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Sarah Valente Tavares Ceatec – Engenharia Civil 1 Materiais B Tipos De Concreto CONCRETO CONVENCIONAL Principais deficiências: Baixa relação resistência – peso Dificuldade de preencher peças esbeltas e muito armadas Retração plástica Baixa ductilidade Alta permeabilidade Para melhorar a qualidade do concreto deve – se ficar atento a: Tipo de cimento Qualidade do agregado Relação a/c Emprego de adições e aditivos O desenvolvimento de concretos com características específicas para atender as necessidades do mercado Concretos especiais: Concretos com características particulares para atender as necessidades das obras, de modo a serem empregados em locais e em condições em que os concretos convencionais não podem ser aplicados Concretos: Material de construção civil mais utilizado atualmente (2,0 bilhões ton/ano) o que impulsiona o desenvolvimento de inúmeros materiais a serem acrescentados na sua dosagem permitindo que as suas características de resistência e durabilidade sejam superadas Como exemplo pode – se citar: O desenvolvimento da indústria de aditivos químicos A utilização de fibras de aço, vidro e polipropileno A utilização de adições minerais com características de superpozolanicidade, como a sílica ativa e metacaulim Tipos de concreto: Concreto leve Concreto Bombeado Concreto Projetado Concreto compactado com rolo Concreto de Alta Resistência Concreto de Ultra alta resistência Concreto de Alto Desempenho Concreto Ciclópico Concreto Auto Adensável Concreto com agregado reciclado Concreto permeável CAD – CONCRETO DE ALTO DESEMPENHO Concreto com propriedades de resistência e durabilidade superiores as dos concretos comuns É dosado para obter resistências acima de 50 Mpa Elaborado com adições minerais tipo sílica ativa e metacaulim e aditivos superplastificantes Baixa permeabilidade Vantagens: Aumento da durabilidade e vida útil das obras Redução dos custos da obra e melhor aproveitamento das áreas disponíveis para construção Em geral a diferença básica entre concreto comum e de alto desempenho está baseada na redução da relação água / cimento Sarah Valente Tavares Ceatec – Engenharia Civil 2 Projeto (e – Tower) Comparativo entre pilares para diferentes fck Carga dos pilares: 1380 a 1820 t Distância entre os pilares: Fck 80 Mpa 4.40 m Fck 40 Mpa 4.10 m Solução ideal: 4 vagas a mais em cada subsolo Distância entre pilares: mínima de 4,20 m (02 vagas médias) Faces alinhadas com o corredor (para facilitar circulação de veículos) CONCRETO DE ALTA RESISTÊNCIA INICIAL É utilizado quando há necessidade de resistência mecânica nas primeiras idades, associado à resistência à compressão, ao módulo de elasticidade ou ao desgaste superficial CP V Cura com injeção de vapor: aumento de temperatura Espalhamento: 1 cm Vantagens: Melhor aproveitamento das fôrmas com maior rapidez de desforma Liberação antecipada da estrutura ou peça concretada para utilização parcial ou total CONCRETO BOMBEÁVEL A sua dosagem é apropriada para utilização em bombas de concreto, evitando segregação e perdas de material Sua resistência varia de 5,0 em 5,0 Mpa, a partir de 10,0 até 40,0 Mpa Concreto é elevado a 2 ou 3 pavimentos Abatimento > 15 ou 16 cm Equipe pequena Vantagens: Aumento da fluidez e qualidade final da obra Redução dos custos da obra Redução no tempo de execução CONCRETO AUTO ADENSÁVEL Trata – se de um concreto de elevada plasticidade Em alguns casos, pode ter a sua reologia controlada com a utilização de aditivos de última geração Uso de aditivos plastificantes e superplastificantes Baixa relação a/c baixa porosidade Baixa permeabilidade a/c = 0,5; 0,6 0,2/0,4 processo de cura Projeto: Fck = 80 Mpa (pilares centrais) Concreto tingido de vermelho Separação em 2 fases: aditivo = cola Vantagens: Maior durabilidade e fácil aplicação Dispensa a utilização de vibradores Redução dos custos com mão de obra e energia e maior produtividade no lançamento CONCRETO ESTRUTURAL LEVE A densidade desse concreto varia de 400 a 1800 kg/m³ Os concretos leves estruturais podem conter somente agregado leve ou uma combinação de agregados leves e normais De modo geral a resistência à compressão aos 28 dias acima de 17 Mpa Podem ser classificados em: Concreto com agregados leves Concreto celular Concreto sem finos Os tipos mais comuns são: Concreto celular espumoso Concreto com isopor Concreto com argila expandida Diminui a temperatura Baixa massa específica Última laje Densidade abaixo de 2000 kg/m³ Blocos de vedação Sarah Valente Tavares Ceatec – Engenharia Civil 3 Absorve muita água não colocar em áreas externas Vantagens: Redução de peso próprio Isolante termo – acústico CONCRETO COMPACTADO COM ROLO - CCR Trata – se de um concreto de consistência seca, aplicado por espalhamento manual ou mecânico e compactado com rolo vibratório liso, equipamentos usuais de pavimentação Tem baixo consumo de cimento e baixa consistência Devido a sua consistência seca possibilita que camadas de concreto possam ser lançadas imediatamente após o adensamento da camada anterior, gerando rapidez e economia na construção Alta velocidade de execução Estradas CONCRETO REFORÇADO COM FIBRAS – CRF Definido como um material feito com cimento Portland, agregados, e contendo fibras descontínuas misturadas aleatoriamente As fibras podem ser de aço, polipropileno, carbono, vidro, nylon, acrílico, polietileno; as mais usadas são as fibras de aço e as de polipropileno. Vantagens: Aumento da durabilidade das obras quanto a abrasão e desgaste superficial Melhora a resistência à tração do concreto Redução da fissuração O papel das fibras é atravessar as fissuras, que se formam no concreto, seja quando sob a ação de cargas externas ou quando sujeita às mudanças na temperatura ou na umidade do meio ambiente, evitando sua propagação e inibindo os efeitos da fissuração As fissuras atuam como ponte de transferência de tensões Fibra de aço: Diminui a quantidade de fissuras Distribuída aleatoriamente Elevado módulo de elasticidade Resiste a tração CONCRETO PROJETADO Segundo o ACI 506.R – 90, concreto projetado é: “argamassa ou concreto pneumaticamente projetado a alta velocidade sobre uma superfície” Ele é mais indicado para os casos onde a colocação de fôrmas seja muito trabalhosa (ou se deseje reduzir o seu custo), o acesso ao local de moldagem seja difícil, haja necessidade de pequenas espessuras ou estas sejam variáveis Contenção de taludes Vantagens: Baixa relação água/cimento Alta resistência e rápido ganho de resistência Baixa permeabilidade Melhor aderência a um substrato adequadamente preparado Aplicação rápida e econômica de grandes volumes Redução ou eliminação do custo de formas Facilidade de acesso a áreas restritas CONCRETO COLORIDO Concreto normal adicionado de pigmentos especiais, os quais conferem ao concreto várias cores com diferentes tonalidades Vantagens: Elimina pintura Pode ser usado como marcador de áreas específicas Embora apresente resistência e desempenho semelhantes ao concreto cinza, a utilização de concreto colorido exige maior controle tecnológico e alguns cuidados especiais, sobretudo durante a produção do concreto e a execução da estrutura a fim de evitar: Diferenciação de tonsSarah Valente Tavares Ceatec – Engenharia Civil 4 Perda de estabilidade da cor Perda da resistência mecânica CONCRETO BRANCO O uso do cimento Portland branco estrutural vem mantendo um intenso crescimento. O emprego do concreto branco se justifica nas obras estruturais por motivos estéticos, podendo – se eliminar o revestimento, bem como trabalhar com texturas e pigmentos O uso do concreto branco em concreto arquitetônico (aparente) despende cuidados especiais desde a escolha dos materiais até o perfeito planejamento da sua execução A grande quantidade de finos utilizada, necessária para dar bom acabamento, acaba por fornecer a este concreto características particulares importantes para sua durabilidade Diminui a temperatura Óxido pigmento Duração: 30 ou 50 anos Permeabilidade durabilidade Cuidados na produção e execução do concreto bravo Pigmentos não orgânicos Exemplos: Ponte Irineu Bornhausen Igreja “Dives in Misericódia” – Roma, Itália CONCRETO EXTRUDADO É aplicado para produção de guias e sarjetas Deve ser elaborado com pedrisco e ter slump de no máximo 20 mm e com consumo de cimento entre 200 e 300 kg/m³ Sem muita fluidez: concreto seco Concreto já está na fase final CONCRETO CICLÓPICO Diminui o volume de concreto no final Bloco de fundação CONCRETO PERMEÁVEL Diminui os finos passagem de água Diminui as enxurradas Inovações CONCRETO TRANSLÚCIDO Conhecido como Litracon (Light – Transmitting Concrete) é um concreto transmissor de luz, sua característica translúcida é resultado da mistura de 4% de fibras óticas com 96% de concreto tradicional A luz pode ser transmitida de um lado a outro de uma parede, sem distorção das cores A invenção não compromete as características do concreto, nem a sua resistência, possibilitando seu uso em diversas aplicações É fornecido em blocos pré – fabricados de até 50 Mpa com colorações branca, cinza ou preta Extremamente dúctil Aditivos NBR 11768: 2019 Produto adicionado durante o processo de preparação do concreto, em quantidade não maior que 5% da massa de material cimentício contida no concreto, com o objetivo de modificar propriedades do concreto no estado fresco e/ou no estado endurecido Baseado na ação QUÍMICA Modifica a solubilidade dos compostos do cimento, alternando a cinética do processo de hidratação (aceleradores ou retardadores) Sarah Valente Tavares Ceatec – Engenharia Civil 5 FÍSICA Modifica a tensão superficial da fase líquida Aumentam a capacidade de umectação da água (incorporadores de ar, plastificantes) FISICO-QUIMICA Atua tanto na cinética do processo de hidratação do cimento como modificando a tensão superficial da água (plastificantes e superplastificantes) Designação normalizada Redutor de água tipo 1 / RA 1; RA-1 – R; RA 1-A; Sem modificar a consistência do concreto permite reduzir o conteúdo de água Sem alterar a quantidade de água modifica a consistência do concreto aumenta o abatimento e a fluidez Aditivo que produz esses dois efeitos simultaneamente Redutor de água tipo 2 / RA 2; RA2 – R; RA2-A; Sem modificar a consistência do concreto permite maior redução de água no concreto quando comparado ao redutor de água tipo 1 – RA 1; Sem alterar a quantidade de água aumenta consideravelmente o abatimento e a fluidez do concreto Aditivo que produz esses dois efeitos simultaneamente CONTROLADOR DE HIDRATAÇÃO - CH Aditivo que controla a hidratação do cimento: Promove retardos controlados no início de pega do concreto Reduz a perda de abatimento Reduz os resíduos associados à água de lavagem e sobras de concreto ACELERADOR DE RESISTÊNCIA – AR Aditivo que aumenta a taxa de desenvolvimento das resistências iniciais do concreto, com ou sem modificação do início de pega ACELERADOR DE PEGA PARA CONCRETO PROJETADO - APP Aditivo que altera imediatamente a reologia do concreto projetado, promovendo aderência ao substrato Posteriormente, acelera a hidratação do cimento aumentando as resistências iniciais COMPENSADOR DE RETRAÇÃO - CR Aditivo que ao reagir com o cimento e água, produz etringita ou hidróxido de cálcio e outros, levando ao aumento de volume, que induz o concreto a expandir e compensar as forças de retração total REDUTOR DE RETRAÇÃO - RR Aditivo que possui como função principal a redução da retração autógena, atuando na diminuição da tensão superficial da água presente no concreto INCORPORADOR DE AR - IA Aditivo que incorpora intencionalmente, durante o amassamento do concreto, uma quantidade controlada de microbolhas de ar separadas entre si, uniformemente distribuídas, estáveis e que mantenham estas características no estado endurecido INCORPORADOR DE AR PARA CONCRETO LEVE – IA - L Aditivo que incorpora intencionalmente, durante o amassamento do concreto, uma quantidade de microbolhas de ar, para produzir concretos com densidade abaixo de 2000 kg/m³ REDUTOR DE CORROSÃO – RC Aditivo que potencializa a diminuição da corrosão da armadura do concreto, por inibir a entrada de íons cloretos em seu interior Sarah Valente Tavares Ceatec – Engenharia Civil 6 MODIFICADOR DE VISCOSIDADE RETENTOR DE ÁGUA – MV - RT Aditivo que retém a água dentro do concreto diminuindo o efeito de exsudação MODIFICADOR DE VISCOSIDADE ANTISEGREGANTE – MV – AS Aditivo que reduz a segregação de concretos fluidos ou autoadensáveis Permite desenvolver concretos submersos REDUTOR DE ABSORÇÃO CAPILAR – RAC Aditivo que diminui a absorção capilar por efeito físico, quando a resistência à água sob pressão é limitada ou inexistente REDUTOR DE PERMEABILIDADE – RP Aditivo que diminui a permeabilidade capilar, por efeito de cristalização, onde os compostos que bloqueiam os poros são suficientemente estáveis para resistir à água sob pressão ADITIVOS PARA CONCRETO VIBROPRENSADO - CVP Grupo de aditivos que facilitam o processo de vibroprensagem do concreto Incorporadores De Ar Dimensão das bolhas de ar: formadas no processo da mistura (10 mm) Vazios decorrentes de evaporação da água Formadas pela adição de aditivos – 10 a 1000m FUNÇÃO Proporcionar estabilidade frente à ação do ciclo gelo-degelo Uma quantidade de ar superior a 5% do volume do concreto não melhora a durabilidade provoca uma queda acentuada da resistência mecânica Efeitos secundários sobre o concreto: Melhoria na trabalhabilidade Aumento da coesão do concreto fresco Diminuição da massa específica O volume ideal de ar a ser incorporado ao concreto, dependerá da dosagem do concreto a das características dos materiais constituintes Os concretos mais magros requerem um volume maior de ar Adições ADIÇÕES MINERAIS A escassez de produtos naturais com propriedades pozolânicas fez com que o seu emprego caísse em desuso na maior parte do mundo Pesquisas identificaram propriedades pozolânicas em vários materiais que são subprodutos da indústria Siderúrgica (Louis Vicat – sec XIX) Com o passar do tempo outros resíduos foram avaliados e considerados “adições minerais” Tipos: Pozolânicas (Nat/Artificial) reação pozolânica Pozolânica + Ca(OH)2 C-S-H Cimentantes reação cimentante Cimentante + H2O C-S-H Inertes efeitos físicos Empacotamento a / c < 0,44 – de 0,002 a 0,02m a / c > 0,44 – de 0,02 a 0,5m Aumento do diâmetro do tubo capilar impede a subida da água. Sarah Valente Tavares Ceatec – Engenharia Civil 7 Influência no concreto Por se tratarde um material extremamente fino, sua adição provoca um efeito: Físico: tamponamento dos poros diminuindo o volume de vazios Químico: produção de silicato de cálcio hidratado (C-S-H) através de reações pozolânicas ou cimentantes Menor porosidade Menor permeabilidade Maior resistência mecânica Maior durabilidade Microestrutura Do Concreto Hidróxido de cálcio; C-S-H; etringita Concreto convencional Concreto de alto desempenho Classificação De natureza hidráulica latente (cimentante) a escória básica granulada de alto forno que atende a NBR 5751: 2015 De natureza pozolânica os materiais pozolânicos naturais ou artificiais que atendam às prescrições da NBR 5752:2014 Os inertes como pigmentos de óxidos metálicos destinados a colorir integralmente o concreto com o objetivo estético CLASSIFICADOS DE ACORDO COM SUA REATIVIDADE Adições inertes tipo I: Ação física: aumentando a compacidade da mistura Representadas por: fílers calcários e quartzos moídos Adições reativas tipo I I: Contribuem para a formação de hidratos sendo empregadas em substituição ao cimento em teores que variam em função do tipo de adição Representadas pela: cinza volante, cinza de casca de arroz, metacaulin, escória de alto forno e sílica ativa Pozolanas É um material natural ou artificial que contém sílica em forma amorfa NBR 12653:2014 São materiais silicosos ou silicoaluminosos que, por si só, possuem pouca ou nenhuma atividade aglomerante, mas que, quando finamente divididos e na presença da água, reagem com o hidróxido de cálcio à temperatura ambiente para formar compostos com propriedades aglomerantes Classificação Definições segundo a NBR 12654:2014 – Controle tecnológico de materiais componentes do concreto Classe N: pozolanas naturais e artificais que obedeçam aos requisitos desta Norma, como certos materiais vulcânicos de caráter petrográfico ácido, cherts silicosos, terras diatomáceas e argilas calcinadas Classe C: cinzas volantes produzidas pela queima de carvão