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Sarah Valente Tavares Ceatec – Engenharia Civil 1 Materiais B Fibras Em 1960 foram usadas fibras de asbestos misturadas ao cimento Outros tipos de fibras: aço, polipropileno, carbono, vidro, nylon, celulose, acrílico, polietileno, madeira e sisal Mais usadas são as fibras de aço e as fibras de polipropileno Fibras Minerais FIBRAS DE AMIANTO Ótimas características mecânicas se comparadas às demais fibras disponíveis no mercado Resistência à tração média na ordem de 1 GPa Módulos de elasticidade em torno de 160 GPa FIBRAS DE VIDRO Geralmente confeccionadas na forma de fios compostos de centenas de filamentos individuais e justapostos O diâmetro destes filamentos individuais é da ordem de 10 m FIBRAS POLIMÉRICAS Os polímeros, dependendo de sua estrutura química, apresentam comportamentos diferentes, dando origem a diferentes tipos de fibras Podem ser destacadas as fibras de: polipropileno, polietileno, poliéster e poliamida (nylon) FIBRAS DE POLIPROPILENO Constituídas de termoplástico (material polimérico): Adquire uma consistência plástica com o aumento da temperatura Funções: Controlar a fissuração causada por mudanças de volume Controlar a retração Comportamento mecânico: Módulo de elasticidade ≈ 8 GPa (fibras de baixo módulo) Resistência à tração ≈ 400 Mpa com elevada resistência a ataque de substâncias químicas FIBRAS DE POLIETILENO Baixo módulo de elasticidade Fracamente aderidas à matriz cimentante Alta resistência ao ataque dos álcalis Podem ser encontradas no mercado sob a forma de monofilamentos picados ou malhas contínuas FIBRAS DE POLIÉSTER Valores altos de densidade, rigidez e resistência Aspecto muito similar às fibras de polipropileno Podem ser utilizadas para as mesmas aplicações Mais comum é o polietileno tereftalato (PET) empregado em larga escala na produção de garrafas plásticas FIBRAS DE POLIAMIDA (KEVLAR) Altas resistências Altos módulos de elasticidade Existe no mercado a fibra Kevlar 29: Resistência à tração é da ordem de 3 GPa Módulo de elasticidade intermediário ≈ 64 GPa FIBRAS NATURAIS Os primeiros tipos de fibras empregados em obras de terra de que se tem registro Dentre os materiais utilizados na confecção podem ser citados: bambu, juta, capim elefante, malva, coco, piaçava, sisal, linho, ceulose e cana de açúcar Sarah Valente Tavares Ceatec – Engenharia Civil 2 A durabilidade dos compostos cimentícios formados com fibras vegetais constitui – se em um grande problema, devido à degradação natural provocada pela ação do meio alcalino Baixa resistência mecânica Elementos Pré – Fabricados De Concreto: Blocos A alvenaria em blocos vem ganhando espaço pois aumentam a produtividade da obra, reduzem desperdício e retrabalho A alvenaria em blocos pode ser ou não estrutural ESTRUTURAL Responsável por suportar e distribuir seu peso próprio e as solicitações provenientes das estruturas Participa da estrutura CONVENCIONAL/VEDAÇÃO Responsável por suportar somente seu peso próprio Não participa da estrutura Composição da Alvenaria de Blocos Blocos Argamassa de assentamento Graute Produção Produção do concreto Prensagem dos blocos Armazenamento e cura Paletização Entrega RECEBIMENTO DA MATÉRIA PRIMA Cimento: todo e qualquer tipo de cimento que obedeçam às especificações brasileiras para cimento Comumente usado o Cimento de Alta Resistência Inicial Agregados: de acordo com a ABNT NBR 7211 A dimensão máxima do agregado graúdo deve ser inferior à metade da menor espessura de parede do bloco Água Aditivos NBR 6136 – 2016 Blocos Vazados de Concreto