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RECURSOS NO PROCESSO DO TRABALHO

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RECURSOS NO PROCESSO DO TRABALHO 
Provocação do reexame de decisão proferida pela autoridade hierarquicamente 
superior ou pela própria autoridade prolatora da decisão, que objetiva sua reforma ou 
modificação. 
Remédio processual concedido às partes para que a decisão judicial impugnada seja 
submetida a novo julgamento, seja pela autoridade superior ou pela que proferiu a 
decisão. 
Natureza jurídica: duas correntes, a minoritária sustenta que é uma ação autônoma, 
já a majoritária afirma que seria o prolongamento do exercício da jurisdição dentro 
do mesmo processo. 
JUÍZO DE ADMISSIBILIDADE 
 O apelo é submetido para análise de dois juízos de admissibilidade: 
• Juízo a quo: prolator da decisão impugnada 
• Juízo ad quem: competente para julgar o recurso 
O Objetivo é verificar a presença dos pressupostos recursais, também chamados 
de requisitos de admissibilidade, se estiverem presentes o recurso será conhecido. 
O juízo ad quem poderá conhecer o recurso que não foi conhecido pelo juízo a quo 
e vice e versa. 
PRESSUPOSTOS PROCESSUAIS INTRÍNSECOS E EXTRÍNSECOS 
1. EXTRÍNSECOS- OBJETIVOS 
• Recorribilidade do ato: o ato deve ser recorrível. 
• Adequação: a parte deve utilizar o recurso adequado. 
• Tempestividade: Deve ser interposto dentro do prazo legal. 
Quanto a tempestividade existem diferentes questões, principalmente quanto á 
contagem de prazo para pessoas jurídicas de direito público e MP. Outra 
questão é o recesso forense e feriados em que se suspende o expediente além 
de feriados locais onde a parte está obrigada a comprovar a exist~encia. 
• Preparo: O recorrente deve recolher as custas e depósito recursal. 
As custas devem ser pagas pelo vencido, após trânsito em julgado da decisão, 
art. 789, § 1º, da CLT, em caso de recolhimento insuficiente o recorrente deverá 
ser intimado para complementar no prazo de 5 dias (art. 1007, §2º do CPC. O 
valor será estipulado entre 2% e no máximo 4 vezes o valor máximo do limite 
do benefício do RGPS. 
O depósito recursal objetiva garantir o juízo para o pagamento de futura 
execução, portanto só será realizado pelo empregador ou tomador dos 
serviços, o valor a ser depositado deve ser o da condenação, no entanto 
limitado ao teto estabelecido pelo TST, quais sejam: Para Recurso Ordinário o 
valor de R$ 9,189,00 e pra Recurso de Revista, REXT e Recurso Ordinário em 
Ação Rescisória o valor de R$ 18.378,00. Para Agravo de Instrumento o valor 
será de 50% do valor efetuado referente ao recurso que não foi conhecido (art. 
899, §7 º, CLT). O depósito recursal deve ser realizado quando houver decisão 
condenatória de pagar quantia, sendo devido também em caso de Recurso 
Adesivo. O Art. 899, §§ 9 e 10 da CLT prevê a isenção para os beneficiários da 
justiça gratuita e redução á metade para entidades sem fins lucrativos. Uma 
vez depositado integralmente o valor da condenação, não precisará de outro 
depósito, salvo se for majorada a condenação. 
• Regularidade de representação: o Recurso dede ser subscrito pelo advogado 
com procuração nos autos ou portador de mandato tácito (compareceu em 
audiência e requereu verbalmente que constasse em ata a sua constituição 
como procurador) ou pela própria parte (jus postulandi) salvo se for dirigido ao 
TST. Só será admitido advogado sem procuração para evitar a preclusão, 
decadência ou prescrição ou ainda, para praticar ato urgente. 
Em caso de ausência de procuração a parte será intimada para regularização 
no prazo de dias. 
 
2. INTRÍNSECOS- Subjetivos 
• Legalidade: art. 996, CPC, O recurso deve ser interposto pela parte vencida, 
terceiro prejudicado ou MP. 
• Capacidade: No momento da interposição do recurso deverá ser plenamente 
capaz de praticar o ato processual, se estiver incapaz poderá ser representado 
com base no Código Civil. 
• Interesse: O recurso deve ser necessário para a parte, não deve recorrer de 
algo que lhe foi favorável. 
 
