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ARTIGO BRUNO RIBEIRO DOS SANTOS (FINAL)

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Prévia do material em texto

UNIGAMA – CENTRO UNIVERSITÁRIO 
CURSO DE DIREITO 
 
 
 
 
 
 
BRUNO RIBEIRO DOS SANTOS 
 
 
 
 
 
AÇÃO EX DELICTO: O REFLEXO DA FIXAÇÃO DO VALOR MÍNIMO 
PARA BENEFICIAR O INTERESSE DA VÍTIMA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
RIO DE JANEIRO 
2019 
 
 
BRUNO RIBEIRO DOS SANTOS 
 
 
 
 
 
AÇÃO EX DELICTO: O REFLEXO DA FIXAÇÃO DO VALOR MÍNIMO 
PARA BENEFICIAR O INTERESSE DA VÍTIMA 
 
 
 
 
 
 
 
Trabalho de Conclusão de Curso, em 
formato de artigo científico, apresentado 
como requisito parcial à obtenção do grau 
de Bacharel em Direito, do Curso de 
Direito, da Faculdade Gama e Souza. 
 
 
 
 
 
 
 
 
Orientador: Prof. Thiago Helver Domingues da Silva Jordace 
 
 
 
 
 
RIO DE JANEIRO 
2019 
 
 
 
BRUNO RIBEIRO DOS SANTOS 
 
 
 
AÇÃO EX DELICTO: O REFLEXO DA FIXAÇÃO DO VALOR MÍNIMO 
PARA BENEFICIAR O INTERESSE DA VÍTIMA 
 
 
 
 
 
Trabalho de Conclusão de Curso, em 
formato de artigo científico, apresentado à 
Banca Examinadora como requisito parcial 
à obtenção do grau de Bacharel em Direito, 
do Curso de Direito, da Faculdade Gama e 
Souza. 
 
 
 
 
 
 
 
Artigo científico apresentado e aprovado em _____ / ______ / 2019. 
 
 
 
BANCA EXAMINADORA 
 
 
______________________________________ 
 
 
 
 
______________________________________ 
 
 
 
 
______________________________________ 
 
 
 
 
 
DEDICATÓRIA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Ao meu saudoso pai 
 
 
AGRADECIMENTOS 
 
- 
 
- À minha esposa, Chintia Araújo Silva, que, por muitas, manteve um cenário 
salutar para o desenvolvimento deste trabalho. 
 
- Ao Professor-orientador Dr. Thiago Helver Domingues Silva Jordace, que, 
pacientemente, me auxiliou na elaboração e por muitas vezes me respondia quando 
precisava. 
 
- À professora Dra Vânia Aieta, que me deu grande conhecimento 
constitucional, além disso, proporcionava convites aos eventos jurídicos que foram 
muito importantes para a minha formação. 
 
- À bibliotecária Marcela Vicente que com maestria me orientou nas questões 
da formatação deste trabalho. 
 
- À minha mãe por tornar isso possível trazendo paz, amor e muito sossego 
no desenvolvimento deste trabalho. 
 
- Ao meu grande irmão Marcio Ribeiro dos Santos. 
 
 - Aos colegas de estudos da Unigama, principalmente, Thiago Targino, André 
Luiz Arouca e Welligton Assis que hoje viraram grandes amigos. 
 
- O mais importante agradecimento vai para o meu saudoso pai, Severino 
Antônio dos Santos, pois estou realizando um sonho que era dele antes de partir. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
1 
 
 
AÇÃO EX DELICTO: O REFLEXO DA FIXAÇÃO DO VALOR MÍNIMO 
PARA BENEFICIAR A VÍTIMA 
Bruno Ribeiro dos Santos1 
 
RESUMO: Este artigo tem como pauta a ação ex delicto e as deliberações da 
reparação mínima à luz da reforma trazida pelo legislador de 2008. Dividia em 
quatro seções, a pesquisa procura abordar sobre o contexto histórico, os aspectos 
do direito material, as características específicas do instituto e o procedimento antes 
e depois da reforma do código de processo penal em 2008. Após a reforma de 2008 
e trouxe, para a vítima, maiores chances para a efetiva reparação do dano causado 
decorrente de ate ilícito. A pesquisa aspira apresentar a relevância da norma jurídica 
para a sociedade no que se tange à reparação mínima danos causados ao 
ofendido, ademais, expor aspectos relevantes sobre o instituto dentro do processo 
penal. 
Palavras-chave: Direito Processual. Penal. Direito penal. Reparação da vítima. 
Sumário: Introdução; 1. O contexto histórico pátrio da reparação por ilícito penal; 
2. Aspectos do direito material brasileiro; 3. Da ação ex delicto 4. Da aplicabilidade 
antes e depois da reforma de 2008; Considerações Finais; Referências. 
INTRODUÇÃO 
Historicamente, a reparação da vítima decorrente de crime no Brasil tem sua 
tímida abordagem no primeiro ordenamento penal imperial seis anos após a criação 
da primeira constituição brasileira que foi outorgada pelo imperador Dom Pedro I em 
1824. 
Além disso, é relevante frisar que o crime não somente atenta à ordem 
púbica, mas também outro efeito, isto é, o dano material ou moral à vítima. Ademais, 
vale ressaltar que os estudos derivado da vitimologia trouxeram relevantes motivos 
para se cuidar melhor da vítima a qual sofreu um ilícito penal. Como assegura Greco 
(2017), a vitimologia, atualmente, tem trazido à retomada da importância da vítima 
no processo penal, já que as inclusões de muitos institutos criminais e processuais 
penais têm como foco o interesse essencial da vítima em face de quem praticou o 
tipo penal. 
Sendo assim, o estudo presente neste artigo científico tem por foco principal 
apresentar de forma breve o instituto da ação civil ex delicto e demonstrar como a 
inclusão da reparação mínima da vítima dentro do código de processo penal trouxe 
um procedimento mais célere. Segundo Tourinho Filho (2002) somente a sanção 
penal não era satisfatória, dessa forma, o Estado teve que trazer a resposta do 
Direito Público para a reparação de danos causados à vítima a fim de que se tente 
estabelece o estado antes do efeito do dano, outrora causado ato criminoso. 
Portanto, a efetiva resolução do dano somente estará completa se a pena estiver 
conexa com a reparação civil da vítima. 
Sendo assim, a reparação mínima civil na sentença condenatória trazida pelo 
código de processo penal brasileiro é muito importante, principalmente, após a 
reforma de 2008 trazida pela Lei 11.719/2008 que trouxe dispositivos para um 
alcance mais rápido e eficaz para o interesse da vítima. 
 
