOSIDADES
· Mecanismo: aumento da pressão venosa, inatividade, diminuição do tônus vascular, fraqueza congênita das paredes musculares das veias. Durante a gestação, as dilatações venosas em MMII surgem precocemente, com desenvolvimento intenso e sintomas associados. Entretanto, podem regredir rapidamente durante e após o puerpério. O estado hiperdinâmico e hipervolêmico fisiológico da gravidez, associado à compressão pelo útero gravídico, ganho de peso e alterações hormonais, contribuem para a insuficiência venosa. As varizes devem ser divididas entre as que se iniciam e as que se agravam durante esse período.
· Sintomas: Dor (desconforto ou sensação de peso nos MMII), edema, hiperpigmentação (dermatite ocre), eczema de estase, celulite/erisipela, lipodermatoesclerose (dermatoesclerose, hipodermite, celulite endurecida, enduração), úlceras de estase
· Conduta: uso de meias elásticas; evitar ortostatismo por longos períodos
· Elevação dos membros inferiores várias vezes ao dia
· Não permanecer com pernas cruzadas
· Não usar roupas muito justas
· Evitar ortostatismo por longos períodos
· Meias elásticas compressivas: melhora na sintomatologia dolorosa, mas não impede o surgimento de novas varizes. Na gestante, a meia deve encobrir todo o membro inferior, principalmente a região superior (devido à presença de veia safena e o risco de tromboembolismo), e deve incluir a sustentação da barriga. A meia deve, de preferência, se adequar ao diâmetro de todo o MI e sua compressão deve estar de acordo com a gravidade do quadro: compressão leve (apenas desconforto nos membros, mas sem varizes visíveis), média (varizes menos graves) e alta (varizes mais graves).
SINTOMAS URINÁRIOS
· Mecanismo: compressão e redução do tônus vesical
· Sintomas: polaciúria sem disúria/algúria, incontinência urinária aos esforços, pp no final da gestação
· Conduta: não prender urina; hidratação oral frequente e abundante
LEUCORREIA
· Mecanismo: maior produção de muco, maior descamação epitelial (aumento da vascularização)
· Conduta: orientar a paciente. Apesar de fisiológica, deve ser avaliada à procura de outras condições.
	Candidíase
	Proliferação de C. albicans por desequilíbrio da flora
	Corrimento branco grumoso inodoro, de aspecto caseoso, aderente, com placas
Prurido vulvovaginal intenso, que piora à noite e com calor
Disúria
Hiperemia, edema, fissuras
Dispareunia
Colo hiperemiado
	Miconazol creme vaginal 2% 7 dias
OU
Miconazol óvulo vaginal 200mg 3 d
OU
Clotrimazol creme vaginal 1% 7dias
OU
Clotrimazol óvulo vaginal 100mg 2 óvulos por 3 dias
TTO ORAL CONTRAINDICADO
	Vaginose
	Desequilíbrio da microbiota com aumento de anaeróbicos (Gardnerella e Mobiluncus) e diminuição de Lactobacillus
	Corrimento branco-acinzentado, homogêneo, fluido/cremoso, pequenas bolhas, odor fétido que piora após coito e menstruação (“odor de peixe”); pode aderir às paredes vaginais, mas é facilmente removível
Associada à TPPT e RPM.
	Metronidazol 500mg VO 12/12h 7 dias
OU
Metronidazol 250mg VO 8/8h 7 dias
OU 
Metronidazol gel 0,75% MID ou BID 7d
No 1º trimestre, preferir:
Clindamicina 300mg VO 12/12h 1 d
OU 
Clindamicina óvulo vaginal 100mg 3d
	Tricomoníase
	Trichomonas vaginalis (DST)
	Corrimento amarelo-esverdeado, abundante, fétido, bolhoso, não aderente
Irritação/Prurido
Dor pélvica e dispareunia
Edema e eritema vulvar e vaginal
Colpite difusa e focal (framboesa)
	Metronidazol 2g VO dose única 
OU 
Metronidazol 500mg 12/12h 7d
NÃO USAR TÓPICO
TRATAR O PARCEIRO
ABSTINÊNCIA SEXUAL OU PRESERVATIVO
	Gonorreia
	N. gonorrhoeae
	Corrimento branco/acinzentado/amarelado
Prurido
Dor/dispareunia
Cervicite
	Ceftriaxona 250mg IM dose única
	Clamídia
	C. trachomatis
	Corrimento branco/acinzentado/amarelado
Prurido
Dor/dispareunia
Cervicite
	Azitromicina 1g VO dose única
OU 
Estearato de eritromicina 500mg VO 6/6h 7d

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