PRINCÍPIOS RECURSAIS 
a) DUPLO GRAU DE JUSRISDIÇÃO 
Decorrente do direito das partes ao contraditório e a ampla defesa com os 
meios e recursos a ela inerentes, previsto no art. 5º, LV da CF. 
Exceção aos dissídios de alçada, que não ultrapassa a dois salários mínimos, 
a menos que se trate de matéria constitucional. 
b) UNIRRECORRIBILIDADE 
Também conhecido como singularidade ou unicidade recursal, esse princípio 
não permite a interposição de mais de um recurso contra a mesma decisão 
simultaneamente, os recursos devem usados sucessivamente. 
c) FUNGIBILIDADE OU CONVERSIBILIDADE 
O Juiz pode conhecer um recurso erroneamente interposto como se fosse o 
recurso cabível, tem como requisito: 
• Inexistir erro grosseiro; 
• Dúvida plausível quando ao recurso cabível; 
• O prazo deve obedecer ao do recurso cabível. 
d) VOLUNTARIEDADE 
O recurso é em regra voluntário, o julgador não poderá conhecer a matéria não 
suscitada no recurso, salvo questões de ordem pública. 
e) PROIBIÇÃO DE REFORMATIO IN PEJUS 
É vedado ao tribunal proferir decisão mais desfavorável ao recorrente do que 
aquela recorrida, não pode também agravar a condenação que não foi objeto 
do recurso 
 
PECULIARIDADES RECURSAIS 
• Irrecorribilidade imediata das decisões interlocutórias: as decisões 
interlocutórias são irrecorríveis de imediato, só cabe o recurso da 
decisão definitiva. 
A sumula 241, do TST prevê a possibilidade de exceções em caso que: 
o TRT dê decisão contrária a Sumula ou OJ do TST; decisão suscetível 
de impugnação ao mesmo tribunal; e decisão que acolhe exceção de 
incompetência territorial, com a remessa dos autos para o Tribunal 
Regional distinto daquele a que se vincula o juízo excepcionado. 
• Inexigibilidade de fundamentação: os recursos serão interpostos por 
simples petição, o art. 899 permite que os recursos sejam interpostos 
sem qualquer fundamentação, no entanto a fundamentação é 
necessária para assegurar o contraditório e a ampla defesa, mas a 
maioria exige fundamentação como o Recurso de Revista, Recurso 
Extraordinário e Agravo de Petição. A sumula 422 do TST caminha no 
sentido da obrigatoriedade da fundamentação. 
• Efeito devolutivo dos recursos: em regra os recursos têm efeito 
devolutivo, permite execução provisória e até penhora 
• Uniformidade de prazo para recursos: será de 8 dias o prazo para 
interpor e contra razoar qualquer recurso trabalhista, salvo Embargos de 
Declaração que o prazo é de 5 dias, e existem as exceções de prazo em 
dobro. 
• Instancia única para dissídios de alçada: somente é cabível Recurso 
Ordinário e Recurso de Revista em caso de violação á CF, ou recurso 
Extraordinário. 
EFEITOS DOS RECURSOS 
a) DEVOLUTIVO: os recursos, ordinariamente, têm apenas o efeito devolutivo. 
b) SUSPENSIVO: em regra, os recursos não têm efeito suspensivo. 
c) TRANSLATIVO: questões de ordem pública devem ser conhecidas de ofício, 
não se opera a preclusão, podendo o juiz ou tribunal decidir sobre elas ainda 
que não constem nas razões recursais, o que gera o efeito translativo dos 
recursos. 
d) SUBSTITUTIVO: o julgamento proferido pelo Tribunal substituirá a sentença ou 
decisão recorrida. 
e) EXTENSIVO: efeito aplicado em caso de litisconsórcio unitário, em que a 
decisão tenha que ser uniforme à todos os litisconsortes. 
f) REGRESSIVO: possibilidade de retratação ou reconsideração pela mesma 
autoridade prolatora da decisão. 
 
RECURSOS EM ESPÉCIE 
a) RECURSO ORDINÁRIO- art. 895, CLT prazo 8 dias 
 
O recurso ordinário visa à reforma da decisão ou a sua anulação. A reforma ocorre 
quando há errar in judicando e a anulação quando há errar in procedendo. Neste caso, 
a decisão será anulada e os autos retornarão ao juízo a quo, que proferirá uma nova 
decisão. 
 
Cabimento: 
• Sentenças terminativas ou definitivas prolatadas pela vara do trabalho ou pelo juiz 
de direito no exercício da jurisdição trabalhista; 
• Decisões definitivas ou terminativas prolatadas pelos TRTs em processos de sua 
competênciaoriginária. 
 
Tanto as sentenças definitivas (com resolução do mérito) como as terminativas (sem 
exame do mérito) serão passíveis de recurso ordinário. 
 
Possibilidade de retratação em 5 dias para: a) indeferimento da petição inicial; b) 
improcedência liminar do pedido; e c) extinção do processo sem resolução do mérito. 
 
Não interposto o recurso ordinário, o réu será intimado do trânsito em julgado da 
sentença. (art. 331, § 3°, CPC). 
 
Processamento: 
• Interposto o recurso ordinário, o magistrado verificará a presença ou não dos 
pressupostos recursais (cabimento, adequação, tempestividade, preparo etc.). 
• Conhecido o recurso, o juiz concederá prazo de 8 dias para o recorrido 
apresentar contrarrazões. 
• Após apresentada as contrarrazões, ou findo o prazo para tanto sem 
manifestação do recorrido, o juiz poderá reconsiderar ou não a decisão que 
admitiu o recurso (caso existam elementos que convençam o magistrado pelo 
não conhecimento). Após a apresentação da resposta pelo recorrido, é dado 
ao juízo a quo reexaminar os pressupostos de admissibilidade recursal do 
recurso ordinário; 
• Mantida a decisão que admitiu o recurso, o magistrado remeterá os autos ao 
tribunal para julgamento do apelo; 
O Relator: 
a) fará o segundo juízo de admissibilidade, 
b) poderá julgar monocraticamente o recurso nas hipóteses previstas no art. 932, 
III a V, do CPC. (art. 1.011, I, CPC); 
c) Caso tenha algum vício deverá conceder o prazo de 5 dias para que o recorrente 
possa saná-lo ou complementar a documentação exigível (art. 1.021 do CPC). 
• O relator elabora seu voto e devolverá os autos à secretaria, caso não tenha 
julgado monocraticamente o recurso. 
• A secretaria encaminhará para o presidente, que designará a sessão 
julgamento. 
• Na sessão de julgamento, o relator fará a exposição da causa e, na 
sequência, terão a palavra, nessa ordem: o recorrente, o recorrido, o 
membro do MP, se for obrigatória a intervenção- prazo de 15 minutos (art. 
937, CPC). 
• Proferidos os votos, o presidente anunciará o resultado, determinando que 
o relator redija o acórdão, ou, se vencido, o autor do primeiro voto vencedor 
(art. 941, CPC). 
• A ·ementa do acórdão será publicada no órgão oficial no prazo de 10 dias 
(art. 943. § 2°, CPC). 
 
b) RECURSO DE REVISTA 
Recurso de natureza extraordinária: nos termos da súmula 126, TST é incabível para 
reexame de fatos e provas. 
• 2 Hipóteses de cabimento: 
i) de decisão do TRT em recurso ordinário; 
ii) de decisão do TRT em agravo de petição. 
Não cabe recurso de revista em face de decisão do TRT em agravo de 
instrumento (Súmula 218 do TST). 
 
O art. 896-A, § 1°, CLT prevê que: somente será cabível quando: 
a) a questão for exclusivamente de direito; 
b) o recorrente estiver diante de uma das hipóteses específicas de 
cabimento de recurso de revista; 
c) a matéria estiver prequestionada; 
d) quando a causa oferecer transcendência com relação aos reflexos gerais 
de natureza econômica, política, social e jurídica 
 
No procedimento ordinário, art. 896, "a" e "c" da CLT, pode ser interposto 
nos seguintes casos: 
a) violação literal e direta à Constituição Federal; 
b) violação literal à lei federal; 
c) contrariedade à súmula do TST; 
d) contrariedade à orientação jurisprudencial do TST (OJ 219, SDI-1, do 
TST); 
e) contrariedade à súmula vinculante do STF; 
f) quando, na interpretação de lei federal, a decisão recorrida contrariar 
outro TRT (Pleno ou Turma); 
g) quando o acórdão recorrido divergir, na interpretação de lei federal, de 
decisão da Seção de Dissídios Individuais I ou II do TST 
Divergência jurisprudencial: Quando os Tribunais divergem entendimento sobre 
determinado dispositivo, art. 896, “b”, da CLT. 
• Prequestionamento: é pressuposto do recurso de revista, assim como dos 
demais recursos de natureza extraordinária. A matéria estará prequestionada 
quando houver sido tratada no acórdão impugnado (Súmula 297, I, do TST). 
Se o Tribunal não se pronunciar quanto à matéria impugnada, deverão ser 
opostos embargos de declaração com o objetivo de que se manifeste a respeito 
de tal matéria, sob pena de preclusão, o recorrente deve indicar o trecho da 
decisão recorrida que consubstancia o prequestionamento da controvérsia 
objeto do recurso de revista. 
• Transcendência: art. 896- A, CLT: o TST examinará previamente se a causa 
oferece transcendência com relação aos reflexos gerais de natureza 
econômica, política, social ou jurídica. 
O art. 896-A, § 1º, CLT aponta como indicadores de transcendência: 
a) econômica, o elevado valor da causa; 
b) política, o desrespeito da instância recorrida à jurisprudência sumulada do 
TST e STF; 
c) social, a postulação, por reclamante-recorrente, de direito social 
constitucionalmente assegurado; 
d) jurídica, a existência de questão nova em torno da interpretação da 
legislação trabalhista. 
• Recursos repetitivos: ao receber um recurso de revista, se o TST considerar 
que a matéria é repetitiva, ( se houver multiplicidade de recursos de revista 
fundados em idênticas questões de direito) todos os recursos que estiverem 
nos TRTs sobre o mesmo tema ficarão sobrestados aguardando a decisão do 
primeiro caso. 
Todos os recursos que estiverem nos TRTs sobre o mesmo tema ficarão 
sobrestados aguardando a decisão do primeiro caso, uma vez julgado o 
recurso paradigma (leading case), todos os demais que estavam sobrestados 
deverão ser julgados no mesmo sentido, a menos que ficar comprovado que 
existem distinção fática ou jurídica. 
Proposta de afetação: a questão poderá ser afetada à Seção !Especializada 
em Dissídios Individuais ou ao Tribunal Pleno. A Turma do TST poderá afetar 
o recurso para a sm e apenas esta poderá afetar a questão para julgamento 
pelo Pleno do TST sob o rito dos recursos repetitivos, uma vez acolhida a 
proposta de afetação, o relator na SDI ou no Pleno proferirá a decisão de 
afetação na qual identificará com precisão a questão a ser submetida a 
julgamento, os recursos afetados serão julgados em no máximo um ano e terão 
preferência sobre os demais, caso contrário cessa automaticamente a afetação 
e a suspensão dos processos. O acórdão paradigma abrangerá análise de 
todos os fundamentos suscitados à tese jurídica discutida, favoráveis ou 
contrários. 
O art. 896- C, § 13 da CLT prevê que a decisão proferida pelo Tribunal Pleno 
quanto à questão afetada e julgada sob o rito dos recursos repetitivos que 
também contenha questão constitucional, não obstará o conhecimento de 
eventuais recursos extraordinários sobre a questão constitucional 
 
c) EMBARGOS PARA O TST 
Embargos infringentes e embargos por divergência 
• Embargos infringentes: art. 894, I, CLT. 
Hipóteses de cabimento: 894, I “a”, CLT 
Decisão não unânime de julgamento que: a) conciliar, julgar ou homologar 
conciliação em dissídios coletivos que excedam a competência territorial 
dos Tribunais Regionais do Trabalho e estender ou rever as sentenças 
normativas do Tribunal Superior do Trabalho, nos casos previstos em lei; 
• Embargos por divergência: art. 894, II, CLT 
Hipóteses de cabimento: de decisões de Turma do TST que contrariar: 
a) acórdão de outra Turma do TST; 
b) acórdão da SDI; 
c) súmula do TST; 
d) orientação jurisprudencial do TST; 
d) súmula vinculante do STF. 
O art. 894, § 2º do CLT prevê que a divergência apta a ensejar os embargos 
deve ser atual, não se considerando tal a ultrapassada por súmula do 
Tribunal Superior do Trabalho ou do Supremo Tribunal Federal, ou 
superada por iterativa e notória jurisprudência do Tribunal Superior do 
Trabalho 
 
O Ministro Relator denegará seguimento aos embargos: se a decisão 
recorrida estiver em consonância com súmula da jurisprudência do Tribunal 
Superior do Trabalho ou do Supremo Tribunal Federal, ou com iterativa, 
notória e atual jurisprudência do Tribunal Superior do Trabalho,cumprindo-
lhe indicá-la; e nas hipóteses de intempestividade, deserção, irregularidade 
de representação ou de ausência de qualquer outro pressuposto extrínseco 
de admissibilidade. 
 
Da decisão denegatória dos embargos caberá agravo, no prazo de 8 (oito) dias. 
 
d) AGRAVO DE INSTRUMENTO- art. 897, b da CLT 
Prazo para interposição e contraminuta: 8 dias 
Finalidade: Impugnar os despachos que deneguem o seguimento de recurso, ou seja, 
sempre que o 1º juízo de admissibilidade negar seguimento a recurso ordinário, 
recurso de revista, agravo de petição e extraordinário, ainda que interposto de forma 
adesiva, caberá a interposição de agravo de instrumento objetivando destrancar o 
apelo e fazer com que o mesmo suba à instância superior. 
Interposição: interposto perante o juízo que não conheceu o recurso, admitindo o 
chamado juízo de retratação ou reconsideração. 
Caso a decisão objeto do agravo de instrumento seja mantida, o agravado será 
intimado para que, no prazo de 8 dias, ofereça razões de contrariedade • ao agravo e 
ao recurso principal, instruindo o agravo com as peças que entender necessárias ao 
seu julgamento. 
Competência: tribunal que seria competente para conhecer o recurso cuja 
interposição foi denegada, conforme previsão no art. 897, § 4, CLT. 
 
e) AGRAVO DE PETIÇÃO- art. 897, “a” da CLT 
 
Prazo para interposição do recurso e da contraminuta: 8 dias 
 
Impugnar decisões definitivas o terminativas proferidas no curso do processo de 
execução trabalhista. 
 
Pressuposto específico de admissibilidade: art. 897, § 1º, CLT: Delimitação, justificada 
das matérias e valores impugnados, não sendo admitido agravo de petição genérico. 
As parcelas que não forem impugnadas serão imediatamente executadas 
definitivamente 
 
f) EMBARGOS DE DECLARAÇÃO: 897- A da CLT- prazo 5 dias 
Hipóteses de cabimento: 
• omissão 
• obscuridade 
• contradição 
• manifesto equívoco na análise dos pressupostos extrínsecos do recurso 
• erro material 
• Prequestionamento 
Não há manifestação da outra parte, salvo se o juiz vislumbrar o efeito modificativo 
no julgado, então concede prazo de 5 dias, caso contrário a decisão pode ser 
anulada 
A interposição dos embargos de declaração interrompe o prazo para interposição 
de outros recursos até que seja proferida a decisão, para as duas partes, salvo 
quando intempestivos. 
Multa por embargos protelatórios: manifestamente protelatórios juiz ou o tribunal, 
em decisão fundamentada, condenará o embargante a pagar ao embargado multa 
não excedente a dois por cento sobre o valor atualizado da causa (art. 1.026, § 2°, 
do CPC). Na reiteração poderá ser elevada para 10 % do valor da causa. 
Se o acolhimento dos embargos de declaração resultar a modificação da decisão 
embargada e o embargado que já tiver interposto outro recurso contra a decisão 
originária, o embargado tem o direito de complementar ou alterar suas razões, nos 
exatos limites da modificação, no prazo de 8 (oito) dias, contado da intimação da 
decisão dos embargos de declaração (art. 1.024, § 4°, do CPC). 
 
g) AGRAVO REGIMENTAL 
A doutrina não é unânime quanto à distinção de agravo interno e agravo regimental. 
O agravo interno é o previsto nos arts. 894, § 3°, da CLT e 1.021 do CPC, aplicável 
ao Processo do Trabalho; e o agravo regimental é o previsto no regimento interno do 
tribunal. Portanto, estaremos diante do agravo regimental quando o recurso não tiver 
previsão legal, mas estiver disciplinado no regimento interno do tribunal. Por outro 
lado, havendo previsão legal, o recurso será o agravo interno. 
O agravo interno, é cabível nas hipóteses: 
• das decisões monocráticas não proferidas com base no art. 894, § 4°, da CLT; 
• o das decisões monocráticas proferidas nos termos do art. 932 do CPC, ou 
seja, decisão do relator que monocraticamente apreciar o pedido de tutela 
provisória; não conhecer de recurso inadmissível, prejudicado ou que não 
tenha impugnado especificamente os fundamentos da decisão; negar 
provimento ou dar provimento ao recurso, nos casos do art. 932, V e V, do 
CPC; decidir incidente de desconsideração da personalidade jurídica, quando 
instaurado originariamente no tribunal. 
• em face de decisão monocrática do relator no julgamento dos recursos, à luz 
do art. 1.021 do CPC e art. 9°, parágrafo único, da Lei 5584/1970. 
• A Lei 7.701/1988, nos arts. 2º , II, "d", e 3º , III, estabelece a possibilidade de 
interposição de agravo regimental contra a decisão que indeferir recurso em 
ações coletivas e nos embargos de divergência em ações individuais. Muito 
embora faça referência a agravo regimental, na verdade, trata-se de agravo 
interno. 
O prazo do agravo regimental e interno é de 8 dias. 
O agravo interno é interposto perante o órgão judicial que proferiu a decisão 
impugnada. 
Possibilidade do juízo de reconsideração ou retratação 
h) RECURSO ADESIVO 
O recurso adesivo não tem previsão explícita na Consolidação das Leis do Trabalho, 
sendo aplicável, subsidiariamente, o art. 997 do CP(, conforme estabelecido na 
Súmula 283 do TST. 
Conforme previsto na Súmula 283 do TST, o recurso adesivo pode ser interposto em 
face do recurso ordinário, recurso de revista, embargos e agravo de petição, sempre 
no prazo de oito dias. 
O recurso adesivo é interposto no prazo das contrarrazões do recurso principal, 
consoante previsto no art. 997, § 2. 0 , I, do CPC. 
Para utilização do recurso adesivo é preciso que tenha havido sucumbência recíproca. 
Deve preencher os demais pressupostos gerais e específicos de admissibilidade 
exigidos dos recursos principais (inclusive com pagamento de custas e recolhimento 
do depósito recursal, quando for o caso), sendo recebido apenas no efeito devolutivo. 
Não há necessidade de que a matéria deduzida no recurso adesivo esteja relacionada 
com a do recurso principal interposto pela parte contrária. 
Caso o litigante recorra de forma autônoma da parte da decisão que lhe seja 
desfavorável, não poderá mais se valer do recurso adesivo, PRINCÍPIO DA 
UNIRECORRIBILIDADE. 
 
i) RECURSO EXTRAORDINÁRIO: ART. 102, III,CF 
O prazo para interpor e contra-arrazoar o recurso extraordinário é de 15 dias e o 
recurso será julgado por turma do STF. 
Somente pode ser interposto de decisão do TST, em única ou última instancia, quando 
já esgotados todos os recursos trabalhistas admissíveis. 
Prequestionamento: questão federal seja prequestionada, de maneira explícita (por 
meio, normalmente, de embargos de declaração), sob pena de não conhecimento do 
apelo. Sum 282 e 356 do STF. 
Não cabe para reexame de provas. 
Repercussão geral: o recorrente deverá demonstrar a repercussão geral das 
questões constitucionais discutidas no caso, a fim de que o Tribunal examine a 
admissão do recurso. (arts. 1.035, 1.036 e 1.039, parágrafo único, do CPC). 
 
j) PEDIDO DE REVISÃO 
Era cabível exclusivamente para impugnar o valor da causa fixado pelo juiz no 
procedimento sumário foi revogado tacitamente pelo art. 840, § 1 º, da CLT. 
 
k) RECLAMAÇÃO CORREICIONAL 
Também chamada de correição parcial, é um procedimento administrativo 
regulamentado pelos Regimentos Internos dos Tribunais do Trabalho. 
No Processo do Trabalho, a correição parcial é mencionada no art. 709, II, da CLT. 
Requisitos: 
• O ato deve ser atentatório à boa ordem processual; 
• Não deve haver recurso cabível contra este ato; 
• Deve ser demonstrado o prejuízo processual à parte recorrente do referido ato. 
Dirigida ao corregedor do tribunal e tramita de acordo com o regimento interno dos 
tribunais. 
 
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA 
SARAIVA, Renato; LINHARES, Aryanna. Processo do Trabalho para concursos 
públicos. 14 ed. Salvador: Jus PODVM, 2018.p 318 a 382.

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