1
Estudante do 10º período do curso de Direito da Unigama. 
2
 “XVIII. Organizar–se-ha quanto antes um Codigo Civil, e Criminal, fundado nas solidas bases da 
Justiça, e Equidade.” (RIO DE JANEIRO, 1828) 
2 
 
 
Debater sobre a ação civil ex delicto na fixação do valor mínimo para 
reparação proferida pelo juízo criminal justifica-se, pois é importante informar sobre 
esse instituto para se alcançar, pelo menos, a mínima satisfação do prejuízo 
causado na vítima dentro do tempo razoável do processo trazida pela constituição 
Federal de 1988. Dessa forma, pode-se trazer mais segurança jurídica e sensação 
de justiça dentro do ordenamento jurídico brasileiro. 
Diante disso, o presente artigo estabeleceu como problema de pesquisa 
demonstrar como a fixação da reparação mínima da vítima em sentença 
condenatória que trouxe um procedimento mais breve para a satisfação do dano. E 
como objetivo geral será explanado os aspectos gerais do instituto ex delicto no 
direito processual brasileiro atual e sobre a origem da reparação decorrente de ato 
criminoso. Para alcançar o objetivo geral, os objetivos específicos deverão: trazer o 
contexto histórico, abordar sobre os sistemas, conceituar o instituto e trazer 
aspectos da reparação do ilícito à luz do direito civil e direito penal e comparar a 
eficácia após modificação do processo penal pela lei 11.719/2008 com os 
precedentes jurisprudenciais. 
1 O CONTEXTO HISTÓRICO PÁTRIO DA REPARAÇÃO POR ILÍCITO PENAL 
Historicamente, o primeiro código penal brasileiro foi constituído logo depois 
da promulgação da constituição do Brasil de 18282. No Brasil, a responsabilidade 
civil decorrente de ato criminoso já estava positivada a partir do código criminal no 
regime imperial. 
 
Art. 21. O delinquente satisfará o damno, que causar com o delicto (...). 
Art. 22. A satisfação será sempre a mais completa, que fôr possivel. 
Art. 23. No caso de restituição, far-se-ha esta da propria cousa, com 
indemnização dos deterioramentos, e da falta della, do seu equivalente. 
Art. 29. A obrigação de satisfazer o damno na fórma dos artigos 
antecedentes, passa aos herdeiros dos delinquentes até o valor dos bens 
herdados, e o direito de haver a satisfação passa aos herdeiros dos 
offendidos.Art. 31. A satisfação não terá lugar antes da condemnação do delinquente 
por sentença em juizo criminal, passada em julgado. Exceptua-se: 
3º O caso, em que o offendido preferir o usar da acção civil contra o 
delinquente (RIO DE JANEIRO, 1830). 
 
Sendo assim, os dispositivos supracitados afirmam que a pretensão da 
reparação era feita de forma mais completa possível e com responsabilidade civil 
extensiva aos herdeiros, além disso, com a faculdade de pleitear na seara civil a 
indenização. Portanto, é possível afirmar que é no código criminal de 1830 cujo 
temos a gênese da ação civil ex delicto. 
Atualmente, temos no direito fundamental a possibilidade de reparação do 
dano a título de indenização. Segundo Távora e Alencar (2017), a atual constituição 
da República Federativa do Brasil de 1988 também reflete no direito à indenização 
moral e material, como previsto no (artigo 5°, inciso V)3 da magna carta do Brasil. 
Isso porque, conforme o dispositivo supracitado, em muitos casos, antijuridicidade 
também gera dano com pretensão de natureza patrimonial e extrapatrimonial, assim, 
devendo ter uma resposta proporcional ao agravo. Portanto, pode se concluir que a 
 
2
 “XVIII. Organizar–se-ha quanto antes um Codigo Civil, e Criminal, fundado nas solidas bases da 
Justiça, e Equidade.” (RIO DE JANEIRO, 1828) 
3
 “Art. 5°, inciso V da CRFB/88 diz “é assegurado o direito de resposta, proporcional ao agravo, além 
da indenização por dano material, moral ou à imagem;” (BRASIL, 1988) 
3 
 
 
indenização por crime é legitimada, ainda que no dispositivo constitucional não diga 
a matéria jurídica de forma estrita, por exemplo, civil ou penal. Logo, podemos 
interpretá-la para o cenário penal. Isso porque, se tem no direito brasileiro o dano 
ilícito moral, por exemplo, os crimes contra a honra, logo, o dispositivo constitucional 
dar margem à interpretação para danos decorrente de ilícito penal por Tourinho Filho 
(2010). Diante do exposto, fica claro que uma interpretação extensiva do dispositivo 
normativo constitucional pode concluir que a reparação por ilícito penal tem respaldo 
na magna carta brasileira. 
Cabe ressaltar que a ação penal aspira, em regra, um efeito punitivo do 
Estado em face do ofensor, ou seja, aplicar a pena, por outro lado, a ação civil tem 
por pretensão a reparação material ou moral do dano causado por Nucci (2016). 
Sendo assim, vem um questionamento trazido, segundo Tourinho Filho (2002, p. 8), 
“afinal, onde devem ser proposta a ação penal e a civil quando o fato gerador das 
respectivas responsabilidades for o mesmo?”Para responder essa pergunta e ficar 
mais claro sobre os aspectos evolutivos da conexão entre a ação civil e a ação 
penal, deve-se trazer em voga, a teoria dos sistemas. 
Conforme Lima (2017), existem quatro sistemas, o primeiro é o sistema 
denominado confusão, no qual a demanda de buscar a sanção penal do crime e a 
reparação civil pelo dano causado é feito no mesmo pedido. O segundo é o sistema 
solidário, no qual se faz a pretensão de ambas as matérias juntas no mesmo 
processo e com resolução conjunta, mas em pedidos diferentes. O terceiro sistema 
é o da livre escolha, pelo qual o ofendido poderá tanto demandar a satisfação no 
processo cível quanto na seara penal no mesmo processo penal. No entanto, se 
demandar a satisfação na jurisdição cível ficará suspensa caso a decisão no 
processo penal seja importante para se determinar o ressarcimento, a fim de que 
decisões ambíguas não tragam insegurança jurídica. O quarto e último sistema é o 
da independência, pelo qual haverá demanda em sede da justiça cível e outra na 
criminal com o propósito de que se tenha a matéria específica de direito privado de 
cunho patrimonial separada da pretensão penal jus puniendi4 do Estado. 
No Brasil, é consolidado o sistema independente, porém é suavizado. Como 
afirma Tourinho Filho (2010) pode a pretensão ser demandada na justiça cível e 
caso condenado, na justiça penal sem mais recursos, será feito ação de execução 
em sede cível e não cabe mais discutir a obrigação de pagar e sim o montante que 
se deve pagar. Por outro lado, se for proposta a primeira ação na esfera civil e a 
ação penal estiver em curso, ficará a primeira suspensa até a decisão definitiva da 
ação na justiça penal. 
2 ASPECTOS DO DIREITO MATERIAL BRASILEIRO 
É possível comprovar até o final deste capítulo elementos fundamentais pelos 
quais não somente dar ao ofendido o direito à reparação dos danos causados, mas 
que também a norma penal traz à tona efeitos relevantes para beneficiar o réu e o 
apenado. 
No código civil brasileiro atual, há diversos dispositivos que se manifesta a 
respeito da responsabilidade civil no próprio aspecto do direito privado puro. 
Entretanto, devem ser pautados os dispositivos jurídicos atuais que dão amarrações 
do dano civil decorrente de ilícito penal por Pacelli (2017) 
Em regra, a responsabilidade civil é independente, consoante à cabeça do 
(art. 935) do código civil brasileiro (BRASIL, 2002), porém, a lei penal acaba não 
 
