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1 Cistos de Desenvolvimento Pollyana Santos – Odontologia – UFPE CISTO Uma cavidade formada pela morte das células centrais pela falta de nutrição. “É uma cavidade patológica, revestida por tecido epitelial e recoberta por uma capsula de tecido conjuntivo fibroso, tendo ou não material liquido, semissólido ou solido no seu interior.” De modo geral é benigno, mas pode ser maligno. Assintomático na fase inicial. Tem crescimento lento e expansivo, mas não infiltrante. Mais frequente entre os 20-30 anos. Acomete ambos os sexos. É mais frequente na mandíbula. Pode ter origem: ODONTOGÊNICA Por falhas no desenvolvimento das estruturas dentárias. Acontece proliferação celular, seguida de diferenciação. Algumas células sofrem apoptose, mas outras ficam e são chamadas de remanescentes epiteliais. Esses R.E. ficam inativos mas por algum estimulo começam a proliferar, esse estimulo pode ser inflamatório, por exemplo. NÃO – ODONTOGÊNICA Tem patogênese incerta. Tendem a aumentar lentamente de tamanho, em resposta a um pequeno aumento da pressão hidrostática no lúmen. Radiograficamente: áreas radiolúcidas com bordas bem delimitadas, com halo radiográfico bem definido. Possível hipótese: vem de remanescentes epiteliais nas linhas de fusão ou nivelamento entre os processos embrionários. CISTO NASOLABIAL/NASOALVEOLAR/DE KLESTADT 2 LOCAL: É raro e ocorre no lábio superior, lateral à linha média. PATOGÊNESE: É desconhecida mas temos duas hipóteses: 1. Cisto fissural: Formado de remanescentes epiteliais aprisioanados ao longo da linha de fusão do processo maxilar, processo nasal mediano e processo nasal lateral. 2. Cisto não-fissural: Acontece pela deposição ectópica do epitélio do ducto nasolacrimal. CARACTERÍSTICAS CLÍNICAS: Aumento do volume do lábio superior, lateral a linha média e elevação da asa do nariz. Apagamento do fundo de vestíbulo. Pode causar obstrução nasal e interferir no uso da prótese. A dor é rara, exceto por infecção secundária. Pode-se romper espontaneamente e drenar para cavidade oral ou nasal. ESTATÍSICA: Acomete mais adultos (40 – 50 anos). Mais comum em mulheres. 10% são bilaterais. CARACTERÍSTICAS RADIOGRAFICAS: Não tem alterações. Pode ter reabsorção do osso subjacente pela pressão exercida pelo cisto. Na oclusal total de maxila, é possível ver um abaulamento da espinha nasal. CARACTERÍSTICAS HISTOPATOLÓGICAS: Revestido por epitélio colunar pseudoestratificado. Tem células caliciformes e ciliadas. Tem áreas com epitélio cubico e metaplasia escamosa. Parede é composta por tecido conjuntivo fibroso. TRATAMENTO: Remoção cirúrgica. Recidiva é rara. CISTO DO DUCTO NASOPALATINO/DO CANAL INCISIVO 3 PATOGÊNESE: É o cisto mais comum da cavidade oral (1% da população). Vem de remanescentes epiteliais do ducto nasopalatino (liga a cavidade oral a nasal). Trauma. Uma infecção do ducto e retenção de muco das glândulas salivares adjacentes. CARACTERÍSTICAS CLÍNICAS: Tumefação na papila incisiva, da região anterior do palato, drenagem e dor. Mas muito são lesões assintomáticas. ESTATÍSICA: Mais comum entre 40-60 anos. Mais comum em homens. CARACTERÍSTICAS RADIOGRAFICAS: Lesão radiolúcida bem circunscrita próximo ou não a linha média anterior, entre os incisivos centrais. Cisto com formato de pera invertida ou coração. Lesões de 6mm – 6cm. Bem ovalado com borda esclerosada. CARACTERÍSTICAS HISTOPATOLÓGICAS: Epitelio de revestimento variável. - Escamoso estratificado (mais comum). - Colunar pseudoestratificado. - colunar simples ou cubico simples. Pode ser encontrado mais de um epitélio. No colunar pode encontrar células caliciformes