mineral em usinas termoelétricas, que obedeçam aos requisitos desta Norma Classe E: quaisquer pozolanas, não contempladas nas classes N e C, que obedeçam aos requisitos desta Norma SÍLICA ATIVA Pó fino pulverizado decorrente do processo de fabricação do silício metálico ou ferro silício No processo de fabricação do silício metálico, é gerado um gás (SiO) que, ao sair do forno elétrico oxida – se formando a sílica amorfa (SiO2), que é captada em filtros de manga Sarah Valente Tavares Ceatec – Engenharia Civil 8 O alto teor de SiO2 no formato amorfo (não cristalino), aliado a elevada finura ( < 1 m), proporciona altíssima reatividade com os produtos decorrentes da hidratação cimento, conferindo melhor desempenho em concreto e argamassa CINZA VOLANTE Materiais finamente divididos, que resultam da combustão de carvão pulverizado ou granulado com atividade pozolânica NBR 12653:2014 A maior parte do carvão consumido atualmente em usinas termoelétricas é queimada em caldeiras de carvão pulverizado Mais de ¾ da cinza produzida é leve o bastante para ser arrastada com os gases de combustão (cinza leve ou volante), sendo na sua maior parte coletada por equipamentos de retenção, como precipitadores eletrostáticos Mais de 85% da maioria das cinzas volantes são formadas pelos elementos silício, alumínio, ferro, cálcio e magnésio Diâmetro compreendido entre menos de 1 m e 150 m MEHTA (1987) afirma ainda que na maioria das aplicações, o objetivo do uso de cinzas volantes no concreto está relacionado a um ou mais dos seguintes benefícios: Redução da quantidade de cimento reduzir custos Reduzir o calor de hidratação Melhorar a trabalhabilidade Atender a níveis de resistência (idade acima de 90 dias) CINZA DE CASCA DE ARROZ Em muitos dos países produtores de arroz, o volume de cinza produzido é considerável, e apenas a indústria cimenteira poderia consumir tal quantidade de resíduo A sua utilização seria possível devido às características pozolânicas que grande parte dessas cinzas apresenta: Isoladamente as cinzas não tem valor aglomerante Finamente moídas e em presença de água: reagem com o hidróxido de cálcio (Ca(OH)2) e formam compostos cimentantes É constituída essencialmente de sílica pura (forma amorfa): Diâmetro médio das partículas inferior a 0,1 m É uma pozolâna altamente reativa Depende fortemente das condições de queima METACAULIN Os solos argilosos calcinados, na forma de fragmento de materiais cerâmicos finamente moídos, foram as primeiras pozolanas artificiais Os solos argilosos calcinados quando misturados à cal, constiuíram, há cerca de 3600 anos, o primeiro cimento hidráulico produzido pelo homem Tipos de argila – caulinítica, montmorilonitas e as ilitas Temperatura de queima de 500 a 800°C Diâmetro inferior a 5m ESCORIA DE ALTO FORNO Resultante da produção de ferro gusa por resfriamento brusco se obtém a escória na forma granulada Tem a propriedade de ligante hidráulico muito resistente, ou seja, que reagem em presença de água, desenvolvendo características aglomerantes de forma muito semelhante à do clínquer Contudo, as reações de hidratação das escórias são tão lentas que limitariam sua aplicação prática se agentes ativadores, químicos e físicos, não acelerassem o processo de hidratação A ativação física é conseguida pelo aumento da finura quando a escória é moída Sarah Valente Tavares Ceatec – Engenharia Civil 9 Adições - Inertes Fíler Calcário São em geral pó de pedra calcaria Pó constituído por partículas finamente moídas, de natureza calcária Estas partículas possuem dimensões em torno de 0,125 mm (> 100m) O fíler calcário proporciona um efeito físico de tamponamente, preenchendo todos os espaços vazios existentes entre as partículas maiores da mistura A capacidade de reação química é nula Adições Minerais A simples incorporação das adições minerais no concreto exige a elevação da relação a/c para manutenção da trabalhabilidade, problema que só é superado com o uso conjunto de aditivos químicos A partir disso consegue –se produzir concreto com maior resistência e durabilidade
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