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QUÍMICA GERAL Aula 04 - Distribuição Eletrônica Autor: EXATAS para Engenheiros Data: 27 de dezembro de 2020. 1 Distribuição eletrônica no átomo Já vimos que Bohr complementou o modelo que havia sido proposto por Rutherford. Segundo Bohr os elétrons, que estão ao redor do núcleo do átomo, giram em camas eletrô- nicas ou níveis de energia, sem gastar energia. Para os elementos químicos (naturais ou artificiais1) conhecidos até hoje distribuímos os elétrons em 7 camadas eletrônicas. Cada uma delas admite um número máximo de elétrons possível. Esquematicamente teríamos: Figura 1: Camadas da eletrosfera 1Elementos naturais são aqueles encontrados nas substâncias da natureza, enquanto que os artificiais são obtidos em laboratórios de Física Nuclear 1 Observações: 1. Lembre que o esquema não está em proporção, já que a distância do núcleo ao elétron mais externo é muitíssimo grande em relação ao diâmetro do núcleo. 2. Quanto maior a distância de um elétron ao núcleo, maior sua energia. Portanto, o elétron da camada M (ou nível 3) possui mais energia que o das camadas K e L. 3. Quando um átomo possui 1 ou 2 elétrons, estes estão obrigatoriamente na camada K (ou nível 1), já que sempre que possível são utilizadas as "vagas"dos níveis menos energéti- cos. O nível 1 é o menos energético de todos e pode ter até 2 elétrons. Observe cuidadosamente as seguintes distribuições de elétrons para alguns elementos (à esquerda você tem o símbolo com o respectivo número atômico = número de elétrons do átomo). ELEMENTO CAMADA K CAMADA L CAMADA M 2He 2 4Be 2 2 11Na 2 8 1 18Ar 2 8 8 Você pode observar que os níveis foram sendo usados na ordem de energia crescente, res- peitando o máximo que cada um permite. Veja agora estes exemplos: ELEMENTO CAMADA K CAMADA L CAMADA M CAMADA N 19K 2 8 8 1 20Ca 2 8 8 2 32Ge 2 8 18 4 Note que, para o 19K e 20Ca, depois de preenchidos os 2 primeiros níveis, restariam para o 3º, e e 10 elétrons respectivamente. No entanto, apesar de serem valores menores que o permitido para o nível 3, passam a ser impossíveis se a camada for a mais externa do átomo. A camada mais externa admite no máximo 8 elétrons, veja: (9 não é permitido para a mais externa) K L M N 19K 2 8 9 19K 2 8 8 1 Outros exemplos: 2 ELEMENTO CAM. K CAM. L CAM. M CAM. N CAM. O CAM. P 38Sr 2 8 18 8 2 35Br 2 8 18 7 55Cs 2 8 18 18 8 1 Resumindo: Para fazer a distribuição eletrônica, faça o seguinte: 1. Siga a sequência de distância das camadas ao núcleo (K, L, ...) preenchendo seus máxi- mos. Não coloque mais que 8 elétrons no último nível. 2. Se você tiver um nível que permita 18 ou 32 e que seja o último de sua distribuição, faça o seguinte: (a) Considere a distribuição do 55Cs, onde na camada N teriam 27 elétrons. (b) Subtraia 18: 27 - 28 = 9 (c) Deixe a camada N com 18 e a camada O com 9. (d) Na camada O, destes 9, subtraia 1: 9 - 1 = 8 (e) Deixe a camada O com 8 elétrons e passe o último elétron para a camada P (f) A distribuição fica assim: K = 2; L = 8; M = 18; N = 18; O = 8; P = 1. Observações: • Como as regras vistas não valem para alguns elementos químicos, cujas distribuições serão estudadas em aulas futuras, aconselho que você não faça exercícios de distribuição entre os valores: 21 e 28; 39 e 46; 57 e 78; 89 e 106. • Sendo assim, basta que você saiba o número máximo de elétrons para as 3 primeiras camadas (k-2, L-8, M-18), e que as 3 seguintes comportam 18 ou 32 elétrons, para que possa fazer as distribuições necessárias no momento. Você poderá entender melhor isto, quando estudar as alterações com relação à distribuição eletrônica que os modelos atô- micos posteriores a Rutherford-Bohr trouxeram. Apesar de existirem modelos atômicos mais recentes que o de Rutherford-Bohr, ele é válido para justificar os conceitos básicos que estudaremos nestas aulas. 3
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