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CLÍNICA DE PEQUENOS ANIMAIS Endocrinologia TÍREOIDE Hipotireoidismo: cães Hipertireoidismo: gatos HIPERTIREOIDISMO EM FELINOS AULA JUNIOR: Condição clínica que resulta de produção e secreção excessiva de T4 e T3 pelas glândulas tireóides *Hiperplasia adenomatosa benigna (98% dos casos) *Carcinoma de tiróide (1 a 2%) FATORES DE RISCO • Gatos que se alimentam apenas de dietas úmidas. • Utilização de areia sanitária • Nível de Iodo da dieta – em alguns casos até 10X maior que o recomendado. • Níveis de selênio. • Bisfenóis e Ftalatos – Embalagens plásticas das rações. • Isoflavonas, Genisteína e Daidzeína – Bociogênicas. • Fenobarbital, Esteróides e Bloqueadores de canal de cálcio PREDISPOSIÇÃO • Gatos com mais de 8 anos de idade • Idade média de diagnóstico: 12-13 anos • Idade inferior a 10 anos: 5% dos casos • Inexiste predisposição sexual e racial SINTOMATOLOGIA 1. Perda de peso 2. Polifagia 3. Hiperatividade 4. Diminuição do tempo de sono 5. Poliúria e Polidipsia 6. Vômito 7. Diarréia 8. Hipertensão 9. Fraqueza muscular 10. Tremores 11. Andar compulsivo 12. Taquipnéia/Dispnéia 13. Cansaço fácil 14. Hipertiroidismo “apático” 15. Doenças concomitantes: DRC, 16. Neoplasias EXAME FÍSICO • Tireóide palpável (90% dos casos) • Hiperatividade/ agressividade • Animal magro • Taquicardia (> 240 bpm) • Taquipnéia • Sopro cardíaco sistólico • Alopecia simétrica e bilateral • Seborréia ALTERAÇÕES LABORATORIAIS Eritrocitose 39 % ➔ + eritropoetina ➔ + precurssores eritróides via receptores Badrenérgicos ➔ + consumo O2 ➔ Anemia somente em casos muito avançados ➔ Exaustão da medula óssea ➔ GE, IRC Leucograma de stress 19 % Aumento ALT 85 % ➔ Efeito tóxico direto do T4 ➔ Hipóxia, consumo O2 ➔ ICC Aumento FA 62 % ➔ Isoforma FA óssea ➔ Alteração metabolismo ósseo Aumento Uréia 26 % CLÍNICA DE PEQUENOS ANIMAIS Aumento Creatinina 23 % ➔ Aumentado= Doença renal primária ➔ Se normal = Reavaliar após 14 dias de terapia ➔ A concentração de creatinina em gatos com hipertireoidismo é menor (↓massa muscular) Distúrbios eletrolíticos 11% Hiperglicemia 5% ALTERAÇOES CARDIOLÓGICAS RX DE TÓRAX • Animais sintomáticos • Cardiomegalia: 50% • Complicações: edema pulmonar, efusão pleural ECG • Taquicardia sinusal: 42% • CAP: 5% • TA ou FA: 2% ECOCARDIOGRAMA • Hipertrofia VE (70% dos casos) • Hipertrofia do septo IV (40%) • Dilatação AE (45%) e VE (70%) • Alterações associadas à hipercontratilidade do miocárdio (reversível após tratamento) TESTES HORMONAIS T4 total (RIE): Indicador mais sensível sem resultados falsos positivos T4 total: + de 90 % casos (> 5,0 μg/dl) T4 total no VR: 10% dos casos (1,0 – 4,0 μg/dl) Dosar T4 Livre por diálise nesses casos TSH: geralmente indectável (< 0,05 ng/mL) TRATAMENTO METIMAZOL Inibe a síntese de T3 e T4, pois impede a organificação do iodo à tirosina Dose inicial: 2,5 mg bid 5 – 15 mg/dia (dividido 2- 3x/dia) Efeitos colaterais: êmese, anorexia, depressão, escoriações e prurido facial, linfocitose e eosinofilia (16% dos casos), leucopenia e trombocitopenia < 5% dos casos. É uma medicação diária e contínua Monitorar: Hemograma e Função Renal, T4 Total após 4 semanas de tratamento Adenoma → Carcinoma ?? Crescimento progressivo do tumor em gatos tratados com metimazol Gatos tratados há mais de 4 anos com Metimazol maior incidência de carcinoma Y/D • Níveis reduzidos de iodo - ↓ síntese de T4 e T3 (iodo< 0,32 ppm requerimento mínimo 0,46 ppm) • Em 4 semanas 75% dos gatos com hipertiroidismo T4 total dentro do limite • Efetiva em gatos com hipertiroidismo moderado • Tumor continua crescendo – não cura a doença • Restrição de proteína animal – gatos com hipertiroidismo têm perda de massa magra TIREOIDECTOMIA • Corrige a tireoroxicose • Fácil acesso cirúrgico Desvantagens: anestesia em paciente idoso, hipotireoidismo, hipoparatireoidismo Doença renal crônica: frequência elevada em gatos >10 anos. Hipertiroidismo + DRC: doenças concomitantes No Hipertiroidismo: TFG, DC, Vaso dilatação intra-renal Redução de todos os fatores após tratamento CLÍNICA DE PEQUENOS ANIMAIS iatrogênico, falha na remoção total do tecido anormal. Efeitos colaterais: alteração na voz, paralisia de laringe. IODO RADIOATIVO • Única aplicação • Não requer anestesia nem cirurgia • Rápida redução da concentração dos hormônios tireoideanos • MAIOR SOBREVIDA • Age em tecidos ectópicos Desvantagens: hospitalização até 2 semanas. HIPOTIREOIDISMO CANINO Pode ser primário (95%) ou secundário (5%). NÃO É FREQUENTE ENTÃO FAZER DIFERENCIAL COM HIPERADRENO PRIMÁRIO ESPONTÂNEO 1. Tireoidite linfocítica (infiltração de linfócitos, macrófagos e plasmócitos) 2. Atrofia idiopática 3. Neo bilateral ou invasão metastática (75% de acometimento) Herança genética: • Golden • Pastor de Shetland • Boxer • Beagle • Cocker HIPOTIREOIDISMO SECUNDÁRIO • Má formação congênita da hipófise o Diminuição de TSH e GH causa nanismo o Má formação dos tireotrofos: menor TSH • Destruição por neo- RARO • Hipofisectomia MANIFESTAÇÃO CLÍNICA 1. Letargia 2. Ganho de peso 3. Intolerância ao frio 4. “Fascies trágica” 5. Cauda de rato 6. Pelame seco 7. Alopecia não pruriginosa 8. Neuromusculares (fraqueza muscular, megaesôfago, convulsões) 9. Alterações reprodutivas (aborto e anestro persistente) ACHADOS LABORATORIAIS • Anemia normocítica normocrômica (Ht 28- 36%) • Hipercolesterolemia (75%) e hipertrigliceridemia • Aumento de AST/ALT/FA DIAGNÓSTICO • IDEAL associar T4 livre e TSH o TSH: 0,1 a 0,6 ng/mL • Ultrassonografia (diferencia o hipotireoidismo de eutireoideo doente) ↓T4 livre por diálise ↑TSH Anticorpos positivo ou negativo US cervical alterado Sintomatologia compatível Anemia, ↑colesterol e enzimas hepáticas Na síndrome do eutireoideo doente na dosagem de TSH ela estará diminuída por supressão do eixo. TRATAMENTO • Reposição com levotiroxina sódica PÂNCREAS DIABETES MELLITUS Elevação dos níveis de glicose Defeito na secreção de insulina, ação ou ambos. CLÍNICA DE PEQUENOS ANIMAIS Cães: tipo 1 em humanos- pode ter causa imunomediada, o animal se torna dependente de insulina para o resto da vida Gatos: tipo 2 em humanos- resistência insulínica EM FELINOS: • Obesidade • Predisposição genética • Inatividade física • Sexo (machos inteiros) • Medicações (glicocorticoides) • Alt. Metabólicas (pancreatite, hiperadreno, acromegalia) MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS 4 Ps: Perda de peso, poliúria, polidipsia e polifagia DIAGNÓSTICO • Hiperglicemia (>228) associada à glicosúria • Frutosamina • Manifestações clínicas • Hb glicada TRATAMENTO • Melhorar glicemia • Reduzir manifestações • Emagrecimento • Alimentação úmida • Lantus (glargina) 1 a 1,5 U/ BID EM CANINOS Hipoinsulinemia permanente CAUSAS: 1. Gestação 2. Diestro 3. Piometra 4. Obesidade 5. Hiperadreno 6. Progestagenos e corticoides 7. Pancreatite Fêmeas diabéticas que são inteiras, controlar e castrar essa fêmea antes de td. DIAGNÓSTICO • Hiperglicemia (>200) • Glicosúria • Manifestações clínicas (4 Ps) *Cetogênese: acetona, acetoacetato e b-hidroxi. Diabetes decompensado e jejum prolongado. TRATAMENTO • Dieta • Insulina • Exercício • Tratamento de base ADRENAIS Zona glomerulosa: a mais externa, compreendendo 15% do córtex, sendo responsável pela secreção de mineralocorticoides, notadamente a aldosterona Zona fasciculada: região média, que representa 80% do volume cortical, responsável pela secreção de glicocorticoides, cujo principal representante é o cortisol Zona reticulada: mais interna, que compreende os 5% restantes do córtex e que secreta diversos hormônios sexuais. HIPOADRENOCORTICISMO Quando secundárioocorre na hipófise e quando primário ocorre nas adrenais PRIMÁRIO ESPONTÂNEO • 95% dos casos Causas: 1. Destruição imunomediada 2. Blastomicose, histoplasmose e criptococose 3. Hemorragia/trauma/necrose 4. Amiloidose 5. Metástase SECUNDÁRIO ESPONTÂNEO E IATROGÊNICO Causas: ESPONTÂNEO CLÍNICA DE PEQUENOS ANIMAIS 1. Hipopituarismo 2. Trauma 3. Neoplasia 4. Metástase 5. Inflamação IATROGÊNICO 1. Hipofisectomia 2. Glicocorticoide exógeno Atípico • Ocorre mais em femeas • Idade: 4 anos MANIFESTAÇÕES: • Êmese intermitente, diarreia, perda de peso, letargia, depressão e anorexia • Redução da motilidade • Hipovolemia • Baixo ECC ACHADOS GERAIS • Ausência do leuco de estresse (92%) • Neutrofilia • Anemia normocítica normocrômica pouco a não regenerativa • Hipercalemia • Hiponatremia EXCESSO DE GLICOCORTICOIDES: 1. Neutrofilia 2. Eosinopenia 3. Linfopenia FALTA DE GLICOCORTICOIDES: 1. Eosinofilia 2. Linfocitose 3. Ausência do leucograma de estresse DIAGNÓSTICO: • TESTE DE ESTIMULAÇÃO COM ACTH o Cortisol na dosagem hormonal faz reação com pred, prednisolona, hidrocortisona e fludrocortisona. A dexa pode ser aplicada antes e durante o diag. TRATAMENTO: • Correção eletrolítica, hipoglicemia, hipovolemia e hipotensão (prova de carga?) • Avaliar se precisa de corticoide (Dexametasona) • Bolus de glicose 50% • Repor mineralocorticoide (Fludrocortisona) • Repor glicocorticoide (Pred) HIPERADRENOCORTICISMO “É uma síndrome, constituída de diversas anormalidades clínicas e laboratoriais que resultam da exposição crônica a concentrações excessivas de glicocorticóides” ACTH DEPENDENTE: origem hipofisária, secreção ectópica do ACTH (80% dos casos) ACTH INDEPENDENTE: origem adrenal, expressão ectópica de receptores na adrenal (20% dos casos) A diminuição da Aldosterona causa hiponatremia que reflete em PU/PD, seguida de desidratação. A hipovolemia causa hipotensão, azotemia pré-renal e menor excreção de H+ que causa acidose metabólica. A redução da aldosterona pode causar hipercalemia (potássio) causando pico da onda T, menor intervalo PR e onda P menor ou ausente. A redução dos glicocorticoides causa hipoglicemia, hipotensão, menor eritropoiese (anemia arregenerativa), letargia e alterações gastrointestinais. Leucograma de estresse: Leucocitose por neutrofilia, eosinopenia, linfopenia e monocitose CLÍNICA DE PEQUENOS ANIMAIS MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS: 1. PU/PD/PF 2. Alopecia simétrica bilateral 3. Abdômen abaulado 4. Hepatomegalia 5. Telangiectasia (pequenos vasos) 6. Comedos (pontos pretos), piodermite (prurido), estrias 7. Obesidade 8. Respiração ofegante 9. Cegueira súbita ACHADOS LABORATORIAIS • Leucograma de estresse • Eritrocitose • Trombocitose • Aumento de FA/ALT • Hiperlipidemia (aumento dos triglicérides) DIAGNÓSTICO 1. Dosagem de cortisol basal 2. TESTE DE SUPRESSÃO COM DEXAMETASONA TRATAMENTO ACTH DEPENDENTE 1. Hipofisectomia 2. Radioterapia 3. Trilostano 4. Mitostano ACTH INDEPENDENTE 1. Trilostano (adrenalec) 2. Mitotano
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