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TEORIA GERAL DOS RECURSOS ARTIGOS 994 a 1008 CPC

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TEORIA GERAL DOS RECURSOS
(ARTIGOS 994 a 1008 CPC)
 TÓPICOS PARTE 1: 
- Princípio da proibição da reformatio in pejus
- Meios de impugnação 
- Recurso
- Ações autônomas impugnação 
- Sucedâneo recursal: É o que sobra, a petição recursal. 
- Princípio duplo grau de jurisdição 
- Duplo grau vertical
- Duplo grau horizontal 
- Classificação dos recursos
- Parcial
- Total
- Desistência = ate o início do julgamento (é o arrependimento)
Consentimento? Impede novo recurso? Homologação? 
- Remessa necessária
VAMOS AO QUE INTERESSA
	A teoria geral dos recursos dita os tramites, os procedimentos dos recursos genericamente. 
	O direito de ação é autônomo e abstrato, ocorre através da petição inicial, após a P.I ocorre a citação da parte ré, e apos citado o réu começa o processo.
	O recurso é um ato processual e dá continuidade ao processo; Viabiliza o reexame da matéria questionada na Petição Inicial, devolvendo ao poder judiciário em outro nível de hierarquia para que ocorra uma reanalise, uma reforma ou esclarecimento.
	 
	Todavia o reexame não pode ser feito para prejudicar o recorrente (proibição da reformatio in pejus), MAS, pode haver a reforma piorando a situação caso haja erro in procedendo ou in judiciando no 1 grau, devendo ser devolvido para o 1 grau, aonde este emitirá nova decisão judicial.
		 
	Assim como o poder judiciário precisa ser provocado para haver nova ação, no recurso ocorre da mesma forma, precisa a parte demonstrar o interesse na demanda (recurso) ou seja, o interesse de recorrer.
	Remessa necessária: Não é recurso, é procedimento, cabe quando a fazenda publica é devedora e perde a ação, para preservar os valores e os interesses públicos deve obrigatoriamente reagir a decisão, para que a demanda seja reexaminada em 2 instancia, ocorre mesmo que a parte não tenha demonstrado interesse no reexame porque é um procedimento necessário. Somente será falado sobre Remessa Necessária, quando não for interposta apelação, casos em que o juiz ordenará de ex officio a remessa dos autos ao Tribunal (no caso de o juiz não realizar tal ato, caberá ao Presidente do Tribunal avocar os autos), conforme dispõe expressamente o art. 496, § 1.º, do CPC.
"Art. 496. Está sujeita ao duplo grau de jurisdição, não produzindo efeito senão depois de confirmada pelo tribunal, a sentença:
I - proferida contra a União, os Estados, o Distrito Federal, os Municípios e suas respectivas autarquias e fundações de direito público;
II - que julgar procedentes, no todo ou em parte, os embargos à execução fiscal.
§ 1º Nos casos previstos neste artigo, não interposta a apelação no prazo legal, o juiz ordenará a remessa dos autos ao tribunal, e, se não o fizer, o presidente do respectivo tribunal avocá-los-á.
§ 2º Em qualquer dos casos referidos no § 1º, o tribunal julgará a remessa necessária.
§ 3º Não se aplica o disposto neste artigo quando a condenação ou o proveito econômico obtido na causa for de valor certo e líquido inferior a:
I - 1.000 (mil) salários-mínimos para a União e as respectivas autarquias e fundações de direito público;
II - 500 (quinhentos) salários-mínimos para os Estados, o Distrito Federal, as respectivas autarquias e fundações de direito público e os Municípios que constituam capitais dos Estados;
III - 100 (cem) salários-mínimos para todos os demais Municípios e respectivas autarquias e fundações de direito público.
§ 4º Também não se aplica o disposto neste artigo quando a sentença estiver fundada em:
I - súmula de tribunal superior;
II - acórdão proferido pelo Supremo Tribunal Federal ou pelo Superior Tribunal de Justiça em julgamento de recursos repetitivos;
III - entendimento firmado em incidente de resolução de demandas repetitivas ou de assunção de competência;
IV - entendimento coincidente com orientação vinculante firmada no âmbito administrativo do próprio ente público, consolidada em manifestação, parecer ou súmula administrativa."
Duplo grau de jurisdição é um princípio do direito processual que garante, a todos os cidadãos jurisdicionados, a reanálise de seu processo, administrativo ou judicial, geralmente por uma instância superior, acontece em várias esferas em hierarquias de competência, ocorre para assegurar a legalidade através do reexame.
- Vertical: HIERARQUIA SUPERIOR Comarca de Teresópolis (reexame em 2 grau) -> TJRJ.
- Horizontal: MESMO NIVEL DE HIERARQUIA. Ocorre nos casos de Juizados especiais, reexame para câmaras dos juizados. 
*A exceção ao duplo grau ocorre quando a competencia é originaria do stf, nao tem mais pra onde subir, vale para aqueles que gozam de foro especial.
Classificação dos recursos: 
A parte pode recorrer sobre todos os pedidos TOTAL ou sobre alguns deles PARCIAL
Assim como o provimento do recurso pode ser PARCIAL ou TOTAL e a invalidação pode ser total ou parcial tbm. 
O recurso viabiliza o e reexame e a devolução da prestação jurisdicional. 
	
Desistência do recurso: Pode desistir do recurso já interposto antes da consolidação no julgamento (antes do voto do colegiado ou do relator quando for monocrático). Não precisa do consentimento da outra parte para desistir do recurso, mas precisa do consentimento da outra parte para desistir da ação, todavia poderá o fazer sem consentimento da outra parte antes da contestação desta. 
Os efeitos da desistência, além de não precisar do consentimento da outra parte, fica impedido de propor novo recurso, porque já abriu mao da prestação jurisdicional. Quanto a homologação, existem duas correntes, uma diz que nao se faz necessário, a outra diz que sim.
TÓPICOS PARTE 2:
- Tempstividade (para contextualizar) 
- Renúncia do direito de recorrer
- Independe da aceitação da parte diversa
- recurso interposto apos renuncia será considerado inadmissível
- Juizo de admissibilidade
Requisitios: 
Intrinsecos (cabimento): 
 -> Recuso correto 
-> Fungibilidade (má-fé/erro grosseiro)
-> Dois recursos, mesma decisão? 
-> Taxatividade
Legitimação
- > Parte
- > Intervenção de 3
- > Assistencia simples
Interesse 
Inexistencia de fato impeditivo (EX: renuncia e desistência)
Extrinsecos:
- > preparo ausência (deserção)
Ineficiencia
Nao houve preparo 
Decisao é irrecorrível 
VAMOS AO QUE INTERESSA:
	A renúncia, ocorre quando a parte demonstra que não tem interesse de recorrer, (AINDA ESTA EM 1 GRAU) afim de que ocorra logo a execução da sentença. Não há em que se falar em consentimento da outra parte, vez que se trata de direito de ação. 
A renúncia é fato impeditivo, uma vez manifestada não cabe recorrer. 
	(?) Autor renúncia, mas o réu recorre? 
	Juizo de admissibilidade é do relator (para ver se cabe o referido recurso). Conhece ou não conhece o recurso.
	(?) E se o recurso nao for o recurso correto?
	O relator pode nao conhecer o recurso, devolvendo para a 1 instancia para apresentar o recurso legitimo. Mas também pode conhecer segundo o principio da fungibilidade, considerando como se fosse o certo, desde que não haja má-fé (objetiva) ou erro grosseiro (competência...)
** A regra é um único recurso, mas pode haver embargos juntamente com outro recurso. 
Os recursos são considerados taxativos no que pese serem específicos.
	No que tange a legitimação para recurso em regra é do autor e réu, só é permitido terceiro ja conhecido como parte em 1 grau, (nao cabe em sede de recurso a intervenção de terceiro), o assistente simples pode recorrer em defesa da parte em que assiste. 
 	(?) Mas e o AMICUS CURIAE?
	 O AMICUS CURIAE nao recorre, nao visa interesse das partes, simplesmente para auxiliar o órgão jurisdicional.
	
