Buscar

Direito Penal - 1

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 6 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 6 páginas

Prévia do material em texto

alfaconcursos.com.br 
 
MUDE SUA VIDA! 
1 
 
SUMÁRIO 
INTRODUÇÃO AO ESTUDO DO DIREITO PENAL ................................................................................................. 2 
INTRODUÇÃO À TEORIA DO CRIME ............................................................................................................... 3 
EXERCÍCIOS ........................................................................................................................................................ 5 
GABARITO ...................................................................................................................................................... 6 
 
 
https://www.alfaconcursos.com.br/
alfaconcursos.com.br 
 
MUDE SUA VIDA! 
2 
 
INTRODUÇÃO AO ESTUDO DO DIREITO PENAL 
O Direito Penal é um ramo do Direito público e é chamado do “direito das condutas 
ilícitas”. O Código Penal é nossa principal fonte, ou seja, é dele que emanam os comandos 
necessários para que ocorra a repressão aos crimes. 
O Código Penal é divido em duas partes: 
Parte Geral: Não trata de crimes. Aqui estão previstas as regras de como os 
crimes irão se portar de acordo com a conduta de quem os praticou. Essa parte vai 
do Art. 1º ao Art. 120º. 
Parte Especial: Aqui estão previstos os crimes em espécie e as normas 
explicativas, bem como outros institutos que iremos trabalhar. A parte especial está 
prevista do Art. 121 ao Art. 359H. 
A infração penal é gênero que comporta duas espécies, ou seja, crime e contravenção 
penal. Em primeiro plano, devemos ter em mente que a infração penal é uma divisão 
“dicotômica”, ou seja, o gênero só comporta duas espécies. No ordenamento jurídico 
brasileiro, crime é sinônimo de delito. 
Os crimes estão previstos na parte especial do Código Penal (Art. 121 ao Art. 359H) e 
também na legislação especial (extravagante). As contravenções penais por sua vez estão 
previstas no Código das Contravenções Penais. 
É interessante notar que não podemos confundir as contravenções penais com os crimes 
de pequeno potencial ofensivo, pois estes últimos são crimes tratados na Lei especial 
9.099/95. Alguns autores classificam a contravenção penal como sendo um “crime anão”. 
Lembrando que esta última nada tem a ver com crime, que é uma espécie diferenciada. 
Os crimes e as contravenções penais se diferem em sua essência pela gravidade das 
condutas descritas na lei. Os crimes (delitos) são mais graves devido às suas penas, ou seja, as 
penas aqui determinadas são de reclusão e detenção, e nas contravenções penais as penas são 
de prisão simples e multa. 
Um ponto fundamental é termos em mente que todo crime gera um resultado, que pode 
se comportar de duas formas: 
Resultado jurídico: Todos os crimes geram resultados jurídicos, por esse 
motivo os crimes podem ser punidos em sua forma tentada. 
Resultado naturalístico: Somente os crimes materiais possuem esse tipo de 
resultado, mas isso veremos em outro tópico. 
1. (ALFACON) A infração penal nem sempre irá gerar um resultado. 
Certo ( ) Errado ( ) 
Gabarito: Errado 
Comentário: A infração penal sempre gera um resultado que pode ser 
naturalístico ou jurídico. Será naturalístico, quando ocorre efetivamente a lesão de 
um bem jurídico tutelado da vítima. Será jurídico quando a lesão não se consuma. 
Embora o agente não tenha obtido êxito no resultado pretendido, o Código Penal o 
punirá por aquilo que ele queria fazer (elemento subjetivo). 
2. (ALFACON) Para os crimes de efeitos cortados não é necessário haver o resultado 
naturalístico, embora ele possa existir. 
Certo ( ) Errado ( ) 
https://www.alfaconcursos.com.br/
alfaconcursos.com.br 
 
MUDE SUA VIDA! 
3 
 
Gabarito: Certo 
Comentário: Os crimes de efeitos cortados são os formais ou de consumação 
antecipada. Para esses tipos de crimes não é necessário haver o resultado 
naturalístico, embora ele possa ocorrer. É importante lembrar que há os crimes 
materiais, em que se exige o resultado naturalístico, e os crimes de mera conduta, 
que por sua vez, não possuem resultado naturalístico. 
Para que um indivíduo tenha a real capacidade de cometer uma infração penal, é 
importante entender alguns conceitos básicos: 
• Deve existir uma conduta humana, ou seja, somente seres humanos possuem a 
capacidade de agredir; seres irracionais (animais) somente atacam. Contudo, 
caso um animal seja utilizado para o fim de atacar por uma pessoa, esta estará 
cometendo um crime. Exemplo: Homem que atiça seu cão contra seu inimigo. 
• O ser humano deve ter consciência do que está fazendo, por esse motivo quem 
comete o fato, estando em sonambulismo ou hipnose, não poderá responder 
pelo fato. 
• A ação ou omissão deve ser voluntária, por esse motivo os casos de coação 
física (exclui o crime) e coação moral irresistível (isenta de pena) não são 
punidos pelo ordenamento jurídico penal. 
• A conduta deve ser propositada ou descuidada. Esses conceitos veremos no 
artigo 18 do Código Penal (CP), que trata especificamente do dolo e da culpa. 
Atenção, aluno! 
Todo crime gera um resultado, porém, nem todo crime gera um resultado 
naturalístico. 
 
 
INTRODUÇÃO À TEORIA DO CRIME 
Sendo o crime (delito) espécie da infração penal, possui uma nova divisão. Nesse caso, 
existem diversas correntes doutrinárias para este conceito, entretanto, adotaremos a 
majoritária, a qual vigora no Direito Penal Brasileiro, classificada como Teoria Finalista 
Tripartida ou Tripartite. 
https://www.alfaconcursos.com.br/
alfaconcursos.com.br 
 
MUDE SUA VIDA! 
4 
 
 
Fato Típico: para ser considerado fato típico, é fundamental que a conduta esteja 
tipificada, ou seja, escrita, em alguma norma penal. Não obstante, é necessário que exista: 
• Conduta: é a ação do agente, seja ela culposa (descuidada) ou dolosa 
(intencional); comissiva (ação) ou omissiva (deixar de fazer). 
• Nexo Causal: é o elo entre a ação e o resultado, ou seja, se o resultado foi 
provocado diretamente pela ação do agente, houve nexo causal. 
• Resultado: pode ser naturalístico (modificação provocada no mundo exterior 
pela conduta) ou jurídico (quando não houver resultado jurídico, não existe 
crime). 
• Tipicidade: tem que ser considerado crime, estar tipificado, escrito. 
Ilícito (antijurídico): neste quesito a ação do agente tem que ser ilícita, pois, nosso 
ordenamento jurídico prevê legalidade em determinadas situações em que, mesmo sendo 
antijurídicas, serão permissivas. São as chamadas de excludentes de ilicitude ou de 
antijuridicidade, sendo: Legítima Defesa, Estado de Necessidade, Estrito Cumprimento do 
Dever Legal ou no Exercício Regular de um Direito. 
Culpável (culpabilidade): é a capacidade de o agente receber pena. Em alguns casos, 
mesmo o agente cometendo um fato típico e ilícito, ele não poderá ser culpável, ou seja, não 
pode ser “preso”, pois incidirá nas excludentes de culpabilidade. A mais conhecida é o menor 
em conflito com a lei, ele pode cometer uma infração penal (crime), mas não poderá ir preso. 
E quando, no momento da ação ou da omissão, o agente e totalmente incapaz de entender o 
caráter ilícito do fato, ou de determinar-se de acordo com esse entendimento. Ainda dentro 
dessa espécie, haverá três desdobramentos, que são a imputabilidade, a potencial consciência 
da ilicitude e a exigibilidade de conduta diversa. 
FIQUE LIGADO 
Pode ocorrer de o agente cometer um fato descrito como crime – Matar 
alguém – e esse fato não ser considerado crime. Ex.: quem mata em legítima 
defesa comete um fato típico, ou seja, escrito e definido como crime. Contudo, esse 
fato não é ilícito, pois a própria lei autoriza o sujeito a matar em certos casos pré-
definidos. 
Pode ocorrer, também, de o agente cometer um fato definido como crime, ou 
seja, fato típico – escrito e definido no CP – e ilícito, o ordenamento jurídico não 
autoriza aquela conduta, e mesmo assim ficar isento de PENA. Assim, pode o 
sujeito cometer um crime e não ter pena. Ex.: quem é obrigado a cometer umcrime. Uma pessoa encosta a arma carregada na cabeça de outra e diz que, se ela 
não cometer tal crime, irá morrer. 
3. (CESPE) A partir da teoria tripartida do delito e das opções legislativas adotadas pelo 
Código Penal, é correto afirmar que o dolo integra a culpabilidade e corrobora a 
aplicação concreta da pena. 
Certo ( ) Errado ( ) 
 
https://www.alfaconcursos.com.br/
alfaconcursos.com.br 
 
MUDE SUA VIDA! 
5 
 
Gabarito: Errado 
Comentário: O dolo no nosso ordenamento jurídico pátrio é natural e integra 
a conduta que, por sua vez, integra o fato típico, primeiro elemento estrutural do 
crime na corrente analítica finalística tripartida do Direito. 
4. (ALFACON) Para que haja um crime, é necessário que a conduta esteja escrita em 
alguma norma penal, sendo imprescindível para o fato típico: a conduta, o resultado, o 
nexo causal e a tipicidade. 
Certo ( ) Errado ( ) 
Gabarito: Certo 
Comentário: Para ser considerado crime, é fundamental que a conduta esteja 
tipificada, ou seja, escrita, em alguma norma penal. Não obstante, é necessário que 
exista: Conduta: é a ação do agente, seja ela culposa ou dolosa, comissiva ou 
omissiva; Resultado: que seja naturalístico ou jurídico; Nexo causal: é o elo entre a 
ação e o resultado, ou seja, se o resultado foi provocado diretamente pela ação do 
agente, houve nexo causal; e Tipicidade: tem que ser considerado crime, estar 
tipificado, escrito. 
5. (CESPE) A tipicidade, elemento do fato típico, é a correspondência entre o fato 
praticado pelo agente e a descrição de cada espécie de infração contida na lei penal 
incriminadora, de modo que, sem tipicidade, não há antijuridicidade penal, pois, 
comportadas as exclusões legais, todo fato típico é antijurídico. 
Certo ( ) Errado ( ) 
Gabarito: Certo 
Comentário: O Código Penal adotou a teoria finalística tripartida (corrente 
majoritária), em que o crime é composto de fato típico, antijurídico e culpável. Na 
análise do crime, devemos primeiramente verificar se o agente cometeu um fato 
típico, ou seja, se teve conduta dolosa ou culposa, se ocorreu o nexo de 
causalidade, o resultado e se há tipicidade. Depois disso passamos a analisar a 
antijuridicidade (ilicitude) e a culpabilidade. Imagine que “A” atire em “B” causando 
sua morte. Temos aqui um fato típico, depois disso perguntamos: É contrária à lei a 
conduta de “A”? A resposta pode ser positiva ou negativa. Imagine que o autor 
matou por ódio de “B”, ora, o Código Penal não autoriza ninguém a matar por ódio. 
Mas e se “A” matou o “B” para se defender? Se isso ocorrer, de acordo com o Art. 
26, teremos uma legítima defesa. Ou seja, no primeiro caso o fato típico também é 
antijurídico, mas no segundo (comportada as exclusões legais que são as exclusões 
de ilicitude do Art. 13) o próprio Código autoriza a matar, sendo assim típico, mas 
não antijurídico, daí falarmos que todo fato típico a princípio é antijurídico, salvo se 
o agente agiu em uma das excludentes de ilicitude. 
EXERCÍCIOS 
1. No Código Penal brasileiro, adota-se, em relação ao conceito de crime, o sistema 
tricotômico, de acordo com o qual as infrações penais são separadas em crimes, delitos e 
contravenções. 
Certo ( ) Errado ( ) 
https://www.alfaconcursos.com.br/
alfaconcursos.com.br 
 
MUDE SUA VIDA! 
6 
 
2. De acordo com a teoria dicotômica adotada pelo Direito Penal brasileiro, a infração 
penal é espécie que se divide em dois gêneros: crime e contravenção penal. 
Certo ( ) Errado ( ) 
3. A infração penal pode ser dividida em crime e contravenção penal. Para que seja 
caracterizada a infração penal, é necessária a conduta humana, voluntária e consciente, 
sendo ela propositada ou descuidada. 
Certo ( ) Errado ( ) 
4. A infração penal sempre gera um resultado jurídico, mas nem sempre naturalístico. 
Certo ( ) Errado ( ) 
5. De acordo com a teoria finalista, o dolo, por ser elemento vinculado à conduta, deve ser 
deslocado da culpabilidade para a tipicidade do delito. 
Certo ( ) Errado ( ) 
GABARITO 
1. ERRADO 
2. ERRADO 
3. CERTO 
4. CERTO 
5. CERTO 
https://www.alfaconcursos.com.br/

Continue navegando