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The Je! Files 1 Contração do Musculo Esquelético CAPÍTULO 6 - GUYTON E HALL ANATOMIA DO MÚSCULO ESQUELÉTICO FIBRA MUSCULAR ESQUELÉTICA ➡ Músculos esqueléticos são envolvidos por uma membrana fina que se funde com tendões chamada de sarcolema. ➡ O músculo esquelético é composto de numerosas fibras musculares variando de 10 a 80 micrômetros de diâmetro. ➡ Cada fibra é composta por centenas a milhares de miofibrilas menores. MIOFIBRILAS ➡ Compostas de filamentos de actina e miosina, que são as proteínas responsáveis pela contração muscular. ➡ Filamentos grossos: miosina ➡ Filamentos finos: actina, troponina e tropomiosina. ➡ Banda clara / banda I: sobreposição de filamentos de actina. Dão aparência estriada aos músculos esqueléticos e cardíacos. ➡ Banda A: sobreposição do final dos filamentos de actina com os filamentos de miosina. ➡ Disco Z: onde a porção final do filamento de actina se ancora. ➡ Sarcômero: região entre 2 discos Z. ➡ Músculo contraído: filamentos de actina completamente sobrepõe os de miosina e começam a sobrepor outros filamentos de actina. Nesse estado o sarcômero possui 2 micrômetros. FILAMENTOS DE TITINA ➡ Mantém os filamentos de actina e miosina em seus devidos lugares. ➡ Seu segmento final atua como uma mola e está ligado ao disco Z. The Je! Files 2 SARCOPLASMA ➡ Fluido intracelular entre as miofibrilas. ➡ Contém grandes quantidades de potássio, magnésio e fosfato e várias enzimas. ➡ Possui, também, muitas mitocôndrias para fornecer ATP para a contração. RETÍCULO SARCOPLASMÁTICO ➡ É um retículo endoplasmático especializado que envolve as miofibrilas para regular a estocagem, liberação e recaptação de cálcio e, portanto, a contração muscular. M E C A N I S M O G E R A L D E CONTRAÇÃO MUSCULAR 1. Um potencial de ação se propaga por uma fibra nervosa até chegar no sua porção final onde encontra as fibras musculares. 2. Os neurônios secretam o neurotransmissor acetilcolina. 3. A acetilcolina abre canais catiônicos ativados pela acetilcolina. 4. Altas quantidades de sódio difundem por esses canais e entram na fibra muscular, causando uma despolarização que provoca o início de um potencial de ação. 5. O potencial de ação se propaga pela fibra muscular e faz com que o retículo sarcoplasmático libere grande quantidade de íons cálcio. 6. Os íons cálcio fazem com que os filamentos de actina e miosina deslizem um sobre o outro - processo de contração. 7. Os íons cálcio são bombeados de volta para o retículo sarcoplasmático onde ficam estocados para uma nova contração. Essa remoção dos íons cálcio faz com que a contração muscular pare. MECANISMO MOLECULAR DE CONTRAÇÃO MUSCULAR ➡ Contração muscular ocorre por um mecanismo de deslizamento de filamentos. ➡ Os filamentos de actina deslizam sobre os de miosina na contração muscular. ➡ Isso é causado por uma força gerada pela interação de pontes cruzadas dos filamentos de miosina com os filamentos de actina. ➡ Essa força é gerada quando o potencial de ação faz com que os íons cálcio sejam lliberados do retículo sarcoplasmático. ➡ A energia para a contração vêm da hidrólise do ATP. MIOSINA ➡ A molécula é composta por 6 cadeias polipeptídicas: duas pesadas e quatro leves. ➡ As duas cadeias pesadas formam uma dupla hélice, que constitui a cauda da molécula de miosina. ➡ O final de cada cadeia pesada se dobra bilateralmente formando uma estrutura chamada de “cabeça” da miosina. ➡ As cadeias leves fazem parte da cabeça de miosina, com 2 cadeias leve por cabeça. ➡ Essas cadeias leves ajudam a controlar a função da cabeça durante a contração. ➡ Um filamento de miosina é composto por 200+ moléculas de miosina. The Je! Files 3 ➡ O corpo do filamento é feito de caudas de miosina. ➡ O braço é composto pela parte final das caudas de miosina. ➡ As pontes cruzadas correspondem aos braços + cabeças de miosina. ➡ Cada ponte cruzada é flexível em duas porções, chamadas de dobradiças. ➡ As cabeças com dobradiças farão parte do processo de contração propriamente dito. ➡ A cabeça da miosina possui uma ATPase, que fornece a energia necessária (ATP) para a contração. ACTINA ➡ Esqueleto formado pela proteína em hélice actina-F, que é formada por moléculas de de actina-G polimerizada. ➡ Cada molécula de actina-G possui um ADP, que correspondem aos sítios ativos nos filamentos de actina que interagem com as pontes cruzadas de miosina. ➡ Moléculas de tropomiosina se enrolam na molécula de actina-F, formando uma hélice. No estado de repouso, a tropomiosina esconde os sítios ativos da actina. ➡ A troponina se liga intermitentemente ao lado das moléculas de tropomiosina. É um complexo de 3 subunidades: troponina I (afinidade pela actina), troponina T (afinidade por tropomiosina) e troponina C (afinidade por íons cálcio). EVENTOS DA CONTRAÇÃO 1. Antes do início da contração, as cabeças das pontes cruzadas se ligam ao ATP e o clivam. ADP e Pi ficam ligados à cabeça e a miosina ainda não se liga à actina. 