	Para contextualizar, algo tempestivo é aquilo que é realizado dentro do tempo, ou seja, ocorre no momento adequado, ou com brevidade. Já a intempestividade é aquilo que extrapolou o tempo, ocorreu fora do momento apropriado, pode ocorrer a preclusao temporal que ocorre quando os prazos próprios não são respeitados e implica na perda da faculdade de praticar o ato processual cabível (223 CPC):
	Para ser reconhecido o recurso precisa ser acompanhado das custas (preparo), salvo quando houver gratuidadede justiça. 
 	(?) E no caso da gratuidade x recurso adesivo?
	No caso de recurso adesivo, quando a parte que recorre tem gratuidade a parte que recorre na via adesiva terá que pagar os preparos normalmente se nao tiver a gratuidade, passando por todo o crivo intrínseco e extrínseco da admissibilidade como se independente fosse.
	Quando não ocorre o pagamento/o preparo, o recurso é julgado deserto (falta pagamento), se na fase de admissibilidade, pode não ser conhecido. Podera ter prazo de 5 dias para efetuar o recolhimento, mas tera que pagar multa. Caso nao o faça a decisão é irrecorrível. 
	Recolhimento insuficiente: Ocorre dentro do prazo, mas nao é deserto, ocorrera o prazo de 5 dias para completar o valor, sem multa.
 
	-- O recurso conhecido pode ser provido ou não. Não provido ou provido pode reformar decisão, o recurso produz efeito substitutivo (substitui a sentença, nova decisao 1008 CPC). O recurso provido para invalidar a decisão vista em 1 grau. (invalida e volta para o 1 grau, pra que a mesma reveja dentro dos parâmetros da invalidação).* No recurso adesivo: Não cabe remessa necessária. (falarei mais em outro resumo específico).
ARTIGOS: 
Art. 994.  São cabíveis os seguintes recursos: 
I – apelação; 
II – agravo de instrumento;
III – agravo interno;
IV – embargos de declaração;
V – recurso ordinário;
VI – recurso especial;
VII – recurso extraordinário;
VIII – agravo em recurso especial ou extraordinário;
IX – embargos de divergência.
Art. 995.  Os recursos não impedem a eficácia da decisão, salvo disposição legal ou decisão judicial em sentido diverso.
Parágrafo único.  A eficácia da decisão recorrida poderá ser suspensa por decisão do relator, se da imediata produção de seus efeitos houver risco de dano grave, de difícil ou impossível reparação, e ficar demonstrada a probabilidade de provimento do recurso.
Art. 996.  O recurso pode ser interposto pela parte vencida, pelo terceiro prejudicado e pelo Ministério Público, como parte ou como fiscal da ordem jurídica.
Parágrafo único.  Cumpre ao terceiro demonstrar a possibilidade de a decisão sobre a relação jurídica submetida à apreciação judicial atingir direito de que se afirme titular ou que possa discutir em juízo como substituto processual.
Art. 997.  Cada parte interporá o recurso independentemente, no prazo e com observância das exigências legais.
§1º Sendo vencidos autor e réu, ao recurso interposto por qualquer deles poderá aderir o outro.
§2º O recurso adesivo fica subordinado ao recurso independente, sendo-lhe aplicáveis as mesmas regras deste quanto aos requisitos de admissibilidade e julgamento no tribunal, salvo disposição legal diversa, observado, ainda, o seguinte: 
I – será dirigido ao órgão perante o qual o recurso independente fora interposto, no prazo de que a parte dispõe para responder; 
II – será admissível na apelação, no recurso extraordinário e no recurso especial;
III – não será conhecido, se houver desistência do recurso principal ou se for ele considerado inadmissível.
Art. 998.  O recorrente poderá, a qualquer tempo, sem a anuência do recorrido ou dos litisconsortes, desistir do recurso. 
Parágrafo único.  A desistência do recurso não impede a análise de questão cuja repercussão geral já tenha sido reconhecida e daquela objeto de julgamento de recursos extraordinários ou especiais repetitivos.
Art. 999.  A renúncia ao direito de recorrer independe da aceitação da outra parte. 
Art. 1.000.  A parte que aceitar expressa ou tacitamente a decisão não poderá recorrer.
Parágrafo único. Considera-se aceitação tácita a prática, sem nenhuma reserva, de ato incompatível com a vontade de recorrer. 
Art. 1.001.  Dos despachos não cabe recurso.
Art. 1.002.  A decisão pode ser impugnada no todo ou em parte.
Art. 1.003.  O prazo para interposição de recurso conta-se da data em que os advogados, a sociedade de advogados, a Advocacia Pública, a Defensoria Pública ou o Ministério Público são intimados da decisão.
§1º Os sujeitos previstos no caput considerar-se-ão intimados em audiência quando nesta for proferida a decisão.
§2º Aplica-se o disposto no art. 231, incisos I a VI, ao prazo de interposição de recurso pelo réu contra decisão proferida anteriormente à citação.
§3º No prazo para interposição de recurso, a petição será protocolada em cartório ou conforme as normas de organização judiciária, ressalvado o disposto em regra especial.
§4º Para aferição da tempestividade do recurso remetido pelo correio, será considerada como data de interposição a data de postagem.
§5º Excetuados os embargos de declaração, o prazo para interpor os recursos e para responder-lhes é de 15 (quinze) dias.
§6º O recorrente comprovará a ocorrência de feriado local no ato de interposição do recurso.
Art. 1.004.  Se, durante o prazo para a interposição do recurso, sobrevier o falecimento da parte ou de seu advogado ou ocorrer motivo de força maior que suspenda o curso do processo, será tal prazo restituído em proveito da parte, do herdeiro ou do sucessor, contra quem começará a correr novamente depois da intimação.
Art. 1.005.  O recurso interposto por um dos litisconsortes a todos aproveita, salvo se distintos ou opostos os seus interesses.
Parágrafo único.  Havendo solidariedade passiva, o recurso interposto por um devedor aproveitará aos outros quando as defesas opostas ao credor lhes forem comuns.
Art. 1.006.  Certificado o trânsito em julgado, com menção expressa da data de sua ocorrência, o escrivão ou o chefe de secretaria, independentemente de despacho, providenciará a baixa dos autos ao juízo de origem, no prazo de 5 (cinco) dias.
Art. 1.007.  No ato de interposição do recurso, o recorrente comprovará, quando exigido pela legislação pertinente, o respectivo preparo, inclusive porte de remessa e de retorno, sob pena de deserção.
§1º São dispensados de preparo, inclusive porte de remessa e de retorno, os recursos interpostos pelo Ministério Público, pela União, pelo Distrito Federal, pelos Estados, pelos Municípios, e respectivas autarquias, e pelos que gozam de isenção legal.
§2º A insuficiência no valor do preparo, inclusive porte de remessa e de retorno, implicará deserção se o recorrente, intimado na pessoa de seu advogado, não vier a supri-lo no prazo de 5 (cinco) dias.
§3º É dispensado o recolhimento do porte de remessa e de retorno no processo em autos eletrônicos.
§4º O recorrente que não comprovar, no ato de interposição do recurso, o recolhimento do preparo, inclusive porte de remessa e de retorno, será intimado, na pessoa de seu advogado, para realizar o recolhimento em dobro, sob pena de deserção.
§5º É vedada a complementação se houver insuficiência parcial do preparo, inclusive porte de remessa e de retorno, no recolhimento realizado na forma do § 4o.
§6º Provando o recorrente justo impedimento, o relator relevará a pena de deserção, por decisão irrecorrível, fixando-lhe prazo de 5 (cinco) dias para efetuar o preparo.
§7º O equívoco no preenchimento da guia de custas não implicará a aplicação da pena de deserção, cabendo ao relator, na hipótese de dúvida quanto ao recolhimento, intimar o recorrente para sanar o vício no prazo de 5 (cinco) dias.
Art. 1.008.  O julgamento proferido pelo tribunal substituirá a decisão impugnada no que tiver sido objeto de recurso.

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