e cílios. O tipo de epitélio está relacionado a posição vertical do cisto no canal incisivo ( se mais próximo a cavidade nasal tem epitélio respiratório e se mais próximo a oral tem epitélio escamoso). Na parede, tem nervos, artérias e veias. Também tem pequenas ilhas de cartilagem hialina. Também podemos ter leucócitos por causa de algum processo inflamatório. TRATAMENTO: Remoção cirúrgica. Biopsia é recomendada. Recidiva é rara. CISTO DERMÓIDE 4 PATOGÊNESE: Malformação cística de desenvolvimento incomum. “Forma benigna de teratoma.” CARACTERÍSTICAS CLÍNICAS: Na linha média do assoalho bucal, mas pode ter outras localizações. Cistos abaixo do gênio-hioideo, produzem tumefação submentoniana – queixo duplo. Cistos acima do gênio-hioideo, dificuldade de alimentação, fonação e respiração. De 0-12 cm de diâmetro. Cresce lentamente, sem provocar dor, retém a marca dos dedos sob pressão digital. Pode drenar para pele ou interior. ESTATÍSICA: Comum em crianças e adultos jovens. 15% é de origem congênita. CARACTERÍSTICAS RADIOGRAFICAS: Para delinear a extensão da lesão, IRM, TC e radiografias. CARACTERÍSTICAS HISTOPATOLÓGICAS: Revestidos por epitélio escamoso estratificado ortoqueratinizado. Com camada granulosa proeminente. Ceratina abundante na luz do cisto. Parede cística com tecido conjuntivo fibroso, com anexos cutâneos: glândulas sebáceas, folículos e glândulas sudoríparas. TRATAMENTO: Remoção cirúrgica Se acima do musculo= incisão intraoral. Se abaixo do músculo= incisão extraoral. Recidiva incomum. CISTO LINFOEPITELIAL CERVICAL/ DA FENDA BRANQUIAL LOCAL: 5 Na região lateral do pescoço, ao longo da margem anterior do musculo esternocleidomastoideo. PATOGÊNESE: Incerta. Vem de remanescentes epiteliais das fendas braquiais, ou da degeneração cística do epitélio da glândula parótida que ficou aprisionado nos linfonodos cervicais superiores. 95% do segundo arco e 5% do terceiro e quarto. CARACTERÍSTICAS CLÍNICAS: Massa mole, flutuante. De 1-10 cm de diâmetro. Dor e sensibilidade devido à infecção secundária. Algumas lesões apresentam-se como canais ou fistulas. Pacientes com HIV, dentro da parótida. ESTATÍSICA: Adultos jovens (20-40 anos). 2/3 do lado esquerdo, 1/3 do direito e raramente bilateral. CARACTERÍSTICAS HISTOPATOLÓGICAS: 90% é de epitélio escamoso estratificado (pode ou não estar ceratinizado). Alguns são respiratório. Na parede do cisto tem tecido linfoide e centros germinativos. TRATAMENTO: Remoção cirúrgica. Sem recidiva. CISTO LINFOEPITELIAL ORAL LOCAL: 6 Lesão na cavidade oral e faringe, no anel de waldeyer (amigdalas linguais e palatinas e adenoides faríngeos). Dentro do tecido linfoide oral. PATOGÊNESE: As criptas das amigdalas podem se tornar obstruídas ou estreitadas na superfície, produzindo um cisto preenchido por ceratina, dentro do linfoide, abaixo da superfície mucosa. E as hipóteses secundarias de que viria do epitélio da mucosa de superfície ou do epitélio de glândula salivar. CARACTERÍSTICAS CLÍNICAS: Massa submucosa pequena, geralmente, menor que 1cm. Firme ou mole a palpação. Mucosa de revestimento macia e não ulcerada. Branca ou amarelada contem na luz ceratina Assintomático. ESTATÍSICA: Adultos jovens. Mais comum no assoalho bucal, superfície ventral e margem da língua, amigdala palatina ou palato mole. CARACTERÍSTICAS HISTOPATOLÓGICAS: Cavidade cística revestida por epitélio escamoso estratificado sem projeções. Paraqueratinizado, células descamadas na luz. Tecido linfoide na parede cística. TRATAMENTO: Excisão cirúrgica. Recidiva geralmente não ocorre. CISTO PALATINO DO RÉCEM NASCIDO/ PÉROLAS DE EPSTEIN/NÓDULOS DE BOHN/CISTOS DE INCLUSÃO LOCAL: