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cumprindo- lhe indicá-la; e nas hipóteses de intempestividade, deserção, irregularidade de representação ou de ausência de qualquer outro pressuposto extrínseco de admissibilidade. Da decisão denegatória dos embargos caberá agravo, no prazo de 8 (oito) dias. d) AGRAVO DE INSTRUMENTO- art. 897, b da CLT Prazo para interposição e contraminuta: 8 dias Finalidade: Impugnar os despachos que deneguem o seguimento de recurso, ou seja, sempre que o 1º juízo de admissibilidade negar seguimento a recurso ordinário, recurso de revista, agravo de petição e extraordinário, ainda que interposto de forma adesiva, caberá a interposição de agravo de instrumento objetivando destrancar o apelo e fazer com que o mesmo suba à instância superior. Interposição: interposto perante o juízo que não conheceu o recurso, admitindo o chamado juízo de retratação ou reconsideração. Caso a decisão objeto do agravo de instrumento seja mantida, o agravado será intimado para que, no prazo de 8 dias, ofereça razões de contrariedade • ao agravo e ao recurso principal, instruindo o agravo com as peças que entender necessárias ao seu julgamento. Competência: tribunal que seria competente para conhecer o recurso cuja interposição foi denegada, conforme previsão no art. 897, § 4, CLT. e) AGRAVO DE PETIÇÃO- art. 897, “a” da CLT Prazo para interposição do recurso e da contraminuta: 8 dias Impugnar decisões definitivas o terminativas proferidas no curso do processo de execução trabalhista. Pressuposto específico de admissibilidade: art. 897, § 1º, CLT: Delimitação, justificada das matérias e valores impugnados, não sendo admitido agravo de petição genérico. As parcelas que não forem impugnadas serão imediatamente executadas definitivamente f) EMBARGOS DE DECLARAÇÃO: 897- A da CLT- prazo 5 dias Hipóteses de cabimento: • omissão • obscuridade • contradição • manifesto equívoco na análise dos pressupostos extrínsecos do recurso • erro material • Prequestionamento Não há manifestação da outra parte, salvo se o juiz vislumbrar o efeito modificativo no julgado, então concede prazo de 5 dias, caso contrário a decisão pode ser anulada A interposição dos embargos de declaração interrompe o prazo para interposição de outros recursos até que seja proferida a decisão, para as duas partes, salvo quando intempestivos. Multa por embargos protelatórios: manifestamente protelatórios juiz ou o tribunal, em decisão fundamentada, condenará o embargante a pagar ao embargado multa não excedente a dois por cento sobre o valor atualizado da causa (art. 1.026, § 2°, do CPC). Na reiteração poderá ser elevada para 10 % do valor da causa. Se o acolhimento dos embargos de declaração resultar a modificação da decisão embargada e o embargado que já tiver interposto outro recurso contra a decisão originária, o embargado tem o direito de complementar ou alterar suas razões, nos exatos limites da modificação, no prazo de 8 (oito) dias, contado da intimação da decisão dos embargos de declaração (art. 1.024, § 4°, do CPC). g) AGRAVO REGIMENTAL A doutrina não é unânime quanto à distinção de agravo interno e agravo regimental. O agravo interno é o previsto nos arts. 894, § 3°, da CLT e 1.021 do CPC, aplicável ao Processo do Trabalho; e o agravo regimental é o previsto no regimento interno do tribunal. Portanto, estaremos diante do agravo regimental quando o recurso não tiver previsão legal, mas estiver disciplinado no regimento interno do tribunal. Por outro lado, havendo previsão legal, o recurso será o agravo interno. O agravo interno, é cabível nas hipóteses: • das decisões monocráticas não proferidas com base no art. 894, § 4°, da CLT; • o das decisões monocráticas proferidas nos termos do art. 932 do CPC, ou seja, decisão do relator que monocraticamente apreciar o pedido