4
 É um termo em latim que define o direito estatal de aplicar punição ao privado. 
4 
 
 
mantendo muito essa distância da seara civil. Isso porque segundo Lopes (2016), 
haverá casos em que a ação cível e a penal terão consequências juntas, ainda que 
sejam matérias diferentes. Ocorre devido o ilícito penal trazer consequências de 
responsabilidade civil. Assim, é possível dizer que se no curso do crime tiver o 
agente cometido algum dano, por exemplo, patrimonial, poderá responder na seara 
civil. O código civil brasileiro corrobora bem essa questão. 
 
 Art. 927. Aquele que, por ato ilícito ( arts. 186 e 187 ), causar dano a 
outrem, fica obrigado a repará-lo. Art. 186. Aquele que, por ação ou 
omissão voluntária, negligência ou imprudência, violar direito e causar dano 
a outrem, ainda que exclusivamente moral, comete ato ilícito. (BRASIL, 
2002). 
 
Portanto, pode-se comprovar que se o agente criminoso furta um veículo 
automotor e no lapso temporal em que a res furtiva5 sofrer dano, poderá a vítima 
demandar na justiça cível a indenização pelo dano causado. 
Outro aspecto trazido pelo código civil que influência o instituto é a prescrição, 
já que é no direito civil que está abarcado o fim da pretensão ou o início dela. 
Segundo o código civil de 2002 (art. 206, §3, V), “[...] Prescreve em três anos [...] a 
pretensão de reparação civil.”(BRASIL 2002). Segundo Avena (2017), a questão 
relevante sobre a prescrição é o início da contagem do prazo, pois se o ofendido 
encontra-se aguardando a sentença penal, estará suspenso o prazo prescricional 
até a decisão do juízo criminal, nos moldes do (art. 200 CC). Dessa forma, se o 
ofendido demanda em sede cível a ação de conhecimento com a finalidade de ter a 
reparação dos danos decorrente de ato ilícito. É possível dizer que ocorrerá a 
interrupção do prazo prescricional no juízo cível. 
É importante abordar as referências do direito penal na reparação civil do 
agente passivo do tipo penal. Visto que sob o viés jurídico do (art. 91), do código 
penal brasileiro, entende-se, como efeito secundário da sentença condenatória, a 
obrigação de indenizar o dano decorrente do tipo penal (BRASIL, 1941). Sendo 
assim, é possível dizer que a norma de direito material penal expressa sobre a 
satisfação da reparação do dano já na sentença condenatória. 
Há outros dispositivos do código penal brasileiro que é relevante expor, pois 
contextualiza como a reparação do dano tem relevo no efeito da pena e no regime 
do réu, como descreve os artigos a seguir: 
 
Art. 33 [...] 
§ 4
o
 O condenado por crime contra a administração pública terá a 
progressão de regime do cumprimento da pena condicionada à reparação 
do dano que causou, ou à devolução do produto do ilícito praticado, com os 
acréscimos legal. 
Art. 16 - Nos crimes cometidos sem violênciaou grave ameaça à pessoa, 
reparado o dano ou restituída a coisa, até o recebimento da denúncia ou da 
queixa, por ato voluntário do agente, a pena será reduzida de um a dois 
terço 
Art. 65 - São circunstâncias que sempre atenuam a pena: 
III - ter o agente 
b) procurado, por sua espontânea vontade e com eficiência, logo após o 
crime, evitar-lhe ou minorar-lhe as conseqüências, ou ter, antes do 
julgamento, reparado o dano. (BRASIL, 1941). 
 
 
5
 Res furtiva é um termo em latim usado no âmbito jurídico que significa o objeto do furto 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/2002/l10406.htm#art186
5 
 
 
Além disso, de fato a norma penal pode aspirar ser mais benéfica para o 
agente que esteja com animus de compensar o prejuízo da vítima. Brito, Fabretti e 
Lima (2015) afirmam que a reparação do dano decorrente de crime também poderá 
beneficia o apenado com a diminuição da pena ou até mesmo pode ser causa de 
atenuação na fase da dosimetria penal, ademais, no caso de crime contra a 
administração pública será uma exigência para progredir de regime na fase de 
cumprimento de pena. Sendo assim, é possível garantir que a norma penal traz 
fundamentais aspectos, na questão de disponibilizar ao réu e ao apenado 
benfeitorias, pelos quais mitigarão o peso da pena, no caso supracitado, se agente 
do crime faça a reparação do ofendido e, em outros casos, a devolução do produto 
do crime. 
3 DA AÇÃO EX DELICTO 
Anteposto nas teorias dos sistemas, existem várias hipóteses de junção ou 
separação da seara criminal e civil quando se trata do mesmo fato. Segundo 
Tourinho Filho (2010), o ordenamento jurídico pátrio possui o sistema independente, 
porém, mitigado quando um único fato se vincula as duas jurisdições. Assim, tendo 
em vista um fato único causar um ilícito penal e um ilícito civil. Pode-se 
dizer,portanto, que tal conduta poderá ter, como efeito, comunicações entre ambas 
as searas. 
A ação ex delicto é um instituto para se alcançar a reparação civil dos danos 
causados à vítima que venha de um ilícito penal. No prisma de Avena (2017), é 
possível conceituar a ação ex delicto como o instituto jurídico do processo penal 
que tem pretensão indenizatória decorrente de sentença penal condenatória. Assim, 
se um fato único constituído crime incorrer também em um ilícito penal e, causar 
danos materiais ou morais, ou até ambos, tal conduta será material para a ação civil 
ex delicto com a intenção de obter uma compensação pelo dano causado. 
Por regra, o seu procedimento em sede cível é executório, como prevê o 
caput6 do artigo 63 do código de processo penal brasileiro, “transitada em julgado a 
sentença condenatória, poderão promover-lhe a execução, no juízo cível, para o 
efeito da reparação do dano, [...]”. (BRASIL, 1941). Dessa forma, a sua expressão 
legal afirma está disposto, à seara civil, a execução titular da sentença criminal. 
Portanto, como supracitado, percebe-se que a ação ex delicto tem como principal 
procedimento aguardar a ação penal e gerar a obrigação na sentença e, 
posteriormente, executá-la em sede do juízo civil. 
Por outro lado, cabe aqui ressaltar que o código penal brasileiro também 
abarca outra modalidade que o difere da regra geral, como exposto no dispositivo 
legal anterior, pelo qual dispõe outras formas de demandar a ação, como expõe o 
código de processo penal: 
 
Art. 64. Sem prejuízo do disposto no artigo anterior, a ação para 
ressarcimento do dano poderá ser proposta no juízo cível, contra o autor do 
crime e, se for caso, contra o responsável civil 
Parágrafo único. Intentada a ação penal, o juiz da ação civil poderá 
suspender o curso desta, até o julgamento definitivo daquela. (BRASIL, 
1941) 
O primeiro elemento relevante a destacar é a demanda da ação civil para a 
reparação de danos. Cita-se, também, a posição de Tourinho Filho (2010), se caso a 
 
6 É uma palavra em latim que significa cabeça que no caso aludido é a cabeça do artigo da lei. 
6 
 
 
vítima queira promover a ação indenizatória antes do da penal, esta poderá. Assim 
ficará facultado à vítima a mais uma opção que é propor a ação civil indenizatória 
antes da ação penal. Ademais, a ação na seara civil não causa detrimento da ação 
decorrente da penal. Segundo Avena (2017), há diferença quanto a sua natureza 
processual, a primeira e a ação ex delicto de natureza executória, a outra é a ação 
ex delicto de natureza de conhecimento. 
 Portanto, em outras palavras, é possível dizer que a reparação civil, 
decorrente de ilícito penal, terão outras formas, a primeira pelo título executivo 
advindo da sentença condenatória, como prever o (art. 63). E a outra opção é de 
pleitear desde logo uma ação comum na esfera civil, porém sem o detrimento 
daquela imposta na regra geral, consoante o dispositivo no (art. 64). 
O segundo e último elemento fundamental para entendermos do dispositivo 
citado, tange-se sobre o efeito da suspensão da demanda cível para pretensão 
indenizatória. A respeito do ensinamento de Tourinho Filho (2010), se no decorrer da 
ação civil indenizatória sobrevier à ação penal ou, o contrário, se a demanda civil for 
proposta e a penal estiver em curso, ficará a ação da jurisdição cível suspensa até o 
término do processo penal. Tal medida é adotada para evitar decisões ambíguas 
que se contradiz entre si, pois daria margem à insegurança jurídica. Pode-se 
assegurar, portanto, que a pretensão indenizatória demandada na seara cível passa 
pela medida da suspensão prescricional para manter a segurança entre as duas 
jurisdições. 
A respeito da legitimação, também é positivado no mesmo dispositivo do 
ordenamento processual penal. São legitimados à demanda: o ofendido, o seu 
representante legal ou o herdeiros caso ofendido venha a morrer [art. 63]. Conforme 
Avena (2017), os legitimados à propositura da demanda sejam aquela em sentença 
condenatória penal ou para a indenização direta em sede cível, necessariamente 
deverão se por meio de advogado. Assim, pode-se dizer que para a satisfação 
indenizatória somente poderão postular os legitimados para a propositura na justiça 
civil ou, o advogado, como auxiliar da justiça na ação penal se estiver devidamente 
subescrito. 
Entretanto, cabe trazer à baila, sobre a possibilidade do Ministério Público ser 
parte legítima a postular em nome da vítima, já que há possibilidade, porém a norma 
infraconstitucional tem aspectos que foi pacificado pela jurisprudência. Segundo o 
código de processo penal, no (art 68), temos a seguinte redação: “Quando o titular 
do direito à reparação do dano for pobre (art. 32, §§ 1o e 2o), a execução da 
sentença condenatória (art. 63) ou a ação civil (art. 64) será promovida, a seu 
requerimento, pelo Ministério Público.” (BRASIL, 1941). Logo, em tese, o Ministério 
público pode postular a ação ex delicto em favor do ofendido. Entretanto, esse 
preceito é mitigado, pois tem jurisprudência firmada no Supremo Tribunal Federal 
que debateu essa questão. Conforme o entendimento do egrégio: 
 
LEGITIMIDADE - AÇÃO "EX DELICTO" - MINISTÉRIO PÚBLICO - 
DEFENSORIA PÚBLICA - ARTIGO 68 DO CÓDIGO DE PROCESSO 
PENAL - CARTA DA REPÚBLICA DE 1988. A teor do disposto no artigo 
134 da Constituição Federal, cabe à Defensoria Pública, instituição 
essencial à função jurisdicional do Estado, a orientação e a defesa, em 
todos os graus, dos necessitados, na forma do artigo 5º, LXXIV, da Carta, 
estando restrita a atuação do Ministério Público, no campo dos interesses 
sociais e individuais, àqueles indisponíveis (parte final do artigo 127 da 
Constituição Federal). INCONSTITUCIONALIDADE PROGRESSIVA - 
VIABILIZAÇÃO DO EXERCÍCIO DE DIREITO ASSEGURADO 
CONSTITUCIONALMENTE - ASSISTÊNCIA JURÍDICA E JUDICIÁRIA DOS 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/del3689compilado.htm#art32
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/del3689compilado.htm#art63
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/del3689compilado.htm#art647 
 
 
NECESSITADOS - SUBSISTÊNCIA TEMPORÁRIA DA LEGITIMAÇÃO DO 
MINISTÉRIO PÚBLICO. (...).Enquanto não criada por lei, organizada - e, 
portanto, preenchidos os cargos próprios, na unidade da Federação - a 
Defensoria Pública, permanece em vigor o artigo 68 do Código de Processo 
Penal, estando o Ministério Público legitimado para a ação de ressarcimento 
nele prevista. Irrelevância de a assistência vir sendo prestada por órgão da 
Procuradoria Geral do Estado, em face de não lhe competir, 
constitucionalmente, a defesa daqueles que não possam demandar, 
contratando diretamente profissional da advocacia, sem prejuízo do próprio 
sustento. (BRASIL, 1994) 
Portanto, entende a jurisprudência, ainda vigente, que há uma 
inconstitucionalidade progressiva, logo o [art. 68] poderá ser exercido em alguns 
casos específicos. Assim, a legitimidade do Ministério público é relativa, pois existe o 
papel da Defensoria Pública. Assegura Tourinho Filho (2002), a magna carta 
brasileira de 1988 não recepcionou o [art. 68] do ordenamento processual penal, 
visto que depois de promulgada à constituição federal é prerrogativa da Defensoria 
Pública dar assistência advocatícia aos mais necessitados7. Pode-se confirmar, 
diante do exposto, a jurisprudência do Supremo pacificou a questão divergente da 
legitimação do Ministério público para a propositura da ação civil ex delicto a 
requerimento da ofendida. Portanto, pode-se concluir que poderá ocorre essa 
legitimação, entretanto, por regra, somente se na comarca da vítima do crime não 
tiver a figura da instituição da Defensoria Pública, já que não é a função principal do 
Ministério Público esta prerrogativa de advogar para titulares pobres. 
Outro aspecto indispensável destaca-se sobre as tutelas cautelares para a 
garantia indenizatória da vítima. No tocante a ação ex delcito, poderá ocorrer 
medidas processuais de matéria cautelar dentro da própria ação, a fim de que se 
possa assegurar a pretensão do ofendido. Conforme explica Tourinho (2002), 
medidas processuais cautelas, tais como: o sequestro, o arresto e a hipoteca legal 
poderão ser aplicados pelo juízo criminal. Sendo assim, o ofendido tem a disposição 
às ferramentas de tutela, normalmente usadas em direito processual civil, dentro da 
seara processual penal para ter liquidada a sua aspiração indenizatória logo após o 
transito em julgado. A sua previsão legal está expressa no código de processo 
penal: 
Art. 144. Os interessados ou, nos casos do art. 142, o Ministério Público 
poderão requerer no juízo cível, contra o responsável civil, as medidas 
previstas nos arts. 134, 136 e 137. 
Art. 144-A. O juiz determinará a alienação antecipada para preservação do 
valor dos bens sempre que estiverem sujeitos a qualquer grau de 
deterioração ou depreciação, ou quando houver dificuldade para sua 
manutenção. (BRASIL 1941) 
Dessa forma, caso réu sabendo da pretensão da ofendida começar a se 
desfazer dos bens imóveis ou moveis com a finalidade de não liquidar o título 
executivo, poderá o ofendido ou os outros legitimados requerer as medidas 
cautelares, tais como: o sequestro de bens (art. 125); a hipoteca legal (art. 134); o 
arresto de imóveis (art. 136) e o arresto de bens móveis (art.137). Além disso, 
conforme Nucci (2016), poderá também ocorrer medida cautelar de busca e 
 
7 “Art. 134. A Defensoria Pública é instituição permanente, essencial à função jurisdicional do Estado, 
incumbindo-lhe, como expressão e instrumento do regime democrático, fundamentalmente, a 
orientação jurídica, a promoção dos direitos humanos e a defesa, em todos os graus, judicial e 
extrajudicial, dos direitos individuais e coletivos, de forma integral e gratuita, aos necessitados, na 
forma do inciso LXXIV do art. 5º desta Constituição Federal.” (BRASIL 1988) 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/del3689.htm#art142
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/del3689.htm#art134
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/del3689.htm#art136.
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/del3689.htm#art137.
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicaocompilado.htm#art5lxxiv
8 
 
 
apreensão (art. 240)8. Pode-se concluir, portanto, que a vítima tem um aparato de 
institutos cautelares a fim de tutela sua indenização decorrente de lícito penal, enfim, 
tal aspecto dar à vítima mais segurança jurídica do decorrer do processo do deu 
direito. 
4 DA APLICAÇÃO ANTES E DEPOIS DA REFORMA DE 2008 
É primordial para entender como a reforma trazida pelo legislador consolidou 
relevantes deliberações que trouxe à vítima mais vantagem para a indenização do 
dano causado por ato criminoso. Primeiramente, deve-se abordar como a ação ex 
delicto pode ser proposta, e como era aplicado o instituto antes da modificação do 
código de processo penal. 
Como já foi destacado anteriormente, a ação ex delicto é a pretensão, na qual 
finaliza em sede cível, que tanto poderá decorrer de uma sentença penal 
condenatória, pela qual formará um título executivo, ou a demanda indenizatória 
proposta diretamente na justiça civil, a fim de responsabilizar civilmente o autor do 
ilícito penal, caso o fato típico incorrer em algum dano. 
Segundo Nucci (2016) pode-se entender que a infração penal, na qual 
provocar dano à vítima, poderá ser passível de ação civil ex delicto. Assim o 
ofendido ou seus representantes legais por meio de seu advogado faculta enveredar 
pelos dois modos. Távora (2016) explica que cabem ao ofendido duas estratégias, a 
primeira é esperar a sentença ser proferida pelo juiz penal para se ter constituído a 
obrigação e, assim, pode executá-la por meio do título, ou a segunda opção, que é 
não aguardar o trânsito em julgado e de imediato peticionar a ação de conhecimento 
em sede cível, a fim de pleitear a obrigação de indenizar. Assim, na hipótese do 
ofendido escolher a primeira opção e requerer na peça processual penal a ação ex 
delicto e esperar o fim da sentença pena condenatória, nos moldes do código de 
processo penal [art. 63], será dado a ele um título executivo judicial, o qual deverá 
ser executado na justiça civil.pode-se, portanto, concluir que a sentença penal 
condenatória já resolvia a questão de mérito sobre a responsabilidade civil do réu 
condenado. 
O aspecto diferencial sobre como era a sua aplicabilidade antes da lei que 
modificou o código de processo penal é a respeito da liquidez do título executivo 
derivado da sentença penal condenatória. Visto que segundo Pacelli (2017) o título 
executivo em sentença condenatória era ilíquido, em consequência disso, terá que 
ter procedimento para torná-lo líquido em sede cível. Assim, caso os legitimados 
requeira o instituto na peça penal e posterior sobrevier à sentença condenatória do 
réu, deverá o ofendido abrir demanda na justiça civil para que o título executivo 
deixe de ser ilíquido. Dessa forma, para corroborar a questão da iliquidade dentro 
do instituto jurídico aqui debatido, é importante expor uma jurisprudência julgada em 
1999 pelo Tribunal de Justiça do Paraná: 
 
APLICABILIDADE CIVIL - AÇÃO DE REPARACAO DE DANOS 
DECORRENTES DE ATO ILICITO - ACIDENTE DE TRÂNSITO EM 
RODOVIA COM MORTE - PREJUIZOS ESTIMADOS EM QUANTIA CERTA 
- CONDENACAO EM IMPORTANCIA ILIQUIDA – ARTIGO 
 
8“Art. 240. A busca será domiciliar ou pessoal. 
§ 1
o
 Proceder-se-á à busca domiciliar, quando fundadas razões a autorizarem, para: 
[...] 
b) apreender coisas achadas ou obtidas por meios criminosos;” (BRASIL 1941) 
 
9 
 
 
[...] 
8. Quando o autor tiver formulado pedido certo, é vedado ao juiz proferir 
sentença ilíquida (art. 459, parágrafo único, CPC). Nulidade relativa e 
sanável em segunda instância. 
[...] 
9. A pensão é devida na proporção de um salário para cada um dos 
autores, nos termos do pedido inicial. (PARANÁ, 1999) 
 
Dessa forma, entende-se que a obrigação de indenizarjá existe pós sentença 
condenatória, porém para torná-la líquida, era preciso o ofendido demandar no juízo 
civil para saber o quanto de dano a ser pago, a titulo indenizatório. Assim, 
sobrevindo decisão civil, poderá a vítima receber o valor pleiteado. Além disso, vale 
a pena trazer à baila o contexto doutrinário à época antes da reforma de 2008. 
Segundo Tourinho Filho (2002), não havia regra legal para impor a quantidade 
indenizatória a titulo de reparação civil, logo, ficava a critério do juiz cível determiná-
la dependendo de cada caso concreto. Dessa forma, por exemplo, se Tício rouba 
veículo automotor de Maria, em decorrência disso, tiver causado danos, e recair 
como obrigação secundária para o ofensor a reparação dos danos causados dentro 
da sentença condenatória. Deverá Maria postular a demanda em juízo cível, a fim de 
que seja determinada a quantia que deverá ser paga por Tício a título indenizatório. 
Pode-se dizer, portanto, que antes da pequena reforma do código de processo penal 
estava em vigor esse procedimento, dessa forma, tornando o título ilíquido e, em 
consequência disso, causando a vitima mais mora para obter a devida indenização. 
É importante frisar que todos os procedimentos supracitados eram feitos pelo 
código de processo civill de 1973, visto que antes da mudança do código de 
processo penal, não se tinha ainda em vigor o código de processo civil de 2015. 
Assim, no tocante à ação de execução do título, o procedimento processual era 
determinado, em regra, pelo (art. 475-N)9 do código de processo civil de 1973, por 
Avena (2017). Com a entrada efetiva do novo código de processo civil de 2015 ficou 
responsável por essa matéria executória o (art. 515)10. Portanto, deve-se ter em nota 
que quando estava em atividade o código de processo penal, antes da reforma, no 
mesmo período também estavam sob as regras do anterior código de processo 
civil. 
O último aspecto antes de entrar na lei que modificou o instituto ex delicto. 
Deve-se trazer em voga como a doutrina já observava a necessidade da 
modificação do instituto. 
 
Havia uma tendência, entre os juristas pátrios, no sentido de incluir no 
Código Civil norma estabelecendo um quantum viável, cabendo, então, ao 
árbitro do juiz, entre aqueles dois polos (um mínimo e um máximo), fixar a 
 
9
 “Art. 475-N. São títulos executivos judiciais: 
[...] 
II – a sentença penal condenatória transitada em julgado; 
[...] 
“Parágrafo único. Nos casos dos incisos II, IV e VI, o mandado inicial (art. 475-J) incluirá a ordem de 
citação do devedor, no juízo cível, para liquidação ou execução, conforme o caso.” (BRASIL, 1973) 
10
 “Art. 515. São títulos executivos judiciais, cujo cumprimento dar-se-á de acordo com os artigos 
previstos neste Título: 
[...] 
VI - a sentença penal condenatória transitada em julgado; 
[...] 
§ 1º Nos casos dos incisos VI a IX, o devedor será citado no juízo cível para o cumprimento da 
sentença ou para a liquidação no prazo de 15 (quinze) dias.” (BRASIL 2015) 
10 
 
 
importância devida, contendo, assim, a quantificação dentro do razoável e 
impedindo, por outro lado, que a reparação se converta em safada fonte de 
enriquecimento (TOURINHO FILHO, 2002, p. 19) 
 
Assim, pode-se dizer que havia uma vontade entre os doutrinadores para ser 
determinada uma modificação legislativa, com a finalidade de se ter uma quantidade 
certa do que iria se pagar a título de indenização. No entanto, a modificação não 
veio com todos os aspectos e da forma citada pela doutrina. Por outro lado, a 
modificação veio através do código de processo penal e com advento da reparação 
mínima para o ofendido. 
A lei que modificou e trouxe novos dispositivos para a ação ex delicto foi à lei 
ordinária 11.719 de julho de 2008, que trouxeram aspectos muito mais benéficos à 
vítima que sofra dano por um ilícito penal. Dentre tantas modificações, destacam-se 
elementos procedimentais que modificaram a ação ex delicto que deram mais 
vantagens ao ofendido para sua pretensão indenizatória. 
Primeiro aspecto relevante é a modificação do (art. 63) do código de processo 
penal, pois foi incluído o parágrafo único. ”Transitada em julgado a sentença 
condenatória, a execução poderá ser efetuada pelo valor fixado nos termos do inciso 
IV do caput do art. 387[...]” (BRASIL, 2008). Assim, o parágrafo único passou a obter 
outro caminho para se fixar um valor na ação ex delicto. 
A segunda mudança do instituto foi no artigo 387 do código de processo 
penal que inseriu o (inciso IV) “fixará valor mínimo para reparação dos danos 
causados pela infração, considerando os prejuízos sofridos pelo ofendido;” (BRASIL, 
2008). Logo, esse dispositivo do código de processo penal combinado com (art. 63) 
estará efetivando a reparação mínima do ofendido que sofreu dano por ilícito. 
Segundo Nucci (2016), o ofendido poderá, por meio de seu advogado, requerer um 
valor mínimo reparatório dentro da peça processual penal que deverá ser fixado na 
sentença condenatória. Dessa forma, pode-se dizer que pelo menos a vítima terá, 
após sentença condenatória, imediatamente, uma quantia que será executada na 
seara cível. Além disso, como assegura Pacceli (2017), não embarga na parcela 
mínima imposta na sentença condenatória fixações de reparações a título de danos 
morais, conforme também jurisprudência do Supremo Tribunal de justiça: 
 
RECURSO ESPECIAL Nº 1.538.324 - DF (2015/0141462-3) RELATOR : 
MINISTRO RIBEIRO DANTAS RECORRENTE : MINISTÉRIO PÚBLICO 
DO DISTRITO FEDERAL E TERRITÓRIOS RECORRIDO : F N DE S 
ADVOGADO : DEFENSORIA PÚBLICA DO DISTRITO FEDERAL 
DECISÃO Trata-se de recurso especial interposto por MINISTÉRIO 
PÚBLICO DO DISTRITO FEDERAL E TERRITÓRIOS,[...] APELAÇÃO 
CRIMINAL. LESÃO CORPORAL PRATICADA NO ÂMBITO DE VIOLÊNCIA 
DOMÉSTICA CONTRA A MULHER. CRIME DE EXPOSIÇÃO A PERIGO. 
SENTENÇA CONDENATÓRIA. RECURSO DO MINISTÉRIO PÚBLICO. 
REPARAÇÃO DE DANO MORAL[...]De todo modo, a jurisprudência atual 
deste Superior Tribunal de Justiça caminha no sentido inverso, 
reconhecendo a possibilidade de fixação de valor mínimo, à título de 
reparação moral. (BRASIL, 2017) 
 
Assim, a intenção do legislador ao instituir essas modificações, foi aumentar 
as chances da vítima obter a reparação do dano causado pelo infrator, já que antes 
da reforma não havia a fixação da parcela mínima do dano, tendo que ser discutida 
em sede da justiça cível. 
Ademais, às vezes, ocorria da vítima nem querer mais ir à frente à demanda 
por ser moroso e causar um grande dissabor. Baseando-se na ideia de Nucci 
11 
 
 
(2016), imagine que a pessoa sofra um crime doloroso, esse ofendido terá que 
esperar todo o trâmite moroso penal para, assim, ter a condenação do réu, além 
disso, esperar toda a discussão para tornar líquida a obrigação imposta na sentença 
condenatória. Entende-se, portanto, que seria uma frustração a mais requerer a 
reparação do dano na justiça penal e de lá sair com nada líquido, embora já se 
tenha reconhecido a obrigação indenizatória do ofensor. Pode-se dizer, assim, que o 
a ação ex delicto, após a reforma, ganhou um fôlego a mais para o ofendido e ao 
instituto. Pois deu mais eficiência, em consequência disso, poderá ter cada vez mais 
essa espécie de requerimento na justiça criminal. 
Além disso, a reparação mínima não embarga a pretensão da vítima de obter 
quantia de outros valores decorrente de maiores danos, os quais não foram 
decretados na sentença condenatória a título de valor mínimo indenizatório. 
Conforme Avena (2017) a reparação é um acrescimento do instituto que tem a 
finalidade de antecipar a indenização e liquidar imediatamente no juízo cível. Logo, 
diferentemente de como ocorria antes da modificação, o valor mínimo decretado 
pelo juízo criminal seria aplicado em sede cível sem ter que ser apurado a 
quantidade reparatória da indenização na seara civil. Desse modo, pode-se afirmar 
que havia uma antecipação do direito da vítima. Nãoimpedindo que esta venha 
requerer as demais parcelas a titulo indenizatório. 
Segundo leciona Nucci (2016), se houver transitado em julgado a sentença 
condenatória e o valor estipulado pelo juízo criminal for inferior ao pretendido pela 
vítima, torna-se possível renovar a discussão indenizatória no cível. Tem firmado 
precedente no Supremo Tribunal Superior que corroboram essa questão, conforme 
decisão da Ministra Maria Thereza de Assis Moura: 
 
RECURSO ESPECIAL Nº 1.641.256 - DF (2016/0314841-0) RELATORA : 
MINISTRA MARIA THEREZA DE ASSIS MOURA RECORRENTE : 
MINISTÉRIO PÚBLICO DO DISTRITO FEDERAL E TERRITÓRIOS 
RECORRIDO : DOMINGOS BRAZ DOS SANTOS ADVOGADO : 
DEFENSORIA PÚBLICA DO DISTRITO FEDERAL RECURSO ESPECIAL. 
PENAL E PROCESSO PENAL. REPARAÇÃO CIVIL DO DANO CAUSADO 
PELA INFRAÇÃO PENAL. ART. 387, IV, DO CPP. ABRANGÊNCIA. DANO 
MORAL. POSSIBILIDADE. RECURSO [...] ao impor ao juiz penal a 
obrigação de fixar valor mínimo para reparação dos danos causados pelo 
delito, considerando os prejuízos sofridos pelo ofendido, está-se ampliando 
o âmbito de sua jurisdição para abranger, embora de forma limitada, a 
jurisdição cível, pois o juiz penal deverá apurar a existência de dano civil, 
embora pretenda fixar apenas o valor mínimo. Dessa forma, junto com a 
sentença penal, haverá uma sentença cível líquida, e mesmo que limitada, 
estará apta a ser executada.[...] Nos termos do art. 387, 
inciso IV do Código de Processo Penal, condeno o réu ao pagamento de 
R$ 500,00 (quinhentos reais) a título de danos morais causados às vítimas, 
corrigidos pelos índices oficiais a partir desta sentença (Súmula 362 do 
STJ), acrescido, ainda de juros de 1% conforme o que reza o 
art. 406 do Código Civil c/c art. 161, § 10, do Código Tributário Nacional, a 
partir da citação. Trata-se de valor mínimo indenizável, o que não afasta a 
possibilidade de ação na área cível com apresentação de outras provas. 
(BRASIL, 2017) 
 
Diante do exposto, pode-se afirmar que havendo transitado em julgado a 
sentença condenatória e a parcela indenizatória a titulo de reparação for pífia. Não 
embarga o ofendido de postular um valor satisfatório em sede da justiça civil. No 
entanto, somente caso haja elementos probatórios suficientes que dará azo à 
quantia maior a titulo de indenização. Ou ainda, se houver mais danos, os quais não 
http://www.jusbrasil.com.br/topicos/10643326/artigo-387-do-decreto-lei-n-3689-de-03-de-outubro-de-1941
http://www.jusbrasil.com.br/topicos/10643149/inciso-iv-do-artigo-387-do-decreto-lei-n-3689-de-03-de-outubro-de-1941
http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/1028351/c%C3%B3digo-processo-penal-decreto-lei-3689-41
http://www.jusbrasil.com.br/topicos/10643326/artigo-387-do-decreto-lei-n-3689-de-03-de-outubro-de-1941
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http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/1028351/c%C3%B3digo-processo-penal-decreto-lei-3689-41
http://www.jusbrasil.com.br/topicos/10705396/artigo-406-da-lei-n-10406-de-10-de-janeiro-de-2002
http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/111983995/c%C3%B3digo-civil-lei-10406-02
http://www.jusbrasil.com.br/topicos/10569776/artigo-161-da-lei-n-5172-de-25-de-outubro-de-1966
http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/111984008/c%C3%B3digo-tribut%C3%A1rio-nacional-lei-5172-66
12 
 
 
foram discutidos na justiça criminal. Portanto, as modificações trazidas pelo 
legislador de 2008 deu ao instituto da ação ex delicto mais contundência a fim de 
alcançar mais eficácia no direito pretendido da vítima. 
 
CONSIDERAÇÕES FINAIS 
 
Em tempos atuais, tem crescido a relevância da no tocante à reparação da 
vítima que sofre danos por fato típico penal, visto que além dos dissabores do crime, 
em muitos casos, elas sofrem danos materiais e morais sérios. Por isso, se faz 
necessário a criação de eficientes institutos para mitigarem a dor e a violência 
sofridas pelo ofendido. Se cada vez mais o autor do crime sofrer danos patrimoniais, 
isso irá refletir nos índices penais, ademais, dará ao ofendido mais alento para 
buscar uma compensação pelo dano. 
Historicamente, no Brasil já se tinha previsto a responsabilidade civil por ato 
criminoso positivado dentro do código criminal brasileiro de 1830. Note-se que já 
havia aspiração para se alcançar os interesses do ofendido, tal como é pretendido 
nos dias atuais. 
Além disso, é preciso ter institutos cada vez mais fortes e sólidos, dessa 
forma, tal conduta terá como reflexo mais eficiência na proteção dos interesses e 
garantias da vítima. 
São objetivos principais debatidos ao longo do presente artigo científico em 
caráter de trabalho de conclusão de curso, os aspectos gerais do instituto ex delicto 
no direito processual brasileiro atual e sobre a origem da reparação decorrente de 
ato criminoso. Além disso, demonstrar como a fixação da reparação mínima da 
vítima em sentença condenatória trouxe um procedimento mais breve e eficaz para 
a satisfação do dano do ofendido. 
Nesse sentido, este trabalho conseguiu corroborar e informar aspectos sobre 
o instituto, além de trazer elementos relevantes para se alcançar, pelo menos, a 
parcela mínima para a satisfação do prejuízo causado à vítima dentro de um tempo 
mais célere que antes. 
No campo procedimental da norma, destacou-se a importância de como a 
reparação civil derivada de crime é tratada aqui no Brasil e a sua aplicabilidade 
antes e depois da reforma. Além disso, os aspectos notórios do título executivo 
líquido que trouxe para a vítima mais segurança na reparação do dano sofrido, 
outrora, antes da reforma não ocorria. 
Além disso, a responsabilidade civil por ato ilícito também encontra respaldo 
constitucional (art. 5°, v). Ademais, há também dispositivos relevantes abarcado no 
direito material, principalmente, referentes ao código civil e penal, pois estes tratam 
de aspectos da conexão entre as duas matérias como, por exemplo, no (art. 186) do 
código civil e (91, I) do código penal. 
No Brasil, quanto maior for o ânimo do legislador em valorizar a vítima, a fim 
de tutelar seus direitos e garantias, teremos uma república cada vez mais 
democrática e segura para sociedade. Nesse sentido, o legislador de 2008 atuou 
com essa verve, pois instituiu a lei 11.719/2008 que passou a dar mais eficácia no 
instituto ex delicto. 
Em suma, na medida em que a sociedade cresce, fica cada vez mais notória 
a importância dos cientistas criminais em desenvolverem estudos mais profundos 
sob o prisma do papel da vítima de crime na sociedade, principalmente, no que se 
tangem os prejuízos a ela causados. 
 
13 
 
 
REFERÊNCIAS 
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FORENSE, 2017 
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14 
 
 
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PARANÁ. Tribunal de Justiça do Paraná. Apelação Cível 1122572/PR. 
Responsabilidade civil, reparacao de danos, acidente de trânsito, conversao a 
esquerda, colisao, menor, morte, ocorrencia, reu, culpa, configuracao, seguradora, 
denunciacao da lide, ministério público, intervencao, irrelevancia, sentenca, 
condenacao, necessidade, autor, despesas, comprovacao, pensao, divisao, 
impossibilidade, indenizacao, dano moral, dano material, fixacao. Setima Câmara 
Cível. Relator: Min Lauro Augusto Fabrício de Melo, 12 de março de 1999. 
Disponivel em: https://tj-pr.jusbrasil.com.br/jurisprudencia/4331591/apelacao-civel-
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