simples para Alvenaria – Requisitos Estabelece os requisitos para o recebimento de blocos vazados de concreto simples, destinados à execução de alvenaria com ou sem função estrutural Devem ser fabricados e curados por processos que asseguram a obtenção de um concreto homogêneo e compacto Sarah Valente Tavares Ceatec – Engenharia Civil 3 Tipos de Blocos BLOCO VAZADO DE CONCRETO SIMPLES Apresenta área líquida igual ou inferior a 75% da área bruta BLOCO CANALETA Componentes vazados ou não criados para racionalizar a execução de vergas, contravergas e cintas de amarração BLOCO COMPENSADOR Componente de alvenaria destinado para ajuste de modulação Laje Pré – Moldada Amarração em L: Bloco de 35 cm Compensador de 5 cm BLOCO ESPECIAL PARA FAMÍLIA 39 Bloco hidráulico Bloco 34 e bloco 54: ambos com altura de 19 cm Bloco de 35 cm Amarração em L: Primeira fiada: na “horizontal” Segunda fiada: na “vertical” Amarração em T: Bloco de 55 cm primeira fiada: na “horizontal” Bloco de 35 cm segunda fiada: na “vertical” OU Bloco de 55 cm Bloco compensador Resistência à compressão e absorção de água ABNT NBR 6136:2016 Classe A: Função estrutural Para aplicação abaixo do nível do solo Classe B: Função estrutural Classe C: Com ou sem função estrutural Largura de 90 mm: para edificações de no máximo um pavimento Largura de 115 mm: para edificações de no máximo dois pavimentos Sarah Valente Tavares Ceatec – Engenharia Civil 4 Larguras de 140 mm e 190 mm: para edificações de até cinco pavimentos Largura de 65 mm: uso restrito para alvenaria sem função estrutural Dimensões ABNT NBR 6136:2014 Nominais: Especificadas pelos fabricantes para largura, altura e comprimento Modulares: Medidas que atendem ao modulo básico (M=100mm) 2M x 2M x 4M (b x h x l) Família ABNT NBR 6136:2014 Conjunto de componentes que interagem modularmente entre si, composto por: Bloco inteiro Meio bloco Bloco de amarração (L ou T) Compensadores e canaletas Família 39: unidade modular em planta 20cm Família 29: unidade modular em planta 15cm Modulação Todos os elementos devem ser múltiplos da família empregada A extensão da parede é influenciada pelo comprimento do bloco Amarração em L Amarração em T Exemplos de Amarração Para A Família 39 (módulo 20) Amarração de parede em “L”: Nos cantos são utilizados blocos especiais nas dimensões 14 x 34 (largura x comprimento) em todas as fiadas Sarah Valente Tavares Ceatec – Engenharia Civil 5 Amarração de parede em “T”: Nos encontros são utilizados blocos especiais nas dimensões 14 x 34 (largura x comprimento) numa fiada e 14 x 54 na fiada seguinte Necessidades No Canteiro Verificação do lote recebido e estocagem adequada: Armazenamento em ordem de recebimento – “First in, first out” (FIFO) Empregados preferencialmente na ordem de recebimento Descarregados em superfície plana e nivelada Identificação das resistências, número do lote, obra e local de sua aplicação Alvenaria Estrutural Neste caso o controle da resistência dos materiais requer que os blocos sejam previamente caracterizados: Individualmente Prisma Parede pequena Parede Dimensões ABNT NBR 12118: 2013 Verificação das dimensões dos blocos: ± 2 mm; ± 3 mm; - 1 mm; Resistência à compressão ABNT NBR 12118: 2013 Neste caso deverá ser considerada a área bruta, sendo consideradas dimensões médias obtidas através de três determinações em cada dimensão A = b x l Lembre – se fc dado em Mpa! 