de tutela provisória; não conhecer de recurso inadmissível, prejudicado ou que não tenha impugnado especificamente os fundamentos da decisão; negar provimento ou dar provimento ao recurso, nos casos do art. 932, V e V, do CPC; decidir incidente de desconsideração da personalidade jurídica, quando instaurado originariamente no tribunal. • em face de decisão monocrática do relator no julgamento dos recursos, à luz do art. 1.021 do CPC e art. 9°, parágrafo único, da Lei 5584/1970. • A Lei 7.701/1988, nos arts. 2º , II, "d", e 3º , III, estabelece a possibilidade de interposição de agravo regimental contra a decisão que indeferir recurso em ações coletivas e nos embargos de divergência em ações individuais. Muito embora faça referência a agravo regimental, na verdade, trata-se de agravo interno. O prazo do agravo regimental e interno é de 8 dias. O agravo interno é interposto perante o órgão judicial que proferiu a decisão impugnada. Possibilidade do juízo de reconsideração ou retratação h) RECURSO ADESIVO O recurso adesivo não tem previsão explícita na Consolidação das Leis do Trabalho, sendo aplicável, subsidiariamente, o art. 997 do CP(, conforme estabelecido na Súmula 283 do TST. Conforme previsto na Súmula 283 do TST, o recurso adesivo pode ser interposto em face do recurso ordinário, recurso de revista, embargos e agravo de petição, sempre no prazo de oito dias. O recurso adesivo é interposto no prazo das contrarrazões do recurso principal, consoante previsto no art. 997, § 2. 0 , I, do CPC. Para utilização do recurso adesivo é preciso que tenha havido sucumbência recíproca. Deve preencher os demais pressupostos gerais e específicos de admissibilidade exigidos dos recursos principais (inclusive com pagamento de custas e recolhimento do depósito recursal, quando for o caso), sendo recebido apenas no efeito devolutivo. Não há necessidade de que a matéria deduzida no recurso adesivo esteja relacionada com a do recurso principal interposto pela parte contrária. Caso o litigante recorra de forma autônoma da parte da decisão que lhe seja desfavorável, não poderá mais se valer do recurso adesivo, PRINCÍPIO DA UNIRECORRIBILIDADE. i) RECURSO EXTRAORDINÁRIO: ART. 102, III,CF O prazo para interpor e contra-arrazoar o recurso extraordinário é de 15 dias e o recurso será julgado por turma do STF. Somente pode ser interposto de decisão do TST, em única ou última instancia, quando já esgotados todos os recursos trabalhistas admissíveis. Prequestionamento: questão federal seja prequestionada, de maneira explícita (por meio, normalmente, de embargos de declaração), sob pena de não conhecimento do apelo. Sum 282 e 356 do STF. Não cabe para reexame de provas. Repercussão geral: o recorrente deverá demonstrar a repercussão geral das questões constitucionais discutidas no caso, a fim de que o Tribunal examine a admissão do recurso. (arts. 1.035, 1.036 e 1.039, parágrafo único, do CPC). j) PEDIDO DE REVISÃO Era cabível exclusivamente para impugnar o valor da causa fixado pelo juiz no procedimento sumário foi revogado tacitamente pelo art. 840, § 1 º, da CLT. k) RECLAMAÇÃO CORREICIONAL Também chamada de correição parcial, é um procedimento administrativo regulamentado pelos Regimentos Internos dos Tribunais do Trabalho. No Processo do Trabalho, a correição parcial é mencionada no art. 709, II, da CLT. Requisitos: • O ato deve ser atentatório à boa ordem processual; • Não deve haver recurso cabível contra este ato; • Deve ser demonstrado o prejuízo processual à parte recorrente do referido ato. Dirigida ao corregedor do tribunal e tramita de acordo com o regimento interno dos tribunais. REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA SARAIVA, Renato; LINHARES, Aryanna. Processo do Trabalho para concursos públicos. 14 ed. Salvador: Jus PODVM, 2018.p 318 a 382.