2. O complexo troponina-tropomiosina se liga aos íons cálcio e os sítios ativos do filamento de actina ficam descobertos e as cabeças de miosina se ligam nesses sítios. 3. A ligação entre a cabeça da ponte cruzada e o sítio ativo da actina provoca uma mudança conformacional na cabeça, fazendo com que ela se desloque em direção ao braço da ponte cruzada e fornecendo a força para puxar o filamento de actina. Essa energia já estava estocada na cabeça pela hidrólise prévia do ATP. 4. ADP e Pi são liberados da cabeça de miosina. Então, nesse sítio livre, outra molécula de ATP se liga e a cabeça de miosina se desliga da actina. 5. Com o ATP, um novo ciclo de contração pode se iniciar. A contração continua até os filamentos de actina puxarem a membrana Z contra as porções finais da miosina ou até a carga no músculo ficar muito forte para a contração ocorrer. ➡ Tensão desenvolvida pelo músculo que está contraindo depende da quantidade de sobreposição entre filamentos de actina e miosina. ➡ A velocidade de contração diminui a medida que a carga aplicada ao músuclo aumenta. The Je! Files 4 ENERGÉTICA DA CONTRAÇÃO MUSCULAR ➡ A energia para a contração é utilizada principalmente para o mecanismo de deslizamento das fibras. ➡ Energ ia também é u sada pa ra o bombeamen to do s í o n s cá l c i o do sarcoplasma para o retículo sarcoplasmático após o término da contração e o bombeamento de sódio e potássio pelas fibras musculares. FONTES DE ENERGIA ➡ Fosfocreatina: possui uma ligação fosfato de alta energia semelhante ao ATP. A quebra dessa ligação gera energia usada para a formação de ATP, fazendo um fosfato se ligar ao ADP. ➡ Glicogenólise: quebra de glicogênio estocado nas células musculares gerando glicose, que passa pela glicólise gerando piruvato e ácido lático. Essas reações geram energia utilizada para converter ADP em ATP. ➡ Metabolismo oxidativo: de onde vem 95% da energia utilizada pelos músculos. C A R A C T E R Í S T I C A S D A CONTRAÇÃO MUSCULAR TOTAL ➡ Contrações isométricas não encurtam o músculo. ➡ Contrações isotônicas encurtam o músculo em uma tensão constante. ➡ Fibras lentas - tipo I, músculo vermelho ➡ Menores que fibras rápidas. ➡ Inervadas por fibras nervosas pequenas. ➡ Maior número de mitocôndrias para atuar em altos níveis de metabolismo oxidativo. ➡ Contém grandes quant idades de mioglobina, que dão aparência vermelha. ➡ Fibras rápidas - tipo II, músculo branco ➡ São grandes, para uma alta força de contração. ➡ Têm menor suprimento sanguíneo que as lentas e menos mitocôndrias. ➡ Possuem um déficit de mioglobina. ➡ Retículo extenso e muitas enzimas glicolíticas. MECÂNICAS DA CONTRAÇÃO ➡ Unidade motora: conjunto de fibras motoras que são inervadas por uma única fibra nervosa. ➡ Músculospequenos que reagem rápidos e que o controle deve ser mais exato possuem mais fibras nervosas para uma menor quantidade de fibras musculares. ➡ Soma de forças: adição de contrações individuais aumentando a intensidade total da contração. Ocorre de duas formas: The Je! Files 5 ➡ Aumentando o número de unidades motoras contraindo simultaneamente - soma de múltiplas fibras. ➡ Aumentando a frequência de contração - soma de frequência, que pode levar a tetanização -> contrações sucessivas tornam-se tão rápidas que se fundem e a contração parece ser contínua. Isso ocorre porque os íons cálcio são mantidos no sarcoplasma, mesmo entre os potenciais de ação, então um estado de contração permanente é atingido, sem período de relaxamento. ➡ Efeito escada/Treppe: quanto um músculo começa a contrair após um longo período de relaxamento, sua força de contração pode ser até metade da força de após de 10-50 contrações. ➡ Causado pelo aumento dos íons cálcio no sarcoplasma após vários potenciais de ação. ➡ Tônus muscular esquelético: quando o músculo está em estado relaxado, ainda assim há um tônus que é gerado por uma taxa baixa de impulsos nervosos originados pela medula óssea. FADIGA MUSCULAR ➡ Contração forte e prolongada de um músculo leva ao estado de fadiga muscular. ➡ Fadiga aumenta proporcionalmente ao nível de depleção de glicogênio muscular. ➡ Diminuição da habilidade das fibras musculares de fazer o processo contrátil. ➡ Interrupção do fluxo sanguíneo para o músculo em contração leva a fadiga muscular completa em 1 a 2 minutos, por falta de oxigênio.
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