𝒇𝒄 = 𝑷 𝑨 Absorção de água ABNT NBR 12118: 2013 Bloco saturado por 24 horas Determinar peso saturado superfície seca (m2) Secar em estufa até constânciade peso Determinar peso seco (m1) 𝒂 = 𝒎𝟐 − 𝒎𝟏 𝒎𝟏 𝒙 𝟏𝟎𝟎 a: é a absorção total, expressa em porcentagem (%) m1: é a massa do corpo de prova seco em estufa, expressa em gramas (g) m2: é a massa do corpo de prova saturado, expressa em gramas (g) Elementos Pré – Fabricados De Concreto: Pavers Piso Intertravado Pequenas peças que se encaixam formando um revestimento flexível O intertravamento do sistema é proporcionado pela contenção lateral ABNT NBR 9781:2013 Sarah Valente Tavares Ceatec – Engenharia Civil 6 Produção Produção do concreto Vibro – prensagem das peças, preenchimento de fôrmas: dormido ou virado Armazenamento e cura Paletização Entrega RECEBIMENTO DA MATÉRIA PRIMA Cimento: todo e qualquer tipo de cimento que obedeçam às especificações brasileiras para cimento Comumente usado o Cimento de Alta Resistência Inicial Agregados: de acordo com a ABNT NBR 7211. Podem ter origem natural, industrial ou reciclada Água Aditivos Formatos ABNT NBR 9781:2013 TIPO I Formato próximo ao retangular que podem ser assentados em fileiras ou em espinha de peixe TIPO I I Formato único que podem ser assentadas apenas em fileiras TIPO I II Formatos geométricos característicos como nos hexágonos, com peso superior a 4 kg por peça TIPO IV Diferentes tamanhos e podem ser utilizados com um ou mais padrões de assentamento Dimensões ABNT NBR 9781:2013 Medida nominal do comprimento: no máximo 250 mm Medida nominal da espessura: no mínimo 60 mm, especificada em múltiplos de 20 mm Medida real da largura: no mínimo 97 mm na área da peça destinada à aplicação de carga no ensaio de resistência à compressão Índice de forma ( I F – relação entre comprimento e espessura): Para peças de concreto utilizadas em vias com tráfego de veículos ou áreas de armazenamento deve ser menor ou igual a 4 A avaliação dimensional das peças deve ser realizada sempre em planos paralelos ou perpendiculares às arestas das peças Chanfros ABNT NBR 9781:2013 Quando as peças apresentarem chanfros esses devem ter, no mínimo 3 mm e no máximo 6 mm Tolerâncias dimensionais ABNT NBR 9781:2013 Comprimento: ± 3 Largura: ± 3 Espessura: ± 3 Resistência à compressão ABNT NBR 9781:2013 Se as peças forem entregues com idade inferior a 28 dias, devem apresentar resistência de no mínimo 80% da resistência especificada, sendo que aos 28 dias de idade ela deve ser igual ou superior à especificada 𝒇𝒄 = 𝑷 𝑨 𝒙 𝒑 Devem ser fabricados e curados por processos que asseguram a obtenção de um concreto homogêneo e compacto Sarah Valente Tavares Ceatec – Engenharia Civil 7 Lembre – se fc dado em Mpa! Tabela A.1 – fator multiplicativo p Absorção de água ABNT NBR 9781:2013 A amostra de peças deve apresentar absorção de água com valor médio menor ou igual a 6% e nenhum valor individual maior que 7% Peça saturada por 24 horas Determinar peso saturado superfície seca (m2) Secar em estufa até consistência de peso Determinar peso seco (m1) 𝒂 = 𝒎𝟐 − 𝒎𝟏 𝒎𝟏 𝒙 𝟏𝟎𝟎 a: é a absorção total, expressa em porcentagem (%) m1: é a massa do corpo de prova seco em estufa, expressa em gramas (g) m2: é a massa do corpo de prova saturado, expressa em gramas (g) Necessidades No Canteiro Verificação do lote recebido e estocagem adequada: Armazenamento em ordem de recebimento (FIFO) Empregados preferencialmente na ordem de recebimento Descarregados em superfície plana e nivelada Em caso de descarga manual, o empilhamento deve ser de no máximo 1,5 m de altura em arranjo que garanta a estabilidade da pilha Consultar também a ABNT NBR 15953:2011 – Pavimento intertravado com peças de concreto – execução
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